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Banca de DEFESA: EMANUELLE CARDOSO MACEDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EMANUELLE CARDOSO MACEDO
DATA: 30/06/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Hospital Veterinário Universitário
TÍTULO: Fatores sócio-econômicos e ambientais associados à ocorrência de infecção canina por Leishmania infantum chagasi em Teresina
PALAVRAS-CHAVES: epidemiologia; leishmaniose; cão; prevalência; fatores sócio-ambientais
PÁGINAS: 67
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

A leishmaniose visceral americana (LVA) é uma zoonose causada por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil, a infecção é causada pelo protozoário Leishmania infantum chagasi, sendo seu principal vetor insetos flebotomíneos da espécie Lutzomyia longipalpis. O vetor está presente tanto em ecótopos naturais como em ambientes rurais e urbanos, se adaptando muito bem as áreas peridomiciliares. O cão tem sido incriminado como o principal reservatório doméstico do parasito, devido a isso uma das principais medidas de controle da doença se baseia na eliminação dos animais sororreagentes, supostamente infectados. Entretanto, essas medidas não tem se mostrado efetivas, uma vez que a doença continua em franca expansão. O gradativo processo de urbanização da leishmaniose visceral tem sido atribuído, pelo menos em parte, às transformações ambientais e ocupação urbana em más condições sanitárias, mas ainda existem pouco estudos explorando a associação entre estes fatores e a ocorrência de infecção por Leishmania infantum chagasi em cães. Assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a associação entre fatores sócio-econômicos e ambientais e a ocorrência da leishmaniose visceral canina no município de Teresina. O estudo transversal foi conduzido em dez bairros de Teresina, com 800 cães avaliados em 536 propriedades. Foram colhidas amostras de sangue sem anticoagulante para realização do exame sorológico (reação de imunofluorescência indireta e ensaio imunoenzimático - ELISA) em todos os cães. Foram considerados soropositivos os cães reagentes em ambos os testes. Nos domicílios visitados foram aplicados questionários envolvendo aspectos sócio-econômicos e ambientais. Obteve-se uma prevalência geral de soropositividade canina de 42%. Dentre os fatores estudados não se observou associação estatisticamente significativa entre prevalência de infecção e faixa etária e sexo dos animais, escolaridade do chefe do domicílio, presença de outros animais domésticos na residência ou com características das residências, tais como tipo de parede, teto, piso, forro, acesso a rede geral de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Ausência de muro de alvenaria no domicílio, presença de canil, maior tempo de posse do cão e raça não definida estiveram associados a chances maiores de soropositividade. Estes resultados sugerem que determinadas condições peri-domiciliares, em particular a ausência de barreiras que permitam o livre acesso dos animais à rua em conjunto com a criação de cães nestes ambientes, podem estar contribuindo para a manutenção do ciclo de transmissão da infecção entre cães. Intervenções orientadas para o manejo do ambiente peri-doméstico e posse responsável de cães poderiam ser estratégias adicionais a serem implementadas em meio urbano de forma a contribuir para a redução da carga da doença nas áreas endêmicas do país.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALESSANDRA GUTIERREZ DE OLIVEIRA - UFMS
Externo ao Programa - 423457 - CARLOS HENRIQUE NERY COSTA
Presidente - 2221697 - MARIA DO SOCORRO PIRES E CRUZ
Notícia cadastrada em: 11/06/2019 11:27
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