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Banca de DEFESA: JAMYLLE MELO NUNES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JAMYLLE MELO NUNES
DATA: 06/03/2020
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório do LIMAV - Programa de Pós-Graduação de Ciências Materiais
TÍTULO: 3’-NITRO-3-FENILAMINO NOR-BETA-LAPACHONA: ESTUDOS IN SILICO E DESENVOLVIMENTO DE NANOFORMULAÇÃO
PALAVRAS-CHAVES: Câncer. Naftoquinonas. Estudos teóricos. Nanotecnologia. Nanopartículas poliméricas.
PÁGINAS: 125
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

O câncer é um grave problema de saúde pública em todo o mundo. Atualmente é crescente a busca por fármacos
anticancerígenos inovadores que garantam um tratamento mais eficaz, sítio-específico, e que impossibilite a progressão
dessa doença. Dentre os novos análogos naftoquinônicos promissores, a 3’-nitro-3-fenilamino nor-beta-lapachona
(QPhNO 2 ) é uma molécula de natureza lipofílica que tem apresentado excelentes resultados de atividade anticâncer in
vitro. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo realizar estudos in silico da molécula QPhNO 2 , obter
nanopartículas poliméricas contendo esse fármaco e avaliar a atividade citotóxica destas em linhagens de células de
câncer. A molécula QPhNO 2 foi submetida à estudos de predições ADMET, drug-likeness, bioatividade, análise de
orbitais de fronteiras, e docagem molecular com topoisomerases I, IIα e IIß, comparando-a à fármacos inibidores de
topoisomerase de referência (camptotecina e doxorrubicina). O encapsulamento da QPhNO 2 foi realizado em
nanopartículas poliméricas de policaprolactona (PCL) seguindo um planejamento fatorial 2 2 . A nanoformulação
selecionada foi caracterizada quanto ao aspecto, microscopia eletrônica de varredura, potencial zeta, tamanho de
partículas, índice de polidispersão (PDI), infravermelho (FT-IR), análises térmicas (TGA e DSC), eficiência de
encapsulação, perfil de liberação in vitro e citotoxicidade em diferentes linhagens de células cancerígenas e em
linhagem de célula normal. Nos achados in silico o perfil ADME de QPhNO 2 apresentou bons resultados de absorção,
permeação, alta porcentagem de ligação às proteínas plasmáticas e metabolismo pelas enzimas CYPs e UGT. Porém, o
composto apresentou nos resultados preditivos indícios de carcinogenicidade e mutagenicidade como observado em
fármacos já utilizados na clínica. Nas docagens moleculares a molécula QPhNO 2 apresentou maior energia de ligação que
a camptotecina em topoisomerase I, enquanto nas topoisomerases IIα e IIß o fármaco de referência doxorrubicina
apresentou melhores resultados de interação. A formulação apresentou aspecto homogêneo. As partículas apresentaram
tamanho médio de 138,43±2,10 nm, PDI de 0,146±0,01 nm e potencial zeta de -21,77±1,30 nm. A presença do fármaco

nas nanopartículas foi verificada pelo FT-IR e por modificações nas análises térmicas. A formulação apresentou
eficiência de encapsulação de 81,1%, e um perfil de liberação gradual que atingiu aproximadamente 11,4% em 7 dias. A
citotoxicidade do fármaco não foi comprometida pelo processo de nanoencapsulamento, com IC 50 nas células de câncer
variando entre 0,08 a 1,4 µg.mL -1 . Os resultados dos estudos teóricos da molécula QPhNO 2 revelaram importantes
propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas que evidenciaram o potencial dessa nova molécula com um
promissor fármaco antineoplásico. No que concerne as nanopartículas de PCL contendo QPhNO 2 , estas apresentaram
características tecnológicas atrativas passível de favorecer a atuação dessa formulação como um sistema de liberação
eficiente na terapia do câncer.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2199134 - MARCILIA PINHEIRO DA COSTA
Interno - 1668358 - ANDRE LUIS MENEZES CARVALHO
Externo ao Programa - 1654493 - MARCIA DOS SANTOS RIZZO
Externo à Instituição - KAYO ALVES FIGUEIRÊDO - IFPI
Notícia cadastrada em: 27/02/2020 10:27
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