Já tem sido reportado pela literatura que a sinvastatina, uma estatina comumente prescrita por seus efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, possui efeito protetor em modelos de úlcera gástrica induzidos por etanol e indometacina. Entretanto a ação gastroprotetora da sinvastatina no modelo de lesão gástrica induzida por alendronato permanece inexplorado. O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito protetor da sinvastatina no dano gástrico ocasionado pelo tratamento com alendronato em ratos. No método, ratas fêmeas foram pré-tratadas com veículo ou sinvastatina (20 e 60 mg/Kg) por via oral. Após 1 hora, foi administrado alendronato (50mg/Kg) por via oral. A sinvastatina foi administrada uma vez ao dia durante 7 dias e a partir do 4° dia o alendronato começou a ser administrado uma vez ao dia durante 4 dias. No último dia de tratamento, 4 horas após a administração do alendronato, os animais foram eutanaziados, seus estômagos removidos e os danos gástricos foram mensurados. Amostras dos estômagos, imediatamente após a remoção, foram fixadas em formalina 10% para subsequente avaliação histopatológica. Outras amostras retiradas do estomago foram estocadas e congeladas em -80 °C para posteriores mensurações dos níveis de glutationa (GSH), malondialdeido (MDA), citocinas e da atividade da mieloperoxidase (MPO). Um terceiro grupo foi utilizado para mensuração de muco e secreção. Como resultados o pré-tratamento com sinvastatina preveniu os danos gástricos macro e microscópicos induzidos pelo tratamento com alendronato, aumentou os níveis de GSH e diminuiu os níveis de MDA, citocinas (IL-1β e TNF-α) e a atividade da MPO, além de também preservar os níveis de muco e reduzir a secreção ácida gástrica. Em conclusão, nossos resultados demonstram o efeito protetor da sinvastatina sobre a lesão gástrica induzida por alendronato, mantém a integridade da mucosa gástrica, a inibição da migração neutrofilica e a redução do estresse oxidativo associado com o aumento da acidez gástrica.