Metodologia: |
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Ciências Biológicas Componente Curricular: Sistemática Filogenética Professor: Dr. ANDERSON GUZZI Créditos: 4 (60 h/a) Período Letivo: 02/2013 Período: 5° Encontros: Segundas-feiras (16:00 às 18:00) e Sextas-feiras (16:00 às 18:00h)
1 -EMENTA: ● Teoria da sistemática filogenética e comparação com outras escolas de classificação; ● Métodos para elaboração de cladogramas; ● Aprendizado de programas de computador para análises filogenéticas; ● Aplicação da sistemática filogenética na evolução de caracteres; ● Biogeografia;
2 - JUSTIFICATIVA: A presente disciplina busca contemplar os principais aspectos da Evolução, uma ciência que aborda a história dos organismos, desde os mais simples até sua manifestação como homem consciente. Aliado a isso, a disciplina também aborda o resgate histórico da concepção do homem frente à diversidade biológica. Adaptação, seleção natural e relação histórica dos organismos ao meio ambiente são temas de estudo dessa Ciência. Também se relaciona com as disciplinas de Zoologia, Anatomia, Embriologia, Ecologia e Citologia, principalmente considerando o desenvolvimento histórico das estruturas orgânicas. Considerando o perfil do acadêmico acima descrito, a disciplina vem de encontro com a fundamentação teórica que o Curso de Ciências Biológicas objetiva transmitir aos seus graduandos: o mais novo paradigma biológico, importante em sua descrição de um método geral de reconstrução da história filogenética.
3 - OBJETIVOS GERAIS: Compreender a diversidade biológica sob uma ótica holística, compreendendo as semelhanças entre os grupos, sua dimensão temporal, espacial e a existência de um sistema de nomes, além de buscar completar a formação biológica dos alunos, colocando o Processo Evolutivo como base de entendimento de todos os processos biológicos que atuam sobre os seres vivos.
4 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS Apresentar aos alunos a história das soluções dadas para o reconhecimento da ordem subjacente à diversidade biológica, que resultaram nas escolas essencialista, gradista, fenética e filogenética. O aluno deverá saber os fundamentos do método de reconstrução filogenética e compreender que qualquer caráter biológico teve uma origem evolutiva no contexto filogenética e pode, portanto, ter seu padrão de distribuição nos táxons compreendido sob um enfoque filogenético. O aluno deverá compreender a distribuição espacial da diversidade biológica, reconhecendo o papel da dispersão e da vicariância como mecanismos de determinação, através do tempo, da distribuição geográfica dos organismos.
5 - CONTEÚDO PROGRAMÀTICO: Parte teórica: (Conteúdos conceituais e essenciais) História da compreensão da ordem da diversidade biológica. Aristóteles: as essências; categorias aristotélicas; a classificação aristotélica; homologia; o início da biologia. Linnaeus. As grandes navegações, imperialismo e a constituições de coleções biológicas. Fixismo e transformismo. As categorias linneanas. Hierarquia de táxons e hierarquia de categorias. As classificações linneanas. Homologia pré-evolucionista. A teoria da evolução e as classificações biológicas pós-evolucionistas. O método de análise filogenética de Willi Hennig. Homologia evolutiva. Direção temporal para estruturas homólogas e diferentes entre si: plesiomorfia e apomorfia. Apomorfias compartilhadas e agrupamentos monofiléticos. Sinapomorfias, homoplasia e reversões. Congruência entre caracteres. Parsimônia. Topologias possíveis. Filogenias como hipóteses. Decisão sobre a melhor filogenia. Aplicação do método filogenético a caracteres morfológicos, fisiológicos, genéticos, bioquímicos, ecológicos e comportamentais. As diferentes escolas de sistemática. Sistemática essencialista e taxonomia sem teoria. Sistemática fenética: objetivos e métodos. Sistemática gradista. Sistemática filogenética. Método de recuperação de ordem e sistema de nomes nas classificações: hierarquia de táxons, hierarquia de nomes e hierarquia de categorias. O problema da distribuição espacial dos grupos biológicos: disjunção taxonômica. Histórico do pensamento biogeográfico. A biogeografia Criacionista. A descoberta das Américas. O dispersionismo criacionista de Linnaeus. O advento da teoria evolutiva e o dispersionismo evolucionista. Dispersão e vicariância. A integração entre dispersão e vicariância para formar o padrão biogeográfico local. Tectônica de placas. História da diferenciação de faunas e floras regionais. Regiões biogeográficas e as provinciais biogeográficas locais. Conceitos de Espécie; Evolução dos Grandes Grupos Taxonômicos.
6 - METODOLOGIA DE ENSINO E APRENDIZAGEM Como eixo metodológico para o desenvolvimento desse trabalho tem-se como pressuposto que o conhecimento se constrói pela interação sujeito/objeto. Consideramos o aluno, não como um receptor passivo de informações, mas como um sujeito capaz de se apropriar do conhecimento de forma inovadora. Os temas trabalhados, por si só, provocam debates e discussões, pois são polêmicos e atuais. A possibilidade de mudança do paradigma biológico promove debates intensos, sendo assunto dos principais artigos científicos. Posto isso, o curso será expositivo, ilustrado, dinâmico e se dará em 60 horas, seguindo a programação apresentada no item anterior. As aulas teóricas serão expositivas com o uso dos mais modernos recursos audiovisuais, como data show e vídeos didáticos, com discussão em classe sobre bibliografia previamente informada e estudada. As aulas práticas serão com apresentação de animações digitais didáticas, além de exercícios práticos de sistemática.
Atividades discentes: Participação nas aulas teóricas, práticas, seminários e nas discussões; apresentação de relatório de aula prática (exercícios), resenhas de artigos científicos, dissertações e teses, e avaliações. |
Procedimentos de Avaliação da Aprendizagem: |
7 - FORMAS E MOMENTOS DE AVALIAÇÃO: As avaliações constarão de duas provas escritas, abrangendo toda a matéria, na metade e no final do curso (teóricas), resenhas de artigos científicos, dissertações e teses, além de relatórios de aulas práticas e seminário.
Média Final: M = P1 + RA1 + P2 + EP + S 2 2
Onde: EP = Exercício Prático; M = Média Semestral; P1 = primeira avaliação teórica; P2 = segunda avaliação teórica; RA = Resenha de artigo científico; S = seminário. |
Bibliografia:
| 9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS Bibliografia Básica AMORIM, D.S. 1997. Elementos Básicos de Sistemática Filogenética, 2ª Edição. Holos, Editora e Sociedade Brasileira de Entomologia, Ribeirão Preto. 154p. FUTUYMA, D.J. 2002. Biologia Evolutiva. 3 ed. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, 631p. PAPAVERO, N. (Organizador), 1994. Fundamentos Práticos de Taxonomia Zoológica: Coleções, Bibliografia, Nomenclatura. Editora UNESP - FAPESP, São Paulo.
Bibliografia Complementar DARWIN, C. 1859 (2004). A origem das espécies. Editora Martin Claret, São Paulo. DAWKINS, R. 1998. A escalada do monte improvável: uma defesa da teoria da evolução. Companhia das Letras, São Paulo. FERREIRA, R. 1990. Bates, Darwin, Wallace e a teoria da evolução. Edusp, São Paulo. GOULD, S.J. 1980 (1989). O polegar do panda. Editora Martins Fontes, São Paulo. MAYR, E. 1982 (1998). O desenvolvimento do pensamento biológico. Editora da Universidade de Brasília, Brasília. MAYR, E. 1991 (2006). Uma ampla discussão: Charles Darwin e a gênese do moderno pensamento evolucionário. Funpec editora, Ribeirão Preto. POPPER, K. 1976 (1977). Autobiografia intelectual. Editora Cultrix, Universidade de São Paulo. RIDLEY, Mark. 2006. Evolucao. 3. ed. Porto Alegre: Artmed. 752p. TORT, P. 2004. Darwin e a ciência da evolução. Editora Objetiva, Rio de Janeiro. |