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Banca de QUALIFICAÇÃO: SUZANA COIMBRA DE MOURA LUSTOSA E SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SUZANA COIMBRA DE MOURA LUSTOSA E SILVA
DATA: 30/12/2021
HORA: 08:30
LOCAL: Sala virtual - google meet
TÍTULO: INCLUSÃO DO LÍQUIDO DA CASTANHA DE CAJU EM DIETAS PARA OVINOS EM CONFINAMENTO
PALAVRAS-CHAVES: Coprodutos; Nutrição de ruminantes; Suplementação lipídica; Fenóis.
PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
SUBÁREA: Nutrição e Alimentação Animal
ESPECIALIDADE: Avaliação de Alimentos para Animais
RESUMO:

Objetivou-se com este estudo avaliar a inclusão do líquido da castanha do caju (LCC) em dietas para ovinos em confinamento. Para tanto, foram realizados dois experimentos. No experimento I, foram usados 40 ovinos com peso corporal (PC) inicial de 26 ± 2,4 kg, em média aos cinco meses de idade, distribuídos em delineamento em blocos completos casualizados, com quatro tratamentos (0; 7,5; 15,0 e 22,5 g/kg MS) e 10 repetições com o objetivo de avaliar o  desempenho, o consumo dos nutrientes, o comportamento ingestivo, as características da carcaça e os metabólitos sanguíneos. Os animais foram mantidos em confinamento por um período de 85 dias, sendo 15 dias para adaptação e 70 dias para coleta de dados. No experimento II, foram utilizados quatro ovinos da raça Santa Inês, com PC médio de 50 ± 5,0 kg, mantidos em gaiolas individuais com o objetivo de avaliar a digestibilidade dos nutrientes e o balanço de nitrogênio. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em delineamento em quadrado latino (4 × 4), com quatro tratamentos e quatro períodos de 22 dias cada, sendo 14 dias para adaptação e oito dias para a coleta de dados. Em ambos os experimentos os dados foram avaliados usando modelos mistos e os efeitos dos tratamentos foram avaliados usando contrastes ortogonais (linear e quadrático), sendo significativos quando P ≤ 0,05. A inclusão do LCC na dieta aumentou linearmente (P < 0,0001) o consumo de extrato etéreo (EE), no entanto, não influenciou o consumo dos demais nutrientes nem o desempenho dos animais (P > 0,05). O consumo médio de matéria seca (MS) foi de 1208 g/dia, 3,43% do PC e 83,3 g/kg0,75; o consumo médio de fibra insolúvel em detergente neutro (FDN) foi de 400 g/dia, 1,13% do PC e 27,4 g/kg0,75; o consumo médio de matéria mineral, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB) e carboidratos não-fibrosos (CNF) foi de 61,8 g/dia, 1146 g/dia, 161 g/dia e 535 g/dia, respectivamente. Os animais apresentaram desempenho semelhante com PC final médio de 44,1 kg e ganho de peso médio diário (GMD) de 250 g/dia. O tempo gasto com alimentação (P = 0,003) e ruminação (P = 0,003) aumentou linearmente, enquanto que o tempo em ócio reduziu linearmente (P = 0,001) com a inclusão do LCC. O número de bolos/dia e o tempo de mastigação/dia (h/dia) reduziu de forma quadrática (P = 0,04) enquanto que a quantidade de MS/bolo aumentou linearmente (P = 0,02). O consumo de MS (P = 0,03) e FDN (P = 0,03), durante a avaliação do comportamento ingestivo, reduziu linearmente, enquanto que a eficiência de ruminação da MS (P = 0,03) e da FDN (P = 0,04) aumentaram quadraticamente. O peso da carcaça quente (P = 0,03) e fria (P = 0,04) e os seus rendimentos reduziram linearmente com a inclusão do LCC nas dietas. Não foi verificada alteração (P > 0,05) para as perdas por resfriamento e o pH a 0 e 24 após o abate e todas as medidas morfométricas da carcaça, com exceção da área de olho de lombo a qual reduziu quadraticamente (P = 0,02). O peso e o rendimento dos principais cortes da carcaça não foram influenciados pela inclusão do LCC nas dietas, exceto para o peso do serrote que aumentou linearmente (P = 0,04). Para os demais cortes foram verificados rendimentos médios de 151, 120, 175, 130, 118 e 309 g/kg de meia carcaça, respectivamente, para a paleta, pescoço, costela, serrote, lombo e perna. A inclusão do LCC na dieta proporcionou aumento linear na digestibilidade da PB (P = 0,01), redução na digestibilidade do EE (P < 0,001) e redução quadrática na digestibilidade da FDN (P = 0,002). Já a digestibilidade da MS e da MO não foi influenciada (P > 0,05). Houve redução no consumo de Nitrogênio (N) (P = 0,007) e na excreção de N pelas fezes (P < 0,001), porém, a excreção de N pela urina não foi afetada. O balanço de N não foi afetado pelo nível de LCC, sendo positivo e com valor médio de 14,4 g/dia. A inclusão do LCC promoveu aumento no colesterol (P = 0,002), na creatinina (P = 0,02) e na atividade da fosfatase alcalina (P = 0,02). Por outro lado, houve redução quadrática nos triglicerídeos (P = 0,04), na ureia (P = 0,05) e na atividade da aspartato aminotransferase (P = 0,005). As concentrações de glicose, proteínas totais e atividade da gama glutamiltransferase não foram influenciadas (P > 0,05). A inclusão do LCC até o nível de 22,5 g/kg MS proporcionou GMD elevado (257 g/dia), porém reduziu os rendimentos da carcaça, sem influenciar nos rendimentos dos principais cortes comerciais, sem interferências no consumo e na digestibilidade dos principais nutrientes, com menor excreção de N nas fezes e aproveitamentos dos nutrientes da dieta.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1712960 - MARCOS JACOME DE ARAUJO
Interno - 1656396 - LEILSON ROCHA BEZERRA
Externo ao Programa - 4077023 - TAIRON PANNUNZIO DIAS E SILVA
Externo à Instituição - JULIANA PAULA FELIPE DE OLIVEIRA - UFCG
Notícia cadastrada em: 21/12/2021 08:44
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