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Banca de QUALIFICAÇÃO: ROMÁRIO RÁWLYSON PEREIRA DO NASCIMENTO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROMÁRIO RÁWLYSON PEREIRA DO NASCIMENTO
DATA: 29/07/2022
HORA: 14:00
LOCAL: WEBCONFERÊNCIA
TÍTULO: MODOS DE EDUCAR ENTRE JOVENS TRANSVESTIGENERES NA UNIVERSIDADE: CARTOGRAFIAS DESEJANTES
PALAVRAS-CHAVES: Jovens transvestigêneres. Modos de educar. Cartografias desejantes.
PÁGINAS: 90
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

As performances de jovens transvestigêneres se materializam na relação aos jogos de poderes que desejam instituir a cisheterossexualidade como norma. Neste sentido, as corporalidades e subjetividades dês jovens transvestigêneres carregam as marcas das práticas heterogêneas de poder exercidas pelas diversas instituições como família, escola, Estado, igreja, a Universidade. A presente pesquisa, numa abordagem cartográfica, acompanha os processos de subjetivações vividos por jovens transvestigêneres em duas universidades públicas localizadas na cidade de Teresina-PI. Pesquisa da Andifes revela que pessoas trans e travestis representam apenas 0,2% dos estudantes em instituições públicas de ensino superior. De outro lado, sobre as juventudes os dados da ANTRA (2021) apontam que, 5% das vítimas tinham entre 13 e 17, anos e 53% vítimas tinham entre 18 e 29 anos, de modo que a idade média das vítimas foi de 29,3 anos. Desta forma, a pesquisa justifica-se na perspectiva de conhecer as histórias de jovens transvestigêneres que conseguem se inserir em universidades, apesar das dificuldades impostas pelo preconceito social, pelo risco de mortalidade apontado pela ANTRA, pretende-se então desvelar que desafios e táticas de permanência são experimentados por estes jovens desde a universidade. Para tanto, a pesquisa busca refletir sobre as seguintes questões: Como jovens transvestigêneres performam seus gêneros dissidentes na universidade? Quais normas regulatórias de gênero perpassam o processo de produção de subjetividades transvestigêneres na universidade? Como e em que medida as performances transvestigêneres se conformam, confrontam e reinventam as normas regulatórias de gênero? Que modos de educação as performances transvestigêneres criam no processo de produção de si? A partir dessas questões problematizadoras, a pesquisa tem por objetivo: Cartografar o processo de subjetivação inerente a construção das performances de jovens transvestigêneres dentro das universidades compreendendo como estas se conformam, confrontam e reinventam as normas regulatórias de gênero e criam modos de educar a partir de suas experiências. No que tange aos aspectos metodológicos, a pesquisa assume a perspectiva cartográfica por esta abordagem possibilitar um mergulho nas subjetividades transvestigêneres, no intuito de perceber, acompanhar, descrever e analisar as linhas de subjetividades que compõe as corporalidades transvestigêneres em suas relações com a universidade. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 6 jovens transvestigêneres universitáries da Universidade Federal do Piauí e da Universidade Estadual do Piauí. As entrevistas fazem parte de um conjunto maior de dados produzidos durante a realização do “Estudo Nacional sobre os Perfis Travestis e Transexuais” executado pelo Observatório da Saúde LGBT do Núcleo de Estudos em Saúde Pública da Universidade de Brasília (NESP/UnB), no qual atuei como pesquisadora responsável pelos dados no Piauí. Durante o processo de produção dos dados para esse estudo nacional, percebi que as vivências dos jovens trasvestigêneres na universidade dialogam com as minhas próprias vivências enquanto aluna e professora, tantos sonhos, o desrespeito ao nome social, o medo pelo uso do banheiro, nesse sentido a partir desses atravessamentos coletivos, optei por trazer este recorte do estudo para a produção de tese. A partir da cartografia desenhada por meio das entrevistas realizadas, entende-se que os jovens enfrentam inúmeros desafios para existir nas instituições de ensino superior, uma existência que só é possível a partir da resistência.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1728592 - SHARA JANE HOLANDA COSTA ADAD
Interno - 1714610 - MARIA DO SOCORRO BORGES DA SILVA
Interno - 423552 - FRANCIS MUSA BOAKARI
Interno - 1221347 - EDNARDO MONTEIRO GONZAGA DO MONTI
Externo à Instituição - LUMA NOGUEIRA DE ANDRADE - UNILAB
Externo à Instituição - ANTONIO VLADIMIR FELIX DA SILVA - UFDPar
Externo à Instituição - MEGG RAYARA GOMES DE OLIVEIRA - UFPR
Notícia cadastrada em: 07/07/2022 14:33
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