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Banca de DEFESA: MIGUEL ARCANJO MOREIRA FILHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MIGUEL ARCANJO MOREIRA FILHO
DATA: 26/03/2014
HORA: 14:00
LOCAL: Núcleo de Pós-Graduação do Centro de Ciências Agrárias (Auditório da Pós-Graduação)
TÍTULO:

FENO DE PONTA DE CANA-DE-AÇÚCAR HIDROLISADO PARA OVINOS EM TERMINAÇÃO


PALAVRAS-CHAVES:

Óxido de cálcio, ureia, ponta de cana-de-açúcar


PÁGINAS: 75
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
SUBÁREA: Produção Animal
RESUMO:

Avaliou-se a eficiência do uso de indicadores de digestibilidade e a inclusão do feno de ponta de cana-de-açúcar hidrolisado em dietas para ovinos em terminação. Foram utilizados 20 ovinos da raça Santa Inês, machos, não castrados, em delineamento experimental em blocos ao acaso com cinco tratamentos, representados por dietas contendo feno de ponta de cana-de-açúcar não tratado, amonizado com 3 e 6% de ureia e hidrolisado com 1,5 e 3% de CaO, e quatro repetições, para avaliação do comportamento ingestivo, consumo, digestibilidade pelo método in vivo e por indicadores internos (MSi, FDNi, FDAi, LIGi) e externos (Cr2O3, TiO2 e LIPE®) de digestibilidade e balanço energético e de compostos nitrogenados. Para avaliação do pH e nitrogênio amoniacal (N-NH3) no líquido ruminal e ureia plasmática as parcelas foram subdivididas no tempos 0 (antes da alimentação); 2,5; 5,0 e 7,5 h após a primeira refeição. O comportamento ingestivo foi avaliado quanto ao tempo despendido com alimentação, ruminação, ócio e outras atividades (ingestão de água e sal mineral, defecação e micção). Quantificou-se o número e o tempo de mastigações merícicas por bolo ruminal (MMnb) com cronômetro digital e observação visual dos ovinos nos intervalos das 10 às 12; 14 às 16 e 18 às 20 horas. Foram coletas amostras rações, sobras e fezes para determinação dos parâmetros de valor nutritivo. O tempo despendido com alimentação, ruminação, ócio, mastigação total e outras atividades, bem como a eficiência de alimentação da MS e FDN, o número de bolos ruminais, de mastigações merícicas por bolo ruminal e por dia e o consumo de água pelos ovinos não foram influenciados (P>0,05) pela inclusão do feno de ponta de cana-de-açúcar hidrolisado por amonização e CaO. Verificou-se melhor eficiência de ruminação (P<0,05) da MS (263,58±47,34 gMS/h) e FDN (100,18±17,99 gFDN/h) e  maior quantidade de MS (72,86±15,56 g/bolo) e de FDN (27,69±6,02 g/bolo) por bolo ruminal quando do fornecimento de ração constituída por feno hidrolisado com 1,5% de CaO. O consumo de EE foi influenciado (P<0,05) pela hidrólise do feno de ponta de cana de açúcar, com maiores (P<0,05) valores para rações contendo feno tratado com 3% (36,72±7,06 g/dia) e 6% (39,12±7,53 g/dia) de ureia e 1,5% de CaO (38,86±7,48 g/dia). O consumo de MS (3,77±0,64% do PV e 87,17±14,26 g/PV0,75), PB (0,70±0,12% do PV e 16,21±2,87 g/PV0,75) e NDT (2,63±0,44% do PV e 61,19±9,94 g/PV0,75) foi suficiente para atendimento às exigências nutricionais dos ovinos. A digestibilidade da MS (70,16±2,40%), MO (73,21±2,07%), FDN (49,12±5,31%), HEM (51,44±6,22%) e EB (71,58±2,33%) e o valor energético quanto ao NDT (69,62±2,29% da MS), ED (3,42±0,11 Mcal/kgMS), EM (2,92±0,10 Mcal/kgMS), coeficiente de metabolizabilidade da energia (q, 0,61±0,02) e eficiência de utilização da EM (0,48±0,02) não foram influênciadas (P>0,05) pela hidrólise do feno, contudo a digestibilidade da PB foi maior (P<0,05) quando da amonização com 6% de ureia (78,17±2,78%) e 1,5% de CaO (79,68±2,84%). A hidrólise do feno de ponta de cana-de-açúcar melhorou (P<0,05) a digestibilidade da FDA e CEL. Não houve influência (P>0,05) da hidrólise do feno para nitrogênio ingerido, excretado nas fezes e urina e retido, bem como para as relações do N excretado, no entanto, o balanço de nitrogênio foi melhor (P<0,05) para rações com feno hidrolisado com 1,5% de CaO, 74,09±3,30% do N ingerido. O pH e o N-NH3 mostrraram-se adequados à fermentação no rúmen e a ureia plasmática manteve-se no intervalo fisiológico para ovinos. Houve correlação positiva (P<0,05) da produção fecal estimada pelos indicadores com a coleta total de fezes, com coeficientes maiores de 90% para Cr2O3, TiO2 e MSi. A digestibilidade da MS e de nutrientes estimada a partir do uso de indicadores correlacionou-se positivamente com a obtida pela coleta total de fezes. Maiores coeficientes de correlação foram obtidos para a digestibilidade por coleta total em relação ao Cr2O3, com valores aproximados aos para TiO2. Quanto aos indicadores internos MSi e FDNi, a digestibilidade da proteína e fração fibrosa apresentou coeficiente de correlação com a digestibilidade por coleta total superior a 70%. A hidrólise do feno de ponta de cana-de-açúcar com ureia ou CaO, em dietas para ovinos em terminação, não altera o comportamento ingestivo, com exceção da eficiência de ruminação e gramas de MS e FDN por bolo ruminal, melhoradas por hidrólise do feno com 1,5% de CaO. A amonização com 6% de ureia e hidrólise com 1,5% de CaO resultou em melhoria da digestibilidade da fibra em detergente ácido (FDA) e celulose e balanço de nitrogênio. O indicador interno MSi e os externos Cr2O3 e TiO2 são eficazes na estimativa da produção fecal e digestibilidade da MS e nutrientes.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ARIOSVALDO NUNES MEDEIROS - UFPB
Presidente - 1167667 - ARNAUD AZEVEDO ALVES
Externo ao Programa - 446.200.203-20 - DANIELLE MARIA MACHADO RIBEIRO AZEVEDO - EMBRAPA
Externo à Instituição - HENRIQUE NUNES PARENTE - UFMA
Externo à Instituição - MARCOS CLAUDIO PINHEIRO ROGERIO - EMBRAPA
Notícia cadastrada em: 27/02/2014 16:08
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