Dissertações/Teses

2024
Descrição
  • TAMIRES SANTOS BARBOSA
  • RELAÇÃO ENTRE A FORÇA MUSCULAR E MEDIDAS ULTRASSONOGRÁFICAS DE ÁREA, ESPESSURA E MOBILIDADE DOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO: ESTUDO TRANSVERSAL
  • Orientador : GUILHERME PERTINNI DE MORAIS GOUVEIA
  • Data: 20/12/2024
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  • Introdução: Os músculos do assoalho pélvico (MAP) desempenham papel essencial na continência, suporte de órgãos pélvicos e função sexual. A ultrassonografia transperineal tem sido usada para avaliar os MAP, fornecendo dados morfológicos e funcionais. Este estudo investiga a relação entre força muscular e medidas ultrassonográficas de área e espessura dos MAP. Objetivo: Correlacionar a força dos MAP com variáveis ultrassonográficas, considerandodiferenças entre os gêneros. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal,analítico, envolvendo 45 jovens adultos saudáveis (12 homens e 33 mulheres), avaliados por ultrassonografia funcional e testes de força muscular. Foram analisadas medidas de área e espessura dos MAP em repouso e em contração, além de correlações com idade, Índice de Massa Corporal, potência e endurance. Testes estatísticos apropriados foram usados (média, desvio padrão, mediana e intervalo interquartis, além de teste t para amostras independentes, correlação de Pearson, teste de Mann-Whitney, teste de hipótese e intervalo de confiança de 95%), considerando p<0,05. Resultados: Não houve diferença significativa entre os gêneros para a espessura do puborretal, área anal e circunferência anal (p>0,05). Diferenças estatísticas foram observadas na espessura do esfíncter anal interno (p<0,05). Correlações significativas foram encontradas entre a força dos MAP e potência/endurance no gênero masculino, enquanto no gênero feminino, o isquiocavernoso mostrou correlação moderada com potência. Conclusão: Os achados destacam diferenças de gênero nas relações entre força muscular e medidas ultrassonográficas, evidenciando que intervenções e avaliações
    fisioterapêuticas devem considerar essas particularidades. Este estudo contribui para a compreensão da funcionalidade dos MAP e orienta futuras pesquisas sobre estratégias de avaliação e tratamento.

  • LIVIANE ALVES DE ARAUJO GOIS
  • APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO E HIPERTENSÃO ARTERIAL: ESTUDO DE CASOS NO AMBULATÓRIO DE CARDIOLOGIA DO CENTRO INTEGRADO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS (CIEM) EM PARNAÍBA – PI
  • Orientador : MARCELO DE CARVALHO FILGUEIRAS
  • Data: 19/12/2024
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  • INTRODUÇÃO: A apneia do sono é uma condição caracterizada por episódios recorrentes de interrupção total (apneia) ou parcial (hipopneia) da respiração durante o sono. Podendo ser classificada em síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) quando ocorre devido ao bloqueio das vias aéreas superiores no decurso do adormecer, resultando em esforço respiratório contínuo. É caracterizada como um determinante de risco independente para o surgimento de diferentes doenças cardiovasculares, sendo a principal, a hipertensão arterial sistêmica. OBJETIVO: Investigar a incidência da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono em pacientes Hipertensos atendidos no Ambulatório de Cardiologia do Centro Integrado de Especialidades Médicas (CIEM). METODOLOGIA: Utilizou-se a aplicação de três questionários como instrumentos de coleta de dados, sendo: a Escala de Sonolência de Epworth (ESE), que tem como objetivo avaliar o nível de sonolência diurna de um indivíduo; o Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI), destinado a avaliar a qualidade geral do sono de uma pessoa nos últimos três meses; e, por fim, o Questionário de Berlim, ferramenta adotada para identificara probabilidade de presença da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). A análise estatística foi conduzida com o auxílio do software GraphPad Prism 5, e os dados foram organizados e tabulados utilizando o programa Microsoft Excel 2013. Para as variáveis quantitativas, foi utilizado o teste t de Student para amostras independentes. RESULTADOS: Realizou-se comparação entre os escores da ESSE e IQSP entre os participantes com alto risco para SAOS (QB com duas ou mais categorias positivas) e baixo risco para SAOS (nenhuma ou apenas uma categoria com pontuação positiva no QB). Os resultados destacam que a qualidade do sono (avaliada pelo IQSP) parece ser mais impactada pelo risco de SAOS do que a sonolência diurna (avaliada pela ESE).

  • VINICIUS MORAES DOS SANTOS
  • Investigação e análise epidemiológica da infecção aguda pelo Alphavirus chikungunya no estado do Piauí
  • Orientador : GUSTAVO PORTELA FERREIRA
  • Data: 25/10/2024
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  • Doenças infecciosas são um importante problema de saúde em todo o mundo. Dentre essas, as arboviroses se destacam pelos surtos explosivos, alta carga de pacientes acometidos, custos relacionados aos serviços de saúde e incapacitação para o exercício de atividades laborais e/ou do cotidiano de indivíduos infectados. No Brasil, elas são uma questão de Saúde Pública há décadas, com surtos e epidemias de ampla magnitude ocorrendo em todos os Estados do país. Além da dengue, doença endêmica e a arbovirose mais comum no país, nos últimos anos tem se destacado a infecção pelo Alphavirus chikungunya (CHIKV). A Febre Chikungunya (CHIKF) é uma doença caracterizada por febre alta, artralgia e exantema e é dividida em duas fases, aguda e crônica. Ela está relacionada com a perda da produtividade e redução da qualidade de vida dos pacientes acometidos. No presente estudo, avaliamos o perfil clínico-epidemiológico da CHIKF nas fases aguda e crônica no Piauí em 2017. 256 pacientes com doença febril aguda foram testados para o CHIKV por RT-PCR e/ou teste rápido IgM anti-CHIKV. Acompanhamento telefônico e visitas domiciliares foram realizados para avaliar a evolução da doença. 181 pacientes foram positivos, predominantemente mulheres (74,03%). Febre, mialgia, erupção cutânea, dor retrorbital e edema foram positivamente associados com CHIKF. 68 pacientes evoluíram para a fase crônica. A intensidade da dor foi leve em 57,57% dos participantes. Em sua maioria, os pacientes apresentaram um padrão de acometimento bilateral (93,94%) e artralgia recidivante (86,36%). 45 (66,2%) pacientes apresentaram limitações na realização de atividades cotidianas e 35 (51,5%) pacientes relataram afastamento do trabalho. Estes achados caracterizam o perfil epidemiológico da CHIKF aguda e crônica no Piauí, o que poderá contribuir para a identificaçãoprecoce do vírus, além de auxiliar no desenvolvimento de políticas de prevenção de novos casos da infecção.

  • MARCOS WILLIAM CABRAL SILVA
  • EFEITO DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA BIHEMISFÉRICA POR CORRENTE CONTÍNUA NA INSTABILIDADE POSTURAL EM INDIVIDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON: ENSAIO CLÍNICO ALEATORIZADO, CRUZADO, DUPLO-CEGO E PLACEBO CONTROLADO.
  • Orientador : FUAD AHMAD HAZIME
  • Data: 30/08/2024
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  • Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa que resulta na perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra, levando a sintomas motores como bradicinesia, rigidez muscular, tremores e instabilidade postural. A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica não invasiva e não farmacológica de modulação da atividade neuronal, com potencial uso na reabilitação de pacientes com doenças neurológicas progressivas. Embora algumas evidências tenham demonstrado que a ETCC pode modular o equilíbrio postural, poucos estudos investigaram o seu efeito em pessoas com DP, utilizando-se a estimulação bihemisférica e métodos quantitativos de análise do equilíbrio. Objetivo: Investigar o efeito da ETCC bihemisférica na instabilidade postural em indivíduos com DP. Métodos: Dezoito participantes com DP foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: ETCC anodal bihemisférica real ou bihemisférica simulada em uma única sessão. O equilíbrio estático foi avaliado antes e após a aplicação da ETCC (2 mA por 20 minutos sobre o córtex motor primário) durante a tarefa de apoio bipodal com e sem espuma (olhos abertos e fechados) sobre uma plataforma de força. Após um intervalo de sete dias, os grupos foram reavaliados, com inversão do tipo de estimulação. A análise estatística foi conduzida utilizando a ANCOVA não paramétrica de Quade para testar diferenças nas medidas pós-intervenção. Resultados: Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de ETCC real e simulada nas variáveis de deslocamento anteroposterior, deslocamento mediolateral, área de deslocamento, velocidade de oscilação e frequência de oscilação, independentemente da condição de perturbação visual e somatossensorial. Conclusão: A estimulação bihemisférica do córtex motor primário, aplicada em uma única sessão, não diminui a instabilidade postural de pacientes com DP.

  • WESLEY RODRIGUES DA SILVA
  • INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL ANTILEISHMANIA DO GALATO DE OCTILA
  • Orientador : KLINGER ANTONIO DA FRANCA RODRIGUES
  • Data: 28/06/2024
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  • As leishmanioses representam um conjunto de doenças negligenciadas que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. Ao longo de décadas, tratamentos quimioterápicos de primeira e segunda linha foram disponibilizados, porém caracterizam-se por sua considerável toxicidade e eficácia variável, o que tem contribuído para o surgimento de resistência. O ácido gálico (ácido 3,4,5-tri-hidroxibenzóico) e seus derivados têm sido associados a uma ampla variedade de atividades biológicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar in vitro e in vivo o potencial antileishmania, citotóxico e imunomodulador de macrófagos do galato de octila (um éster do ácido gálico). Foram realizados protocolos antileishmania em promastigotas e amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis, citotoxicidade e atividade imunomoduladora de macrófagos e citotoxicidade in vivo em larvas Zophobas morio. O composto revelou baixa toxicidade em macrófagos J774.A1 (CC50 = 124,8 μM). Além disso, mostrou atividade antileishmania, inibindo promastigotas de L. (L.) amazonensis (CI50 = 2,27 μM), com índice de seletividade de 54,97, e amastigotas intramacrofágicas (CE50 de 1,71 μM), com índice de seletividade de 72,98. Também foi capaz de aumentar a produção das citocinas pró-inflamatórias TNF-α e IL-12, bem como de óxido nítrico (NO) e espécies reativas de oxigênio (EROs), além de reduzir os níveis da citocina anti-inflamatória IL-10. No ensaio de toxicidade in vivo, apresentou toxicidade tolerável e aumento na melanização nas maiores concentrações testadas (15 e 1500 mg/Kg), com um DL50 de 75 mg/Kg. Conclui-se que o galato de octila revelou importantes propriedades toxicológicas e potencial antileishmania, com redução da infectividade em macrófagos parasitados.

  • TAMIRES SANTOS BARBOSA
  • A Incontinência Urinária de Esforço na Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: Revisão Sistemática
  • Orientador : GUILHERME PERTINNI DE MORAIS GOUVEIA
  • Data: 22/06/2024
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  • A incontinência urinária (IU) é qualquer perda involuntária de urina e a prevalência dessa manifestação aumenta com a idade, sendo que o sexo feminino é o mais exposto do que os homens devido à gravidez, parto e menopausa. Dentre os tipos de incontinência, há a incontinência urinária de esforço (IUE), a qual está associada às atividades que envolvem aumento da pressão intra-abdominal, como esforço físico, espirros, tossir ou rir, entre outros. Objetivo: buscar os atuais estudos sobre quais as incidências tem sido apresentadas e relacionadas entre essas duas doenças e de como isso tem sido vivenciado pelos pesquisadores. Métodos: Revisão sistemática (RS), incluindo estudos dos tipos mistos. Para avaliar a qualidade dos estudos selecionados, foi utilizado a ferramenta de avaliação de métodos mistos (Mixed Methods Appraisal Tool - MMAT) - Versão 2018 para classificação dos estudos. Resultados: Apenas um estudo compôs a amostra final. O estudo apresentou os seguintes resultados: 69 indivíduos com DPOC foram recrutados, desses, 17 com sintomas de incontinência urinária e 43 sem sintomas de Incontinência Urinária. A média de idade da amostra foi de 67(± 9) anos com 51,6% de homens e 48,4% de mulheres. Um terço dos pacientes eram asmáticos e 20% fumantes. Conclusão: Neste estudo, foi constatado que a prevalência de Incontinência Urinária em pacientes com DPOC é de 28,3%, indicando que um considerável número de indivíduos com essa condição enfrenta esse problema.

  • RAQUEL SALES ROCHA JACOB
  • Efeitos da estimulação elétrica cerebral assistida por estimulação elétrica periférica ou cerebral (priming) na ativação da via inibitória descendente da dor em indivíduos saudáveis.
  • Orientador : FUAD AHMAD HAZIME
  • Data: 24/05/2024
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  • Introdução: A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) é uma estratégia de neuromodulação não invasiva estudada no tratamento de diversas disfunções humanas. No entanto, quando aplicada de forma isolada, parece não induzir mudanças clinicamente importantes na percepção de dor em pessoas saudáveis e em algumas condições de dor crônica. Neste sentido, o fenômeno priming surge como potencial estratégia para maximizar os efeitos da ETCC, a partir do pré-condicionamento por outros estímulos como a estimulação elétrica periférica sensorial (EEPs) ou a própria ETCC. Objetivo: Investigar os efeitos do priming com EEPs e ETCC sobre a eficácia da ETCC anódica na ativação da via inibitória descendente da dor. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico, randomizado, duplo-cego placebo controlado. 60 voluntários saudáveis, de ambos os sexos foram distribuídos aleatoriamente em 4 grupo: (1) EEP real (100 Hz, 200μs, 20 min) e ETCC anodal real (2mA, 20 min), (2) EEP simulada (30s) e ETCC anodal real (20 min) (3) ETCC catodal real (2mA, 20min) e ETCC anodal real (2mA, 20 min), (4) ETCC catodal simulada (30s) e ETCC anodal real (20 min). A EEPs foi aplicada no antebraço e a ETCC na área correspondente ao córtex motor primário-M1. As intervenções foram realizadas com um intervalo mínimo de 48h. A modulação condicionada da dor (MCD) foi avaliada por meio da diferença no limiar de dor por pressão entre as condições de estímulo teste (algometria) e condicionante (resfriamento). A análise cumulativa de respondedores foi utilizada para identificar diferenças clinicamente importantes na MCD. Resultados: Houve ativação da via inibitória descendente da dor pré-intervenção em ambos os protocolos de priming (periférico e cortical) (p < 0,001). Não houve diferenças significativas na MCD nas estratégias de priming e não priming. No entanto, a análise cumulativa da proporção de respondedores demonstrou diferenças clinicamente importantes em favor da estratégia de priming cortical durante (30s e 90s) e após (60s) estímulo condicionante. Conclusão: A ETCC não aumenta a atividade da via inibitória descendente da dor em indivíduos saudáveis, independentemente da estratégia de priming. No entanto, o priming cortical inibitório (ETCC-c) parece aumentar os efeitos da ETCC em um subgrupo de indivíduos (“respondedores”).

  • LEYDNAYA MARIA SOUZA WAGNER
  • PERFIL DE INCAPACIDADES DAS PESSOAS COM HANSENÍASE NA CIDADE DE PARNAÍBA-PI
  • Orientador : VINICIUS SAURA CARDOSO
  • Data: 26/01/2024
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  • Introdução: A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, que acomete
    principalmente os nervos superficiais da pele e troncos nervosos. A doença
    evolui, quando não tratada na forma inicial, podendo levar a incapacidades
    físicas. A hanseníase mantém-se como problema de saúde pública, e o Brasil se
    enquadra em um grupo denominado “países prioritários globais” para o controle
    da doença. Apesar de todos os avanços na assistência ao paciente com
    hanseníase, percebe-se que o diagnóstico ainda é tardio. Diante das lacunas
    existentes para se reconhecer e compreender os aspectos referentes ao controle da
    hanseníase, traçar um perfil epidemiológico da doença se faz necessário e
    resultará em evidências de cunho operacional que retratarão o cenário da
    endemia na cidade de Parnaíba, para futuras intervenções no combate à doença, a
    partir dos dados gerados. Objetivo: Descrever o perfil de incapacidades dos
    indivíduos com hanseníase residentes na cidade de Parnaíba-PI. Metodologia:
    trata-se de um estudo epidemiológico do tipo descritivo. Serão recrutadas pessoas
    com hanseníase atendidos no Centro de Especialidades em Saúde. A pesquisa
    será desenvolvida na cidade de Parnaíba, localizada no estado do Piauí. A coleta
    dos dados será realizada por meio de dados primários e secundários: sistemas de
    informação, questionários e avaliação neurológica simplificada. Os questionários
    abordarão o perfil sociodemográfico, história clínica, avaliação física, grau de
    incapacidade, triagem de limitação de atividade e consciência de risco e
    qualidade de vida. Resultados Esperados: Espera-se encontrar dados que tragam
    característica dos pacientes com hanseníase de forma a observar possíveis danos
    sensitivos e motores.

  • YASMINE MARIA LEÓDIDO FORTES
  • Fibromigrânea: um estudo de Coorte retrospectivo.
  • Orientador : RAIMUNDO PEREIRA DA SILVA NETO
  • Data: 19/01/2024
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  • Introdução: Migrânea e fibromialgia são doenças comórbidas e têm bases neurobiológicas comuns, incluindo os mecanismos centrais de regulação da dor. Esta associação é denominada fibromigrânea. Objetivos: Caracterizar a associação entre migrânea e fibromialgia e avaliar a qualidade de vida dos pacientes. Pacientes e Métodos: Este foi um estudo retrospectivo, observacional, de coorte transversal, com comparação de grupos para determinar quais fatores estão associados na relação entre migrânea e fibromialgia, no período de janeiro de 2022 a janeiro de 2023. Foram 100 com migrânea, de acordo com os critérios diagnósticos da International Classification of Headache Disorders – Third Edition (ICHD-3). Foram aplicados os questionários Headache Impact Test-6 (HIT-6) e Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9), para analisar, respectivamente a qualidade de vida e o nível de depressão em pacientes migranosos com fibromialgia e sem fibromialgia; e Widespread Pain Index (WPI) e Symptom Severity Scale (SSS), para avaliar, respectivamente, o local referido de dor muscular e o grau de severidade dos sintomas associados à fibromialgia. Resultados parciais: Dos 100 entrevistados, 95 (95%) eram mulheres e 5 (5%) homens. A idade variou de 19 a 64 anos, com uma média de idade de 37,1±11,0 anos. Trinta quatro pacientes tinham fibromialgia como comorbidade, sendo 97,1% (33/34) mulheres e 2,9% (1/34) homem, cuja idade foi 38,8±11,6 anos. A migrânea predominou no sexo feminino, tanto na presença quanto na ausência de fibromialgia. Nos dois grupos, não houve diferença nas características da cefaleia. No grupo com fibromialgia, houve predominância de alodínia e um maior escore em PHQ-9 (p<0,001).

2023
Descrição
  • ÍTALO FERREIRA DE CARVALHO
  • AVALIAÇÃO DE FUNGOS MICOTOXIGÊNICOS EM FARINHA DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) COMERCIALIZADAS NO NORTE PIAUIENSE
  • Orientador : TATIANE CAROLINE DABOIT
  • Data: 21/12/2023
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  • Introdução: A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é uma planta originária da América do Sul, de países com climas tropicais. No Piauí, a produção de mandioca ocupa o quarto lugar no Nordeste. O principal produto é a farinha de mandioca (FM) e faz parte das refeições diárias dos brasileiros, sendo capaz de aumentar a segurança alimentar de países em  desenvolvimento. A farinha de mandioca comercializada no norte do Estado, principalmente nos mercados públicos, em sua grande maioria, não possui critérios higiênico-sanitários adequados e uniformidade, o que possibilita um ambiente propício para o desenvolvimento de fungos filamentosos produtores de toxinas, as quais são danosas aos seres humanos. O consumo de FM contaminada por micotoxinas é questão de saúde pública. Objetivo: Objetiva-se caracterizar os aspectos físicoquímicos das amostras de FM e identificar possíveis gêneros de fungos toxigênicos presentes nas FM comercializadas no norte Piauiense. Metodologia: Coletou-se 12 amostras de farinha dos tipos: branca fina, branca grossa e amarela grossa, nos mercados públicos municipais de Parnaíba-PI, comércios de Ilha Grande do Piauí-PI e Luís Correia-PI. Os métodos seguidos foram aplicados conforme a RDC – Instrução normativa nº 52, 07.11.2011/ MAPA (Regulamento técnico da farinha de mandioca). Sobre a avaliação do crescimento das colônias fúngicas, realizou-se uma diluição seriada e aplicou-se a técnica de plaqueamento em superfície (spread plate), com meio de cultura ágar batata dextrose (BDA) e ágar sabouraud dextrose (SDA) em duplicata. A partir dessa técnica foi realizado o isolamento e contagem de colônias fúngicas e avaliação macroscópica. Para análise das estruturas microscópicas, será realizada a técnica da fita gomada a fim de visualizar os corpos de frutificação por microscopia óptica. Resultados iniciais: As 12 amostras coletadas nos mercados públicos e comércios piauienses, foram submetidas a análises de umidade; cinzas; acidez titulável e amido. Os teores de umidade das FM estavam dentro dos valores recomendado para esse produto, por outro lado, é necessário garantir permanentemente um bom estado no armazenamento e conservação até a distribuição ao consumidor. Foram considerados de baixa acidez 16,66% das amostras (<3,0 meq NaOH (0,1N)/100g) e de alta acidez 83,33% nas amostras (≥3,0 meq NaOH (0,1N)/100g) de FM. Os resultados parciais demonstram que existe crescimento fúngico nas amostras de FM com faixa de acidez entre 4,0 a 9,0 meq NaOH(0,1N)/100g. Os teores de cinzas encontrados foram dentro dos valores preconizados pela legislação. As amostras estudadas de FM são classificadas do grupo seca: branca, amarela, e, de acordo com a granulometria: fina e grossa. Até o momento, a pesquisa indica a presença sugestiva em 66,66% das análises. Considerações parciais: Pretende-se com a confirmação dos gêneros fúngicos nas amostras, um estudo mais profundo sobre as micotoxinas, além de alertar aos vendedores e consumidores do produto, pois é um indicativo sobre a qualidade higiênico-sanitária do alimento, impactando no quadro clínico do consumidor, assim como, na segurança alimentar e na saúde pública.

  • SASHA DO CARMO ARAUJO FORTES
  • INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES FÚNGICAS EM PÉS DIABÉTICOS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA NA PLANÍCIE LITORÂNEA DO ESTADO DO PIAUÍ
  • Orientador : TATIANE CAROLINE DABOIT
  • Data: 18/12/2023
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  • Introdução: A presença de úlceras infectadas nos pés é uma causa comum de morbidade em pacientes diabéticos, levando a complicações como gangrena e amputações. As micoses nas lesões do pé são condições agravantes dos transtornos neuropáticos, isquêmicos ou de ambos. Objetivo: Avaliar a incidência de infecções fúngicas em pés diabéticos em um serviço de referência na planície litorânea do estado do Piauí. Metodologia: É um estudo prospectivo, transverso, de abordagem quantitativa, realizado no ambulatório de pés insensíveis de Parnaíba no período de junho de 2022 a março de 2023. Os dados foram obtidos por meio da aplicação de um questionário epidemiológico e logo após houve a realização da coleta das amostras para a realização do Exame Micológico Direto (EMD) e cultural dos pacientes selecionados. As amostras de fungos coletados foram identificadas a nível de gênero por meio da técnica de microcultivo e quando leveduriformes, foi realizada a identificação presuntiva através do cultivo no meio Chromagar® Candida. Foram utilizados os testes qui-quadrado e Wilcoxon utilizando-se o Software SPSS, versão 26. Para todas as análises foi considerado nível de significância 5%. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFPI, CAAE: 5.588.478. Resultados e Discussão: No período do estudo foram coletadas amostras de 50 clientes do ambulatório de pés insensíveis. Houve predominância da incidência de infecções fúngicas em clientes idosos (60,0%), homens (72,0%), pardos (84,0%), que tinham entre 01 a 07 anos de estudo (42,0%) e 68% dos participantes do estudo tinha diabetes mellitus (DM) há pelo menos 10 anos. A maioria dos pacientes do estudo com úlcera no pé, após classificação do sistema da Universidade do Texas, apresentava úlcera do Pé Diabético A1, com predominância em 40,42% da amostra. Entre os participantes do estudo 14 (28%) tiveram amputação, sendo que, houve uma prevalência maior em homens (71,42%). Com relação a presença de micoses, 54% das amostras tiveram resultados positivos em pelo menos um dos métodos diagnósticos. Das 31 amostras de leito ungueal, foram isolados no exame cultural 16 agentes fúngicos, 9 (56,25%) de Trichophyton spp., 4 (25%) de Candida krusei, 1 (6,25%) de Candida tropicalis, 1 (6,25%) de Candida albicans e 1 (6,25%) de Scytalidium spp. Das 47 amostras de úlcera coletadas, obteve-se 13 (27,65%) fungos isolados, com uma prevalência de Trichophyton spp. em 6 (45,15%) das amostras, seguido por 3 (23,07%) de Candida albicans, 3 (23,07%) de Candida krusei e 1 (7,69%) de Candida tropicalis. A cultura foi a melhor forma de detecção fúngica, com positividade de 21,27% nas amostras de feridas e 29,03% de leito ungueal. No estudo não foi possível predizer que a quantidade de fungo na ferida esta correlacionado com o grau e estágio de classificação da DFU, agravando o quadro do paciente. Conclusão: Observou-se que a incidência fúngica em pé diabético foi predominante em idosos, do sexo masculino, pardos e com menos de oito anos de estudo. O tempo de DM é de suma importância, foi possível observar que, assim como em outros estudos, os pacientes possuíam uma média de mais de dez anos de diagnóstico. Com relação à pre em pacientes com pés diabéticos e do perfil de pacientes por elas acometidos.sença de micoses, podemos observar que foi encontrada uma maior incidência de fungos em leito ungueal quando comparado às úlceras. Quanto à identificação da presença fúngica nas unhas, foi possível observar uma predominância de Trichophyton spp. sobre os demais gêneros. Já a infecção nas úlceras houve uma predominância de espécies de Candidas sobre os dermatófitos. Deste modo, este estudo contribui para preencher uma lacuna existente no conhecimento da interferência das infecções fúngicas.

  • ALANE SPINDOLA DE OLIVEIRA
  • EFEITO CICATRIZANTE DA EPIISOPILOTURINA EM MODELO EXPERIMENTAL DE FERIDA
  • Orientador : MARCELO DE CARVALHO FILGUEIRAS
  • Data: 15/12/2023
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  • Introdução: A pele, por ser o maior órgão do corpo humano possui funções fundamentais no funcionamento fisiológico do organismo, agindo como uma barreira protetora, sendo exposta a alterações ocasionadas por fatores intrínsecos e extrínseco, e que afetam a integridade tissular. O tratamento de feridas evitando sua cronicidade e complicações é importante. Nesse contexto, a necessidade de desenvolvimento de novas terapias é uma busca constante. A epiisopiloturina
    (EPII) é uma substância com propriedade antiinflamatória que pode ter um potencial terapêutico aplicada a feridas. Objetivo: Descrever a ação da epiisopiloturina no tratamento de feridas experimentais. Metodologia: Foram utilizados 33 camundongos Balb-c, divididos em dois grupos de análises. Primeiramente, foram utilizados 18 animais, subdivididos em 3 grupos de 6 elementos: grupo salina, grupo sham e grupo EPII em experimento com duração de 120h. Em um segundo experimento, foram utilizados 15 animais, subdivididos em 3 grupos de 5 elementos: salina, grupo Sham e EPII com duração de 48h. Duas feridas incisionais circulares com 8 mm 2 de diâmetro foram produzidas, com um punch cirúrgico, na superfície dorsal de cada animal. Em seguida, obedecendo cada grupo e fase da pesquisa, os animais foram tratados a cada 24h. Diferenças macroscópicas e no tecido neoformado foram monitoradas a cada 24 horas. Após o período de 48h ou 120h os animais foram eutanasiados e amostras dos tecidos das bordas das feridas foram retiradas e preparadas para estudos histopatológicos e bioquímicos para avaliação da atividade de MPO e dosagem de nitrito. A análise estatística foi realizada apenas na primeira análise, utilizou-se a Análise de Variância (ANOVA) com post hoc test de Tukey ou o teste de Keruskal-Wallis, de acordo com a normalidade dos dados. A fim de análise, foram consideradas as diferenças entre a primeira avaliação e as avaliações subsequentes para cada medida. A normalidade dos dados foi verificada através do teste de Lilliefors. Os cálculos foram realizados no Software GraphPad Prism 5.0. Consideraram-se significativos os valores de p&lt;0,05. Resultados: No grupo EPII houve uma redução mais acelerada da área da ferida quando comparada aos demais grupos. A análise histopatológica corrobora com os achados macroscópicos evidenciando diminuição do infiltrado inflamatório, diminuição da camada de tecido fibronecrótico e aumento da espessura da crista epitelial no grupo EPII. A análise bioquímica mostrou ainda uma redução na atividade da enzima mieoloperoxidase e diminuição nos níveis de nitrito no grupo EPII. Conclusão: Com base nos resultados obtidos, é possível inferir que a epiisopiloturina aplicada de forma tópica em gel para o tratamento de feridas apresenta redução de parâmetros inflamatórios  e acelera o processo de cicatrização.

  • RAFAELLA FRANCO RODRIGUES FERRO
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA VIGILÂNCIA E CONTROLE DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM PARNAÍBA, PIAUÍ, BRASIL
  • Orientador : KLINGER ANTONIO DA FRANCA RODRIGUES
  • Data: 14/12/2023
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  • A leishmaniose visceral (LV) humana é uma doença infecciosa dominanteem países tropicais. A análise da distribuição espacial de doençasinfecciosas através da modelagem epidemiológica, a utilização do mapeamento e métodos estatísticos possibilitam o entendimento dadinâmica de ocorrência, identificação de áreas prioritárias e odirecionamento da gestão em saúde. Analisar a distribuição espacial dos casos de leishmaniose visceral humana e canina e definir áreas prioritárias para vigilância da LV no município de Parnaíba, Piauí, Brasil, 2018 a 2022. Foram coletados os dados de LV humana através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e os casos de LV canina no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município ambos correspondentes ao período de 20218 a 2022. Para análise da distribuição da LV foi aplicado a ferramenta de mapeamento espacial dos casos humanos e caninos utilizando os softwares QGIS e Google Maps e construídos mapas temáticosde acordo com o distrito sanitário de Parnaíba com maior incidência decasos humanos e soroprevalência canina. Investigando a dinâmica dadoença no município foram analisadas variáveis que diz respeito as condições de saneamento que favorecem o vetor, foram coletadas no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Todas asvariáveis foram testadas com a estatística do Coeficiente de correlação de
    Spearman para entender a correlação delas entre si. Durante o período analisado foram registrados 22 casos de LV humana e 748 cães soropositivos. O comportamento da distribuição espacial demonstra um
    agrupamento maior para os distritos sanitário 2 e 4. Apesar do teste de Spearman demonstrar não haver correlação entre o número de cães infectados e os casos em humanos, Parnaíba possui uma elevada taxa de positividade canina e áreas favoráveis ao desenvolvimento do vetor. Detectou-se forte correlação positiva e estatisticamente significativa entre a incidência humana e a coleta de resíduos sólidos. O estudo contribui para o entendimento da dinâmica espacial determinando áreas prioritárias e
    oferecendo subsídios para o planejamento em ações de saúde e controle da doença.

  • KARINE LIMA RODRIGUES
  • ANÁLISE DA INTERRELAÇÃO ENTRE TESTES FUNCIONAIS EM INDIVÍDUOS PÓS- INFECÇÃO POR COVID-19
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 12/12/2023
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  • INTRODUÇÃO: A Síndrome Pós-Covid-19 (SPC) ou COVID Longa (CL), à medida que a pandemia de COVID-19 progrediu, se mostrou um problema cada vez mais reconhecido. Os sintomas persistentes pós-infecção se apresentam de forma variável podendo prejudicar a funcionalidade e desempenho dos indivíduos, consequentemente, sua qualidade de vida. Conhecer e avaliar os principais testes utilizados na determinação da capacidade funcional na condição pós-COVID-19 é fundamental, assim como suas limitações e vantagens. Diante do exposto, o objetivo desse estudo foi avaliar a interrelação entre testes funcionais na avaliação de indivíduos pós-infecção e suas sensibilidades como ferramenta de avaliação nessa população. MÉTODO: Trata- se de um estudo de corte transversal com sobreviventes de COVID-19. Foram avaliados pacientes entre 18 e 59 anos, independentemente do sexo, com histórico de infecção por COVID-19, não tabagista e excluídos aqueles que realizaram reabilitação cardiopulmonar pós-infecção, com doença pulmonar prévia, doenças crônicas, obesos epraticantes de atividade física. Os participantes realizaram a avaliação funcional pormeio do Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6), Teste de Degraus de 2 minutos(TD2), Teste de Sentar e Levantar em 1 minuto (TSL1) e Timed Up and Go (TUG).RESULTADOS: Foram incluídos 50 voluntários que apresentaram teste positivo paraCOVID-19, os quais 25 (50%) necessitaram de internação hospitalar e 25 (50%) nãonecessitaram de internação. A média de idade em anos foi de 29,1 (±5,2), Índice deMassa Corporal de 29,0 (±5,2) e 52% da amostra foi composta por homens. Osresultados correlacionando o TC6 e os testes TSL (r= 0,4668) e TUG (r= -0,4876)apresentaram-se com força de correlação moderada e com p significativo (p<0,05). Os valores obtidos no TD2 mostraram ter correlação fraca ou nula quando comparada com todas as variáveis do estudo. CONCLUSÕES: Conclui-se haver correlação significativa entre os testes funcionais TC6, TSL1 e TUG, onde os últimos dois testes citados apresenta ser uma boa alternativa quando não houver a possibilidade de aplicar o TC6.

  • MICKAEL DE SOUZA
  • Terapia manual em pacientes com migrânea crônica: impacto na autoeficácia do manejo, incapacidade, qualidade do sono e qualidade de vida.
  • Orientador : MARCELO DE CARVALHO FILGUEIRAS
  • Data: 08/12/2023
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  • INTRODUÇÃO: A migrânea afeta 14-15% da população global, tornando-a a principal
    causa de incapacidades entre os indivíduos com menos de 50 anos, o que gera
    impactos pessoais, profissionais e econômicos. O manejo farmacológico geralmente é a
    primeira opção de tratamento, mas a busca por estratégias não farmacológicas
    eficientes e sem repercussões colaterais vem crescendo nos últimos anos. OBJETIVO:
    Descrever os efeitos das técnicas de terapia manual sobre a intensidade, frequência
    dos episódios, incapacidade, autoeficácia no manejo, qualidade do sono e qualidade de
    vida em adultos com migrânea crônica residentes em Parnaíba-PI. MÉTODO: Ensaio
    clínico, randomizado, controlado e duplo cego. Um total de 40 pacientes com migrânea
    foram alocados aleatoriamente no GC (n=20) e GTM (n=20). Ambos os grupos
    seguiram com o manejo farmacológico prévio, e o GTM foi submetido a 10 intervenções
    com terapia manual uma vez por semana em um intervalo de 12 semana. O Teste de
    Impacto da Dor de Cabeça (HIT-6), o Questionário de avaliação da Incapacidade por
    Migrânea (MIDAS), o Indice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI), a Escala de
    Autoeficácia no Manejo da Cefaleia (HMSE) e o Questionário de Qualidade de Vida
    (SF-36) foram coletados no início e após 12 semanas. RESULTADOS PARCIAIS: Dos
    40 voluntários, 11 não concluíram o estudo, totalizando uma perda de 37,9%, sendo 6
    (42,8%) do GC e 5 (33,3%) do GTM. O perfil dos indivíduos do estudo foi composto por
    predomínio do gênero feminino (96,6%), com média de idade de 37 (±9.51) anos, de
    solteiros (65.5%), com o nível superior completo (58.6%), economicamente ativos
    (65.5%) e com renda familiar de 1 a 3 salários-mínimos (68.9%). Quanto ao estilo de
    vida, praticam atividade física (51,7%), sendo esta tendência observada apenas no GC
    (57.1%), não fumam (89.6%) e não ingerem bebidas alcóolicas (89.6%). O padrão da
    migrânea foi unilateral (62.1%), pulsante ou latejante (96,6%), de intensidade moderada
    a grave (86.2%) e com frequência média de 1 a 4 dias de crises por mês (41.4%). Os
    sintomas de náuseas/vômitos (82.7%), fotofobia (86.2%), fonofobia (89.6%), osmofobia
    (62.1%) e piora da dor quando realizado atividade física rotineira (82.7%) também foram
    predominantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Espera-se que, após análise dos demais
    dados, se evidencie o impacto positivo da terapia manual sobre a frequência,
    intensidade, incapacidade, qualidade de sono e de vida de pacientes com migrânea.
    Estima-se ainda, que o GTM melhore o índice de autoeficácia e que isso seja
    significativo para a melhora deste grupo em comparação ao GC.

  • MARCOS JUNIO DA COSTA SILVA
  • Análise da atividade cortical em indivíduos com cybersickness sob a influência de condições multissensoriais em realidade virtual: estudo aleatorizado cruzado
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 06/12/2023
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  • Cybersickness (CS) é caracterizada como um tipo de enjoo induzido visualmente, com apresentações clínicas específicas como tontura, fadiga ocular, distúrbios oculomotorese desorientação espacial ao experimentar realidade virtual (RV). Esse recurso vem se tornando cada vez mais recorrente, fazendo com que a CS seja um obstáculo para a utilização da RV, haja vista que as propostas de mitigar a CS são diversas, entretanto nenhuma delas utilizou a estimulação binaural como uma possível intervenção. Diante disso, surgiu a seguinte questão-problema: investigar se o estímulo binaural pode promover neuromodulação, reduzindo a cybersickness? Assim, o objetivo geral desta pesquisa foi analisar se a atividade cortical dos indivíduos com CS sofre neuromodulação através dos estímulos binaurais. Na metodologia, um ensaio aleatorizado cruzado duplo-cego, com n=10 participantes, com discentes da
    Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) (18-28 anos M: ±22,8 DP: 2,09) de ambos os sexos. Todos passaram por triagem, e os aptos foram aleatorizados e alocados numa das 02 condições: C1 – apenas vídeo ou C2 – vídeo associado com áudio binaural. Nas duas condições, aum montanha-russa em RV foi utilizado para induzir CS, com avaliação antes e depois a imersão, com Simulador Sickness Questionare (SSQ) e eletroencefalografia (EEG), em cada condição os participantes assistiram o mesmo vídeo por três vezes, houve washout de 14 dias e permutação entre as condições. Para os resultados uma (ANOVA) three-way de medidas repetidas foi realizada para analisar os resultados no SSQ e EEG, para o SSQ houve apenas efeitos principais em momentos (p<0,05) para escore total, náuseas, oculomotor e desorientação. Foram analisas duas regiões do córtex cerebral, para análise da
    potência absoluta da banda Delta na região frontal, houve interação tripla entre condições*dias*momentos, com [F(2)= 16,41; p=0,001, ƞ2p= 0,007, poder= 100%] e na região central, com [F(2)= 12,43; p=0,001, ƞ2p= 0,005, poder= 99,6%], indicando que houve redução da onda Delta. Portanto, para a atividade da banda Delta, os efeitos da estimulação BB durante a condição-2, relataram redução da atividade cortical em comparação a condição-1, nas áreas frontal e central, no SSQ não houve resultados significantes. Recomenda-se que mais estudos, sejam realizados com um tempo de exposição e uso de frequências diferentes, para obter resultados mais robustos sobre o
    efeito destes fatores, na mitigação da CS.

  • ALEXANDRE DA CONCEIÇÃO SANTOS
  • CORRELAÇÃO ENTRE TESTES DE FUNÇÃO PULMONAR E TESTES FUNCIONAIS EM PACIENTES JOVENS PÓS-COVID-19
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 28/11/2023
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  • INTRODUÇÃO: A COVID-19 é uma doença de repercussão multissistêmica. Ela apresenta diferentes severidades, podendo ser letal em poucos dias. Em casos mais graves pode manifestar fraqueza muscular, decorrente do processo infeccioso e de internação, que gera sarcopenia em músculos da respiração bem como músculos da motricidade. Conhecer a funcionalidade pós-cenário de doença respondem diferentes questionamentos quanto ao retorno das atividades cotidianas. OBJETIVO: Avaliar a relação entre testes de função pulmonar e os testes funcionais em indivíduos pós-infecção por COVID-19. MÉTODO: Trata- se de um estudo transversal, quantitativo, onde foram avaliados pacientes com histórico de infecção por COVID-19, independente do sexo, entre 18 a 59 anos, não tabagistas, em contrapartida excluídos aqueles que realizaram reabilitação cardiopulmonar pós-infecção, com doença pulmonar, doenças crônicas, obesidade e praticantes de atividade física. Para extração dos dados os participantes foram submetidos a sete testes: O Teste de Sentar e Levantar de 1 minuto (TSL1), Manovacuometria, Timed Up and Go (TUG), Teste de Degrau de 2 minutos (TD2), Ventilometria, Pico de Fluxo Expiratório (PFE) e Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6). RESULTADOS: Foram incluídos 50 participantes, sendo 52% homens e 48% mulheres. Desse total 50% necessitaram de internação por agravamento da COVID-19, em que 68% (n=17) utilizaram oxigenoterapia e 32% (n=8) necessitaram de ventilação mecânica não invasiva. A média de idade da amostra foi de 29,1±10,8 anos, com índice de massa corpórea de 29,0±5,2kg/m2 . Após análise dos dados observou-se nos testes de função pulmonar valores de média acima de 87% do valor previsto. Com relação aos testes funcionais o TUG e TD2 apresentaram-se abaixo do previsto, contudo, quando correlacionado os dados do TUG com os testes respiratórios mostraram- se significativos, bem como no TC6 e PFE. CONCLUSÃO: Essa pesquisa evidencia a relação de testes de função pulmonar e testes funcionais em pacientes jovens pós-COVID-19, como também o bom desempenho visto nos testes de função pulmonar.

  • JAYRO DOS SANTOS FERREIRA
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO E ANTINOCICEPTIVO DO POLISSACARÍDEO EXTRAÍDO DA MACROALGA Gracilaria domingensis MODIFICADO COM ANIDRIDO PROPIÔNICO EM MODELO EXPERIMENTAL DE INFLAMAÇÃO GERAL EM CAMUNDONGOS
  • Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
  • Data: 31/10/2023
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  • As doenças inflamatórias são mundialmente identificadas como aprincipal causa de morbimortalidade na população. Existe uma variedadede medicamentos que apresentam ação em diferentes sítios dainflamação, porém, os efeitos adversos relacionados a esses fármacosapresentam uma problemática a ser superada. Nesse contexto, a buscade novas moléculas advindas de produtos naturais, especialmente
    polissacarídeos extraídos de algas, as do gênero gracilaria, vemganhando bastante notoriedade por sua ampla atividade farmacológica.A Gracilaria domingensis é uma forte candidata a pesquisasfarmacológicas por meio da modificação de sua superfície, alterando ascaracterísticas de sua estrutura, formando produto com a intenção demelhorar sua matriz polimérica e seus efeitos para uso medicinal. Opolissacarídeo sulfatado (PLS) da Gracilária domingensis foi modificadocom anidrido propiônico e passou por caracterizações complementarespor difração de raios-x, análise espectral de infravermelho e análiseelementar. A reação com o anidrido propiônico aumentou a cristalinidade,além de produzir um polissacarídeo quimicamente modificado (PLS-AP)com novos grupamentos de carbono, hidrogênio e enxofre. A novacaracterística do composto pode ter adicionado propriedades interessantes ao PLS, como estabilidade, hidrofobicidade e aumento doteor de sulfato, que em PLSs de algas marinhas vermelhas produz atividade biológica. O PLS-AP (2,5 mg/kg) reduziu significativamente o edema de pata induzido por carragenina, histamina, serotonina, bradicinina e prostaglandina E2. Melhorou os critérios microscópicos delesão nos tecidos de patas. Também foi capaz de inibir significativamentea migração de neutrófilos para a cavidade peritoneal e diminuir aconcentração de mieloperoxidase, glutationa e malondialdeído do líquidoperitoneal durante a peritonite induzida por carragenina. Adicionalmente,
    nos testes antinociceptivos, o PLS-AP reduziu o número de contorçõesinduzidas por ácido acético e o tempo de reatividade de lambida de patainduzid por formalina. Assim, o PLS-AP pode ser uma nova ferramentade origem natural para condições inflamatórias agudas.

  • DENISE MAYARA SILVA DE MELO
  • AVALIAÇÃO DA AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA, ANTIOXIDANTE E ANTINOCEPTIVA DO POLISSACARÍDEO SULFATADO DA Gracilaria domingensis MODIFICADO COM ANIDRIDO FTÁLICO
  • Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
  • Data: 26/10/2023
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  • A inflamação é uma resposta biológica natural do organismo a estímulos danosos, como agravo tecidual, e invasão de microrganismo patógenos. Esse evento inflamatório se manifesta pela presença de alguns sinais que são característicos desse processo. Componentes extraídos de produtos naturais com ação anti-inflamatória, têm sido utilizado como fontes alternativas de tratamento pela redução dos efeitos negativos de terapias convencionais. Uma fonte importante de produto natural com resultados efetivos no tratamento de muitas doenças são as algas marinhas, como por exemplo a Gracilaria domingensis (G. domingensis) na qual a literatura aponta alguns estudos evidenciando sua ação terapêutica, sendo o gênero Gracilaria alvo de diversos estudos farmacológicos, portando, uma promissora fonte de moléculas. Com o objetivo de melhorar sua ação terapêutica esse estudo se propôs a avaliar a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva do polissacarídeo sulfatado modificado com anidrido fitálico (PLS-AF) da G. domingensis. Para isso, foram utilizados modelos animais, no qual tiveram uso aprovado na comissão de ética no uso de animal (CEUA) da Universidade Federal do Piauí – UFPI sob o número 480/018. Foram utilizados camundongos Swiss pesando aproximadamente 25 g, sendo 6 animais por grupo. Para mensurar a ação anti-inflamatória, os camundongos foram pré-tratados com o PLS-AF nas doses de 2,5; 5,0 e 10 mg/kg via intraperitoneal (i.p.), posteriormente submetidos a um edema de pata induzido por carragenina (Cg) 500 μg por pata. Além disso, um grupo que recebeu solução fisiológica salina 0,9% e outro grupo foi tratado com fármaco de referência indometacina (Indo) 10 mg/kg. Após o edema induzido pela Cg foi avaliado o volume da pata pelo pletismômetro. Os demais testes foram avaliados utilizando a melhor dose do PLS-AF (2,5 mg/kg). O volume da pata foi avaliado utilizando os mediadores vasoativos histamina (100 μg/pata) e serotonina (100 μg/pata). Posteriormente, foi induzido peritonite com uma injeção de 250 μg de Cg via i.p. nos camundongos e o líquido peritoneal foi avaliado quanto a migração total e diferencial de leucócitos e os níveis da enzima glutationa (GSH) e malondialdeído (MDA). Para mensurar o efeito antinociceptivo realizou-se o teste de contorções abdominais com ácido acético a 0,6%. Os animais tratados com o PLS-AF na dose 2,5 mg/kg apresentaram resultados promissores e estatisticamente significativos na redução do edema causado por Cg, assim como na resposta vascular pela diminuição dos edemas vasculares causados por histamina e serotonina, como também apresentou diminuição da migração de células para a cavidade peritonial que avalia o estresse oxidativo. Além disso o PLS-AF reduziu de forma expressiva o número de contorções abdominais. Com esses resultados podemos inferir que o polissacarídeo modificado PLS-AF na dose 2,5 mg/kg possui efeito anti-inflamatório e antinociceptivo, bem como atenua o estresse oxidativo revelando um potencial farmacológico do composto como um promissor agente antiinflamatório e antinociceptivo.

  • CASSIA KETHELIN CAMPOS DE ARAUJO
  • PROTEÍNA SPIKE DE SARS-COV-2 DEFLAGRA RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS EM NOVO MODELO MURINO DE PERITONITE: ENVOLVIMENTO DE EVENTOS CELULARES E VASCULARES
  • Orientador : MARCELO DE CARVALHO FILGUEIRAS
  • Data: 30/08/2023
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  • INTRODUÇÃO: A COVID-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo
    coronavírus SARS-CoV-2, potencialmente grave e de elevada transmissibilidade.
    O SARS-CoV-2 infecta as células humanas por meio de sua proteína Spike, que
    se liga ao receptor da enzima conversora de angiotensina 2. Entretanto, até o
    momento os modelos experimentais que permitem entender a inflamação da
    COVID-19 em modelos de peritônio são escassos. Dessa forma, modelos
    experimentais de indução de inflamação a partir da proteína Spike de SARS-
    CoV-2 pode ser uma ferramenta para estudo desse processo. OBJETIVO:
    Descrever o potencial inflamatório da proteína Spike de SARS-CoV-2 em
    modelos experimentais de peritonite. METODOLOGIA: Utilizou-se
    camundongos da linhagem Balb-c distribuídos em grupos experimentais:
    Controle (salina), Spike 0,3µg, Spike 1µg e Spike 5µg. A curva dose resposta
    mostrou que a concentração de 5µg foi mais eficiente, sendo esta usada para os
    demais experimentos. A peritonite foi analisada meio da contagem total de
    leucócitos, da atividade da mieloperoxidase (MPO), da concentração de
    malondialdeído (MDA). Em experimento foi realizado uma lavagem prévia da
    cavidade peritoneal para analisar a influência da depleção de macrófagos no
    processo inflamatório. Os dados foram analisados estatisticamente por médias
    usando a análise de variância One-way ANOVA e o pós-teste de Bonferroni.
    RESULTADOS: Nossos dados demonstraram que após 4 horas do estímulo
    flogístico da proteína Spike, a migração de neutrófilos na cavidade peritoneal
    aumentou de forma significativa (p&lt;0,05) na concentração da espicula de 5
    µg/ml (21.428 ± 3.482) a concentração de 5 µg aumentou o influxo de leucócitos
    de forma significativa quando comparado aos demais grupos. Na avaliação de
    MPO apenas o grupo 5 µg (2,963 ± 1,055 UMPO/ml) apresentou diferença
    estatisticamente significativa (p&lt;0,05). No teste de MDA as concentrações 1 µg
    (46,30 ± 5,34 µM) e 5 µg elevou-se os níveis de MDA (57,2 ± 10,56 µM)
    apresentando diferença estatisticamente significativa (p&lt;0,05) quando comparado
    ao demais grupos. Avaliou-se o efeito da espícula S na migração de leucócitos
    após a lavagem da cavidade peritoneal para depleção macrófagos no peritônio.
    Observou-se que não houve diferença significativa entre o grupo Spike5 μg e o
    grupo Spike 5 μg + lav. CONCLUSÃO: Os dados indicam que a proteína S-
    SARS-CoV-2 apresenta potencial inflamatório em modelo experimental,
    induzindo migração de leucócitos e stress oxidativo.

  • ANDRESSA RIOS FROTA
  • Análise da função respiratória na doença de Parkinson: uma revisão sistemática e metanálise
  • Orientador : MARCELO COERTJENS
  • Data: 31/07/2023
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  • A Doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa que afeta a função motora e não motora dos pacientes. A função respiratória também pode ser comprometida devido à disfunção autonômica e alterações na mecânica respiratória. Esta revisão sistemática e metanálise teve como objetivo verificar o efeito da DP sobre a função pulmonar controlando o efeito da gravidade da doença, o uso de drogas dopaminérgicas e histórico de tabagismo e observar se existe um padrão de disfunção pulmonar na DP. Uma pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, Embase, Scopus, Web of Science e Cochrane Library do início até março de 2023. Seguindo as diretrizes PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis), ensaios clínicos e estudos observacionais que analisaram pessoas com DP avaliados em período “ON” e ou “OFF” de medicação dopaminérgica, que continha ao menos um teste de função pulmonar e que apresentaram comparação entre grupo Parkinson e grupo Controle sem a doença, foram incluídos no estudo totalizando 11 estudos e 584 participantes. A metanálise da diferença das médias e desvio padrão de VEF 1 (%pred), por exemplo, demonstrou uma média maior no grupo Controle quando comparado ao grupo Parkinson (p=0,008), TE: 0.657 e I 2 : 79%. Os principais resultados encontrados nesta revisão sistemática com metanálise corroboram nossa hipótese. A PI máx , PE máx , PFE, CV, FEF 25-75% , CVF (%pred) e VEF 1 (%pred) foram inferiores em pessoas com DP em comparação com pessoas que não apresentaram a doença. Não foi observada diferença significativa em CVF (L), VEF 1 (L), VEF 1 /CVF, no entanto, quando realizada análise de subgrupo, CVF (L) e VEF 1 (L) apresentaram diferença significativa. As evidências mostraram um comprometimento respiratório na DP quando comparado com pessoas sem a doença, mas não foi possível identificar se existe um padrão. Mais estudos incluindo divisão das variáveis de acordo com o estágio da doença, duração da doença e nas fases ON e OFF de medicação dopaminérgica são necessários para identificar um padrão respiratório específico da doença.

  • ANTONIO DE JESUS DA SILVA LEANDRO
  • Análise da Função Pulmonar e Sobrevida de Pacientes Submetidos à Ventilação Mecânica Invasiva e Não Invasiva Pós Internação Hospitalar em Leito de UTI Covid-19
  • Orientador : FUAD AHMAD HAZIME
  • Data: 31/07/2023
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  • Introdução: O número de óbitos relacionados à pandemia pelo novo Coronavírus (COVID-19) já atingiu milhares de pessoas ao redor do mundo. Embora muitas pesquisas tenham sido conduzidas sobre técnicas diagnósticas e tratamentos eficazes, há poucos dados sobre as repercussões clínica-funcionais a longo prazo pós-COVID-19. Objetivo: Avaliar os impactos da COVID-19 na função pulmonar, a qualidade de vida e traçar um perfil clínico de pacientes sobreviventes de uma unidade de terapia intensiva (UTI) em Parnaíba-PI. Metodologia: Este estudo buscou através da análise retrospectiva de prontuário recrutar sujeitos para entrevista e foi conduzido em duas etapas: (1) Estudo observacional retrospectivo sobre o perfil clínico de pacientes internados em UTI COVID-19 e (2) Estudo observacional transversal sobre a função pulmonar e qualidade de vida (QV) de pacientes sobreviventes durante a internação em UTI, após 12 meses de infecção. Resultados – Estudo 1: Duzentos e nove pacientes com idades entre 2 e 94 anos, onde a maioria era do sexo masculino (61,2%), cardiopatas (24,8%), admitidos via SAMU da cidade de Parnaíba-PI (60,8%) e atendidos com suporte ventilatório não invasivo (78,5%). Resultados – estudo 02: Trinta e três pacientes realizaram a avaliação da função pulmonar e foram divididos em dois grupos: (1) Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) e (2) Ventilação Mecânica Não Invasiva (VMNI). Não houve diferençassignificativas entre os grupos em nenhuma das variáveis espirométricas. A avaliação da
    QV demonstrou piora no grupo VMI nos domínios Dor/Mal-estar e Ansiedade/Depressão. Conclusão: O perfil clínico de pacientes internados em UTI COVID-19 na cidade de Parnaíba-PI é semelhante aos descritos na literatura. Não houve diferenças na função pulmonar de pacientes submetidos ao suporte ventilatório invasivo e não invasivo após 12 meses de internação. No entanto, pacientes atendidos com
    suporte ventilatório invasivo apresentaram piora na qualidade de vida, especialmente nos domínios dor/mal-estar e ansiedade/depressão.

  • HUGO FERREIRA LEMOS
  • O USO DA REALIDADE VIRTUAL EM ADULTOS COM TRAÇOS DE TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE.
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 31/07/2023
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  • O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade é um transtorno mental caracterizado pela presença de sintomas de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade que levam a prejuízos significativos na vida dos indivíduos afetados. O mesmo é tido como a condição mais comumente diagnosticada na infância e na adolescência, mas podendo persistir na vida adulta, em uma grande proporção dos casos iniciados na infância. Somado a tudo isso muito tem se visto a respeito deste tema, com predominância para as crianças e adolescentes, mais um déficit para a população adulta. Considerando esta lacuna, e em observância a baixa efetividade dos tratamentos convencionais na população adulta, e com os avanços das novas tecnologias e tendo a realidade virtual sido utilizada para uso terapêutico nas mais diversas neurodesordens esse trabalho tem como objetivo verificar os efeitos da realidade virtual em pacientes adultos com traços de TDAH. Para isso, 10 adultos com traços de TDAH, foram submetidos voluntariamente a realidade virtual por dias alternados com intervalos de 24 horas, além da aplicação do teste ETDAH-AD. Como resultado observou-se que em dias e condições alternadas apresentou-se pequenas melhoras mais nada significativo após a exposição dos mesmos a realidade virtual.

  • CYNTHIA KAROLINA RODRIGUES DO NASCIMENTO
  • POLIMORFISMOS GENÉTICOS POTENCIALMENTE ASSOCIADOS AO RISCO DE HEPATOCARCINOMA EM PACIENTES COM INFECÇÃO POR HBV OU HCV: REVISÃO SISTEMÁTICA E ANÁLISE BAYESIANA
  • Orientador : ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
  • Data: 26/07/2023
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  • As hepatites B e C são causadas respectivamente pelo Hepatite B virus (HBV) e pelo Hepatite C virus (HCV), que apresentam hepatotropismo e grande importância epidemiológica em todo o globo: em média, 354 milhões de pessoas vivam com esta infecção e ocorrem cerca de 1 milhão de mortes por ano anualmente. A disseminação de ambos ocorre de forma parenteral e sexual. Estes vírus promovem a inflamação nos hepatócitos levando à disfunção hepática leve, moderada ou grave, com sintomas clínicos como febre, fraqueza, náusea, vômito, icterícia, hepatomegalia e cirrose hepática. A ação de mediadores inflamatórios e estresse oxidativo que envolvem as células infectadas podem levar ao desenvolvimento de carcinoma. Cerca de 60% dos infectados na fase crônica podem desenvolver hepatocarcinoma (HCC), que apresenta a mortalidade de até 80%. No presente estudo, foram analisados 27 polimorfismos genéticos que são sugeridos a favorecer o desenvolvimento do HCC em pacientes infectados com HBV ou HCV descritos em 23 artigos distintos escolhidos após análise em bancos de dados científicos. Os estudos somam 120.026 casos e 139.299 controles. Os polimorfismos analisados provinham de genes codificadores de TNF-α, interleucinas, genes regulatórios do ciclo celular, apoptose, crescimento epidérmico e Glutationa S-transferase (GST), proteínas transmembranas e do sistema antígeno leucocitário humano. Apresentaram correlação com o desenvolvimento do HCC os polimorfismos G308A, G238A e C863T de TNF-α, rs2279744 de MDM2, rs2596542 de MICA, metilação de P-15, rs2296651 de SLC 10 A1, rs2910164 G/C de MiRNAs, DR4 e EGF 61*A/G de EGF. Na análise de Bayes 11 artigos somaram 34 polimorfismos e compreenderam 28.811 casos e 53.580 controles. Verificou-se que o gene MDM2 e NTCP, mostraram, nos polimorfismos rs1042522 (G vs T, GG vs TT e GG + TG vs TT) e rs229661GA, respectivamente, resultados dignos de nota por meio dos cálculos bayesiana aqui desenvolvidos, demostrando a fidedignidade do estudo ao supor sua relação com o hepatocarcinoma.

  • FYAMA ARAÚJO DA SILVA
  • EXISTE ASSOCIAÇÃO ENTRE OS POLIMORFISMOS -819 C/T E -1082 A/G NO GENE DA IL-10 E A DENGUE? EVIDÊNCIAS DE UMA METANÁLISE.
  • Orientador : ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
  • Data: 26/07/2023
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  • A dengue é uma infecção viral sistêmica causada pelo Dengue virus (DENV). Devido à rápida dispersão do principal vetor em áreas urbanas e aos altos números de casos e óbitos a dengue tornou-se uma das doenças mais prevalentes no mundo. Sendo a mais prevalente transmitida por vetores artrópodes e um problema de saúde pública. A virulência viral, juntamente com a susceptibilidade do hospedeiro e fatores ambientais, está entre os fatores associados à patogenicidade da dengue. A interleucina 10 (IL-10) é uma citocina com efeitos imunomoduladores e uma poderosa molécula anti-inflamatória envolvida com a resposta imune do hospedeiro durante a infecção pelo DENV. Estudos mostram que Polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) em genes de citocinas, afetam a transcrição e/ou expressão e por isso foram destacados pelo papel na patogênese de várias doenças, incluindo os descritos para o gene codificante de IL-10, tais como -819 C/T (rs1800871) e -1082 A/G (rs1800896). Acredita-se que estes também desempenham um papel importante no desenvolvimento e progressão da dengue em diferentes populações, pois tem sido associado a progressão ou susceptibilidade à doença. Devido a heterogeneidade dos dados disponíveis na literatura, o presente estudo objetivou a partir de cálculos metanáliticos determinar a influência dos polimorfismos -819 C/T (rs1800871) e -1082 A/G (rs1800896) no curso da dengue. Para isto realizamos uma metanálise recuperando dados de estudos de caso-controle para dengue na literatura para os polimorfismos como -819 C/T (rs1800871) e -1082 A/G (rs1800896) no gene da IL-10. Apesar da quantidade de estudos recuperados com associação a dengue, não foram encontradas associações significativas para nenhuma das comparações neste estudo. Este resultado pode ser explicado por vieses que vão desde o desenho experimental ao número amostral utilizados nos estudos de caso-controle, bem como a seleção diferencial de casos e controles, criando grupos diferentes entre os estudos, e elevada heterogeneidade que implica em mudanças de modelo de efeito para efeitos aleatórios para calcular o valor de Odds Ratio (OR). Este presente estudo de metanálise não encontrou associação significativa entre nenhum genótipo ou alelo dos polimorfismos -819 C/T e -1082 A/G e sua respectiva influência na infecção da dengue e sua forma grave em relação aos grupos controle. Esses achados questionam o verdadeiro papel desses polimorfismos na infecção pelo DENV.

  • RANIEL DA SILVA MACHADO
  • RELAÇÃO ENTRE NECESSIDADE DE INTERNAÇÃO E OS IMPACTOS CINÉTICO FUNCIONAIS E CARDIORRESPIRATÓRIOS EM PACIENTES PÓS-COVID-19
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 21/07/2023
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  • Introdução: A síndrome respiratória aguda grave (SRAG), denominada como COVID-19, causada pelo vírus Sars-Cov-2, tornou-se uma pandemia global em 2020. A doença apresenta diferentes estágios de gravidade e suas principais repercussões são percebidas no sistema cardiorrespiratório e cinético-funcional, principalmente daqueles que necessitaram de internação hospitalar. Apesar da alta taxa de óbitos, existe também um grande número de internados que sobrevivem. Visto isso, existem testes
    que são amplamente utilizados para a avaliação fisioterapêutica da função cardiopulmonar, bem como, da capacidade cinesiológico-funcional e que podem ser empregados e validados nessa população. Objetivo: Avaliar a relação entre a necessidade de internação e os impactos cinético-funcionais e cardiorrespiratórios em pacientes pós-COVID-19. Metodologia: Tratou-se de um estudo de corte transversal, observacional e descritivo de caráter quantitativo, no qual foram avaliados 25 voluntários com diagnóstico de COVID-19 que necessitaram de internação hospitalar (G1), 25 voluntários com diagnóstico de COVID-19 que não necessitaram de internação (G2) e 25 participantes sem o diagnóstico da doença, considerados sedentários saudáveis (G3). Foram realizados testes cardiorrespiratórios e cinético-funcionais - Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6), Teste de Escada de 2 min (TD2), Teste de
    sentar e levantar de 1 minuto (TSL), “Time up and go” (TUG), Manovacuometria através da pressão inspiratória máxima (PIMAX) e pressão expiratória máxima (PEMAX), Ventilometria medindo a capacidade vital lenta (CVL) e “Peak Flow” medindo o pico de fluxo expiratório (PFE) nos 3 grupos, aplicado a escala de estado funcional Pós-COVID- 19 (PCFS) e feito a comparação entre os mesmos. Resultados: Para a comparação intergrupos utilizou-se o ANOVA com post hoc test de Bonferroni, ou Teste de Kruskall-Wallis com post hoc test de Dunn, de acordo com a normalidade observada. Considerou-se nível de significância para todas as comparações com (p<0,05). Não houve diferença significativa em nenhuma das variáveis analisadas, quando realizada a comparação entre os grupos das variáveis pessoais e quando realizada a correlação entre o tempo de internação e os demais resultados, caracterizando a homogeneidade da amostra. Houve diferença significativa quando realizada a comparação do resultado obtido no teste entre os grupos G2 e G3 em relação ao G1, nos testes: TUG (p=0,0015), TD2 (p=0,0151) e PIMAX (p=0,0496). Considerações finais: Os resultados do nosso estudo concluem que os indivíduos que necessitaram de hospitalização por COVID-19, mesmo após um tempo médio de 14 meses depois da alta hospitalar, apresentaram déficits em testes que avaliam a mobilidade e equilíbrio funcional (TUG), a capacidade física (TD2) e a força muscular inspiratória (PIMAX).

  • THALYTA CIBELE PASSOS DOS SANTOS
  • Manifestações clínicas em pacientes com e sem comorbidades no pós COVID-19.
  • Orientador : FUAD AHMAD HAZIME
  • Data: 28/06/2023
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  • A síndrome pós COVID-19 representa uma série de sintomas e complicaçõesprolongadas, que vão além do período inicial da doença ou que aparecemnoperíodo pós infecção. Embora algumas evidências tenhamapontadoefeitostardios pós COVID-19, poucos estudos têm avaliado diferenças clínicasefuncionais entre indivíduos com e sem comorbidades prévias. Oobjetivodopresente estudo foi avaliar as manifestações clínicas pós COVID-19emindivíduos com e sem comorbidades prévias à infecção pelo novo coronavírus. Trata-se de um estudo observacional transversal, com abordagemdescritivaeanalítica. Cento e trinta e sete participantes com diagnóstico de COVID-19(3a12 meses pós-infecção) de ambos os sexos, com idades entre 18 e 59anos, realizaram uma avaliação clínica e funcional para identificar os impactos tardiosda COVID-19, também denominada como “COVID longa”. Amaioria eramdosexo feminino (n=103/75,2%), pardos (n=86/62,8%), empregados (n=98/71,5%), solteiros (n=64/46,7%) e ensino médio completo como maior nível deescolaridade (n=48/35,0%). As comorbidades mais presentes foramhipertensão(n=19/13,9%) e obesidade (n=19/13,9%). Os principais sintomas duranteainfecção pelo COVID-19 foram dor de garganta (n=102/74,5%), febre(n=94/68,6%), tosse (n=104/75,9%), cefaleia (n=109/79,6%), coriza(n=93/67,9%) e fraqueza muscular (n=102/74,5%). Os principais sintomas pósinfecção foram dor no corpo (n=102/74,5%), déficit cognitivo (n=53/38,7%), fraqueza muscular (n=59/43,1%) e queda de cabelo (n=71/51,8%). Houvediferenças significativas entre os grupos SC (n=88) x CC (n=49) na mobilidade(p=0,03); produtividade laboral – presenteísmo (p<0,05), prejuízo total notrabalho (p=0,02) e prejuízo nas atividades de vida diária (p<0,05); funcionalidade física (p=0,01) e na função cognitiva subjetiva (p<0,05). Noexame de função pulmonar (espirometria) 79% dos participantes apresentaramfunção pulmonar normal. Análises exploratórias demonstraramcorrelaçõessignificativas entre funcionalidade física e cognitiva, prejuízo laboral comotempo pós infecção. Os resultados deste estudo indicamprejuízos clínicofuncionais pós COVID-19 mesmo três a doze meses após a infecção pelonovocoronavírus, independentemente da presença de comorbidades prévias. Noentanto, indivíduos com comorbidades prévias apresentammaiorescomprometimentos na qualidade de vida (domínio mobilidade), índices deprejuízo laboral, funcionalidade física e cognitiva.

  • PAMMELA WERYKA DA SILVA SANTOS
  • PERFIL CLÍNICO DA DOR EM PACIENTES NO PÓS COVID-19
  • Orientador : FUAD AHMAD HAZIME
  • Data: 23/06/2023
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  • Sabe-se que a queixa álgica faz parte do grande conjunto de sintomas e sequelas da infecção pelo Sars-Cov-2. No entanto, pouco se sabe sobre o perfil clínico da dor de pacientes que estão no período pós COVID-19. O objetivo deste estudo foi investigar o perfil clínico da dor em indivíduos infectados pelo novo coronavírus. Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal com abordagem descritiva e analítica exploratória. Cento e três participantes com diagnóstico de COVID-19 (3 a 12 meses pós-infecção) de ambos os sexos, com idades entre 18 e 59 anos, realizaram uma avaliação clínica para identificar os impactos tardios do Sars-Cov-2 no perfil clínico da dor, qualidade de vida e percepção de saúde global. Os resultados demonstraram maior prevalência de dor na região lombar, seguida dos membros inferiores e cabeça. O uso de medicamentos e movimento foram os principais fatores de alívio e agravantes da dor, respectivamente. Além da queixa de dor, o principal sintoma pós COVID-19 foi a queda de cabelo, seguida de fraqueza muscular. A análise do perfil clínico da dor revelou intensidade moderada da dor (MD = 5,6 ± 2,5), moderada alteração sensório-afetiva (MD = 15,5 ±8,3), elevada cinesiofobia (MD = 40,2 ± 7,7) e moderada catastrofização da dor (MD = 23,2 ± 12,1). A avaliação da modulação condicionada da dor (MCD) revelou diminuição da atividade inibitória descendente da dor. Em relação a qualidade de vida e saúde global, a maioria dos participantes apresentou piora nos domínios dor/mal-estar (n = 98/95,2%) e ansiedade/depressão (n = 71/68,9%), sem percepção de recuperação pós COVID-19 (MD = -0,4 ± 3,0 - EPG -5 a +5), respectivamente. Houve associação significativa entre a Intensidade da dor e a MCD (r = -0,2; p = 0,04), percepção global (r =-0,3; p = 0,001), cinesiofobia (r = 0,3; p = 0,004), catastrofização da dor (r = 0,3; p < 0,001) e os aspectos sensoriais e afetivos da dor (ambos r = 0,5; p < 0,001). Tomados em conjunto, os resultados do presente estudo indicam que os sintomas de dor pós COVID-19 têm como apresentação clínica dor persistente de moderada intensidade, comprometendo tanto o aspecto sensorial quanto afetivo da dor, elevada cinesiofobia, moderada catastrofização da dor, piora da qualidade de vida, baixa percepção de recuperação e diminuição da atividade inibitória descendente da dor.

  • SARA SABRINA VIEIRA CIRILO
  • RELAÇÃO ENTRE GRAVIDADE DA INFECÇÃO E CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES PÓS-COVID-19
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 17/04/2023
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  • Introdução e Objetivos

    A depender do grau de acometimento gerado pela COVID-19, os impactos observados nos
    indivíduos podem comprometer sua funcionalidade e desempenho, consequentemente, em sua
    qualidade de vida. Diante do exposto, o objetivo desde estudo é avaliar a relação entre gravidade
    da infecção e capacidade funcional de pacientes pós-COVID-19.
    Materiais e Métodos
    Realizamos um estudo de coorte com sobreviventes de COVID-19 com diagnóstico de
    confirmados por meio de exames, os participantes com diagnóstico da doença foram divididos em
    grupos a depender do grau de gravidade em G1, G2, G3. Para compor o grupo controle (GC)
    foram eleitos indivíduos sedentários sem histórico da doença. Para todos os grupos foram
    realizadas as avaliações funcionais por meio do Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6), Teste
    de Degraus de 2 minutos (TD2), Teste de Sentar e Levantar em 1 minuto (TSL1), Timed Up and
    Go (TUG) e Escala de Estado Funcional Pós-Covid-19 (PCFS). Para comparação intergrupos
    utilizou-se a Análise de Variância (ANOVA) ou Teste de Kruskall-Wallis, de acordo com a
    normalidade observada.
    Resultados
    Foram incluídos setenta e cinco voluntários. A média de idade foi de 35,0 (±11,0) 44,5 (±7,7),
    40,4 (±10,5) e 35,0 (±10,4) para os grupos G1, G2, G3 e G4, respectivamente e 54,66% da

    amostra foi composta por mulheres. Na comparação entre os grupos com diagnóstico de COVID-
    19 não foram encontradas diferenças significativas no tempo decorrido após a doença (p =

    0,5245) ou na quantidade de dias de internação ( p =0,0534). Entres os grupos de maior gravidade
    foram observados pior desempenho no TD2 (p=0,0482) e TUG (p=0,0247). Nos testes TC6 e
    TSL1 não houve diferença significativas na comparação entres os grupos.
    Conclusões
    Os resultados encontrados em nosso estudo apontam que ainda havendo menor desempenho nos
    grupos de maior gravidade no TUG é importante salientar que a média de valores obtidas no
    grupo de menor gravidade em todos os testes não apresenta diferença significativa com o grupo
    controle. Desta forma, podemos pressupor que independente da gravidade apresentada os
    sobreviventes da doença tendem a apresentar um bom desempenho funcional com o passar dos
    meses após a infecção.

  • ALESSANDRO LUIZ ARAÚJO BENTES LEAL
  • VARIANTES GENÉTICAS EM GENES DE MEDIADORES IMUNOLÓGICOS E O RISCO DE INFECÇÃO PELO Dengue virus: RESULTADOS DE UMA REAVALIAÇÃO SISTEMÁTICA POR ABORDAGENS BAYESIANAS
  • Orientador : ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
  • Data: 28/02/2023
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  • A Dengue representa a manifestação clínica ocasionada pela infecção do Dengue vírus (DENV), sendo caracterizada por uma intensa resposta imunológica do hospedeiro com desenvolvimento de sintomas como febre alta, anorexia, cefaleia e dores musculares. Diversos fatores estão relacionados à fisiopatologia da infecção por DENV, onde polimorfismos em genes de mediadores imunes podem contribuir com a susceptibilidade e a gravidade da infecção. Metanálises com achados significativos de associação entre variantes genéticas em imunomediadores e dengue estão disponíveis nas bases de dados. No entanto, a metanálise, embora reconhecida como uma ferramenta confiável com o agrupamento de estudos e aumento do número amostral, pode trazer dados falso positivos. Com base nisto, este trabalho tem o objetivo de verificar a notoriedade estatística de metanálises com foco em variações genéticas em mediadores imunológicos e o risco infecção pelo DENV por meio de abordagens
    Bayesianas, bem como avaliar estes mediadores imunológicos como biomarcadores moleculares dignos de nota. Foi realizada uma busca sistemática para metanálises que avaliassem a associação significativa
    entre variantes genéticas e o risco da infecção de DENV em seres humanos. Os dados foram extraídos de acordo com formulários padronizados e os cálculos realizados para obtenção de notoriedade por meio da Probabilidade de Relato de Falso Positivo (FPRP) e da Probabilidade Bayesiana de Falsa Descoberta (BFDP) onde valores >0,2 e >0,8 nas probabilidades prévias de 10-3 e 10-6 para FPRP e BFDP, respectivamente, foram considerados dignos de nota. Como análise complementar, uma rede gene-gene foi projetada pela análise dos genes que obtiveram notoriedade no estudo através da base GeneMania (Versão 3.3) além da construção de uma rede proteína-proteína na plataforma STRING 10.5. A busca nas bases de dados resultou em 260 estudos, onde foram removidas duplicatas e realizada a triagem dos estudos, resultando em sete metanálises sobre variados polimorfismos em diferentes genes (TNF/rs1800629/rs361525, MBL2/Exon1, INF/rs2430561, MICB/rs3132468/rs3134899, PLCE1/ rs2274223/rs3740360/rs3765524, VDR/rs2228570, CD32/rs1801274, OAS3/rs2285933, DC-SIGN/rs4804803 e HLA-A). Um total de 152 cálculos para valores de FPRP foram realizados onde onze apresentaram notoriedade pelo cálculo de FPRP (<0,2). Setenta e seis cálculos de BFDP foram realizados, onde 14 apresentam notoriedade (BFDP >0,8) nos seguintes genes e polimorfismos: MICB/rs3132468, PLCE1/rs3740360/rs3765524, CD32/ rs1801274, HLA-A e TNF- α/rs361525. A rede gene-gene mostrou que quatro genes (TNF, MICB, HLA e PLCE1) desempenharam papel central na resposta imune da dengue e na rede proteína-proteína os resultados mostraram o TNF-α tendo desempenhado papel central na resposta imunológica contra o DENV. Em conclusão as variantes genéticas nos genes MICB, PLCE1, CD32, HLA e TNF-α apresentam notoriedade pelos cálculos Bayesianos sendo sugeridos como possíveis biomarcadores moleculares para a doença.

  • KELSON LUIZ DA SILVA SALES
  • IMPACTOS DA IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DO NORDESTE BRASILEIRO
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 17/02/2023
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  • A Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é uma infecção relacionada à assistência à saúde definida como pneumonia que ocorre após 48 horas de intubação endotraqueal. Altas taxas de mortalidade e o aumento de custos hospitalares nesse tipo de infecção tem levado os hospitais à aplicação de medidas de prevenção, baseadas em evidências científicas, especialmente através da utilização de bundles, que são um pequeno conjunto de estratégias terapêuticas aplicadas conjuntamente para a melhoria do cuidado ao paciente. Objetivo: Analisar os efeitos da intervenção de um bundle para prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica em um hospital do nordeste brasileiro. Metodologia: O estudo descritivo foi dividido em quatro etapas: estudo retrospectivo dos prontuários de assistência anterior ao pacote de medidas de prevenção, treinamento da equipe, implantação do bundle e estudo de prontuários dos pacientes internados após implantação do bundle. A primeira etapa do projeto foi realizada durante os meses de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022 no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, na cidade de Parnaíba, Piauí. A segunda e terceira etapas foram realizadas, no mesmo local, nos meses de março a abril de 2022 e a quarta etapa foi realizada nos meses de maio a julho de 2022. Resultados: houve uma diferença significativa na relação entre o número de PAV e dias de VM entre os períodos anterior e posterior à implantação do bundle (RR: 2,37; IC 1,23 ≤ µ ≤ 4,56; p = 0,0062). Também foi observado um risco significante estatisticamente diferente quando comparada relação entre o número de óbitos e número de internações comparados os períodos antes e depois da implantação do bundle (RR: 1,82; IC 1,12 ≤ µ ≤ 2,94; p = 0,0097).

  • ANDERSON DE SOUSA ESCÓRCIO
  • JOGOS EM REALIDADE VIRTUAL MELHORAM OS NIVEIS DE ATENÇÃO SELETIVA E O TEMPO DE RESPOSTA DE INDIVIDUOS ADULTOS COM TRAÇOS DE TDAH
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 08/02/2023
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  • O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico que ocorre normalmente na infância, mas que, em mais da metade dos casos, prolonga-se para a vida adulta. Muitos estudos são realizados focando no diagnóstico e tratamento desse distúrbio em crianças e adolescentes, mas poucos em adultos. Esse trabalho objetiva investigar os efeitos de um jogo em RV nos sinais de TDAH além da atenção seletiva e o tempo de resposta em indivíduos adultos com TDAH. Trata-se de um estudo clínico randomizado com 21 adultos com sinais de TDAH, todos foram submetidos a um jogo em RV por duas semanas. Foram aplicados os testes ETDAH-AD e de STROOP antes e depois da aplicação da RV para análise dos sinais de TDAH e do nível de atenção assim como o tempo de resposta, respectivamente. Em relação ao teste de STROOP o estudo evidenciou resultado significativo (P>0.005) em relação a etapa de cores, mostrando uma melhora na atenção seletiva, onde os indivíduos obtiveram menos erros quando comparado antes e após o jogo em RV [t(20)=4,45; p=0.0001; IC95% 7,36 - 20,35], o mesmo resultado também pode ser visto quando analisado o tempo de resposta, sendo observado uma diminuição quando analisado antes e após o jogo [t(20)=2,44; p=0.024; IC95% 0,76 - 9,61]. Com isso, infere-se que a RV tem eficácia positiva na atenção e tempo de resposta de adultos com TDAH evidenciada pelo teste de Stoop. Porém, são necessários mais estudo comparativos e com maior número de participantes para maiores esclarecimentos.

  • HÉLIO MATEUS SILVA NASCIMENTO
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO DE LACTOBACILLUS SPP. E N- ACETILCISTEINA NA EXPRESSÃO DA CASPASE-8 SOBRE AS ALTERAÇÕES HEPÁTICAS CAUSADAS PELA PERIODONTITE EXPERIMENTAL
  • Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
  • Data: 26/01/2023
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  • Introdução: A periodontite é caracterizada como uma doença crônico-inflamatória multifatorial que leva a uma reabsorção óssea alveolar e destruição dos tecidos de suporte e proteção dental e pode afetar vários outros tecidos em locais distantes. A periodontite causa a apoptose, mediada por caspases, levando a superexpressão da caspase-8. Objetivo: Avaliar a expressão da caspase-8 no dano hepatocelular em modelo de periodontite experimental e associado a administração de Lactobacillus spp. e N-acetilcisteina. Metodologia: Foram utilizadas 32 ratas wistar (Rattus norvegicus) fêmeas, pesando em torno de 189,5g. Os ratos foram divididos em grupos: controle, periodontite, periodontite+Lactobacillus spp. e periodontite+N-acetilcisteína. A periodontite foi induzida por um fio de náilon 3-0 que foi colocada ao redor da cervical dos primeiros molares inferiores. O Lactobacillus spp. na dose de 0,5 ml/dia foi administrado por gavagem nos animais e N-acetilcisteína na dose de 15 mg/kg via intraperitoneal. Os efeitos sistêmicos foram investigados por histopatologia do fígado e contagem global de leucócitos. A análise da caspase-8 foi realizada por ensaio de imuno-histoquímica do fígado. Resultados: O modelo de periodontite foi eficaz, sendo confirmada por um examinador devidamente calibrado. A análise do tecido hepático apresentou redução dos escores de esteatose e necrose quando comparado com o grupo com Periodontite. Houve diferença também na expressão de caspase-8 no grupo Lactobacillus spp. (controle: 1,2 ± 1,0 células/μm2, periodontite: 5,6 ± 1,4 células/μm2, Lactobacillus spp.: 2,9 ± 1,2 células/μm2, p<0,05) e N-acetilcisteína (controle: 0,9 ± 0,9 células/μm2, periodontite: 4,5 ± 1,6 células/μm2, N-acetilcisteína: 2,7 ± 1,3 células/μm2, p<0,05) quando comparado ao grupo periodontite. Conclusão: Este estudo revelou que a periodontite causa a elevação dos níveis de caspase-8 nas células do fígado, aumentando sua disponibilidade no processo de morte celular por apoptose, onde o tratamento com os Lactobacillus spp. e a NAC levou a redução dessa expressão de caspase-8 no tecido hepático dos ratos, diminuindo significativamente o escore de esteatose, tendo assim um potencial como tratamento coadjuvante da periodontite.

  • ANDERSON DE SOUSA ESCÓRCIO
  • REPERCUSSÕES CORTICAIS E O DESEMPENHO DO ADULTO COM TRAÇOS DE DÉFICIT DE ATENÇÃO SUBMETIDO A UM JOGO EM REALIDADE VIRTUAL, ANTES E APÓS REALIZAÇÃO DE TAREFAS DE PERCEPÇÃO TEMPORAL E MEMÓRIA DE TRABALHO
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 10/01/2023
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  • O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neurobiológico que ocorre normalmente na infância, mas que, em mais da metade dos casos, prolonga-se para a vida adulta. Muitos estudos são realizados focando no diagnóstico e tratamento desse distúrbio em crianças e adolescentes, mas poucos em adultos. Considerando essa lacuna, somada a baixa efetividade de tratamentos convencionais em adultos, e os avanços do uso terapêutico da realidade virtual em várias neurodesordens, esse trabalho objetiva investigar os efeitos de um jogo em RV na desatenção, impulsividade, aspectos emocionais, autorregulação da atenção, da motivação e da ação, hiperatividade e da atenção seletiva em indivíduos adultos com TDAH. Para isso, 21 adultos com sinais de TDAH foram submetidos voluntariamente ao uso da RV por duas semanas, além da aplicação dos testes Stroop e ETDAH-AD. Como resultado, observou-se a melhora do nível de atenção e do tempo de resposta ao teste dos participantes com o distúrbio após a intervenção, evidenciando o efeito positivo da RV em pacientes adultos com TDAH.

2022
Descrição
  • JANYERE ALEXANDRINO DE SOUSA
  • EFEITO DA FOTOBIOMODULAÇÃO NO STATUS OXIDATIVO EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE FIBROMIALGIA
  • Orientador : MARCELO DE CARVALHO FILGUEIRAS
  • Data: 25/08/2022
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  • Fibromialgia (FM) é uma síndrome crônica caracterizada por dor musculo-esquelética generalizada, que tem como uma de suas características fortes componentes do estresse oxidativo. O estresse oxidativo é resultante do excesso de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs), o que causa o desequilíbrio do perfil oxidativo, acarretando em mais dano para o tecido. Diante dessa característica, de grande dor, e patogênese desconhecida, o tratamento direciona para o alívio dessas dores. A Fotobiomodulação (FBM), através da Terapia a Laser de Baixa Intensidade (TLBI) tem se mostrado um forte recurso terapêutico, uma vez que apresenta características analgésicas e a redução de EROs no tecido lesado, além de apresentar redução nos sintomas de dor e inchaço. Este trabalho visa avaliar o efeito da TLBI no estresse oxidativo em modelo experimental de fibromialgia. Para isto, foram utilizados camundongos adultos, que desenvolveram dor crônica através de doses de reserpina. Para o tratamento com TLBI, foram utilizadas duas doses de laser, com os seguintes parametros: comprimento de onda de 904nm, frequência de irradiação 1,00Hz, duração de pulso de 100ns e potência média de 50mW, área de 0,06cm 2 . O tempo de irradiação de 12s, o que corresponde a uma energia de 1J/cm² e o outro com tempo de 30 segundos, correspondente a dose 5J/cm², denominadas L1 e L5, respectivamente, já testadas anteriormente, onde seu trabalho descreve sua eficácia em inflamações, com a redução da migração celular, redução de EROs e analgesia, reduzindo diversas manifestações inflamatórias. Para avaliar a efetividade do modelo de dor crônica, uma avaliação de hiperalgesia mecânica foi feita por aplicação de um filamento de von Frey 0,2-MN onde seus resultados foram expressivos, atestando a fibromialgia no modelo animal, apresentando a diminuição da nocicepção dos animais durante o período de três dias tratamento, sem apresentar muitas diferenças estatísticas entre as dosagens aplicadas. O estresse oxidativo foi avaliado pela determinação de dosagens de glutationa reduzida (GSH), ácido malondialdeído (MDA) e Nitrito, onde se pode avaliar suas alterações em acordo com o que foi proposto. A dosagem de MDA apresentou a atuação positiva do TLBI diante dos grupos L1 e L5 em comparação ao grupo Reserpina, onde L5 exibiu maior redução deste marcador. As dosagens de laser apresentaram pouca diferença estatística entre si nas dosagens de GSH e Nitrito, mas apresentaram diferença positiva em relação ao grupo reserpina. O TLBI, se mostrou eficaz na modulação do estresse oxidativo no modelo experimental usado e com as doses testadas.

  • FERNANDA MELLO DA SILVA SOUSA
  • PADRÕES REGULARES DE ENTROPIA AMOSTRAL NÃO APRESENTAM LINEARIDADE COM A FREQUÊNCIA DE QUEDAS EM INDIVÍDUOS COM NEUROPATIA PERIFÉRICA DIABÉTICA
  • Orientador : VINICIUS SAURA CARDOSO
  • Data: 22/07/2022
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  • Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas caracterizado pela hiperglicemia crônica que pode levar a complicações micro e macrovasculares, dentre as quais a mais prevalente é a Neuropatia Periférica Diabética (NPD). Repercussões na função sensoriomotora são vistas nesta população, interferindo no controle postural e aumentando o risco de quedas. O controle postural é geralmente analisado pela avaliação linear do deslocamento do centro de pressão (COP), que apresenta um certo grau de não-linearidade. As análises não-lineares têm se tornado mais prevalentes na literatura, visto que são tipicamente investigadas usando conceitos relacionados à variabilidade, estabilidade, complexidade e adaptabilidade. Objetivo: Investigar se a frequência de quedas possui uma associação com as medidas não-lineares do COP em indivíduos com DM2. Metodologia: Oitenta e um indivíduos foram divididos em três grupos: Grupo controle (GC), Grupo Diabetes Mellitus (GDM) e Grupo Neuropatia Periférica Diabética (GNPD). A primeira etapa do experimento correspondeu à avaliação inicial, incluindo consentimento do participante, avaliação da NPD e do relato de quedas. Na segunda etapa, o equilíbrio estático foi avaliado por meio da plataforma de força, com olhos abertos e fechados. O teste de Kruskal-Wallis e o post-hoc de Dunn’s foram realizados para comparar a frequência de quedas e investigar os efeitos do DM e NPD nos índices posturais calculados a partir dos sinais do COP. Resultados: O maior relato de quedas foi observado no GNPD apenas quando comparado ao GC (p= <0,0001). Os resultados do equilíbrio revelaram uma maior oscilação corporal no GNPD, acompanhada por um padrão de oscilação médio-lateral mais regular e uma oscilação anteroposterior e médio-lateral mais sincronizada. Buscou-se verificar uma associação entre o relato de quedas e as medidas não-lineares do COP no GNPD, no entanto, por meio da análise do gráfico de dispersão foi possível visualizar que não existe uma linearidade entre as variáveis. Conclusão: Sujeitos com NPD apresentam maiores comprometimentos do equilíbrio, com padrões fixos que evidenciam baixa complexidade no sistema de controle postural. Contudo, mesmo que os métodos não-lineares estejam relacionados com a complexidade dos sistemas e sejam consideradas ferramentas sensíveis na avaliação do equilíbrio, estes não parecem estar associados a frequência de quedas em pessoas com NPD.

  • RENATA PEREIRA NOLÊTO
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIFÚNGICO IN VITRO DO MICOFENOLATO DE MOFETILA ISOLADO E EM COMBINAÇÃO COM ANTIFÚNGICOS
  • Orientador : TATIANE CAROLINE DABOIT
  • Data: 19/05/2022
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    A cromoblastomicose é uma infecção granulomatosa da derme e da hipoderme, resultante da inoculação traumática de fungos negros. A doença apresenta um tratamento longo e poucas opções medicamentosas estão disponíveis. Em vista disso, é considerada um desafio terapêutico e um grave problema de saúde pública. Assim, faz-se necessário o desenvolvimento de novas abordagens para o seu tratamento. O reposicionamento de fármacos surge como uma alternativa ao exaustivo processo de concepção de novos medicamentos. O micofenolato de mofetila, um inibidor da enzima inosina monofosfato desidrogenase, usado na clínica como imunossupressor, tem demonstrado atividade antifúngica in vitro contra fungos filamentosos e leveduriformes. Contudo, não há relatos quanto à sua atuação frente aos fungos negros que causam a cromoblastomicose. Logo, este estudo objetivou analisar a atividade antifúngica in vitro do micofenolato de mofetila, bem como a sua interação com quatro antifúngicos (anfotericina B, itraconazol posaconazol ou terbinafina), contra doze isolados de agentes etiológicos da cromoblastomicose. A concentração inibitória mínima (CIM) foi determinada pela técnica de microdiluição em caldo descrita pelo protocolo M38-A2 doClinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). O perfil de interação do micofenolato de mofetila com os antimicóticos foi avaliado pela técnica de tabuleiro de xadrez. Os antifúngicos itraconazol, posaconazol e terbinafina inibiram o crescimento de todos os isolados testados. A anfotericina inibiu o crescimento de 11 cepas, necessitando, porém, de altas concentrações (CIM > 1 μg/mL). O micofenolato inibiu o crescimento de quatro isolados fúngicos (128 μg/mL ≤ CIM ≤ 256 μg/mL). As combinações entre o imunossupressor e os antimicóticos não seguiram um padrão, apresentando interações sinérgicas e indiferentes. A interação mais promissora foi observada entre o micofenolato e a anfotericina B. O potencial antifúngico do micofenolato está possivelmente atrelado à sua atuação sobre a inosina monofosfato desidrogenase, de modo a impedir a formação de bases nitrogenadas e consequente proliferação celular dos fungos. Os promissores resultados obtidos demonstram a possibilidade de uma nova aplicação do micofenolato, tanto isoladamente quanto em combinação com antimicóticos. Sugere-se a condução de novos estudos, a fim de avaliar, posteriormente, a sua eficácia na clínica. O micofenolato representa uma perspectiva para a redução dos impactos da cromoblastomicose no sistema de saúde e para a melhoria na qualidade de vida dos pacientes afetados pela infecção.

     

  • RAYANA FONTENELE ALVES
  • ANÁLISE DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM MULHERES SAUDÁVEIS COM RESTRIÇÃO UNILATERAL DO TORNOZELO
  • Orientador : VINICIUS SAURA CARDOSO
  • Data: 01/04/2022
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  • INTRODUÇÃO: O uso de suportes de tornozelo têm sido sugeridos para proteger a articulação de uma possível lesão, diminuindo a amplitude de movimento. Contudo, alguns não limitam apenas os movimentos extremos para prevenção de lesão, mas também o movimento necessário para a função normal da articulação, que pode levar a alterações nas estratégias proprioceptivas e subsequente modificações no controle postural. Porém, a influência de um suporte semirrígido e um rígido no equilíbrio estático em indivíduos saudáveis, ainda apresentam divergências. Uma compreensão clara desses mecanismos é importante para entender como esses suportes atuam no sistema de controle postural. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar o comportamento do equilíbrio estático em mulheres saudáveis com restrição unilateral do tornozelo. MÉTODOS: Vinte e três mulheres participaram do estudo de equilíbrio estático em 3 condições de restrição: Sem restrição articular do tornozelo direito (SRA), Restrição articular utilizando um estabilizador semirrígido de tornozelo Dilapé® (RAT) e restrição articular rígida utilizando fitas de esparadrapo (RAE). Todos os participantes realizaram (1) avaliação da Amplitude de movimento passiva (AMP) do tornozelo, (2) avaliação da Amplitude de movimento ativa (AMA) do tornozelo e (3) posturografia instrumentada por plataforma de força para coletar as coordenadas do centro de pressão corporal (CoP).  O teste Friedman e pós teste de Dunn's Multiple Comparison foram usados para investigar os efeitos dos suportes de tornozelo (RAT e RAE) nos índices posturais calculados a partir dos sinais do CoP. RESULTADOS: Os resultados revelaram que os suportes de restrição articular causaram mudanças na amplitude de movimento do tornozelo e geraram efeitos no equilíbrio estático com alterações significativas no padrão de oscilação (F80ap), regularidade do sinal (SEntap) anteroposterior, na amplitude do descolamento médio-lateral (Rangeml), na velocidade média (VMml) médio-lateral, além de causarem modificações no posicionamento do CoP (CoPap_avg e CoPml_avg). CONCLUSÃO: Nossos resultados indicam que além de restringir mecanicamente a articulação do tornozelo, o uso de suportes restritivos causaram mudanças nas métricas de postura e equilíbrio estático, com modificações proprioceptivas para correção postural.

  • DANIELA FARIAS DE CARVALHO
  • BARREIRAS E FACILITADORES NO ATENDIMENTO E NO TRATAMENTO DE GESTANTES DE ALTO RISCO DE UM CENTRO ESPECIALIZADO DE CAXIAS - MA
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 24/02/2022
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  • Introdução: A gestação é uma experiência singular na vida da mulher que envolve a família e seu contexto social, portanto é permeada por aspectos emocionais, espirituais, físicos e socioculturais.1 É um fenômeno fisiológico para as mulheres, no entanto, em algumas pode ocorrer danos em sua evolução. Objetivo: Caracterizar as barreiras e facilitadores que influenciam no atendimento e tratamento de gestante de alto risco de um centro especializado de Caxias – MA.Método: O estudo tem caráter transversal, exploratório e descritivo, com abordagem qualiquantitativo. Foram avaliadas 71 gestantes entre 20 e 40 anos, sendo estas com hipertensão gestacional, diabetes mellitus gestacional ou obesidade. Foram coletados os dados antropométricos de cada gestante, posteriormente aplicada uma ficha de identificação e realizada uma entrevista semiestruturada. Os dados foram identificados, classificados e analisados por meio da análise temática. Resultados: Das 71 gestantes incluídas, 24 possuíam DMG, 24 possuíam HG e 23 foram classificadas como obesas, ressalta-se que o nível de escolaridade que mais se destacou foi o médio completo e logo em seguida o fundamental incompleto o que podemos relacionar com a barreira pessoal a pouca compreensão da importância da mudança de hábitos, tanto alimentares quanto para prática de exercício físico, que foi destaque. Após a análise dos dados percebe-se que a falta de assistência, a lentidão no sistema, os desafios de locomoção, mudança de hábitos estão como maiores dificultadores para as gestantes e o bom atendimento da equipe como facilitadores. A barreira pessoal e o facilitador pessoal tiveram destaque nas classificações. Considerações finais: A avaliação das barreiras e facilitadores traz bases para o planejamento de intervenções, para melhorar o direcionamento de ações durante o atendimento e tratamento de gestante de alto risco, permite avaliar o impacto das ações desenvolvidas, sendo possível optar pela sua manutenção, adequação ou extinção. 

2021
Descrição
  • PEDRO RENAN DE SOUZA LIMA DA SILVEIRA
  • DOSE-RESPOSTA E EFICÁCIA DO LASER TERAPÊUTICO DE BAIXA INTENSIDADE NA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERAS DO PÉ DIABÉTICO: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO, DUPLO-CEGO E CONTROLADO.
  • Orientador : VINICIUS SAURA CARDOSO
  • Data: 20/12/2021
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  • Ulcerações do pé diabético se apresentam como feridas com desintegração do tecido dérmico incluindo a epiderme, derme e, em muitos casos, tecido subcutâneo. O Laser terapêutico de baixa intensidade (LTBI) é considerado um método terapêutico efetivo na cicatrização de feridas. Porém foi identificado que existe grande divergência entre os comprimentos de onda e a dose a ser utilizada no tratamento de úlceras. Desta forma, o presente estudo se justifica pela necessidade de investigar os efeitos do LTBI de 904 nm no tratamento de feridas diabéticas utilizando 3 doses diferentes. Este estudo randomizado, duplo-cego e controlado será conduzido no Centro Integrado de Especialidades Médicas (CIEM) – Policlínica. 80 voluntários foram randomizados em quatro grupos. O grupo controle recebeu placebo LTBI + tratamento convencional. Os três grupos ativos receberam 4 (GL1), 8 (GL2) ou 10 J / cm2 (GL3) de GaAs 904 nm LTBI mais tratamento convencional duas vezes por semana durante 20 sessões. O tratamento convencional envolve a limpeza e curativo das úlceras. As avaliações ocorreram antes do tratamento, após 5 e 10 semanas de tratamento e no terceiro mês após o tratamento, por um avaliador cego. No início do tratamento foi demonstrado que não há diferença significativa entre os grupos com relação à área inicial das úlceras. Após 10 semanas de tratamento, houve redução da área significativa entre os grupos de tratamento e controle (p <0,05). Comparando os quatro grupos, o GL1 e GL3 apresentaram maior taxa de cicatrização. Nossos resultados indicam que o Laser terapêutico de baixa intensidade GaAs 904 nm é eficaz no tratamento de úlceras do pé diabético e que a dosagem de 10J/cm², após 10 semanas de acompanhamento, é a mais efetiva quando comparado aos demais grupos.

  • CRISTIANA MARIA DOS SANTOS
  • QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM ÚLCERA DO PÉ DIABÉTICO EM TRATAMENTO COM LTBI 904 NM E ASPECTOS ASSOCIADOS À ADESÃO AO AUTOCUIDADO: UM ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
  • Orientador : VINICIUS SAURA CARDOSO
  • Data: 17/12/2021
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  • As úlceras do pé diabético (UPD) são complicações agressivas da diabetes mellitus (DM) e acometem cerca 25% destes pacientes. Estão associadas ao alto risco de amputações e mortalidade precoce e impactam significativamente a qualidade de vida (QV). O LASER Terapêutico de Baixa Intensidade (LTBI) é uma importante abordagem para o tratamento das UPD, porém há escassez de dados sobre sua influência na QV. Por outro lado, a adesão ao autocuidado é um fator estreitamente relacionado com a QV em pessoas com DM. O presente estudo se justifica pela necessidade de compreender o impacto do tratamento com LTBI sobre a QV e sua relação com o autocuidado. Este ensaio clínico randomizado tem o objetivo de avaliar a qualidade de vida de pacientes com úlcera do pé diabético em tratamento com diferentes doses de LTBI (AsGa) 904 nm e sua associação com aspectos da adesão ao autocuidado. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente nos grupos: controle (GC) LTBI placebo, LTBI 1 (GL1) 10 J/cm2, LTBI 2 (GL2) 8 J/cm2 e LTBI 3 (GL3) 4 J/cm2. As aplicações de LTBI foram realizadas duas vezes semanalmente totalizando até 20. A QV foi avaliada através do questionário SF-36. Cinquenta e nove participantes foram incluídos na análise (GL1 = 17, GL2 = 14, GL3 = 16, GC = 12). O GL1 apresentou maior proporção de cicatrização (85,71%) e o GC apresentou menor proporção (35,29%). No GL1 houve relação entre limitação física e monitorização da glicemia (ρ = 0,759), dor e cuidados com os pés (ρ = 0,669), estado geral de saúde e cuidados com os pés (ρ = 0,542). No GL2 houve relação entre limitação física e monitorização da glicemia (ρ = -0,567), vitalidade e cuidados com os pés (ρ = 0,567), aspectos sociais e dieta (ρ = 0,581). Quanto ao GC houve associação da capacidade funcional com a medicação (ρ = -0,516) e exercícios (ρ = 0,537), da limitação física com a dieta (ρ = -0,580) e medicação (ρ = -0,659) e da dor com a dieta (ρ = -0,490). O LTBI não apresentou impacto importante sobre a QV e apenas alguns domínios, especialmente capacidade funcional, limitação física e dor, tiveram associação com o autocuidado.

  • ALICE SILVA MENDES
  • Atividade da banda teta no córtex pré-frontal e desempenho em tarefa de memória de trabalho associados aos polimorfismos genéticos DRD1 rs4532 e DRD2 rs1800497
  • Orientador : FRANCE KEIKO NASCIMENTO YOSHIOKA
  • Data: 14/12/2021
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    A dopamina influencia o aprendizado e a plasticidade. Polimorfismos encontrados nos genes que produzem os receptores desse neurotransmissor podem interferir em funcionamento cortical, incluindo a memória de trabalho (MT). Diferentes comportamentos podem ser observados em pessoas com esses polimorfismos, que reproduzem altas diferenças interindividuais em resposta à atividades de MT. Dessa forma, o presente estudo visa examinar a hipótese de que a variação genética no sistema de dopamina está associada a diferenças significativas na plasticidade cerebral. Métodos: A plasticidade do córtex pré-frontal foi avaliada neste projeto de pesquisa através da observação da influência de DRD1 rs4532 e DRD2 rs1800497, com efeitos estabelecidos na neurotransmissão de dopamina, e o desempenho na tarefa de MT em voluntários saudáveis. Tal desempenho foi analisado por meio de padrões eletrofisiológicos da região cortical coletados por eletroencefalografia. Oscilações na banda eletroencefalográfica teta foi avaliada por refletir o desempenho cognitivo em tarefas de MT. As maiores frequências genotípicas para cada polimorfismo foram: 46% A2/A2 para o DRD2 rs1800497 e 59% TT para o DRD1 rs4532. Ambos os polimorfismos se encontram em equilíbrio de Hardy-Weinberg (p=0,9). As análises ANOVA de duas vias não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre erro e os polimorfismos durante a tarefa de MT (p>0,05). Porém, a regressão logística binária com base nos agrupamentos de frequência de ambos polimorfismos (homozigoto selvagem vs homozigoto recessivo + heterozigoto) com as variáveis espaciais (eixos X e Y) não indicaram associação estatisticamente significativa na tarefa de MT (p>0,05). As análises neurofisiológicas feitas por ANOVA de três vias mostraram maior significância em indivíduos com alelo selvagem para ambos os polimorfismos estudados em diferentes regiões do córtex pré-frontal (p≤0,05). Conclui-se que, embora os polimorfismos estudados não influenciem diretamente no comportamento, é evidente que se relacionam com a capacidade cortical em tarefas de MT visuoespaciais.

     

  • MARIA GISLENE SANTOS SILVA
  • ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO MODIFICA A INTERPRETAÇÃO DO INTERVALO DE TEMPO
  • Orientador : SILMAR SILVA TEIXEIRA
  • Data: 12/11/2021
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  • A percepção do tempo é fundamental para a realização das atividades de vida diária. A experiência da percepção temporal é modulada por inúmeros fatores, tais como: o nível de atenção, emoções, memórias e doenças neurológicas, como o Acidente Vascular Encefálico (AVE). Embora, haja uma gama de tratamento para recuperação de pessoas que sofreram AVE, ainda não foi utilizada a percepção temporal para a reabilitação da percepção temporal. Diante disso, o objetivo deste estudo é investigar a melhora da percepção temporal em uma pessoa após acidente vascular encefálico ao realizar o treinamento com a tarefa de estimativa de tempo. O procedimento foi realizado em dois momentos (sem e com treinamento). No momento sem treinamento a participante aguardou o intervalo de 1 hora entre as tarefas de percepção do tempo. No momento com treinamento a participante realizou a tarefa de estimativa de tempo durante 1 hora. Os resultados do erro absoluto para a resposta nas tarefas de estimação e reprodução temporal, demonstrou que a participante errou a mais no intervalo de 1 segundo, na tarefa de produção do tempo, a participante errou menos em todos os intervalos. Ocorreu uma superestimação e superreprodução somente no intervalo de 1 segundo, além de uma subprodução em todos os intervalos de tempo. Ademais, a diferença entre os estadiamentos revelou maior imprecisão em produzir o tempo em todos os intervalos de tempo. Assim, no momento com treinamento melhores resultados foram observados no intervalo de 7s e 9s na tarefa de estimativa, somente 9s na tarefa de reprodução e no intervalo 4s na tarefa de produção. Dessa forma, o treinamento com a tarefa de estimativa do tempo pode desencadear modificações significativas no desempenho de tarefas de percepção do tempo.

  • THAYANÁ RIBEIRO SILVA FERNANDES
  • A RELAÇÃO ENTRE OS POLIMORFIMOS COMT Val158Met, DRD2/ANKK1 Taq-1A E MAOA VNTR E AS MEDIDAS DE ASSIMETRIA COMO POSSÍVEIS MARCADORES FENOTÍPICOS DE TRAÇOS ANSIOGÊNCOS: UM ESTUDO ASSOCIATIVO ENTRE A EEG E A GENÉTICA MOLECULAR.
  • Orientador : SILMAR SILVA TEIXEIRA
  • Data: 28/10/2021
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  • A ansiedade está entre os transtornos de saúde mental de ocorrência mais frequente em todo o mundo. Sua patogênese é considerada complexa, envolvendo interações entre fatores biológicos, ambientais e mecanismos psicológicos. Nos últimos anos, a pesquisa abriu espaço para investigar os mecanismos neurobiológicos envolvidos na ansiedade. O objetivo deste estudo foi delinear se indivíduos portadores dos polimorfismos genéticos MAOA VNTR, COMT Val158Met e DRD2/ANKK1-Taq1A modulam os aspectos cognitivos e executivos e relacionam-se ao desenvolvimento de traços ansiogênicos. A amostra, não probabilística e não aleatória por julgamento, foi composta por 103 sujeitos do sexo masculino com idades entre 19 e 31 anos (média ± DP = 22,33±2,85). O procedimento experimental descritivo quantitativo epidemiológico dividiu-se em três etapas: a primeira consistiu na aplicação do Questionário de Ansiedade de Beck; a segunda na coleta sanguínea, extração, quantificação, armazenamento e amplificação dos polimorfismos genéticos MAOA VNTR, COMT Val158Met e DRD2/ANKK1-Taq1A; e a terceira, na aquisição e análise dos dados eletroencefalográficos. Após análise comportamental, identificamos uma população com traços mínimos de ansiedade. A análise genotípica foi realizada para relacionar os genótipos dos polimorfismos COMT Val158Met e DRD2/ANKK1-Taq1A com os fenótipos obtidos pelo questionário de ansiedade, e se mostraram constantes ao longo da população. Na análise estatística, uma two-way mixed ANOVA foi realizada e observada que não houve interação significativa entre os polimorfismos e a assimetria cortical frontal da banda alfa sobre o score de ansiedade. Uma regressão múltipla foi realizada, e os resultados corroboraram com a análise da two-way mixed ANOVA. Os achados do estudo sugerem que não há evidências de relação entre os fenótipos comportamentais, polimorfismos genéticos e a ansiedade para essa população específica de indivíduos com traços mínimos de ansiedade, e, mesmo para os indivíduos que foram autorrelatados com traços de ansiedade moderada ou severa. Dessa forma, conclui-se que os resultados não confirmaram a hipótese inicial de que indivíduos portadores dos polimorfismos genéticos MAOA VNTR, COMT Val158Met e DRD2/ANKK1-Taq1A modulam os aspectos cognitivos e executivos e relacionam-se ao desenvolvimento de traços ansiogênicos. Acredita-se que, para trabalhos futuros, possa ser selecionada uma amostra considerável de participantes que apresentem traços de ansiedade moderada ou severa, a fim de investigarmos as possíveis alterações executivas e cognitivas, e relacioná-las aos polimorfismos genéticos em questão.

  • VANESSA GALENO DE SOUSA
  • POLIMORFISMOS EM GENES DA VIA SEROTONINÉRGICA INFLUENCIAM O RECRUTAMENTO DE MEMÓRIA DE TRABALHO VISUOESPACIAL NO CÓRTEX FRONTOPARIENTAL
  • Orientador : FRANCE KEIKO NASCIMENTO YOSHIOKA
  • Data: 31/08/2021
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  • A memória de trabalho é definida como um sistema que proporciona um armazenamento e manipulação temporária da informação a fim de executar tarefas cognitivas. O desempenho de tarefas que a envolvem tem sido associado com padrões neurofisiológicos do córtex pré-frontal e córtex pariental, os quais são mensurados por eletroencefalograma. Os polimorfismos HTR1A 1019C/G, HTR2A T102C e HTR2A A1438G têm sido associados à disponibilidade de receptores serotoninérgicos, bem como no entendimento da memória espacial do indivíduo e da dinâmica molecular envolvida na memória de trabalho. Este estudo teve como objetivo analisar a influência dos polimorfismos nos genes HTR1A e HTR2A associado ao desempenho e diferenças interindividuais durante a tarefa de memória de trabalho visuoespacial, além das modulações da frequência da banda teta. Foram recrutados 178 voluntários do sexo masculino, com idade entre 18 e 32 anos, sendo a média de idade de 22,77 (± 2,97) anos, que não tivessem utilizado drogas psicotrópicas e sem histórico de doenças neurológicas. A análise das frequências genotípicas e alélicas dos polimorfismos mostrou que a população estudada está em equilíbrio de Hardy-Weinberg (p > 0,05). A frequência alélica observada foi de C = 48,5% e G = 51,4% para HTR1A 1019C/G, T = 40,7% e C = 59,2% para HTR2A T102C, A = 40,4% e G = 59,5% para HTR2A A-1438G. Ao analisar a variável comportamental por meio de uma ANOVA mixed factorial em relação à tarefa realizada, com base nos fatores: genótipos e fator eixo (plano horizontal: X e plano vertical: Y), verificou-se que os resultados apresentaram efeito principal para eixo para os três polimorfismos analisados (p<0,0001), independente das combinações genotípicas e dos agrupamentos inter e intragênicos. Portanto, não se pode afirmar que os genótipos não interferem na realização da tarefa, mas que a aleatoriedade dos planos de ativação do estímulo de mira ao alvo, horizontal e vertical, influenciem no desempenho da tarefa, considerando sua natureza rápida e individual. O resultado da regressão logística binária com base na expressão da 5-HT: agrupamento de baixa expressão de 5-HT vs. expressão normal de 5-HT também não indicou associação estatisticamente significativa para os eixos relacionados a tarefa para nenhum dos polimorfismos (p>0,05). Já os resultados observados nas análises neurofisiológicas pelo teste three-way mixed factorial ANOVA para a banda teta, demonstraram significânica dos genótipos com o alelo mutante, hetero e homozigoto, nos três polimorfismos estudados, com as subáreas do córtex pré-frontal e córtex pariental, indicando um maior recrutamento neural dessas regiões para realização da tarefa. Conclui-se que, os achados deste estudo nos permitem constatar que os polimorfismos estudados parecem não interferir diretamente na análise comportamental, sugerindo que não estejam relacionados com tarefas rápidas, mas de natureza na qual a memorização de múltiplos itens. Já em uma perspectiva neurofisiológica, os alelos HTR1A 1019G, HTR2A 102C e HTR2A -1438G podem modular a atividade de MT na rede frontoparietal, exigindo uma maior ativação dessa área para realização de exercícios espaciais.

  • CARLOS EDUARDO RODRIGUES CASTELO BRANCO
  • EFEITO CICATRIZANTE DE NANOPARTÍCULA DE PRATA ESTABILIZADA COM COLÁGENO E GOMA DO CAJUEIRO (Anacardium ocidentale l.) EM MODELO EXPERIMENTAL DE FERIDA
  • Orientador : MARCELO DE CARVALHO FILGUEIRAS
  • Data: 26/07/2021
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  • Introdução: O desenvolvimento de dispositivos biotecnológicos feitos com nanopartículas de prata (AgNPs) é cada vez mais promissor para melhorar o processso de cicatrização de feridas, uma vez que essas nanopartículas possuem propriedades que ajudam nesse processo. A interação de AgNP com o colágeno (col) e a goma do caju (gc) pode ser valiosa para o desenvolvimento de novos produtos farmacêuticos para o tratamento de feridas. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo verificar a eficácia da administração da nanopartícula de prata estabilizada com colágeno e goma do cajueiro em modelos de feridas a partir da análise macroscópica e histomorfológica. Metodologia: Foram utilizados 90 camundongos Balb-c, obedecendo ao ciclo de claro/escuro (12h/12h). Os animais foram divididos em 4 grupos de 6 elementos: salina, AgNPcol+gc, AgNPcol e AgNP+gc. Duas feridas excisionais circulares com 8 mm2 de diâmetro foram induzidas, com um punch cirúrgico, na superfície dorsal de cada animal. Após a produção da ferida, os animais receberam uma dose, a cada 24 horas por 10 dias, de pulverização spray diretamente na lesão contendo solução salina ou composto com a nanopartícula de acordo com a divisão dos grupos. Diferenças macroscópicas no tecido neoformado foram monitoradas a cada 48 horas até os 10º dia após a cirurgia. Amostras das feridas foram retiradas e preparadas após o décimo dia, para estudos histológicos. A análise estatística foi realizada utilizando-se Análise de Variância (ANOVA) com post hoc test de Bonferroni, teste de Kruskal-Wallis, teste de Shapiro-Wilk, considerando significantes as comparações com p<0,05. Resultados: Na comparação macroscópica dos 4 grupos observou-se que a partir do 8º dia houve redução da área da ferida, sendo mais evidente no 10º dia, principalmente no grupo AgNPcol+gc. A avaliação histológica das feridas, às 48 horas após o ferimento, mostrou que a pele do grupo AgNPcol+gc apresentou redução de tecido fibronecrótico e de células inflamatórias em comparação com o grupo solução salina. A avaliação histológica realizada a partir do 10º dia pós-ferimento, mostrou que o grupo AgNPcol+gc apresentou uma redução na quantidade de infiltrado de células inflamatórias, aumento da espessura da camada de epiderme e de queratina, maior quantidade de papilas dérmicas em comparação com os demais grupos. Discussão: No presente estudo e pela primeira vez, mostrou-se que a aplicação tópica da nanopartícula de prata, estabilizada com colágeno e goma do cajueiro, apresenta propriedades cicatrizantes, a partir de análise macroscópica e histomorfológica. Os resultados deste estudo apontam para uma otimização do processo de cicatrização de feridas. Conclusão: A nanopartícula de prata estabilizada com colágeno e goma do cajueiro demonstrou ser eficaz no tratamento de feridas, uma vez que foram observadas diminuição da área da ferida a partir de uma análise macroscópica e alterações histomorfológicas essenciais para uma cicatrização e regeneração tecidual. Dessa forma, diante da necessidade de obter novos fármacos cicatrizantes para diminuir os efeitos deletérios causados pelas feridas, o composto testado demonstrou ser um fármaco promissor na reparação tecidual.

  • VIVIANE CORDEIRO CARVALHO
  • EFICÁCIA DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA COMBINADA COM EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS NOS SINTOMAS MOTORES E NÃO MOTORES NA DOENÇA DE PARKINSON: ENSAIO CLÍNICO ALEATORIZADO
  • Orientador : FUAD AHMAD HAZIME
  • Data: 23/07/2021
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  • A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurológica progressiva, degenerativa e associada a importantes disfunções motoras e não motoras, afetando significativamente a qualidade de vida de seus sobreviventes. Os exercícios terapêuticos são amplamente empregados na tentativa de retardar ou minimizar o progresso da doença, caracterizada por importantes déficits motores e sensoriais. Recentes evidências têm demonstrado o potencial uso da estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) como complemento aos exercícios terapêuticos. Neste ensaio clínico investigamos a eficácia da adição da ETCC a um protocolo de exercícios terapêuticos nos sintomas motores e não motores na DP, por meio da Escala unificada de avaliação da doença de Parkinson (UPDRS), com 24 sessões não consecutivas em 22 indivíduos. A capacidade funcional, força muscular dos membros inferiores, percepção de efeito global, cinesiofobia e qualidade de vida também foram avaliadas antes, após, 3 e 6 meses do início do tratamento. Os resultados não demonstraram diferenças significativas na adição da ETCC (real) aos exercícios terapêuticos. Os resultados do presente estudo sugerem que a combinação da ETCC previamente a um protocolo de exercícios terapêuticos não promove efeitos clínicos aditivos nos pacientes com doença de Parkinson.

  • ANTONIA MYKAELE CORDEIRO BRANDÃO
  • EFICÁCIA DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTINUA COMBINADA COM TREINAMENTO MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO (TMAP) NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA: ENSAIO CLÍNICO ALEATORIZADO
  • Orientador : FUAD AHMAD HAZIME
  • Data: 19/07/2021
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  • A incontinência urinária (IU) é definida pela “International Continence Society” (ICS) como qualquer perda involuntária de urina. O treinamento muscular do assoalho pélvico (TMAP) é considerado a principal estratégia terapêutica conservadora e não farmacológica eficaz para o tratamento de mulheres com IU. Recentes evidências têm demonstrado que a IU está atrelada a alterações no padrão de ativação-desativação de áreas corticais relacionadas ao controle da micção. Neste sentido, é possível que a adição de estratégias que tenham o cérebro como alvo terapêutico pode resultar em maiores benefícios clínicos às mulheres com IU. A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica não invasiva e não farmacológica de modulação da atividade neuronal cortical que tem apresentado resultados promissores em diversas condições de saúde. No entanto, não há ainda evidências sobre a eficácia da combinação de TMAP ao ETCC na melhora dos sintomas em mulheres com IU. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, paralelo, duplo-cego e placebo controlado de viabilidade para o tratamento da incontinência urinária feminina com ETCC combinada com TMAP, através da redução dos sintomas de incontinência urinária (perda urinária / pad test, gravidade da incontinência e impacto na qualidade de vida 4 semanas após a randomização. Em decorrência da suspenção dos atendimentos no Serviço Escola de Fisioterapia - UFDPar devido à pandemia pelo novo coronavírus, somente onze pacientes foram avaliadas, dessas, apenas nove mulheres foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos distintos para receber ETCC (real) + TMAP ou ETCC (simulada) + TMAP durante 12 sessões em um período de quatro semanas. O desfecho clínico primário (cura sintomática) e os secundários (qualidade de vida, melhora das contrações voluntárias máximas, melhora da força muscular, percepção do efeito global e funcionalidade emocional) foram coletados antes do tratamento após quatro semanas de randomização. Os resultados demonstraram que a ETCC anódica é viável como terapia adjunta a um protocolo de TMAP e levou a uma mudança clínicas minimamente importante (MCMI) nas variáveis da cura dos sintomas da IU. Foi possível observar que o protocolo de tratamento é viável, as participantes foram aderentes e não houve efeitos adversos importantes e tem potencial para impulsionar os benefícios clínicos do TMAP . funcionalidade emocional) serão coletados antes do tratamento, após quatro, doze e vinte e quatro semanas após a randomização. Os dados serão coletados por um examinador cego à alocação dos tratamentos.

  • SANDRA TUANY ALVES DE MORAIS
  • EFICÁCIA DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA COMBINADA COM EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS NAS ESTRATÉGIAS DE EQUILÍBRIO ESTÁTICO EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON: ENSAIO CLÍNICO ALEATORIZADO
  • Orientador : FUAD AHMAD HAZIME
  • Data: 19/07/2021
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  • A doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo progressivo associado a uma diversidade de sintomas motores e não motores que altera significativamente a qualidade de vida dos indivíduos. Os exercícios terapêuticos são indicados como terapia adjuvante a medicação na tentativa de retardar ou minimizar os prejuízos funcionais e motores que surgem com o progresso da doença, prejudicando o equilíbrio e aumentando o risco de lesões incapacitantes ou até mesmo a morte. Recentes evidências têm demonstrado o potencial uso da estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) como terapia promissora combinada aos exercícios terapêuticos. Porém, poucos estudos investigaram os efeitos desta combinação no equilíbrio estático em pacientes com DP. Neste ensaio clínico aleatorizado, duplo-cego e placebo-controlado tivemos como objetivo investigar os efeitos da ETCC combinada com exercícios terapêuticos nas estratégias de equilíbrio estático dos pacientes com DP. Métodos: Trinta pacientes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos distintos para receber ETCC real (2mA, 20 min, M1) + exercícios terapêuticos ou ETCC simulada (2mA, 30 seg, M1) + exercícios terapêuticos durante 24 sessões em um período de oito semanas. Os resultados obtidos demonstraram que não houve diferença estatisticamente significativas entre os grupos no domínio do tempo após oito semanas de tratamento. Os desfechos secundários também não apresentaram diferenças significativas nas variáveis dos domínios de Frequência e Entropia após oito semanas, três meses e seis meses. Conclusão: Os resultados do presente estudo não demonstraram benefícios adicionais da ETCC nas estratégias de equilíbrio em pacientes com doença de Parkinson submetidos a um protocolo de exercícios terapêuticos 

     

  • DACYLLA SAMPAIO COSTA
  • INVESTIGAÇÃO MOLECULAR DAS ARBOVIROSES CIRCULANTES NO ESTADO DO PIAUÍ
  • Orientador : GUSTAVO PORTELA FERREIRA
  • Data: 11/06/2021
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  • As arboviroses são doenças transmitidas aos seres humanos e animais através da picada de vetores artrópodes hematófagos. Apresentam similaridade nos sintomas agudos o que dificulta o diagnóstico diferencial. O Chikungunya vírus (CHIKV), além das dores articulares na fase aguda, cerca de 80% dos pacientes evoluem para uma fase crônica debilitante.  O West Nile vírus (WNV) e Oroupouche vírus (OROV) destacam-se pela distribuição no Brasil e sua associação ao estabelecimento de sintomas neurológicos graves.  Considerando a endemicidade e co-circulação dos arbovírus, o diagnóstico sorológico constantemente é dificultado pela similaridade dos sintomas nas fases iniciais da infecção, em conjunto com o desenvolvimento de possíveis reações cruzadas, contribuindo para a subnotificação dos casos, o mais seguro é a realização de testes moleculares, sendo mais sensíveis e específicos. Destaca-se a metodologia de PCRq (Reação em Cadeia da Polimerase quantitativa), sendo possível a quantiticação de ácidos nucléicos durante o processo de amplificação in vitro. O presente estudo tem como objetivo investigar a dinâmica de circulação das arboviroses e avaliação do perfil clínico de pacientes positivos para CHIKV por métodos moleculares nos anos de 2017 a 2020. Neste trabalho foram analisadas amostras de soro de pacientes com sintomatologia clínica para arboviroses coletadas no Pronto Socorro Municipal de Parnaíba-PI (PSM), Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) e Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (LACEN-PI). O RNA viral foi extraído seguindo o protocolo proposto pelo fabricante e encaminhado para conversão em cDNA pela técnica de Transcriptase Reversa e posterior amplificação do material presente. Para detecção dos arbovírus em estudo, protocolos que amplificam regiões distintas dos genes para CHIKV (E1, E2, E2-6k e nsP1) e WNV (E e C/prM) foram padronizados após a realização de testes avaliando diferentes parâmetros de otimização da PCR. Além disso, um par de iniciadores que amplifica a região do segmento S de OROV foi desenhado seguindo todos os parâmetros definidos. Após análise dos testes, todos os protocolos foram padronizados e utilizados para análise molecular. Com a premissa de implementar nova metodologia no laboratório, uma reação de RT-qPCR foi validada para detecção das regiões nsP1 de CHIKV e 3’-UTR de WNV, respectivamente.  O presente estudo obteve êxito na padronização da técnica de qPCR para a quantificação genômica de CHIKV e WNV, visando ampliar e aprimorar a capacidade de detecção destes vírus. Neste estudo, foram coletadas 363 amostras de soro de pacientes com suspeita de infecção por arbovírus cedidas por laboratórios públicos e privados. Os pacientes que tiveram detecção positiva para CHIKV foram acompanhados por meio de questionário semiestruturado e seu perfil epidemiológico e clínico foram avaliados.  Os resultados identificaram 184 pacientes positivos para CHIKV através de testes sorológicos e moleculares, os quais 68 evoluíram para a fase crônica. Dentro da amostra de pacientes crônicos foi predominante o gênero feminino e idade superior a 49 anos, os principais sintomas foram rigidez e edemas nas articulações periféricas. Através do estudo pode-se inferir acerca do padrão de circulação dos arbovírus na cidade de Parnaíba-PI, bem como delinear o perfil epidemiológico dos pacientes que evoluíram para a fase crônica de CHIKV.

  • DANILO ALVES LOPES
  • VARIABILIDADE DA FREQUENCIA CARDÍACA COMO FERRAMENTA DE DETECÇÃO PRECOCE DA NEUROPATIA AUTONÔMICA CARDÍACA EM PACIENTES COM DIABETES TIPO 2
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 10/06/2021
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  • Introdução: A neuropatia autonômica cardíaca (NAC) é uma das complicações mais frequentes em indivíduos com diabetes tipo 2 (DM2), e está fortemente associada ao aumento da mortalidade e morbidade. Uma das primeiras manifestações da NAC é a redução da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). A VFC é um método simples e de baixo custo que pode permitir identificar NAC em pessoas com DM2. Objetivo: Avaliar se a VFC é capaz de diagnosticar precocemente a NAC em pacientes com DM2. Métodos: Foram incluídos 28 voluntários, 18 com DM2 e 10 saudáveis, com idade entre 40 e 65 anos, divididos em três grupos, grupo DM sem NAC (G1=8), DM com NAC (G2=10) e grupo controle (G3=10), e submetidos aos testes de função autonômica e VFC em repouso supino. Resultados: evidenciou reduções significativas nos índices da VFC, tanto no grupo G1 quanto G2, em relação do G3. O grupo G2, DM2 com NAC, os índices RMSSD, PNN50, RR trian Ind, TINN, HF, SD1 e SD2 eram estatisticamente ainda menores se comparados ao grupo G1 e G3, indicando um comprometimento maior do sistema parassimpático pela NAC. Conclusão: estudo evidenciou que a análise da VFC em repouso é capaz de identificar diferenças significativas em pessoas com DM2 com NAC, principalmente nos índices relacionados ao parassimpático e variabilidade global. Assim, esses índices poderiam ser usados para diagnóstico precoce de NAC em pacientes com DM2.

  • SAMARA BEZERRA DOURADO
  • AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL, DO AUTOCUIDADO E DA QUALIDADE DE VIDA DE DIABÉTICOS DA ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE MARTINÓPOLE – CEARÁ
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 04/06/2021
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  • Atualmente se tem evidenciado uma mudança no perfil epidemiológico da sociedade, de modo que as doenças crônicas não-transmissíveis têm se tornado cada vez mais prevalentes, como é o caso do diabetes mellitus (DM). Os determinantes sociais, bem como o contexto em que se encontra a pessoa diabética, pode causar implicações positivas ou negativas na evolução da doença. Segundo a literatura, os moradores da zona rural em razão de se encontrarem em maior situação de vulnerabilidade, podem apresentar menores práticas de cuidado em relação à DM e maiores limitações funcionais que afetam a qualidade de vida (QV) destes. O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade funcional, o autocuidado e a qualidade de vida de diabéticos da zona rural do Município de Martinópole/CE. Adotou-se um delineamento quantitativo, de cunho descritivo exploratório com dados transversais e com amostra não probabilística e por conveniência. Participaram 99 diabéticos com idades entre 29 e 88 anos (M= 60,08 ± 12,71 anos). Foi realizado um levantamento de variáveis sociodemográficas, clínicas e antropométricas dos voluntários por meio de triagem e consulta de prontuários. Aplicou-se o Questionário de Atividades de Autocuidado no Diabetes (QAD), o Questionário de Diabetes 39 (D39) e o Questionário do Perfil de Atividade Humana (PAH). Os dados obtidos por meio da ficha de triagem foram submetidos a estatísticas descritivas por meio do software IBM SPSS 25.0, enquanto os dados coletados por meio dos questionários foram submetidos a estatísticas inferenciais por meio do mesmo software, sendo realizados testes não paramétricos de correlação. Verificou-se que 84,9% dos voluntários apresentaram baixa escolaridade e 51,8% recebem um salário mínimo. A amostra apresenta índice glicêmico médio acima do recomendado, 70,7% apresentam ao menos uma doença crônica além do diabetes, e 75,8% dos voluntários apresentaram excesso de peso. Observou-se correlação positiva entre IMC e comorbidades (ρ (97) = 0,599, p < 0,001), controle do diabetes e gravidade do diabetes (ρ (90) = 0,544, p < 0,001), e correlação negativa entre energia e mobilidade e o escore de atividade ajustado do PAH (ρ (92) = - 0,599, p < 0,001). Os resultados sugerem que os diabéticos da zona rural de Martinópole/CE possuem a QV afetada pelo DM revelando uma maior dificuldade para controlar a doença, o que pode ter refletido em uma maior percepção de gravidade do DM. Além de apresentarem o desempenho funcional reduzido provavelmente devido a uma menor mobilidade e atividade física, sendo o sedentarismo e o sobrepeso os fatores de risco de destaque nessa população. 

  • MARIA HELENA DA SILVA CURVINA
  • INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA NA RESPOSTA ELÉTRICA CEREBRAL DA BANDA TETA DURANTE TESTE DE PERCEPÇÃO DO TEMPO.
  • Orientador : FERNANDO LOPES E SILVA JUNIOR
  • Data: 03/06/2021
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  • A percepção do tempo (PT) tem sido utilizada para investigar as respostas cerebrais, voltadas à
    cognição, atenção e memória de trabalho e são conhecidos diversos mecanismos que
    influenciam na interpretação temporal. Embora a atividade física seja relacionada com o bom
    funcionamento cognitivo e as respostas elétricas do cérebro, poucos estudos têm investigado as
    respostas da PT sob influência da prática de atividades físicas. Assim, o objetivo deste trabalho
    foi avaliar a resposta cortical através do uso da eletroencefalografia em praticantes e não
    praticantes de atividade física durante um protocolo de teste de estimativa do tempo,
    investigando a banda teta, erro relativo (ER) e erro absoluto (EA) na tarefa de estimativa do
    tempo. Para o estudo foram recrutados 34 participantes que foram divididos em dois grupos,
    grupo praticante de atividade (GP) e grupo não praticante de atividade física (GNP),
    classificados através do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), onde foram
    coletados dados para caracterização da amostra e foi realizado o procedimento experimental da
    tarefa de estimativa de tempo. O GP realizou a tarefa de estimativa do tempo com um menor
    erro relativo, menor erro absoluto e menor coeficiente de variação e uma menor ativação
    cortical da banda teta para todas as áreas e tempos observados quando comparados ao GNP.
    Justificando nossos achados, discutimos as teorias de controle cognitivo e eficiência neural, que
    se referem a uma função cortical mais eficiente e com menor consumo de energia concomitante
    com desempenho superior em tarefas. Concluímos que há uma diferença de comportamento
    entre o nível de atividade física dos indivíduos com a PT e a ativação cortical da banda teta.

  • LILIANA DE PINHO VIEIRA
  • MANIFESTAÇÕES BUCAIS EM INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS: ESTIMATIVA DE PREVALÊNCIA E IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA
  • Orientador : MARCELO DE CARVALHO FILGUEIRAS
  • Data: 31/05/2021
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  • Introdução: A Diabetes Mellitus (DM) é uma desordem metabólica heterogênea caracterizada pela presença de hiperglicemia devido a um desajuste ou secreção de insulina desigual e/ou a uma ação defeituosa da insulina. As complicações decorrentes da DM podem ser de caráter bucal, com alterações nos processos de cicatrização e imunológicos, aumentando a susceptibilidade às infecções e afetando a qualidade de vida desses indivíduos. Objetivo: Avaliar as manifestações bucais mais prevalentes nos indivíduos com DM e o impacto dessas alterações na qualidade de vida, dos mesmos, comparando-os aos não portadores de DM. Materiais e Métodos:Tratou-se de uma pesquisa clínica observacional e transversal, na qual incluiu-se 249 indivíduos com DM, de ambos os sexos e com idades a partir dos 18 anos e 194 indivíduos sem DM, de ambos os sexos, com idades entre os 41 e 70 anos. Todos os participantes foram submetidos às perguntas dos questionários sóciodemográfico e comportamental e OHIP-14, bem como, à avaliação da condição clínica bucal. Resultados: Observou-se diferença (p<0,05) entre os grupos, para as variáveis manifestações bucais e motivo da última consulta no dentista. Com relação ao impacto na qualidade de vida relacionado a saúde bucal, observou-se diferença entre os grupos (p<0,0001), para todas as dimensões do OHIP. Conclusão: Os achados sugerem que em indivíduos com DM há um maior risco de desenvolvimento de inflamação gengival, recessão gengival, perdas dentárias precoces, xerostomia, dor ou ardência bucal, cárie dental, candidíase bucal, hiperplasia papilar inflamatória e queilite angular, com uma maior tendência de impacto negativo sobre a Qualidade de Vida, dos mesmos.

  • LIDIANE MEYRE DA SILVA
  • EFEITO DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA NA POTÊNCIA MECÂNICA ANAERÓBICA DE INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS: ENSAIO CLÍNICO ALEATORIZADO
  • Orientador : FUAD AHMAD HAZIME
  • Data: 27/05/2021
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  • As evidências atuais sobre o papel do cérebro no desempenho esportivo põem em xeque estratégias unicamente biomecânicas para a melhora da performance. A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma técnica não invasiva e não farmacológica que tem apresentado resultados bastante animadores na melhora de valências físicas e habilidades motoras. No entanto, seu efeito sobre a potência muscular anaeróbica é pouco conhecido. O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito da ETCC na potência mecânica anaeróbica média de indivíduos saudáveis. Métodos: Cinquenta indivíduos saudáveis e fisicamente ativos, de ambos os sexos, foram distribuídos aletoriamente em dois grupos de ETCC: (1) Real (2mA, 20 min ON) e (2) Simulada/sham (2mA, 20 min/30s ON), ambas aplicadas na área referente ao córtex motor primário. A potência muscular anaeróbica foi avaliada por meio do Teste de salto vertical de Bosco, com duração de 60s. O desfecho primário (potência média) e os desfechos secundários (potência de pico, índice de fadiga e percepção subjetiva de esforço) foram avaliados antes e imediatamente após as estimulações cerebrais. Após um intervalo de sete dias os grupos foram novamente avaliados, porém o tipo de ETCC (real/simulada) foi invertida entre os grupos. A análise dos resultados demonstrou um aumento significativo da potência relativa (60s) e absoluta (60s) após a aplicação da ETCC anodal em relação à ETCC simulada (sham), indicando que o aumento da excitabilidade do córtex motor modula positivamente a eficiência neuromuscular durante uma tarefa de estresse anaeróbico. A ETCC também apresentou resultados favoráveis para o número de saltos (5,6% ETCC real vs -1,3% ETCC sham), tempo de voo (7,1% ETCC real vs -2,3% ETCC sham), melhora no índice de fadiga (14,9% vs -4,9%) e redução da percepção de esforço (7,5 e 3,2% pós-ETCC real e sham). Os resultados do presente estudo sugerem que o aumento da excitabilidade corticomotora aumenta a eficiência neuromuscular durante uma tarefa de estresse anaeróbico.

  • LEANDRO CARDOZO DOS SANTOS BRITO
  • DESENVOLVIMENTO INFANTIL: CONHECIMENTO DOS CUIDADORES E OUTROS FATORES ASSOCIADOS NO MUNICÍPIO DE PARNAÍBA-PI
  • Orientador : MARCELO DE CARVALHO FILGUEIRAS
  • Data: 23/04/2021
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    Estudo transversal, analítico, de abordagem quantitativa, com o objetivo de analisar o desenvolvimento neuropsicomotor em crianças e identificar os fatores sociodemográficos, clínicos e o conhecimentos dos cuidadores como preditores do desenvolvimento infantil. A pesquisa foi realizada nos serviços públicos de saúde do município de Parnaíba-PI, no período de fevereiro de 2020 a janeiro de 2021. Foram incluídos no estudo 220 crianças com idade de 0 a 24 meses e seus respectivos cuidadores. As informações foram coletadas através da aplicação do “Teste de Triagem do Desenvolvimento de Denver II” e do questionário “Inventário do Conhecimento de Desenvolvimento Infantil”. Para análise dos dados, utilizou-se o programa IBM SPSS Statistics 20. Os resultados apontaram 197 (89,5%) crianças com desenvolvimento normal e 23 (10,5%) com desenvolvimento suspeito. Cuidadores com maior nível de conhecimento sobre o desenvolvimento infantil foram associados a crianças com melhor desenvolvimento (p<0,001). Na análise bivariada, as variáveis da criança que influenciaram positivamente nesse desenvolvimento foram a idade (p=0,034), o aleitamento materno exclusivo (p=0,022) e a vacinação (p=0,020). A escolaridade foi a única variável dos cuidadores que apresentou associação significativa (p=0,008). Na análise multivariada, através do modelo de regressão, encontrou-se idade gestacional (p=0,012), conhecimento dos cuidadores (p<0,001) e aleitamento materno exclusivo (p=0,012) como fatores protetores para um desenvolvimento adequado. Conclui-se que cuidadores com maior nível de conhecimento sobre o desenvolvimento infantil possuem crianças com melhor desenvolvimento neuropsicomotor. Para a melhora do desenvolvimento infantil, ações destinadas aos indicadores que apresentaram associações positivas devem ser realizadas, como atividades de educação para aumento do nível de conhecimento dos cuidadores sobre o desenvolvimento infantil e o

    incentivo ao aleitamento materno e a vacinação.

  • NATHALIA THAMIRES DUARTE SOUSA DO RÊGO
  • MECANISMOS ENVOLVIDOS NA CITOTOXICIDADE DE UMA NOVA CHALCONA SULFONAMIDA SINTÉTICA, CSS99 EM CÉLULAS DE CÂNCER DE COLORRETAL (HCT-116 )
  • Orientador : JOSE DELANO BARRETO MARINHO FILHO
  • Data: 09/04/2021
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  • O câncer é um grande problema de saúde pública no mundo e tem como principal característica a proliferação celular descontrolada. Muitos são os esforços na busca de novos compostos efetivos no tratamento do câncer e as chalconas sulfonamidas ultimamente tem se destacado como promissoras devido ao seu potencial anticâncer. Porém, ainda são escassos os estudos relatando sua atividade citotóxica e citostática. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito citotóxico da chalcona sulfonamida sintética 99 (CSS99) e os mecanismos envolvidos na sua atividade antiproliferativa, por meio de ensaios in vitro. A chalcona sulfonamida 99 foi testada em linhagens tumorais e não tumorais pelo método de MTT. Os resultados demonstraram a atividade da CSS99 frente a 6 linhagens de células tumorais e 2 células não tumorais. O composto em estudo apresentou uma melhor resposta frente a linhagem de carcinoma colorretal humano (HCT-116), obtendo CI50 de 3,65 μM. A partir desse resultado, decidiu-se avaliar a atividade citotóxica da CSS99 nesta mesma linhagem, em três tempos diferentes (24, 48 e 72 horas), usando o método de MTT. Os resultados apontaram que a CSS99 age de maneira concentração tempo-dependente. Pelo ensaio de exclusão de tripan, a CSS99 apresentou diminuição de células viáveis e aumento de células inviáveis quando se aumenta a concentração nos tempos de 24 e 48 horas, confirmando os efeitos previamente observados por MTT. Assim, a técnica de citometria de fluxo foi utilizada para auxiliar a desvendar o mecanismo de ação da CSS99. Nessa técnica foi usado o iodeto de propídeo para avaliação da integridade de membrana e o perfil do ciclo celular. Não houve alteração na integridade da membrana nos tempos de 24 e 48 horas, nas concentrações de 2 e 4 μM e apenas a concentração de 8 μM apresentou uma redução na integridade da membrana significativa das células HCT-116, quando comparada ao controle negativo. Quanto a análise do ciclo celular, a CSS99 induziu um aumento no percentual de células na fase G2/M, com destaque para a concentração de 4 μM no tempo de 24 horas. Posteriormente foi utilizado outro corante, Rodamina 123, para mensurar o potencial transmembrânico mitocondrial. Notou-se uma alteração logo nas primeiras 24 horas analisadas, destacando-se a concentração de 8 μM, que causou despolarização significativa quando comparada ao controle negativo. A fragmentação do DNA foi mensurada por citometria de fluxo e observou-se que apenas a concentração de 2 μM de CSS99 não causou fragmentação significativa nos tempos observados. A partir da técnica de FTIR pode-se notar a presença de bandas específicas demonstrando as características celulares e indicativas de morte celular. Os ensaios morfológicos utilizando microscopia óptica e microscopia de força atômica permitiram a visualização da morfologia das células HCT-116, evidenciando diferenças no perfil de forma e tamanho, quando comparadas ao controle negativo. Também foi realizado o ensaio de western blot para avaliar a expressão de proteínas relacionadas ao processo de morte celular e houve a ativação de p-H2AX, p-p53 e caspase 3, o que corrobora com os dados anteriores. Para análise da influência do p53 nos efeitos observados da molécula em estudo, foi realizado um MTT utilizando a HCT-116 p53-/-, que juntamente com o western blot, sugerem que o mecanismo de citotoxicidade ocasionado pela CSS99 tem o envolvimento do gene p53. Podemos concluir que a chalcona sulfonamida sintética teve um promissor efeito citotóxico, demostrando atividade seletiva para linhagens de carcinoma colorretal humano (HCT-116). A partir dos dados apresentados podemos sugerir que seus efeitos podem estar relacionados a função do gene p53, o qual pode influenciar os efeitos da molécula CSS99 sobre o perfil do ciclo celular, dano ao DNA e apoptose celular. No entanto, novos estudos devem ser realizados com objetivo de aprofundar o mecanismo de ação da molécula.

  • FRANCISCO LOPES BARROS
  • RELAÇÃO ENTRE APTIDÃO FÍSICA DE PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA E DESEMPENHO EM TAREFA DE ESTIMATIVA DE TEMPO
  • Orientador : FERNANDO LOPES E SILVA JUNIOR
  • Data: 01/04/2021
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  • Embora existam estudos que demonstrem a influência da atividade física (AF) e sua intensidade na percepção do tempo, não há evidências sobre a relação entre aptidão física relacionada à saúde e estimativa do tempo em praticantes e não-praticantes de AF. Neste contexto, este estudo teve como objetivo, avaliar a aptidão física relacionada à saúde e o desempenho em uma tarefa de estimativa de tempo de praticantes e não-praticantes de AF. Participaram deste estudo, 34 indivíduos com faixa etária entre 18 e 35 anos, do sexo masculino, saudáveis, destros, divididos em dois grupos: praticantes e não praticantes de AF, de acordo com o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). A aptidão física foi avaliada por meio da análise da composição corporal, através da bioimpedância tetrapolar, força isométrica de preensão palmar através de dinamometria, flexibilidade por meio do teste de sentar e alcançar e a capacidade cardiorrespiratória, por meio do Queens College Step Test. O teste de estimativa de tempo consistiu em quatro intervalos de tempo (1, 4, 7, e 9s), o desempenho do participante registrado em software, os dados foram transformados em erro Absoluto (EA) e erro Relativo (ER), que são medidas que representam o desempenho dos participantes e a proporção estimada para duração alvo. Na aptidão física relacionada à saúde, o grupo praticante de AF apresentou maior metabolismo basal e força de preensão palmar direita (FPPD) em comparação ao grupo não praticante de AF. Na estimativa do tempo, o grupo praticante de AF apresentou superestimativa do tempo em tarefas de 1s e subestimativa em tarefas de 4s. Realizou-se a regreção linear múltipla das variáveis em ambos os grupos, na qual constatou-se correlação entre FPPD, força de preensão palmar esquerda (FPPE) e VO2MAX com tempo em tarefas de 9s, com 53% de sua variação explicadas por estas variáveis no grupo praticantes de AF. Conclui-se que, praticantes de AF possuem componentes da aptidão física maiores do que não praticantes, concomitantemente apresentam distorção significativa da estimativa do tempo em tarefas de 1 e 4s. Além de apresentarem força muscular, representada pela FPPD e FPPE, e aptidão cardiorrespiratória, representada pelo VO2MAX, correlacionadas com o tempo em tarefas com duração de 9s.

  • SHANTALA LUANA DE BRITO VERAS BREJAL PEREIRA
  • VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM DIABÉTICOS TIPO II SUBMETIDOS A TESTES DE REFLEXO CARDIOVASCULAR
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 25/02/2021
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  • Introdução: A Diabetes Mellitus (DM) é uma desordem metabólica decorrente do defeito na secreção, na ação biológica da insulina, ou em ambas, sendo caracterizada pela hiperglicemia. As complicações decorrentes da DM podem ser de caráter vascular, com distúrbios no controle autonômico cardíaco, representado pela Neuropatia Autonômica Cardíaca (NAC). A NAC pode ser avaliada pela análise da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) por meio de testes de reflexo cardiovascular. Objetivo: Analisar a modulação autonômica cardíaca em indivíduos portadores de Diabetes Mellitus tipo 2 durante a realização de testes de reflexo cardiovascular. Materiais e métodos: Tratou-se de uma pesquisa explicativa e experimental, na qual incluiu-se 43 participantes de ambos os sexos e idade entre 40 e 70 anos sedentários e ativos. Os participantes foram submetidos à avaliação de pressão arterial, frequência cardíaca e VFC nos momentos antes, durante e após Manobra Postural Ativa (MPA) e Manobra para Acentuação da Arritmia Sinusal (MARS). Resultados:observou-se diferença (p<0,05) nas variáveis RR mean, HR mean, SD2/SD1 durante a realização da MPA, e das variáveis SDNN, RMSSD, PNN50, HF, LF, LF/HF, SD1, SD2, SD2/SD1, Apen e SampEn durante a MARS. A FC mostrou alteração significante entre os três momentos da MPA. Houve correlação significante e moderada (r = -0,6418; p<0,0001) entre a variação de FC e tempo de DM2 durante a manobra de MPA. A variação da FC mostrou-se reduzida (p = 0,0004) entre os participantes com tempo de diagnóstico menor e maior a 9 anos. Conclusão: os achados sugerem a utilidade da VFC como ferramenta de avaliação da disfunção autonômica cardíaca, e que indivíduos com DM 2 tem menor variação da FC durante testes de reflexo cardiovascular a partir de 9 anos do diagnóstico.

  • ANGELA PEREIRA LOPES DE OLIVEIRA
  • Assistência cardiovascular nas síndromes coronarianas agudas na rede pública de saúde em Parnaíba/PI
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 22/02/2021
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  • Introdução: as doenças cardiovasculares são consideradas a principal causa de óbito no Brasil e no mundo e, destas, a Síndrome Coronariana Aguda (SCA) é líder, ocorrendo metade dos óbitos dentro da primeira hora dos sintomas. O período entre o início dos sintomas e o restabelecimento da perfusão coronariana é crucial, tornando as emergências cardiovasculares complexas e exigindo equipe assistencial qualificada.  Apesar do avanço de estratégias diagnóstico-terapêuticas, estas nem sempre chegam aos pacientes SUS-dependentes.Objetivo: realizar diagnóstico da assistência cardiovascular oferecida aos pacientes acometidos de SCA na rede pública de saúde do município de Parnaíba-PI, período de julho/2018 a junho/2019. Método: estudo transversal de revisão documental retrospectiva e observação livre, numa sequência de tempo cronológico, com avaliação da infraestrutura, de recursos materiais e humanos, protocolos de atendimento e logística operacional no atendimento à SCA. As variáveis obtidas dos prontuários foram organizadas por ano de atendimento e as coletadas por observação livre, analisadas de forma descritiva, sendo o parâmetro de avaliação a conformidade ou não de cada dado à regulamentação: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre diagnóstico e tratamento da Angina Instável, Infarto Agudo do Miocárdio com e sem Supradesnivelamento do Segmento ST, Portaria nº 10 de 03 de janeiro de 2017 (diretrizes de modelo assistencial e financiamento de UPA 24h de Pronto Atendimento) e Portaria nº 210 de 15 de junho de 2004 (define as Unidades de Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular). Resultados: dos 2.396 prontuários pesquisados 1.427 não constava registros de comorbidades e em 2.372 inexistiam registros de antecedentes patológicos familiares. Em 195 havia informações completas sobre horário de início e características da dor torácica. Detectou-se ausência de protocolo de atendimento específico para SCA. Dos 2.396 prontuários vistos, 07 registraram realização de ECG nos 10 minutos iniciais da chegada do paciente e nos demais predominou média de tempo porta-ECG superior a 30 minutos. A classificação de risco estava registrada em 1.932 prontuários e 464 não a apresentavam. Em 214 prontuários não havia registros de sinais vitais e, dentre os 2.182 que tinham, 26 mostravam 2 aferições distintas, com os demais 2.156 tendo um único registro. Não havia cardiologistas de plantão no Pronto Socorro Geral. Dos 216 exames de enzimas de necrose miocárdica registrados, 36 tinham horário de solicitação e de emissão do resultado, sendo que 23 tiveram o resultado emitido dentro da primeira hora da assistência. No período pesquisado ocorreram 80 cateterismos cardíacos e 64 angioplastias coronarianas em pacientes enviados pelo HEDA ao Serviço de Cardiologia Intervencionista do Hospital e Maternidade Dr. Marques Bastos. Conclusão: as divergências entre o serviço avaliado e os parâmetros das diretrizes e normas regulamentadoras mostraram fragilidades estruturais e organizacionais no atendimento à SCA e suscitaram ideias transformadoras à assistência praticada nas urgências cardiológicas para potencializar a atenção profissional de qualidade oferecida aos pacientes com SCA no município de Parnaíba-PI.

  • CYNTHIA MARIA CARVALHO PEREIRA
  • Fosfatidilinositol-3-quinase gama participa do dano hepático induzido por nimesulida
  • Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
  • Data: 29/01/2021
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  • O uso contínuo de nimesulida causa danos inflamatórios no fígado; entretanto, os mecanismos intrínsecos da lesão ainda não foram totalmente esclarecidos. Nesse contexto, tem-se a via da fosfatidilinositol-3-quinase gama (PI3K-γ) como um alvo de grande interesse na modulação de doenças inflamatórias, já que ela está envolvida na ativação da cascata de sinalização da proteína quinase B (AKT), que, por sua vez, contribui para a instalação do processo inflamatório. Porém, ainda não há estudos que comprovem o envolvimento da PI3K-γ na lesão hepática por nimesulida, sendo este o objetivo da atual pesquisa. A indução da lesão hepática foi realizada pela administração oral de nimesulida (200 mg/kg), na qual os camundongos foram tratados com 2% de dimetilsulfóxido (DMSO) ou AS605240 (0,1 mg/kg, 0,5 mg/kg e 1,0 mg/kg), um antagonista da via PI3K-γ, diluído em 2% de DMSO. O fígado dos animais tratados com nimesulida aumentou significativamente (p <0,05) a relação peso do fígado/peso do animal, os escores histológicos de lesão, além dos níveis de mieloperoxidase, malondialdeído, nitrato e nitrito, citocinas pró-inflamatórias (fator de necrose tumoral alfa e interleucina - 1 beta) e a expressão proteica de ciclooxigenase 2 e fator nuclear kappa B. Houve diminuição da concentração de glutationa e alteração na função hepática desses animais, na qual os níveis séricos de alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase aumentaram, enquanto que os de albumina diminuíram. Por outro lado, os animais que receberam o antagonista AS605240 reverteram significativamente (p <0,05) todos os parâmetros analisados, demonstrando que, na presença do inibidor específico da PI3K-γ, a nimesulida não foi capaz de causar o dano no fígado. Logo, esses resultados sugerem que a via PI3K-γ pode estar envolvida na lesão hepática por nimesulida, e, ainda, representar uma alternativa terapêutica propícia para a modulação do dano hepático em pacientes susceptíveis e/ou acometidos.

  • LETÍCIA DE SOUSA CHAVES
  • Avaliação da Toxicidade Exploratória Aguda e Efeito Gastroprotetor da Goma do Angico (anadenanthera colubrina var. cebil (griseb) altschul) e Goma do Cajueiro (anacardium occidentale) Carboximetiladas em um Modelo de Lesão Gástrica Induzida por Etanol em Camundongos
  • Orientador : JOSE DELANO BARRETO MARINHO FILHO
  • Data: 27/01/2021
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  • Injúrias que acometem o trato gastrointestinal causadas pelo uso abusivo de álcool induzem um processo inflamatório que resulta em lesões como a gastrite e a úlcera péptica. Produtos naturais, durante anos, são usados pela medicina popular, sendo os polissacarídeos obtidos de plantas ricas em compostos bioativos e com potencial efeito na saúde, alvo de novos estudos que buscam melhorar suas atividades biológicas, dentre as metodologias utilizadas destacam-se as modificações químicas ou estruturais. As modificações químicas surgiram como alternativa de melhorar a solubilidade, aumentar interações moleculares e diminuírem a toxicidade. Sendo a Goma do Angico (GA) e Goma do Cajueiro (GC) compostos promissores para aplicação biotecnológica e uso farmacológico. A utilização de produtos naturais de forma avulsa pode ser perigosa, por isso são necessários estudos que avaliem estes parâmetros. A OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) estimula a utilização de protocolos que avaliem a toxicidade de compostos naturais, para que posteriormente sejam empregados em outros modelos experimentais. O objetivo deste trabalho foi realizar modificação química (carboximetilação) das gomas do angico e cajueiro, bem como avaliar os efeitos desses polissacarídeos modificados, além de avaliar a ação da GAC e GCC na defesa da mucosa gástrica em modelo experimental de lesão gástrica por etanol 50% em camundongos swiss. Animais foram pré-tratados por gavagem, com salina e os polissacarídeos da GA, GC, GAC e GCC na dose de 60mg/kg v.o, 1 hora antes da administração por gavagem de etanol 50% (0,5ml/25g). Depois de 1h, os animais foram eutanasiados e os estômagos abertos para determinação da área da lesão (análise macroscópica). Além disso, fragmentos de tecidos foram removidos para análise microscópica e análises de SOD, GSH e MDA. No FT-IR da GA e GC apresentaram vibrações nas bandas características de caracterização de polissacarídeos. O FT-IR da GAC e GCC mostraram alongamento das bandas nas regiões características de modificação por carboximetilação. Nos testes de toxicidade exploratória aguda a GAC e GCC não induziram nenhuma alteração significativa. A GAC e GCC apresentaram possível efeito gastroprotetor contra a lesão induzida por etanol, observado tanto em nível macroscópico como microscópico. Esses foram evidenciados pela capacidade das mesmas de atuar aumentar os níveis de GSH, SOD. Além de diminuir os níveis de MDA de amostras gástricas de animais submetidos à lesão por etanol. Portanto, sugere-se que a GAC e GCC tenham possivelmente efeitos gastroprotetores nesse modelo de lesão gástrica.

  • MATEUS CARDOSO DO AMARAL
  • INTERAÇÃO in vitro DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-ESTEROIDAIS COM ANTIFÚNGICOS FRENTE A AGENTES DA CROMOBLASTOMICOSE
  • Orientador : TATIANE CAROLINE DABOIT
  • Data: 26/01/2021
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    Considerada como umas das micoses subcutâneas mais prevalentes no mundo e com recente inclusão no rol das doenças tropicais negligenciadas, a Cromoblastomicose caracteriza-se como uma infecção fúngica crônica resultante do implante traumático ocasionado por fungos dimórficos negros da ordemChaetothyriales.Os microrganismos em questão ocorrem com maior frequência nas regiões tropicais e subtropicais do planeta, com registros de isolamentos em plantas, frutos secos e solos ricos em matéria orgânica. A insuficiência de diagnósticos precoces refletem diretamente no tratamento da doença, a qual estabelece-se até hoje como um desafio para a medicina. Isso porque diante de diversos fármacos e métodos empregados para o tratamento da cromoblastomicose, sua maioria não têm uma ação satisfatória frente a fatores como duração da terapia e efeitos adversos. Diante das limitações da indústria farmacêutica na descoberta de novos antifúngicos, métodos como o reposicionamento de fármacos comercialmente disponíveis e a combinação de fármacos prospectam novas possibilidades para o tratamento de micoses. Os anti- inflamatórios não-esteroidais (AINES), tal como o diclofenaco sódico e a nimesulida, são compostos com função analgésica, anti-inflamatória e antipirética, os quais têm mostrado atividade contra vários microrganismos.

    Atuam prioritariamente como agentes inibidores das enzimas ciclo-oxigenases (COX-1 e COX-2), impossibilitando a síntese das prostaglandinas (PGs). As PGs auxiliam esses microrganismos na formação dos tubos germinativos, na baixa produção de quimiocinas e de fatores de necrose tumoral alfa. Desse modo, o presente estudo objetivou avaliar a atividade antifúngica in vitro do diclofenaco sódico e da nimesulida isolados e em combinação com antifúngicos (itraconazol, posaconazol, terbinafina e anfotericina B)frente aos agentes da cromoblastomicose. Os ensaios de suscetibilidade obedeceram ao protocolo padrão M38-A2 do Clinical and Laboratory Standards Institute. A avaliação do perfil de interação para ambos os AINES e os antifúngicos deu-se pelo método de tabuleiro xadrez. A interação entre os fármacos foi obtida a partir do Cálculo do Índice Fracionário de Concentração Inibitória. Os agentes da CBM testados mostraram-se resistentes tanto ao diclofenaco sódico quanto à nimesulida, nos testes isolados. Dessa forma, não houve inibição do crescimento nas concentrações testadas (CIM>256μg/mL). Para o diclofenaco sódico as interações sinérgicas foram observadas principalmente quando combinado com o itraconazol, seguido pela anfotericina B, com sinergismo para 15 e 14 amostras fúngicas, respectivamente. As combinações terbinafina/diclofenaco sódico e posaconazol/diclofenaco sódico apresentaram o mesmo número de sinergismos, 11 de 20 isolados. As combinações utilizando a nimesulida obtiveram maior número de sinergismos quando combinadas com o posaconazol, seguido pelo itraconazol, com 11 e 8 sinergismos entre as 20 cepas testadas. As combinações anfotericina B/nimesulida e terbinafina/nimesulida apresentaram 7 sinergismos, cada. Os testes não apresentaram resultados antagônicos. As combinações itraconazol/diclofenaco sódico, anfotericina B/diclofenaco sódico, posaconazol/nimesulida e itraconazol/nimesulida mostraram os melhores resultados in vitro frente aos agentes da cromoblastomicose.

  • CLARISSY ANDRADE COSTA MEDEIROS
  • SUSCETIBILIDADE IN VITRO DE AGENTES DA CROMOBLASTOMICOSE À PILOCARPINA E A SUA COMBINAÇÃO COM ANTIFÚNGICOS
  • Orientador : TATIANE CAROLINE DABOIT
  • Data: 19/01/2021
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  • A Cromoblastomicose (CBM) é definida como uma infecção fúngica subcutânea resultante da implantação traumática de fungos negros. A eficácia da terapia para a CBM está relacionada à gravidade e ao tempo de evolução da doença, ao agente etiológico e às complicações do paciente. É considerada, por isso, uma micose de difícil tratamento e apresenta grande índice de recidivas. Nesse sentido, a combinação de fármacos e o reposicionamento são úteis e podem contribuir para o tratamento. O uso de plantas medicinais é uma prática realizada desde os primórdios da civilização e hoje vem sendo uma grande aliada para a medicina moderna. Uma das substâncias de destaque encontradas nas plantas são os alcaloides, os quais estão presentes em grande quantidade no Pilocarpus microphyllus, popularmente conhecido como Jaborandi. Dentre estes alcaloides, a pilocarpina é empregada na clínica há muitos anos no tratamento do glaucoma e em casos de xerostomia. Pelo fato desse composto possuir um grupamento funcional semelhante ao dos fármacos antifúngicos azólicos, essa substância pode apresentar efeito antifúngico. Visto que a pilocarpina foi estudada anteriormente e apresentou ação contra outros fungos, é esperado que ela demonstre atividade antifúngica contra os agentes da CBM. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antifúngica in vitro da pilocarpina, bem como combinada com antifúngicos disponíveis no mercado (itraconazol, posaconazol, Terbinafina e anfotericina B) frente a agentes da cromoblastomicose. O teste de susceptibilidade fúngica foi realizado por meio da técnica de microdiluição em caldo preconizada pelo documento M38-A2 do Clinical and Laboratory Standards Institute. A interação entre a pilocarpina e os antifúngicos foi avaliado pelo método de tabuleiro de xadrez. Para determinar o tipo de interação entre os fármacos, o Índice Fracionário de Concentração Inibitória foi obtido. A pilocarpina não foi capaz de inibir os fungos (n = 14) na faixa de concentração testada (CIM>256μg/mL). Entretanto, as combinações terbinafina/pilocarpina e posaconazol/ pilocarpina demonstram sinergismo contra oito dos quatorze isolados testados. As combinações itraconazol/pilocarpina e anfotericina/ pilocarpina foram sinérgicas para apenas seis e cinco dos quatorze isolados, respectivamente. Não houve antagonismo entre as interações avaliadas. Com base nos resultados apresentados, pode-se concluir que as melhores combinações foram entre a pilocarpina e os antifúngicos terbinafina e posaconazol, as quais obtiveram os melhores resultados, o que pode ser promissor para o tratamento da cromoblastomicose.
  • MARIA SARAH DE MACÊDO MACHADO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA IN VITRO DE ATORVASTATINA E ROSUVASTATINA ISOLADAS E EM COMBINAÇÃO COM ANTIFÚNGICOS EM AGENTES DA CROMOBLASTOMICOSE
  • Orientador : TATIANE CAROLINE DABOIT
  • Data: 18/01/2021
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    A expansão do número de pacientes imunocomprometidos a partir do advento de algumas doenças e das cirurgias de transplante, intensificou a eclosão de infecções fúngicas. Por outro lado, indivíduos saudáveis também podem tornar-se hospedeiros de doenças crônicas causadas por fungos, como é o caso da cromoblastomicose. Seu início ocorre por meio da implantação traumática subcutânea de agentes da família Herpotrichiellaceae, cuja predileção por viver no solo, em cascas de árvores e espinhos, geralmente de zonas tropicais e subtropicais, explica uma alta incidência no Brasil. A dificuldade de obter um diagnóstico correto, o qual é geralmente tardio, dificulta o tratamento, considerando que ainda não existe um padrão ouro para tal. A depender da extensão e gravidade das lesões, a terapêutica pode ser longa e nem sempre consegue assegurar a eficácia esperada. Neste contexto, o reposicionamento de fármacos já disponíveis no mercado bem como a combinação de fármacos podem ser alternativas para o problema. As estatinas são uma classe de moléculas que atuam na diminuição dos níveis séricos de colesterol, cujo processo dá-se através da inibição da 3-hidroxi-3- metilglutaril-CoA redutase. Essa enzima encontra-se vinculada à biossíntese de esteróis, tal como o ergosterol, lipídio semelhante ao colesterol, mas que diferentemente deste, é um dos principais componentes da membrana celular fúngica. Desse modo, o presente estudo objetivou avaliar a suscetibilidade de agentes da cromoblastomicose in vitro à atorvastatina e à rosuvastatina isoladas e em combinação com quatro antifúngicos (itraconazol, posaconazol, terbinafina e anfotericina B). O

    ensaio de suscetibilidade obedeceu ao protocolo padrão M38-A2 do Clinical and Laboratory Standards Institute. A avaliação do perfil de interação entre as estatinas e os antifúngicos foi avaliada pelo método de tabuleiro xadrez. A interação entre os fármacos foi obtida a partir do Cálculo do Índice Fracionário de Concentração Inibitória (IFCI). A atorvastatina e a rosuvastatina não foram capazes de inibir os fungos (n=20 e n=18, respectivamente) na faixa de concentração testada (CIM>256μg/mL). As combinações de posaconazol/atorvastatina (IFCI = 0,12 - 4) e posaconazol/rosuvastatina (IFCI = 0,15 2) renderam o maior número de resultados sinérgicos; doze do total de amostras testadas para cada interação. A combinação terbinafina/rosuvastatina, de forma semelhante, resultou em sinergismo para dez das dezoito amostras testadas. As demais combinações foram sinérgicas para apenas algumas amostras fúngicas. Não foi observado antagonismo em nenhuma das associações para ambas as estatinas. Dentre as combinações avaliadas, as associações entre posaconazol e atorvastatina e posaconazol e rosuvastatina, tiveram os resultados mais promissores frente aos agentes da cromoblastomicose.

  • INGRID ALVES DIAS
  • EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA NA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 15/01/2021
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  • Introdução: existem evidências de que os parâmetros alterados da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) estão associados a diferentes distúrbios clínicos. Por exemplo, a atividade parassimpática diminuída tem sido explorada como um potencial biomarcador para algumas condições de dor crônica. Considerando a interação dinâmica entre cérebro e coração, estratégias neuromodulatórias direcionadas a essa relação podem exercer uma influência positiva no sistema autonômico cardíaco. A estimulação por corrente contínua transcraniana (ETCC) é uma técnica de neuromodulação não invasiva que vem apresentando avanços recentes no tratamento de vários distúrbios clínicos. No entanto, as evidências sobre a aplicação da ETCC com foco na interação cérebro-coração ainda são controversas. Objetivo: revisar sistematicamente os efeitos da estimulação transcraniana por corrente contínua na modulação da frequência cardíaca indexada por parâmetros de variabilidade da frequência cardíaca em indivíduos saudáveis e com distúrbios clínicos. Métodos: foram considerados estudos que incluíam os efeitos da estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) na variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em participantes saudáveis ou com distúrbios clínicos. A revisão seguiu as recomendações da metodologia de revisão sistemática do Instituto Joanna Briggs (Joanna Briggs Institute – JBI). As seguintes fontes foram pesquisadas: PubMed, Embase, CINAHL, Web of Science, PsycNET, Registro de Ensaios Controlados Cochrane (CENTRAL), além de várias fontes de literatura cinzenta. A recuperação de estudos em texto completo, avaliação da qualidade metodológica e extração de dados foi realizada de forma independente por dois revisores. Os dados não foram agrupados em meta-análise estatística devido à alta heterogeneidade metodológica dos artigos incluídos. Resultados: um total de 1.341 citações foram identificadas; após a remoção das duplicatas, avaliação de relevância e elegibilidade, 62 estudos foram submetidos à avaliação crítica. Vinte e um preencheram os critérios de qualidade e foram incluídos nesta revisão. Foram realizados quinze estudos em indivíduos saudáveis, um em sedentários, um em fumantes, dois em atletas, um em depressão e um em indivíduos com lesão medular. Os efeitos nos índices no domínio do tempo e da frequência foram descritos de acordo com local de estimulação e parametrização da ETCC. Quinze estudos encontraram uma associação significativa entre ETCC e alterações na VFC, no entanto, em oito estudos foi relatado não haver diferenças significativas quando comparado à condição simulada, controle ou estado basal. Conclusão: os resultados dos estudos incluídos foram mistos e conflitantes, e por questões metodológicas, dificultam conclusões sólidas sobre os efeitos da ETCC na VFC. 

2020
Descrição
  • REBECA BARBOSA DA ROCHA
  • FATORES ASSOCIADOS AO RISCO DE FERIDAS EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2
  • Orientador : VINICIUS SAURA CARDOSO
  • Data: 24/11/2020
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  • Introdução: O baixo controle da Diabetes Mellitus pode levar a diversas complicações, como o pé diabético. Esta poderia ser evitadas na Atenção Primária, no entanto, este é um desafio para o sistema de saúde que, de acordo com alguns estudos, apresenta programas e diretrizes com dificuldades para atender as necessidades de saúde da população. O conhecimento com relação ao risco de feridas, fatores associados e estratégias de cuidados adotadas por indivíduos com Diabetes Mellitus tipo 2 é o primeiro passo para propor estratégias mais eficazes. Objetivo: Analisar os fatores associados ao risco de feridas em pessoas com diabetes Mellitus tipo 2. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, no qual foram recrutados voluntários das unidades básicas de saúde e centros de especialidades médicas. A pesquisa foi desenvolvida na cidade de Parnaíba, localizada no estado do Piauí, envolvendo 300 voluntários com Diabetes tipo 2 maiores de 18 anos. A coleta dos dados foi realizada por meio de questionários que abordaram o perfil sociodemográfico, história clínica, avaliação neurológica, avaliação vascular, risco de feridas e atividades de autocuidado. Resultados: Foi identificada alta prevalência de risco de feridas, neuropatia periférica diabética e amputações nos voluntários do estudo. Sexo masculino (OR 2.33, 95% CI 1.22-4.42), idade (OR 1.03, 95% CI 1.01-1.05), sedentarismo (OR 2.35, 95% CI 1.26-4.38) e maior duração da Diabetes Mellitus (OR 3.28, 95% CI 1.56-6.91) foram associados a presença de risco de feridas. A adesão ao autocuidado foi baixa para atividade física (1.16±2.2), automonitorização da glicemia (1.27±2.2) e cuidados com os pés (3.12±3.4). A dieta (4.12±3.3) e o uso da medicação (6.16±2.2) apresentaram melhor média de adesão. O risco de feridas foi relacionado a dieta (OR 2.2, 95% CI 1.32-3.38), exercício físico (OR 0.49, 95% CI 0.25-0.95) e automonitorização da glicemia (OR 5.31 95% CI 1.58-17.78). Conclusão: A prevalência do risco de feridas na população do estudo é alta e está associada a idade, sexo, tempo com DM, sedentarismo e autocuidado.

  • RAIZA RAIANNE LUZ RODRIGUES
  • CORDIAQUINIONA E (CORe): NAFTOQUINONA COM PROPRIEDADES ANTILEISHMANIA E ESTIMULADORA DA RESPOSTA IMUNE TH1
  • Orientador : ANA JERSIA ARAUJO
  • Data: 09/11/2020
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  • As leishmanioses são zoonoses causadas por protozoários pertencentes ao grupo de Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN), sendo a segunda doença parasitária de maior incidência no mundo, estando endemicamente presente em 97 países. A terapêutica convencional para essas enfermidades, baseada principalmente em antimoniais pentavalentes, apresenta elevada toxicidade, longos períodos de tratamento e muitos casos de resistência, tornando necessária a busca por novos fármacos. Nesse contexto, as plantas medicinais representam uma fonte de novas moléculas bioativas já tendo revelado inúmeras substâncias com atividade antileishmania promissora. Partindo desse princípio, temos as naftoquinonas, uma classe de quinonas que apresenta diversas atividades biológicas, dentre elas, a atividade antileishmania. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo investigar a atividade antileishmania da cordiaquinona E (CORe), uma naftoquinona isolada das raízes da Cordia polycephala (Lam.) I. M. Johnston, sobre formas promastigotas e amastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis e seus possíveis mecanismos de ação. A CORe foi efetiva em inibir o crescimento de formas promastigotas (CI50 4,5 μM) e amastigotas axênicas (CE50 2,89 μM), possuindo maior citotoxicidade para o parasito do que para macrófagos RAW 264.7 (CC50 246,81 μM). CORe apresentou índices de seletividade superiores aos medicamentos de referência, antimoniato de meglumina e anfotericina B, que apresentam toxicidade 4,68 e 42,84 vezes maior, respectivamente, quando relacionada a forma promastigota. Nossos resultados sugerem que a CORe induz um padrão de morte celular em promastigotas envolvendo apoptose com secundária morte por necrose, observado pelo aumento do número de células com a marcação anexina V-FITC+ e 7AAD- e anexina V-FITC+ e 7AAD+. Pela observação das formas promastigotas tratadas na Microscopia de Força Atômica (MFA), contemplou-se invaginações e danificação das ultraestruturas do protozoário, sugerindo atividade antileishmania do tipo leishmanicida. No modelo de infecção em macrófagos com L. amazonensis o tratamento com a CORe diminuiu a porcentagem de infecção, o número de amastigotas/macrófago infectado e o índice de infecção de macrófagos, com reduções de 88,9 %, 79,5 % e 98,5 % na concentração de 50 μM, respectivamente aos parâmetros citados após 72 h de tratamento. A CORe mostrou-se uma maior atividade contra as formas amastigotas intracelulares (CE50 1,92 μM) evidenciando efeitos sobre a ativação macrofágica. A atividade antiamastigota foi associada a uma atividade imunomoduladora uma vez que aumentou os níveis de TNF- α, IL-12, NO e EROs, bem como diminuiu os níveis de IL-10. Os resultados sugerem que a CORe é uma substância com atividade antileishmania in vitro promissora e candidata a ser investigada em modelos in vivo de leishmaniose tegumentar.

     
  • GISELE SANTOS DE ARAÚJO
  • CHALCONA-SULFONAMIDA 185 INIBE A ADESÃO E MIGRAÇÃO CELULAR: ESTUDO IN VITRO E IN SILICO
  • Orientador : ANA JERSIA ARAUJO
  • Data: 05/11/2020
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    A metástase é um processo pelo qual as células cancerosas se disseminam do tumor primário, se estabelecem e crescem em um local diferente do local inicial do tumor. Assim, o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas é de grande interesse, tais como a hibridização de novas moléculas ativas. Neste contexto, objetivou-se avaliar o efeito da chalcona-sulfonamida 185 (CSS 185) sobre os processos envolvidos na migração, invasão e adesão, utilizando ensaios in vitro, frente à linhagem de células de melanoma metastático murino (B16- F10), e ensaios in silico. A CSS 185 apresentou valores de CI50 (concentração inibitória média capaz de provocar 50% do efeito máximo) de 9,81 μM e 3,47 μM, após 24 horas e 72 horas de incubação, respectivamente. A amostra foi capaz de diminuir a área de colônias, após 24 horas de tratamento, com percentual da área de colônia de 13,2% e 8,5% após tratamento nas concentrações de 2,5 μM e 5 μM, respectivamente. Já as células sem tratamento apresentaram percentual de 17,7%. Observou-se que a CSS 185 foi capaz de inibir a migração celular com percentual de migração de 67% na concentração de 2,5 μM e 56% na concentração de 5 μM, enquanto que as células sem tratamento apresentaram percentual de 87% após 24 horas de tratamento. A mesma atividade antimigratória foi percebida após a interrupção do tratamento após 6 horas de incubação com o composto, apresentando percentual de migração de 61% e 50%, nas concentrações de 2,5 μM e 5 μM, respectivamente, e 83% nas células sem tratamento. Ainda, foi capaz de diminuir a adesão das células B16- F10 em matriz de colágeno após 2 horas de incubação com o composto exibindo número de células aderidas ao colágeno I de 356, 9 ± 34,0 e 289,8 ± 27,0 nas concentrações de 

    2,5 μM e 5μM, respectivamente, enquanto as células do controle negativo apresentaram valores de 794,2 ± 39,3. Através das imagens de Microscopia de Força Atômica foi possível observar mudança da morfologia das células com diminuição das filopodias e valores de rugosidade média celular de 148,6 ± 16,6 nm e 188,4 ± 21,1 nm para as concentrações de 2,5 μM e 5 μM, respectivamente, ao passo que o controle negativo apresentou valor de 125,9 ± 13,22 nm. Tais resultados demonstram o possível envolvimento da CSS 185 nas propriedades adesivas das células ao substrato e consequente rearranjos no citoesqueleto. Por meio de docagem molecular foi possível observar melhor afinada da CSS 185 com a enzima metaloproteínase 2, com energia de ligação igual a -10,81 kcal.mol-1 e uma constante de inibição de 12,0 nM. O Ensaio preliminar de western blot, demonstrou que a CSS 185 alterou a expressão de proteínas relacionadas às vias de sinalização PI3K/AKT e MAPK/ERK. A partir dos resultados obtidos foi possível demonstrar o potencial desta molécula, inibindo etapas primordiais para a formação de metástases.

  • ANA CLARA SILVA SALES
  • ATIVIDADE ANTIBACTERIANA, ANTIFÚNGICA E ANTILEISHMANIA DE NANOPARTÍCULAS DE PRATA ESTABILIZADAS COM PROTEÍNAS DO LÁTEX DE Plumeria pudica
  • Orientador : JEFFERSON SOARES DE OLIVEIRA
  • Data: 16/10/2020
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  • O látex é um fluido produzido por diferentes espécies de plantas e possui uma complexa e rica composição bioquímica, contendo diversas moléculas bioativas. Devido à presença destes compostos presentes nesse fluido, o látex pode ser empregado no processo de síntese de nanopartículas, pois funcionam como agente redutor/estabilizador. As proteínas, por exemplo, são descritas como potenciais formadoras nanopartículas de prata (AgNPs). As interessantes propriedades antimicrobianas da prata fazem dela um vantajoso material para a nanomedicina e assim têm se tornado um dos nanomateriais comercialmente mais importantes. Os métodos utilizados para a síntese destas AgNPs, entretanto, são, em sua maioria, essencialmente químicos, podendo gerar subprodutos tóxicos para o meio ambiente e saúde humana. Neste sentido, metodologias com uma abordagem de síntese verde têm ganhado destaque pelo uso de produtos naturais, ecologicamente corretos, que podem minimizar a toxicidade destes produtos. O presente estudo objetivou a investigação do potencial antimicrobiano, frente a bactérias, fungos e protozoários das AgNPs sintetizadas pelo método químico e síntese verde, utilizando proteínas oriundas do látex de Plumeria pudica (PLPp) como agente redutor/estabilizador. A síntese das AgNPs utilizando PLPp, tanto pelo método químico quanto pela rota verde, foi evidenciada pela mudança de coloração das soluções para amarelo-marrom, bem como, pela presença da banda plasmônica característica das nanopartículas na região do UV-Vis (variando entre 401-423 nm). Os testes antimicrobianos foram realizados em placas de 96 poços pelo método de microdiluição. Ensaios antibacterianos demonstraram que as AgNPs apresentaram interessante potencial contra Staphylococcus aureus, no entanto, apresentaram as menores CIM para Pseudomonas aeruginosa, com uma maior efetividade da AgNPs-SV1 que demonstrou CIM de 5,31 (0,59) µg/mL. Dentre as AgNPs testadas, AgNPs-SQ1, AgNPs-SQ3, AgNPs-SV1 exibiram atividade bactericida para ambas as espécies, enquanto que AgNPs-SV3 apresentou atividade bactericida para P. aeruginosa e AgNPs-SQ2, AgNPs-SV2 demonstraram atividade bacteriostática para a mesma espécie. A avaliação de suceptibilidade fúngica revelou que as AgNPs sintetizadas possuem uma notável seletividade para fungos leveduriformes, dando ênfase para AgNP-SV1 que apresentou as menores CIM para todas as espécies testadas, como 1,33 (0,15) μg/mL para Candida albicans, 5,31 (0,59) μg/mL para Candida parapsilosis e 5,31 (0,59) μg/mL para Cryptococcus neoformans. No ensaio antileishmania, todas as AgNPs apresentaram potencial inibitório estatisticamente significativo para Leishmania Viannia braziliensis, com destaque para AgNP-SQ1 que demonstrou CI50 de 1,33 (0,15) μg/mL. Avaliando a citotoxicidade frente a macrófagos murinos, verificou-se que as AgNPs sintetizadas por rota química foram mais tóxicas que as produzidas por síntese verde, no entanto, as primeiras ainda exibiram maior toxicidade para os microrganismos do que para as células mamíferas. Maiores investigações ainda se fazem necessárias, para melhor caracterizar esse sistema e explorar os possíveis mecanismos envolvidos em cada atividade.

  • POLYANNA GOMES LACERDA CAVALCANTE
  • ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA CEREBRAL COMBINADA COM EXERCICIOS TERAPÊUTICOS NA DOR LOMBAR CRÔNICA INESPECÍFICA: ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO
  • Orientador : FUAD AHMAD HAZIME
  • Data: 31/07/2020
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  • Recentes evidências têm demonstrado que a dor lombar crônica está associada a alterações estruturais e funcionais do cérebro, e que podem ser moduladas por estratégias de estimulação cerebral não-invasiva. Neste ensaio clínico investigamos a eficácia analgésica de 12 sessões não consecutivas de estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) combinadas com exercícios terapêuticos (EXT) em 60 pacientes com dor lombar crônica inespecífica. A intensidade, aspecto sensorial e afetivo da dor, incapacidade e percepção global foram avaliadas antes do tratamento e quatro semanas, três e seis meses pós-randomização. Efeitos adversos e fatores de confusão, como sintomas de ansiedade e depressão também foram avaliados. Os resultados demonstraram efeitos analgésicos clinicamente importantes tanto na terapia combinada (MD = 3,6 DP = 2,2) quanto no grupo EXT (MD = 2,6 DP = 2,4) após quatro semanas de tratamento. No entanto, não houve diferenças significativas nem efeitos clinicamente relevantes entre os grupos (MD = -1,2 IC95% = -2,5 a 0,0). As variáveis secundárias também não apresentaram diferenças significativas ou clinicamente relevantes. Os resultados do presente estudo sugerem que a adição da estimulação transcraniana por corrente contínua aos exercícios terapêuticos não aumenta os efeitos dos benefícios clínicos induzidos pelos exercícios terapêuticos isolados.

  • ANDRÉ DOS SANTOS CARVALHO
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA N-ACETILCISTEÍNA SOBRE A DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA CAUSADA PELA PERIODONTITE
  • Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
  • Data: 30/07/2020
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  • A periodontite é uma doença crônica inflamatória de caráter multifatorial que acomete os tecidos que fornecem proteção e sustentação aos dentes, o processo inflamatório é causado pelo acúmulo de biofilme bacteriano podendo migrar da região lesada para órgãos adjacentes como o fígado, ocasionando danos como inflamação e peroxidação lipídica, o que pode levar ao surgimento de alterações hepáticas, Sendo uma delas a doença hepática gordurosa não alcoólica (esteatose), caracterizada pelo acúmulo gordura nas células do fígado. A N-acetilcisteína (NAC) é um pró-fármaco utilizado como agente mucolítico e como antítodo para a overdose por paracetamol, porém pesquisas anteriores e atuais demonstram seu papel benéfico na perda óssea causada pela periodontite e em alterações hepáticas como a esteatose hepática, alteração esta que leva ao acúmulo de gordura nos hepatócitos. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos da (NAC) sobre a DHGNA (esteatose) causada pela periodontite. 30 ratas foram randomizadas em três grupos (n = 10 em cada grupo): controle; Periodontite (induzida por ligadura) e Periodontite + N-acetilcisteína (recebeu 15 mg / kg via intraperitoneal da droga durante 20 dias consecutivos após a indução da periodontite). Os animais foram submetidos à análise dos seguintes parâmetros clínicos periodontais: índice de sangramento gengival (ISG), índice de profundidade de sondagem (IPS), mobilidade dentária (MD) e altura óssea alveolar (AOA). No tecido hepático, foram medidos os níveis de malondialdeído (MDA), e glutationa (GSH), bem como a atividade da mieloperoxidase (MPO) no tecido gengival. Amostras da área de furca dos primeiros molares inferiores esquerdo e direito e de fígado foram analisadas histologicamente. Medidas de escores foram realizadas para quantificar esteatose, inflamação e necrose nos hepatócitos, também foram realizadas dosagens bioquímicas para avaliar os níveis sanguíneos de aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), cálcio, albumina, proteínas totais, colesterol total, glicose e ureia. Como resultados, a administração de 15 mg/kg de n-acetilcisteína diminuiu de forma significante os níveis de atividade da MPO na gengiva (Controle 1,5 ± 1,0U/mg; Periodontite 10,7 ± 4,3U/mg e N-acetilcisteína 4,3 ± 3,1U/mg, p <0,05) e MDA do tecido hepático (Controle 634,2 ± 131,7mmol/g; Periodontite 912,3 ± 88,1mmol/g; N-acetilcisteína 773,8 ± 73,85mmol/g, p <0,05, bem como aumentou significativamente os níveis de GSH no grupo n-acetilcisteína (Controle 457 ± 73,15µg/g; Periodontite 217,9 ± 109,7µg/g; N-acetilcisteína 583,7 ± 48,8 µg/g, p <0,05. A histologia da área de furca e do fígado também demonstraram uma redução dos escores de esteatose, necrose, inflamação e da perda óssea alveolar AOA (Controle 6,2 ± 0,6mm; Periodontite 10 ± 1,3mm; N-acetilcisteína 8,9 ±1,2mm, p <0,05 no grupo tratado. Em conclusão, a N-acetilcisteína causou uma melhora nos parâmetros clínicos da periodontite, bem como diminuição da estatose hepática decorrente da periodontite.
  • NAIANY CARVALHO DOS SANTOS
  • ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DE NUCLEOTIDEO ÚNICO NO PROMOTOR DE TNF-α (-308G/A E -238G/A) E IL-6 (-174G/C) COM A DENGUE: UMA METANÁLISE.
  • Orientador : ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
  • Data: 20/03/2020
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  • A dengue é uma doença viral aguda cuja condição clínica está relacionada à interação do vírus da dengue (DENV), fatores ambientais e do hospedeiro com a imunidade do hospedeiro humano, contribuindo com um papel substancial na patogênese da infecção pelo DENV. Estudos mostraram que polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) em regiões promotoras de genes de citocinas, como fator de necrose tumoral (TNF-α) e interleucina 6 (IL-6), afetam a transcrição e/ou expressão; e, portanto, podem influenciar a patogênese de doenças infecciosas como a dengue. Este estudo teve como objetivo realizar uma metanálise recuperando dados de estudos de caso-controle na literatura para os SNPs -308 G/A, -238 G/A e -174G/C para identificar o papel dos SNPs na dengue. Utilizou-se os softwares Review Manager e Comprehensive Meta-análise para determinação do Odds Ratio, valor de p, heterogeneidade e viés de publicação. Para SNP-308G/A, o genótipo GG foi associado ao risco de Dengue sem sinais de alarme (DSSA) (OR = 1,24; 1,00 - 1,53; p = 0,05; I2 = 0%), enquanto o genótipo GA (OR = 0,75; 0,60 - 0,93; p = 0,01; I2 = 0%) e o alelo A (OR = 0,75; 0,60 - 0,93; p = 0,01; I2 = 0%) foram associados à proteção. Na população asiática (OR = 1,81; 1,06 - 3,09; p = 0,03, I2 = 0%) e não asiático (OR = 1,29; 1,00 - 1, 65, p = 0,05, I2 = 0%) e genótipo GG também foi associado à proteção ao comparar casos de DSSA versus o grupo controle. Em cada comparação, o modelo dominante de AA+GA (p <0,00001) conferiu proteção. Para o SNP-238G/A, o genótipo GA foi associado ao risco DCSA (OR = 2,17; 1,28 - 3,67; p = 0,004; I2 = 0%) e o modelo dominante. AA+GA (p <0,00001) foi associado à proteção em cada comparação. Para o SNP -174G/C o genótipo GG, alelo G, e GG vs. GC+CC associados a risco para DSSA (OR = 1.75; 1.25, 2.45, p = 0.001, I2 = 0%; OR = 1.30; 1.01, 1.66; p = 0.04, I2 = 48%, e OR = 1.58; 1.16, 2.15; p= 0.004; I2 = 28%), o genótipo GC e alelo C associados a proteção (OR = 0.57; 0.41, 0.80, p = 0.001, I2 = 0%; OR = 0.77; 0.60, 0.99, p = 0.04, I2 = 48%). Em resumo, dados combinados da literatura sugeriram o efeito protetor do genótipo GG do SNP-308G/A a risco na população geral, asiática e não asiática, o genótipo GA e alelo A a proteção na população geral e asiática, e o modelo dominante a proteção, para o SNP -238G/A o genótipo GA e modelo dominante associado a proteção para DCSA, e para o SNP -174G/C o genótipo GG e alelo G a risco para DSSA e genótipo GC, alelo C e modelo recessivo a proteção.

  • KÁRITTA RAQUEL LUSTOZA DA COSTA
  • Susceptibilidade in vitro de agentes da cromoblastomicose a fluoroquinolonas isoladas e em combinação com antifúngicos
  • Orientador : TATIANE CAROLINE DABOIT
  • Data: 20/03/2020
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  • A cromoblastomicose é uma infecção subcutânea, granulomatosa e progressiva, causada pela inoculação traumática de fungos da família Herpotrichiellaceae. É uma micose de difícil tratamento, devido ao seu perfil de cronicidade, não existindo terapia de escolha. Nesse contexto, o reposicionamento de fármacos passa a ser uma alternativa terapêutica. As fluoroquinolonas compõem um grupo de antibacterianos que atuam inibindo as topoisomerases II e IV. Tendo em vista seu mecanismo de ação e a presença em grande quantidade da primeira enzima em fungos, espera-se que essa classe possua atividade antifúngica. Desse modo, o presente estudo objetivou analisar a susceptibilidade fúngica in vitro dos agentes da cromoblastomicose à ciprofloxacina, à levofloxacina e à norfloxacina isoladas e em combinação com antifúngicos (anfotericina B, itraconazol, posaconazol e terbinafina). O ensaio de atividade antifúngica foi realizado de acordo com o documento M38-A2 do Clinical and Laboratory Standards Institute. O perfil de interação entre as fluoroquinolonas e os antifúngicos foi avaliado pelo método de tabuleiro de xadrez. A interação existente entre os fármacos foi obtida por meio do cálculo do Índice Fracionário de Concentração Inibitória (IFCI). A ciprofloxacina, a levofloxacina e a norfloxacina não inibiram os fungos (n=20) nas concentrações utilizadas (CIM >128 μg/mL). No entanto, as combinações dos antifúngicos, terbinafina ou posaconazol com a ciprofloxaciina ou norfloxacina, mostraram maior número de sinergismos frente aos isolados fúngicos testados (IFCI = 0,15 – 0,5). Já a associação de itraconazol com ciprofloxacina ou norfloxacina obteve resultados sinérgicos para apenas cinco dos 20 isolados. Todas as associações com a anfotericina B foram indiferentes, bem com a de itraconazol/levofloxacina. Não houve antagonismo dentre as combinações avaliadas. De acordo com os resultados, pode-se constatar que a ciprofloxacina e a norfloxacina ao serem associadas ao posaconazol ou à terbinafina apresentaram perfil sinérgico. Sendo assim, essas combinações podem reduzir os custos associados ao tratamento, bem como as recidivas da infecção. Com isso, podem ser consideradas alternativas terapêuticas para a cromoblastomicose, uma vez que são medicamentos já aprovados e possuem segurança comprovada. Isso torna mais rápida implementação dos mesmos na clínica.

  • KAMILA SANTOS DA SILVA
  • PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA APRESENTAM MENOR ATIVIDADE CORTICAL DA BANDA BETA EM COMPARAÇÃO AOS NÃO PRATICANTES EM TESTE DE PERCEPÇÃO DO TEMPO
  • Orientador : FERNANDO LOPES E SILVA JUNIOR
  • Data: 12/03/2020
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  • Alterações corticais decorrentes do treinamento físico e diferenças na estimativa do tempo de praticantes e não praticantes de atividade física já foram documentadas, e não é conhecido estudos que compararam as respostas corticais da estimativa do tempo. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi investigar a influência do nível de atividade física na estimativa do tempo e na atividade da banda beta em regiões frontais, especificamente no córtex pré-frontal dorsolateral, córtex pré-frontal ventrolateral e córtex parietal durante a tarefa de estimativa do tempo. Dezessete praticantes e dezessete não praticantes de atividade física compuseram a amostra. No primeiro dia de coleta foi realizada a caracterização da amostra e no segundo dia a captação do sinal eletroencefalográfico durante uma tarefa de estimativa do tempo de quatro intervalos de suprassegundos. Os resultados indicaram que os praticantes de atividade física apresentaram menor variabilidade e menores erros na avaliação do tempo para o intervalo de 4s (p= 0,013) e 9s (p= 0,001), respectivamente. A atividade da banda beta apresentou diferença estatisticamente significativa entre os grupos em todos os intervalos analisados (p<0,05) e uma menor atividade da banda beta foi encontrada nos praticantes de atividade física. A correlação entre o desempenho na tarefa e a potência absoluta da banda beta foi significativa e positiva na tarefa de estimativa do tempo nos intervalos de 7s (ρ = 0,16, p = 0,001) e 9s (ρ = 0,13, p = 0,001). Conclui-se que indivíduos envolvidos na prática regular de atividade física apresentaram menor potência absoluta da banda beta durante a estimativa do tempo e obtiveram melhor desempenho no julgamento temporal. Esses resultados aumentam o conhecimento acerca das evidências neuropsicofisiologicas da percepção do tempo em praticantes e não praticantes de atividade física.

2019
Descrição
  • HENRIQUE BARROS CAMINHA
  • DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE MÉTODOS LABORATORIAIS PARA O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE
  • Orientador : TATIANE CAROLINE DABOIT
  • Data: 06/12/2019
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  • A tuberculose (TB) é uma infecção causada por micobactérias pertencentes ao Complexo Mycobacterium tuberculosis (CMTB), também denominadas de Bacilos Àlcool-Ácido Resistentes (BAAR). De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a tuberculose (TB) é a nona causa de morte global, com uma estimativa de casos gerais de 10 milhões em 2018. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, em 2018, foram notificados 72.788 casos novos de TB, o que corresponde a um coeficiente de incidência de 34,8 casos/100 mil habitantes. A Região Nordeste Brasileira, em 2018, contou com 19.075 casos novos notificados de TB. O Estado do Piauí notificou 672 casos novos, sendo 235 desses situados na capital Teresina. Os dados supracitados ilustram como a tuberculose é um agravo de saúde pública no País, sendo necessário medidas que auxiliem na diminuição da incidência da doença e maximizem o seu diagnóstico clinico e laboratorial. Dessa forma, a nossa pesquisa avaliou como as metodologias para o diagnóstico laboratorial atuam nesse contexto. O estudo foi estruturado em três capítulos, sendo o primeiro destinado a revisão de literatura sobre os aspectos gerais da tuberculose. O segundo capítulo foi intitulado “Efeito do método de descontaminação do ácido oxálico modificado sobre Mycobacterium tuberculosis e em microrganismos contaminantes de amostras clínicas”. Neste trabalho, o ácido oxálico foi testado em diversos tempos (2,5, 10 minutos) e concentrações finais (3%, 5% e 9%) em relação ao método de Petroff-Modificado, sendo este último o método preconizado atualmente no Brasil para descontaminação de amostras no diagnóstico da tuberculose. O ácido oxálico nas concentrações de 5% e 9% demonstrou ser eficiente em eliminar todos os contaminantes, não inviabilizou o crescimento de M. tuberculosis, podendo ser utilizado em meio Ogawa-Kudoh sem qualquer dano ao meio e ainda sendo superior ao método de Petroff-modificado na eliminação dos possíveis contaminantes. Adicionalmente, demonstramos a versatilidade do meio OK, o qual mostrou-se não ser limitado apenas à técnica de descontaminação com NaOH a 4%. O terceiro e último capítulo “Avaliação do desempenho do GenXpert MTB/RIF em um laboratório de referência do Estado do Piauí, Brasil” teve por objetivo analisar a contribuição desse teste molecular para o diagnóstico laboratorial da tuberculose durante o período de 2014-2018 em comparação com o método de Zieh-Neelsen, tendo como padrão ouro a cultura. No total, 1489 foram avaliadas, 112 amostras foram positivas para CMTB, 40 amostras positivas para MNT e 1337 amostras foram negativas para CMTB. Os parâmetros gerais para o GeneXpert MTB/RIF de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo foram de 97.7%, 92.1%, 60.6% e 99.7%, respectivamente. Os parâmetros gerais para o método de Ziehl-Neelsen de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo foram de 73.3%, 93.9%, 60,0% e 96.5%, respectivamente. Notadamente, o GeneXpert MTB/RIF obteve uma alta performance tanto no grupo de amostras pulmonares como extrapulmonares, proporcionando um aumento de 31.2% na detecção de casos quando comparado ao método de Ziehl-Neelsen. Este trabalho traz resultados promissores para a redução da contaminação laboratorial de culturas para TB, bem como um panorama promissor referente à utilização do GeneXpert MTB/RIF no diagnóstico dessa doença em um Laboratório de Referência do Piauí.

  • BRUNA DE MORAES RUBIM ALELAF
  • INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA DOR CRÔNICA EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DAS PROPRIEDADES DE MEDIDA
  • Orientador : FUAD AHMAD HAZIME
  • Data: 18/11/2019
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  • Introdução: A avaliação da dor crônica em crianças hospitalizadas é uma tarefa extremamente desafiadora para cuidadores, pesquisadores e profissionais da saúde. Além das dificuldades inerentes à falta de maturação neuropsicomotora, estas crianças podem ainda apresentar alterações cognitivas, limitando a interpretação e confiabilidade dos instrumentos de avalição da dor. A imprecisão destes instrumentos dificulta o manejo eficaz da dor, uma vez que podem não ser confiáveis para medir o construto que se pretende. Objetivo: Sintetizar e analisar sistematicamente a qualidade das propriedades de medida de instrumentos aplicados na avaliação de dor crônica em crianças hospitalizadas. Metodologia: Revisão sistemática conduzida de acordo com as recomendações do Preferred Reporting Items for Sistematic reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Foram incluídos estudos que abordassem instrumentos de avaliação da dor crônica em crianças, ≥ 2 anos e < 12 anos, hospitalizadas, e que apresentassem em seus resultados a avaliação de, no mínimo, uma propriedade de medida. As bases de dados Pubmed, Web of Science, Cochrane, Cinahl, PsycNET, Embase e Google Scholar foram pesquisadas por revisores independentes. A qualidade dos estudos incluídos foi avaliada por meio do (1) checklist Risco de Viés do COnsensus-based Standards for the selection of health status Measurement INstruments (COSMIN)(2) critérios para boas propriedades de medição e (3) abordagem GRADE do COSMIN. A extração dos dados foi realizada por meio de uma ferramenta padronizada do Instituto Joanna Briggs (JBI) e adaptada aos elementos específicos de uma revisão psicométrica. Resultados: Foram incluídos na revisão dois estudos, os quais avaliaram o Questionário de Experiência da Dor para Crianças (PEQ-C) e a Avaliação Hétero Douleur Enfant (HEDEN). As propriedades de medida avaliadas foram a validade estrutural, consistência interna, confiabilidade, validade de critério e validade de construto. A maioria das propriedades apresentaram classificação muito boa, conforme checklistRisco de Viés e classificação insuficiente, segundo os critérios para boas propriedades de medida. Já as evidências foram classificadas, segundo a abordagem GRADE, como moderada na maioria das avaliações. Conclusão: Apesar da existência de uma grande quantidade de instrumentos para avaliação da dor, poucos são direcionados especificamente para a dor crônica em crianças hospitalizadas. Neste sentido, urge a necessidade de mais estudos sobre o tema, seguindo as recomendações de validação e avaliação das propriedades psicométricas reconhecidas.

  • CLÁUDIA LORENA RIBEIRO LOPES
  • PREVALÊNCIA DE POLIMORFISMOS GENÉTICOS ASSOCIADOS À RESPOSTA TERAPÊUTICA AO CLOPIDOGREL EM UMA POPULAÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ
  • Orientador : GIOVANNY REBOUCAS PINTO
  • Data: 03/10/2019
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  • O clopidogrel é um antiagregante plaquetário muito utilizado no tratamento de doenças cardiovasculares; no entanto, seu uso pode ocasionar efeitos adversos, devido à variabilidade genética individual. Essa variabilidade pode ser explicada por polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs, do inglês single nucleotide polymorphisms) no gene CYP2C19, responsável pela metabolização do clopidogrel, dentre os quais destacam-se o CYP2C19*CYP2C19*17 por apresentarem, respectivamente, perda e ganho de função da proteína correspondente. A fim de se evitar o surgimento de efeitos adversos ao uso do clopidogrel, inúmeros estudos têm sido realizados, em diferentes populações mundiais, com a finalidade de se investigar nos pacientes os genótipos dos SNPs CYP2C19*CYP2C19*17, antes da prescrição terapêutica. No entanto, ao nosso conhecimento, não existem estudos que relatem a frequência dessesloci de interesse farmacogenético na população piauiense. Por esse motivo, este estudo tem como objetivo principal descrever as frequências alélicas, genotípicas e haplotípicas dos SNPs CYP2C19*CYP2C19*17, bem como apresentar a distribuição dos diferentes fenótipos relacionados, em uma amostra miscigenada do Estado do Piauí. Todas as frequências genotípicas apresentaram-se dentro do equilíbrio de Hardy- Weinberg (p > 0,05). Foi encontrada uma frequência de 9,6% para o CYP2C19*2 e de 22% para o CYP2C19*17. O haplótipo mais prevalente foi o *1/*1, com 68,3%, seguido do *1/*17 com 22,1% e *1/*2 com 9,6%, o que indica que a maior parte da população apresenta alelos funcionais para o CYP2C19*2 e CYP2C19*17. As frequências alélicas do presente estudo foram comparadas com frequências alélicas de diferentes populações mundiais e foi percebido que em relação ao CYP2C19*2 não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em regiões brasileiras (p > 0,05), mas em regiões da Ásia e da África essas diferenças foram percebidas (p < 0,05). OCYP2C19*17 apresentou diferenças significativas com uma população ameríndia brasileira, e com populações latino-americanas, asiáticas e europeias (p < 0,05). Os fenótipos mais frequentes foram o normal com 46,1% e o rápido com 31,9%, mostrando que o genótipo de um paciente pode interferir na metabolização de um medicamento. Não foi encontrada correlação entre ancestralidade e número de cópias do *2 e *17 (p > 0,05). Os resultados desse estudo podem guiar políticas públicas de prevenção dos efeitos adversos do uso do clopidogrel na população piauiense.

  • LORENA STEFANNE LOPES DE OLIVEIRA
  • Prevalência dos polimorfismos nos genes CYP2C9 e VKORC1 associados à resposta terapêutica à varfarina em uma população do nordeste do Brasil
  • Orientador : FRANCE KEIKO NASCIMENTO YOSHIOKA
  • Data: 23/08/2019
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  • A prevalência de polimorfismos genéticos que influenciam a terapia de medicamentos amplamente utilizados constitui um desafio ao tratamento de doenças complexas de elevada incidência, como as cardiovasculares. A varfarina é um anticoagulante largamente utilizado na cardiologia, possui índice terapêutico estreito e grande variabilidade dose-resposta entre os pacientes. Alguns estudos verificaram que a falta de resposta à droga por alguns pacientes está associada à genética do indivíduo, e que, consequentemente, aumentam a ocorrência de eventos adversos graves associados à sua administração. Aproximadamente, 30 a 50% da variável dose-resposta interindividual e interpopulacional, são representadas por polimorfismos nos genes CYP2C9VKORC1. No Brasil, a varfarina é oferecida pelo Sistema Único de Saúde e está incluída como um dos medicamentos do componente básico de assistência farmacêutica. Portanto, considerando que a população brasileira é miscigenada e que a farmacogenética pode direcionar ao melhor tratamento, o objetivo deste trabalho é realizar a prevalência dos polimorfismos CYP2C9*2(430 C>T), CYP2C9*3(1075 A>C) e VKORC1(-1639 G>A) em uma população do Estado do Piauí, nordeste brasileiro. Para a detecção desses polimorfismos foram genotipadas, por meio da técnica de PCR em tempo real, 204 amostras de DNA de indivíduos naturais das quatro mesorregiões que dividem o Estado do Piauí. A comparação entre as frequências observadas e esperadas nos três loci, pelo teste do qui-quadrado (X²), revelou que as distribuições não apresentaram diferenças significativas ao nível de 5%, portanto estando em Equilíbrio de Hardy-Weinberg. Dentre os polimorfismos do estudo, o mais frequente foi o VKORC1 -1639 G<A(33%), seguido do CYP2C9*2(10%). Considerando os haplótipos do gene CYP2C9, o haplótipo mais frequente foi o CA (85,5%), seguido do TA (9,3%) e CC (4,7%), demonstrando que a maioria da população possui alelos funcionais relacionados as variantes genéticas do gene CYP2C9. Foi observada correlação fracamente positiva entre a frequência do polimorfismo genético CYP2C9*3 e o grupo ancestral africano. Quando comparados as frequências alélicas com diferentes populações, os polimorfismos genéticos CYP2C9*2, CYP2C9*3 eVKORC1 -1639 G<Aforam mais frequentes nesta população que em populações afroamericanas e semelhantes às frequências encontradas em populações caucasianas. Em contrapartida, o polimorfismo CYP2C9*2 foi mais prevalente nesta amostra populacional que em populações indígenas, enquanto CYP2C9*3 VKORC1 -1639 G<A, mostraram-se menos frequentes nessas populações. Diante desses achados, verifica-se que a população do presente estudo apresenta prevalência significativa de genótipos de alto risco aos eventos adversos à varfarina, associados às variantes genéticas VKORC1 -1639 G<A, CYP2C9*2,CYP2C9*3. Esses resultados mostram a importância em se conhecer a genética dos pacientes antes da prescrição de fármacos de relevância clínica e contribuem para um melhor direcionamento de estratégias públicas em uma população miscigenada, como o Brasil.

  • VANESSA POLEANA SILVA
  • Caracterização de aspectos clínicos da infecção por Chikungunya virus confirmados por métodos moleculares
  • Orientador : GUSTAVO PORTELA FERREIRA
  • Data: 19/08/2019
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  • Os arbovírus estabelecem um grupo heterogêneo de vírus que se distinguem dos demais por apresentarem a peculiar capacidade de se multiplicarem tanto em tecidos de vertebrados como de artrópodes susceptíveis, possuindo algumas características epidemiológicas em comum que lhe conferem um significante papel na saúde pública. O Chikungunya vírus (CHIKV), é o arbovírus causador da Febre Chikungunya, em que indivíduos infectados podem apresentar uma grave e debilitante artralgia. O surgimento de manifestações atípicas durante a infecção por CHIKV, tem sido associado clinicamente com a síndrome de Guillain - Barré, dor neuropática, encefalite, corroborando com a evidência de neurotropismo do vírus. O diagnóstico precoce do CHIKV depende de testes moleculares durante a fase aguda da infecção para permitir o diagnóstico diferencial. com outros arbovirus co-circulantes, como o dengue e zika, e alternativamente a sorologia pode auxiliar no diagnóstico e fornecer informações epidemiológicas sobre surtos atuais e passados. O presente estudo tem como objetivo investigar a dinâmica de circulação do CHIKV, com ênfase na avaliação do perfil clínico de pacientes positivos por métodos moleculares e sorológicos. Neste trabalho foram analisadas amostras de soro de pacientes com sintomatologia clínica para arboviroses coletadas no Pronto Socorro Municipal de Parnaíba-PI (PSM), Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) e Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (LACEN-PI). O RNA foi extraído conforme protocolo do fabricante e em seguida convertida em cDNA por meio da técnica de Transcrição Reversa (RT) utilizando iniciadores aleatórios. Foram utilizados protocolos que codificam regiões das glicoproteínas E1, E2 e 6K do CHIKV. Posteriormente os pacientes positivos foram acompanhados por meio de questionário semiestruturado aplicado por telefonemas e visitas domiciliares em intervalos temporais pré-definidos. Os dados foram tratados por análises univariadas e regressão logística modelo stepwise para verificar fatores de risco associados a artralgia persistente. Os resultados identificaram 184 pacientes positivos para CHIKV onde desses 68 evoluíram com perfil de cronicidade. Dentro da amostra de pacientes crônicos foi predominante o gênero feminino e idade superior a 49 anos. Sinais inflamatórios como rigidez e edema articulações periféricas foram as mais acometidas nesse período. Quando todos os fatores foram considerados simultaneamente em uma análise multivariada, as variáveis do modelo final de regressão foram capazes de explicar 11,9% da persistência da artralgia no período D90, 2,3% nem D180 e 9,3% no período D>180 sendo fatores preditivos de fraca magnitude para artralgia crônica em CHIKV no grupo estudado. O desfecho clínico de uma paciente com polineuropatia periférica padrão axonal sensitivo-motora relacionada ao quadro de infecção viral evidenciou dentro do número amostral estudado a suscetibilidade a ocorrência de neuroinfecção e manifestações atípicas associadas ao CHIKV, conforme manuscrito aceito para publicação.


  • MARIA GABRIELA ARAÚJO MENDES
  • Susceptibilidade in vitro de agentes da cromoblastomicose à sinvastatina e à pravastatina isoladas e em combinação com antifúngicos
  • Orientador : TATIANE CAROLINE DABOIT
  • Data: 15/08/2019
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  • A cromoblastomicose é uma infecção subcutânea, granulomatosa e crônica causada pela inoculação traumática de fungos da família Herpotrichiellaceae. A terapia para essa micose é muito limitada. Nesse sentido, o reposicionamento de fármacos presentes no mercado pode ser uma alternativa. As estatinas são uma classe de moléculas que atuam na redução dos níveis séricos de colesterol por meio da inibição da enzima 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA redutase, a qual está envolvida na biossíntese de esteróis, tais como colesterol e o ergosterol. Este último é considerado um dos principais componentes da membrana celular fúngica. Tendo em vista o mecanismo de ação das estatinas, espera-se que esses fármacos possuam atividade antifúngica. Desse modo, o presente estudo objetivou avaliar a atividade antifúngica in vitroda sinvastatina e da pravastatina isoladas e em combinação com quatro antifúngicos (itraconazol, posaconazol, terbinafina e anfotericina B) frente a agentes da cromoblastomicose. O ensaio de susceptibilidade fúngica foi realizado de acordo com o documento M38-A2 do Clinical and Laboratory Standards Institute. O perfil de interação entre as estatinas e os antifúngicos foi avaliado pelo método de tabuleiro de xadrez. A interação existente entre os fármacos foi obtida pelo cálculo do Índice Fracionário de Concentração Inibitória (IFCI). Para análise das alterações morfológicas de Fonsecaea pedrosoiATCC 46428, causadas pela combinação que apresentou menores valores de IFCI, foram obtidas imagens por microscopia de força atômica. A sinvastatina e a pravastatina não inibiram os fungos (n=19) nas faixas de concentrações testadas (CIM > 256 μg/mL). No entanto, as combinações de itraconazol/sinvastatina e de posaconazol/sinvastatina foram sinérgicas contra os isolados investigados (IFCI = 0,24 – 0,5). Quanto à pravastatina, o melhor resultado foi alcançado ao combiná-la com o posaconazol, em que houve sinergismo para oito dos dezenove isolados. As demais combinações foram sinérgicas para apenas algumas amostras fúngicas. Não houve antagonismo dentre as associações avaliadas para ambas as estatinas. Ao analisar as imagens microscópicas da associação de itraconazol/sinvastatina, foi possível observar a ruptura da membrana da célula fúngica e o extravasamento do conteúdo intracelular, quando comparada aos controles. Com base nos resultados, pode-se constatar que a pravastatina em conjunto com os antifúngicos apresentou resultados variáveis contra os isolados testados. Porém, a sinvastatina em combinação com os triazólicos apresentou um perfil sinérgico, sendo estas associações promissoras no tratamento da cromoblastomicose. 

  • RAI PABLO SOUSA DE AGUIAR
  • AVALIAÇÃO TOXICOGENÉTICA DA HIDROXIURÉIA E EFEITO MODULATÓRIO POR VITAMINAS ANTIOXIDANTES
  • Orientador : JOSE DELANO BARRETO MARINHO FILHO
  • Data: 01/08/2019
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  • Conhecida há mais de 100 anos a hidroxiuréia é usada em tratamento de doenças mieloproliferativas, neoplasias, HIV, anemia falciforme e vem sendo adotada em uma gama de atividades: antifúngica, tratamento de psoríase, antimicrobiana e antiviral. O principal uso desse fármaco é como agente mielossupresor no tratamento das síndromes mieloproliferativas e indutor da hemoglobina fetal em pacientes com anemia falciforme. Porém, devido esse medicamento ser utilizado de forma intermitente e prolongada pode acarretar dados genotóxicos e/ou carcinogênicos. Visando a compreensão dessas possíveis implicações, o presente trabalho avaliou os efeitos modulatórios com a vitamina C e vitamina A frente aos efeitos toxicogenéticos da hidroxiuréia. Através de análises in vitro; foi avaliado o potencial oxidante/antioxidante via teste de Saccharomyces cerevisiae; tóxicos, citotóxico e mutagênico através do ensaio de Allium cepa. Para as análises in vivoavaliou-se os danos citogenéticos por meio do teste cometa em células de fígado, medula óssea e sangue periférico; danos mutagênicos através do teste de micronúcleos em células da medula óssea e fígado. Os níveis plasmáticos de defesas antioxidantes como a catalase, glutationa e malonaldeído também foram avaliados em sangue periférico. Os estudos apontaram que a hidroxiuréia apresentou efeitos tóxicos, citotóxicos, mutagênico e antioxidante nos testes in vitro, e efeitos genotóxicos sem produção de danos mutagênicos nos testes in vivo. As vitaminas demonstraram capacidade de diminuição dos danos citogenéticos induzidos pelo fármaco. Também foi observado que a hidroxiuréia em suas maiores concentrações leva ao aumento do estresse oxidativo com diminuição das defesas antioxidantes e aumento da peroxidação lipídica. Além disso, foram evidenciadas correlações negativas entre índice de dano e frequência de dano com catalase e glutationa e correlação positiva com o malonaldeído. Em síntese, a instabilidade genética induzida pela hidroxiuréia pode estar relacionada a seus efeitos oxidativos com diminuição dos danos evidenciado nos tratamentos com as vitaminas. Assim, o estudo aponta a necessidade de biomonitoramento clínico da terapia com a hidroxiuréia.

  • LUCAS ARRUDA MOITA
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO PROTETOR DE PROTEÍNAS EXTRAÍDAS DO LÁTEX DE Plumeria pudica NA LESÃO GÁSTRICA INDUZIDA POR ETANOL EM CAMUNDONGOS
  • Orientador : JEFFERSON SOARES DE OLIVEIRA
  • Data: 08/07/2019
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  • O látex é um fluido, geralmente de aspecto leitoso, que pode ser produzido em diversas plantas por meio de células especializadas denominadas de laticíferos. A ampla e rica composição química presente no látex vegetal, permite que moléculas extraídas deste fluido possuam capacidade em promover diversos efeitos biológicos em outros organismos. A espécie Plumeria pudicaé uma planta produtora de látex, cuja fração rica em proteínas extraída do látex exsudato (PLPp) já demonstrou possuir atividades anti-inflamatória, antinociceptiva, antidiarreica, protetora na colite ulcerativa, com melhores efeitos na dose de 40mg/kg, além de apresentar baixa toxicidade aguda e subcrônica. Levando em consideração o potencial biológico dessa fração, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o efeito protetor ocasionado por PLPp em modelo experimental de lesão gástrica induzida por etanol em camundongos. Para obtenção da fração PLPp, o látex foi coletado em tubos com água destilada (1:1 v/v), fracionado por centrifugação e diálise, e por fim foi liofilizado. Para o modelo experimental, foram utilizados camundongos Swiss fêmeas, os quais foram distribuídos nos grupos: salina (SAL), etanol (ETA) e experimental (PLPp). Previamente as administrações, estes foram privados de sólidos (15h) e de líquidos (2h). Os animais dos grupos experimentais receberam PLPp, solubilizada em salina, na dose de 40mg/kg, via intraperitoneal (i.p.), 1h antes da administração do agente indutor da lesão. A indução ocorreu pela administração oral de 500µL de etanol a 50%, em todos os grupos, exceto no grupo SAL. Após 1h, ocorreu a eutanásia, retirada e coleta dos estômagos para as seguintes avaliações: área de lesão tecidual, histopatologia, quantificação dos níveis teciduais de malondialdeído (MDA), glutationa (GSH), superóxido dismutase (SOD), nitrito/nitrato (NO3/NO2). Um experimento independente foi realizado para avaliar ação de PLPp sobre a produção de muco gástrico. Os dados foram expressos em média ± E.P.M ou moda (mínimo e máximo), a diferença estatística entre os grupos foi determinada por ANOVA e Student-Newman-Keuls (dados paramétricos) ou por Kruskal-wallis e Dunns (dados não paramétricos), considerando significância p<0,05. Os dados obtidos demonstram uma redução significativa na média das áreas lesionadas no tecido gástrico dos grupos tratados com PLPp (0,73 ± 1,01mm²) em comparação ao grupo ETA (37,99 ± 3,11mm²), bem como houve preservação significativa na arquitetura tecidual, redução de infiltrado inflamatório tecidual, edema e hemorragia no grupo PLPp em relação ao ETA. PLPp também preservou os níveis teciduais de MDA, GSH, SOD e NO3/NO2, quando comparados aos valores de ETA. Em adição, PLPp demonstrou capacidade em influenciar a produção de muco gástrico quando comparado ao etanol (p<0,05). Deste modo, os dados deste estudo sugerem que a fração PLPp possui efeito protetor sobre a redução de lesões ocasionadas pelo etanol nos animais e que sua atividade protetora deva envolver ações sobre os sistemas endógenos antioxidantes e na produção de muco gástrico.

  • JULIANA ARAUJO BRANDÃO
  • EFEITOS DA TÉCNICA DE INIBIÇÃO DO CENTRO FRÊNICO SOBRE O CONTROLE POSTURAL, FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA E EXPANSIBILIDADE TORÁCICA EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTRIVA CRÔNICA
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 04/07/2019
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  • Introdução:A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada por obstrução do fluxo aéreo devido à bronquite crônica e enfisema pulmonar, apresentando complicações intrapulmonares e extrapulmonares que levam a limitações funcionais. Uma das possibilidades de tratamento para a doença é a terapia manual. Objetivo:Avaliar o efeito da técnica de inibição do centro frênico sobre o controle postural, força muscular e expansibilidade de indivíduos portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. Metodologia:A pesquisa foi realizada por meio de uma abordagem quantitativa do tipo longitudinal prospectiva composta por 34 pessoas, realizada no Laboratório de Estudos de Sinais Biológicos (Biosignal) da Universidade Federal do Piauí na cidade de Parnaíba – Piauí. Foram incluídos indivíduos com diagnóstico médico de DPOC, faixa etária entre 60 e 84 anos, não apresentar doenças neurológicas e incapacidade cognitiva e não apresentar traumas ou ter realizado cirurgia na coluna vertebral. Os procedimentos foram realizados por meio da avaliação clínica e antropométrica, avaliação da função pulmonar, avaliação da cirtometria, avaliação do controle postural e realização das técnicas de conscientização respiratória e inibição do centro frênico. Resultados:Foram avaliados 21 indivíduos DPOC, sendo 08 do grupo fisioterapia convencional e 13 do grupo terapia manual, mais 13 indivíduos saudáveis. A cirtometria basal alcançou significância (p<0,01) após a aplicação das técnicas de inibição do centro frênico e conscientização respiratória. Além disso, as variáveis de frequência (50%) (p<0,04), velocidade média anteroposterior (p<0,01) e mediolateral (0,006) foram maiores no grupo DPOC quando comparados com o grupo de idosos saudáveis. Conclusão: Houve melhora da expansibilidade após a aplicação da técnica de inibição do centro frêniconos grupos estudadose indivíduos com DPOC apresentam controle postural comprometido quando comparado com idosos saudáveis, como: maior oscilação na direção anteroposterior e maior tempo de retorno para a linha de base do COP na direção anteroposterior e mediolateral, segundo a variável de velocidade média.

  • ELANNY CRISTINA PASCÔA CANDEIRA
  • A ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA AUMENTA A POTÊNCIA ABSOLUTA DA BANDA ALFA ANTES DA TOMADA DE DECISÃO
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 29/06/2019
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  • A neuromodulação não invasiva, em especial a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC), tem sido utilizada em busca de melhorar o desempenho na tomada de decisão, a qual é uma função cognitiva essencial na vida cotidiana. Tem-se observado que a aplicação da ETCC no córtex pré-frontal dorsolateral reduz o número de erros durante o treinamento de habilidades. Entretanto, não há estudos que relatem os efeitos da ETCC e os associem as alterações corticais de forma quantitativa, por meio da eletroencefalografia (EEG) durante o desempenho de tarefas cognitivas do tipo Go/noGo. Diante disso, o objetivo do estudo foi analisar as modificações corticais por intermédio das oscilações da potência absoluta da banda alfa e o desempenho dos participantes em uma tarefa Go/noGo de conflito moral. Trata-se de um estudo experimental cruzado placebo controlado composto por uma amostra de vinte e quatro indivíduos com faixa etária entre 18 a 28 anos, que foram submetidos à aplicação da ETCC no córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo em duas condições, simulada (Sham) e anódica (Real), em uma tarefa de Go/noGo. A tarefa Go/noGo foi concomitante com a captação do sinal eletroencefalográfico. Os resultados mostraram que não houve diferença estatística para o desempenho entre as condições Sham e Real (p>0,05), além disso, na condição ETCC Real a potência absoluta da banda alfa antes da tarefa foi maior em relação à condição ETCC Sham no córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo, córtex pré-frontal dorsolateral direito e córtex motor primário esquerdo; e menor para o córtex motor primário direito (p≤0,05). Os achados demonstram que a ETCC Real não influencia o desempenho da tarefa de tomada de decisão, no entanto exige menor esforço cognitivo antes da sua realização, promovendo modificações na atividade cortical, como o aumento da banda alfa em áreas relacionadas com o controle cognitivo alterando o estado de vigília durante a preparação do córtex para responder ao estímulo ofertado.

  • ISABELA DE SOUZA BRAUNA
  • EFEITO ANTIINFLAMATÓRIO E ANTIOXIDANTE DE NANOPARTÍCULA DE PRATA ESTABILIZADA COM COLÁGENO E GOMA DO CAJUEIRO (ANACARDIUM OCIDENTALE L.)
  • Orientador : VINICIUS SAURA CARDOSO
  • Data: 27/06/2019
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  • A descoberta de drogas viáveis advindas da natureza tem adquirido várias representações. Vistas como algo além de drogas padrões, seus potenciais farmacológicos vem sendo associados ao desenvolvimento de novas estratégias antiinflamatórias, conhecidos por atuar de forma direta ou indireta no organismo, podendo inibir ou ativar importantes alvos moleculares e celulares. A descoberta de nanomateriais naturais tem despertado interesse tanto na pesquisa quanto no mercado de fármacos, sendo as nanopartículas de prata as mais utilizadas no meio da pesquisa devido às suas inúmeras aplicações. Essas nanopartículas podem estar associadas a diferentes compostos, afim de produzir um efeito em potecial diante de um organismo vivo.Portanto, o presente estudo visa testar o potencial antiinflamatório e antioxidante de uma nanopartícula de prata estabilizada com colágeno e goma do cajueiro por aplicação tópica, em modelos experimentais de edema de pata e peritonite. Foi analisado o potencial antiedematogênico de uma nanopartícula de prata nas doses de 25ul, 50ule 75 ul aplicadas de forma tópica, ação em edema proporcionado por carragenina, melhor dose em mediadores inflamatórios (histamina, prostaglandina E2 e 48/80), sua ação na migração neutrofílica e permeabilidade vascular. Foiavaliada também a ação contra o estresse oxidativo pela determinação de glutationa reduzida (GSH), nitrito, superoxido dismutase (SOD) na peritonite somente na dose de 75ul. Os resultados mostraram que a nanopartícula de prata estabilizada com colágeno e goma do cajueiro na dose de 75ulpossui potencial antiinflamatório e antiedematogêncio ao inibir o infiltrado inflamatório  durante o pico do edema de carragenina e mediadores inflamatórios. O composto também demonstrou reduzir a atividade da enzima mieloperoxidase de forma significativa quando comparado ao grupo controle, assim como a permeabilidade vascular. O potencial antioxidante da nanopartícula é demonstrado pela redução dos níveis de nitrito e manutenção dos níveis de GSH e SOD quando comparados ao grupo carragenina.Em conclusão, estes dados mostram que a nanopartícula de prata, colágeno e goma do cajueiro reduz a resposta inflamatória através da inibição de eventos vasculares e celulares, por modular a migração de neutrófilos, pela inibição da produção de citocinas pró-inflamatórias e por reduzir o estresse oxidativo.

     

  • MARIANA ARAUJO DE OLIVEIRA
  • POTENCIAL ANTIBACTERIANO DE CORDIAQUINONAS OBTIDAS DE Cordia polycephala
  • Orientador : ANA JERSIA ARAUJO
  • Data: 25/06/2019
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  • As infecções bacterianas são uma das principais causas de morte no mundo especialmente em países em desenvolvimento, sendo a resistência a antibióticos e a habilidade de formar biofilmes fatores agravantes para tornar essas infecções um grave problema de saúde pública. Uma das estratégias na busca de novos agentes para combater infecções bacterianas é o uso de produtos naturais, entre eles, as diversas classes de quinonas. As cordiaquinonas são naftoquinonas obtidas de plantas do gênero Cordiacom diversas atividades biológicas já descritas na literatura, incluindo atividades antifúngica, larvicida e citotóxica. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antibacteriana das cordiaquinonas B, E, L, N e O obtidas de Cordia polycephalacontra diferentes cepas de bactérias. Para isso, foram determinadas as Concentrações Inibitória Mínima (CIM) e Batericida Mínima (CBM) seguindo as recomendações do CLSI (Instituto de Padrões Clínico-Laboratoriais). Para a avaliação da inibição da formação de biofilme, concentrações de 1/2, 1/4 e 1/8 da CIM foram utilizadas, e o percentual de inibição calculado. A Microscopia de Força Atômica (MFA) foi utilizada para identificar possíveis alterações na morfologia das células bacterianas em virtude do tratamento com cordiaquinonas. Em geral, as cepas Gram positivas testadas foram sensíveis às Cordiaquinonas B, E, L e N, sendo o menor valor de CIM observado de 7,8 µM (2,53 µg/mL) da cordiaquinona L contra Staphylococcus saprophyticus (espécime clínico). As cordiaquinonas B e E apresentaram o menor valor de CBM, de 62,5 µM (20,25 µg/mL), contra essa mesma cepa. As cordiaquinonas B e E também foram capazes de inibir a formação do biofilme de S. aureus ATCC 29213 eS. aureus MED 55 (espécime clínico) em cerca de 90%. Dentre as alterações morfológicas avaliadas por MFA, foi observado que o tratamento com a cordiaquinona L induziu uma diminuição no tamanho das células de S. saprophyticus.Os resultados apresentados neste trabalho sugerem que as cordiaquinonas possuem um potencial antibacteriano, uma vez que podem inibir o crescimento tanto de bactérias sensíveis como resistentes à meticilina, além de inibirem a formação de biofilme, um importante fator agravante de infecções bacterianas. 

  • LAYSA SILVA E OLIVEIRA
  • Análise do equilíbrio estático em indivíduos diabéticos com e sem neuropatia periférica diabética.
  • Orientador : VINICIUS SAURA CARDOSO
  • Data: 19/06/2019
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  • Introdução: A diabetes mellitus (DM) é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, caracterizada por hiperglicemia crônica que afeta o funcionamento do organismo e culmina com inúmeras complicações, entre elas a neuropatia periférica diabética (NPD), uma disfunção bastante prevalente na DM que aumenta o risco de úlceras do pé diabético, amputações de membros inferiores e promove disfunção no sistema nervoso ocasionado alterações no equilíbrio e risco aumentado de quedas. Objetivo: Avaliar o equilíbrio estático, de indivíduos com DM tipo 2, com e sem NPD. Métodos: Trata-se de um estudo transversal observacional, no qual foram incluídos 36 indivíduos (média de idade: 68,45; DP: 1,04), alocados em três grupos. O GC foi composto por indivíduos sem DM, o GD composto por indivíduos com DM e o grupo GN por indivíduos com DM e NPD. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética (parecer número: 2.164.796) e os voluntários submetidos à avaliação clínica, através de questionários em forma de entrevista (triagem inicial e MNSI para diagnóstico da NPD); exame físico dos pés (avaliação vascular, da sensibilidade tátil e vibratória, da mobilidade de tornozelo e reflexos tendíneos), e avaliação estabilométrica, na qual os voluntários realizaram dois blocos de tarefas sobre a plataforma de força: apoio bipodal com olhos abertos (BEO) e apoio bipodal com olhos fechados (BEC) por 120 segundos e as oscilações do COP foram averiguadas no domínio do tempo, da frequência e pela análise espectral. Resultados: o GN apresentou diferença estatisticamente significativa na avaliação do índice de massa corporal (IMC) comparado ao GC (p=0.040). A amplitude de movimento (AM) da talocrural direita apresentou redução significativa do GN comparado a GC (p=0,0142) e a talocrural esquerda diminuição da AM do GC em relação ao GD (p=0,0401), do GC em relação ao GN (p=0,0007) e do GD em relação ao GN (p=0,0060). Quanto às variáveis posturais, em sua maioria o GN apresentou comportamento distinto em relação ao GC e GD, sobretudo nas variáveis de interesse (Área, Range, Frequência e Entropia).  Conclusão: Foi possível constatar que a NPD promove alterações somatossensoriais, redução da mobilidade articular da extremidade distal inferior e afeta o comportamento postural desses indivíduos, e a análise não linear se mostrou uma ferramenta efetiva na avalição desse comportamento.

  • CARULINE RODRIGUES ALVARENGA
  • RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA ENTRE DIFERENTES TAREFAS MOTORAS EM INDIVÍDUOS JOVENS SAUDÁVEIS
  • Orientador : VINICIUS SAURA CARDOSO
  • Data: 07/06/2019
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  • Na vida cotidiana, o controle postural adequado é necessário para realizar
    atividades da vida diária e nas atividades esportivas. Para o equilíbrio, os
    desempenhos são conquistados sob a utilização de diferentes componentes de
    controle, como o equilíbrio estático, equilíbrio dinâmico, e numa função. Os
    movimentos de mudança de direção são exemplos de função, na qual exige
    equilíbrio para serem efetivos. OBJETIVO: verificar a relação de dependência e
    o grau de associação entre tarefas de equilíbrio estático, equilíbrio dinâmico e
    movimentos de mudanças de direção, em indivíduos saudáveis. MATERIAIS E
    MÉTODOS: Estudo realizado no Laboratório Biosignal da UFPI, sob parecer
    favorável do CEP local (nº: 2.174.266). 32 homens jovens saudáveis foram
    avaliados, com estabilometria instrumentada para o equilíbrio estático, com o
    teste SEBT para o equilíbrio dinâmico, e com o teste Y para os movimentos de
    mudança direção. Correlações e associações foram feitos entre as variáveis
    estabilométricas da oscilação do CP e as média das distâncias (cm) de
    excursão no teste SEBT, e entre os resultados do teste SEBT e os tempo (ms)
    de conclusão de movimentos de mudança de direção no teste Y. Os voluntários
    foram divididos em dois grupos, G1 e G2, nivelados sob os resultados do teste
    Y reativo, para comparar variáveis e novamente correlacionar os desempenhos
    nas tarefas propostas. RESULTADOS: Poucas associações e baixa correlação
    entre as variáveis do CP e as direções do SEBT, e moderada dependência
    entre as direções do SEBT e movimentos de mudança de direção. Com a
    divisão dos grupos, não houve diferença entre equilíbrio estático e dinâmico nos
    grupos. Houveram moderadas à forte correlações entre as tarefas de equilíbrio
    estático apenas no ensaio UEO e dinâmico, e entre equilíbrio dinâmico e
    mudança de direção planejada no grupo mais ágil (G2). CONCLUSÃO: Não há
    relação entre o equilíbrio estático e dinâmico em jovens saudáveis. Existe
    relação entre equilíbrio dinâmico e movimentos de mudança de direção
    planejada.

  • AMANDA MOREIRA FONTENELE
  • COMPOSTO LASSBIO-294, DERIVADO DO N-ACIL-HIDRAZONA, COM ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ANTI-INFLAMATÓRIA NA COLITE ULCERATIVA INDUZIDA POR ÁCIDO ACÉTICO
  • Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
  • Data: 24/05/2019
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  • As doenças inflamatórias intestinais (DII) referem-se a uma condição inflamatória crônica que atinge o trato gastrointestinal, são divididas em colite ulcerativa e doença de Crohn, que são doenças crônicas sem etiologia determinada e atualmente ainda não se tem um tratamento eficaz. Como o composto LASSBio-294 vem demostrando efeitos anti-inflamatório, gerando vasodilatação, analgesia e inibição da dor, esse trabalho teve como objetivo estudar os efeitos desse composto em um modelo experimental de colite ulcerativa induzida por ácido acético em camundongos. Neste trabalho, foram utilizados camundongos swiss machos (25–30g), divididos em grupos de 7 animais. Inicialmente foi realizada a indução da colite por ácido acético a 6% e os camundongos foram tratados por via intraperitoneal com LASSBio-294 (0,2; 0,5; 1 mg/kg, i.p); ou dexametasona (2 mg/kg, s.c.) com 17:30 h após a indução da colite. Após 18 h da indução da colite os animais foram eutanásiados e tiveram uma amostra de 5 cm do cólon retirada para avaliação dos escores macroscópicos, peso úmido, atividade da mieloperoxidase, níveis colônico malondialdeído, de glutationa, citocinas pró-inflamatórias e dosagem da expressão da iNOS. Com os resultados, observou-se que com os tratamentos com LASSBio-294 houveram reduções dos escores macroscópicos e diminuição do peso úmido, sendo a dose do LASSBio-294 de 1 mg/kg a que apresentou melhores resultados, sem diferença significativa em relação ao tratamento padrão com dexametasona a 2 mg/kg. Essa foi a dose de escolha para os demais ensaios. Onde observamos que o tratamento com o LASSBio-294 também foi capaz de diminuir as concentrações de mieloperoxidase, malondialdeído, foi capaz de restaurar os níveis colônicos de glutationa, juntamente com a diminuíção das citocina pró-inflamatória IL-1β e TNFα, além de reduzir a expressão da iNOS, quando comparado esse grupo ao que recebeu ácido acético por via retal. A partir desse resultado prévio, pode-se inferir que o LASSBio-294 diminuiu a resposta inflamatória no modelo de colite induzida experimentalmente por ácido acético, podendo representar uma alternativa terapêutica promissora para pacientes com colite ulcerativa.

  • ALZIRA MARIA DE ANDRADE ARAÚJO
  • Melhora da convergência proximal binocular e sua influência na potência absoluta da banda alfa do eletroencefalograma em adultos jovens
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 27/03/2019
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  • Introdução: A visão exerce influência sobre processos cognitivos, por exemplo, durante a atenção. Nesse contexto, problemas de atenção visual podem interferir no desempenho e no processamento da informação visual. A insuficiência de convergência ocular, definida como a incapacidade de manter a adução simultânea dos olhos, caracteriza-se como uma disfunção comum binocular. O Ponto Próximo de Convergência (PPC) é uma medida utilizada para diagnosticar a insuficiência de convergência. Objetivo: Investigar a convergência proximal binocular em indivíduos jovens de 18 a 24 anos de idade com base em uma régua de ponto próximo de convergência e sua relação com atividade cortical por meio da EEG. Metodologia: Esse foi um estudo transversal, controlado e comparativo. A amostra foi composta por 20 participantes de ambos os gêneros. Resultados: Melhora geral dos sintomas oculares coletados a partir do CISS vp, redução dos valores do PPC, teste t (t (19)= 5,720; p< 0,05; r= 0,795). O tamanho do efeito d foi 0,32. Para os dados eletrofisiológicos foram encontrados resultados significativos [F (15,2205) = 4,133; p<0,005, ɳ2p=0,027; Poder=0,802]. Conclusão: Houve uma predominância da potência absoluta da banda alfa no córtex occipital, desta forma, este resultado mostra maior demanda das oscilações da banda alfa para o planejamento e atenção, reforçando a utilização do tratamento para a reabilitação dos indivíduos.

  • LUAN CORREIA COSTA
  • OTIMIZAÇÃO DA CONVERGÊNCIA PROXIMAL BINOCULAR E OSCILAÇÕES NA ASSIMETRIA E COERÊNCIA DO ELETROENCEFALOGRAMA EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 27/02/2019
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  • A insuficiência de convergência (IC) é a incapacidade de manter a convergência adequada em direção a um alvo próximo. Pode influenciar negativamente a qualidade de vida, além de interferir, por exemplo, no processo de aprendizagem. Estudos que analisem a atividade cortical de indivíduos com a referida condição são desconhecidos na literatura. Nessa perspectiva, investigamos as repercussões eletroneurofisiológicas em jovens universitários com IC mediante estimulação da convergência proximal (ECP) binocular com auxílio de uma régua centimétrica. Estudo transversal controlado realizado com 20 participantes com IC, destros e com idade entre 18 a 24 anos. O ponto próximo de convergência (PPC) foi analisado antes e após o término do experimento. Além disso, se analisou a assimetria e coerência das bandas alfa e beta do eletroencefalograma nos pares de eletrodos Fp1/Fp2, F3/F4, F7/F8, C3/C4, T3/T4, P3/P4, T5/T6 e O1/O2. Os resultados revelaram diminuição de 6,36 cm no valor do PPC (p=0,001). Quanto aos dados eletroneurofisiológicos, para a assimetria das bandas alfa e beta foi observada predominância hemisférica à esquerda, além de modificações corticais no decorrer do experimento, especialmente em áreas fronto-occipitais (p<0,025). Na coerência da banda alfa houve diminuição do acoplamento cortical no início do experimento e ao final, o acoplamento aumentou (p<0,05). Para banda beta houve menor acoplamento em T5/T6 (p<0,025). O estudo aponta que a ECP binocular é uma estratégia eficaz no tratamento da IC e que o movimento de convergência binocular gerou modificações no acoplamento cortical, especialmente, em áreas frontais e occipitais do córtex.

  • MARIA LUCIANNY LIMA BARBOSA
  • EFEITO PROTETOR DA EPIISOPILOTURINA EM MODELO EXPERIMENTAL DE MUCOSITE INTESTINAL INDUZIDA POR 5-FLUOROURACIL EM CAMUNDONGOS: PAPEL DA VIA NO/GMPc/PKG/COX
  • Orientador : GILBERTO SANTOS CERQUEIRA
  • Data: 08/02/2019
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  • A mucosite intestinal (MI) é um efeito colateral do tratamento quimioterápico com 5-Fluorouracil (5-FU) que ainda não possui terapia efetiva. Os produtos de origem natural têm sido amplamente pesquisados, entre eles a Epiisopiloturina (EPI) um alcaloide derivado da Pilocarpus microphyllus Stapf ex Wardleworth, que é reportado com potencial antinociceptivo, anti-helmíntico, anti-inflamatório e antioxidante. Assim, o presente estudo objetiva avaliar o efeito da EPI na MI induzida por 5-FU. Foi realizado um protocolo de 14 dias para a avaliação toxicológica da EPI, e investigou-se o efeito da EPI na MI. Os animais foram submetidos à indução da MI por meio da administração do 5-FU (450 mg/kg), em seguida tratados por quatro dias consecutivos após a indução, no quinto dia foram eutanasiados e realizou-se a remoção do duodeno, jejuno e íleo para avaliação da mucosite, através dos parâmetros de variação ponderal, número de leucócitos, análise histopatológica e morfométrica e avaliação do número de mastócitos. Após essa fase selecionou-se a dose de 10 mg/kg e o segmento jejuno para a execução da modulação da COX-2  com Celecoxibe. O material biológico foi retirado e avaliou-se a atividade antioxidante da EPI por dosagem de Malondialdeido (MDA), o número de células caliciformes, e o envolvimento da COX-2 na MI por meio de imunohistoquímica. Na terceira fase, foi realizada a modulação do óxido nítrico (ON) na MI com L-NAME e L-arginina, o envolvimento do ON foi avaliado por imunohistoquímica para iNOS e Docking molecular. Verificou-se que os animais tratados com EPI não apresentaram sinais clínicos de toxicidade, nem alterações no número de leucócitos e peso relativo dos órgãos. Observou-se ainda que a EPI não atenuou a perda de peso, porém foi capaz de prevenir as alterações morfométricas, histopatológicas e a leucopenia, de diminuir o número de mastócitos, reduzir a dosagem de MDA e preservar as células caliciformes, observou-se ainda a diminuição estatisticamente significante da área imunomarcada para COX-2 e iNOS além apresentar interação molecular com a iNOS. Diante disso, constatou-se que a EPI não é tóxica e que apresenta um efeito protetor na mucosa intestinal, por demonstrar propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias em modelo de mucosite intestinal induzida por 5-FU, com diminuição da expressão de COX-2 e iNOS. 

  • HELDER BINDÁ PIMENTA
  • INVESTIGAÇÃO DO EFEITO DO ANGICO Anadenanthera colubrina (Vell.) EM MODELO EXPERIMENTAL DE MUCOSITE INTESTINAL INDUZIDA POR 5 FLUOROURACIL EM CAMUNDONGOS: PAPEL DA VIA NO/GMPc/PKG
  • Orientador : GILBERTO SANTOS CERQUEIRA
  • Data: 08/02/2019
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  • A mucosite intestinal (MI) é um efeito colateral comum experimentado por pacientes que fazem quimioterapia com o 5-Fluorouracil (5-FU), a mesma ainda não possui tratamento eficaz. Os produtos naturais estão sendo investigados como uma alternativa atraente para o tratamento MI.O Angico branco já apresentou efeitos antimicrobianos, anti-inflamatórios e antioxidantes. Diante disso objetivou-se investigar o efeito do Angico na MI induzida por 5-Fluorouracil. Foram utilizados camundongos Swiss (25-30 g) divididos em 5 grupos (n=6), grupo Salina, grupo 5-FU que recebeu (450 mg/kg i.p) e salina nos dias de tratamento, grupos Angico 1, angico 2 e Angico 3 que receberam Angico nas doses de 100mg/kg, 200mg/kg e 400 mg/kg respectivamente. Os animais foram submetidos a indução da mucosite intestinal por meio da administração do 5-FU (450mg/kg), e receberam o tratamento por quatro dias consecutivos após a indução da MI, no quinto dia de experimento todos os animais foram eutanasiados e se realizou a  remoção do duodeno, jejuno e íleo para avaliação da mucosite, através dos parâmetros análise ponderal,  análise histopatológica e morfométrica, avaliação do número de mastócitos, avaliação de nitrito e averiguação da produção de muco. Para a avaliação o envolvimento da COX-2 adicionou-se dois grupos, o Celecoxibe e Celecoxibe + Angico 400 mg/kg. Observou-se que o angico não atenuou a perda de peso provocada pelo 5-FU, contudo foi capaz de reverter às alterações morfométricas e histopatológicas, diminuir o número de mastócitos, a concentração de nitrito, aumentou as células produtoras de muco, além disso, houve uma diminuição e das alterações morfométricas nos grupos tratados com CLX e CLX+ ANGICO. Diante disto, constatou-se que a Angico protegeu a mucosa intestinal, das alterações histopatológicas e morfométricas e demonstrou propriedades anti-inflamatórias em modelo de mucosite intestinal induzida por 5-FU com provável envolvimento da COX-2.

  • DELFRAN DA COSTA E SILVA JUNIOR
  • Equilíbrio estático como ferramenta de avaliação de exaustão muscular
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 31/01/2019
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  • A exaustão muscular pode ser definida como a incapacidade na geração e manutenção do nível de força, resultando em diminuição do controle postural. Entretanto, torna-se cada vez mais relevante o estudo das características do deslocamento corporal, e assim são propostas análises que observam também a estrutura do deslocamento, por meio de variáveis de análise não-linear, como as entropias. Através destes descritores, serão possíveis novas abordagens de conhecimento sobre o controle postural para a manutenção do equilíbrio frente a situações adversas, como na presença de exaustão muscular. Objetivo: O objetivo do estudo foi analisar o comportamento das variáveis não lineares do equilíbrio estático após indução de exaustão muscular de membros inferiores em jovens saudáveis. Metodologia: A amostra foi composta por 39 voluntários de 18 a 25 anos do sexo masculino e que cumpriram os critérios de inclusão. O equilíbrio estático foi avaliado por meio de uma plataforma de força nos seguintes momentos: pré-exaustão, pós-exaustão e aos 20 minutos após a interrupção do protocolo de indução à exaustão muscular em MMII, sendo estas avaliações realizadas em apoio unipodal e bipodal, com olhos abertos e fechados. Resultados: Os resultados mostramque após a exaustão houve um aumento (p<0,05) em todas as variáveis, quando em postura bipodal, tanto com olhos abertos quanto com olhos fechado, tendo resultado semelhante em postura unipodal com olhos abertos, onde apresentou um aumento (p<0,05) em ApEn em sentido AP e em CrossEn. Enquanto que no processo de recuperação, observamos que: em postura BEO houve uma diminuição (p<0,05) apenas em ApEn em sentido AP e em CrossEn; em BEC não foi observado diferença (p<0,05); e em postura UEO foi encontrado uma diminuição (p<0,05) apenas em ApEn no sentido AP.  Conclusão: Os achados desse estudo apontam que a instabilidade postural medida através das entropias pode ser uma ferramenta coadjuvante na avaliação da exaustão muscular de MMII em atividades atléticas, recreativas ou até mesmo atividades de vida diária. Porem necessita-se de mais estudos para confirmação de que nível de exaustão os indivíduos foram submetidos e até mesmo se esta modificação dos padrões de equilíbrio ocorreu por alterações a nível muscular ou sensitivo.

2018
Descrição
  • AYSLAN BATISTA BARROS
  • ESTUDO DO POTENCIAL ANTITUMORAL in vitro E in vivo DE UM HETEROPOLISSACARÍDEO EXTRAÍDO DO EXSUDATO DE Anacardium occidentale L
  • Orientador : JOSE DELANO BARRETO MARINHO FILHO
  • Data: 19/12/2018
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  • O câncer é caracterizado por um conjunto de doenças que tem relação com o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos. Diversos novos fármacos têm sido descobertos para tratamento de diferentes tipos de câncer, oriundos de plantas, algas, microorganismos e outros. Os polissacarídeos extraídos de plantas possuem diversas aplicações descritas na literatura como atividade antibacteriana, antifúngica, antioxidante e atividade antitumoral in vitro in vivo. No entanto, o mecanismo de ação antitumoral dos polissacarídeos ainda não está totalmente elucidado. Assim este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antitumoral do polissacarídeo natural extraído da planta Anacardium ocidentale L., através de modelosin vitro in vivo. O polissacarídeo analisado não demonstrou atividade citotóxica e antimigratória in vitro.Nos ensaios in vivo, a goma do cajueiro foi capaz de inibir o crescimento tumoral em melanoma metastático murino (B16F-10) em 35% e 40%, nas doses de 50 e 100 mg/kg, respectivamente. Além disso, o polissacarídeo não diminui o peso dos animais, já que o mesmo é composto basicamente por cadeias de açucares. Em relação aos componentes hematológicos, a goma do cajueiro não causou leucopenia, diferentemente da ciclofosfamida utilizada como controle positivo, demonstrando assim que este polímero não causa depleção ao sistema imunológico do animal. Os cortes histológicos dos órgãos demonstraram que a ciclofosfamida provoca lesões tóxicas no fígado, rim e pulmão, fato não observado nos animais tratados com o polissacarídeo em questão. Os cortes do tumor indicaram processo de morte celular indicativo de apoptose no tratamento com a goma do cajueiro. A análise do tecido tumoral por FTIR, indicaram processo de morte semelhante nos tratamentos com ciclofosfamida e goma do cajueiro, pelo estiramento de bandas representativas de lipídeos, e grupamentos presentes no DNA. Em relação à análise de componentes antioxidantes enzimáticos e não-enzimáticos (GSH, MDA e MPO), observou-se que a ciclofosfamida provoca estresse oxidativo nos animais o que talvez auxilie no seu processo citotóxico, porém pode provocar também lesões a outros órgãos, já a goma do cajueiro não indicou a produção destes agente antioxidantes, demonstrando possivelmente que este polímero não provoca estresse oxidativo tecidual. Conclui-se, portanto, que este polissacarídeo poderia auxiliar no tratamento de neoplasias, através da possível redução de efeitos colaterais gerados pelos quimioterápicos, além de ajudar na redução tumoral.

  • AYANE ARAUJO RODRIGUES
  • AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS METABÓLICOS E TECIDUAIS HEPÁTICOS EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE DIETA HIPERCALÓRICA: UMA FORMA DE ESTUDAR COMORBIDADES NO FÍGADO
  • Orientador : DANIEL FERNANDO PEREIRA VASCONCELOS
  • Data: 13/12/2018
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  • Os modelos de dieta em animais permitem que os pesquisadores controlem fatores genéticos e ambientais que possam influenciar o desenvolvimento da doença e suas complicações secundárias, ganhando assim informações úteis sobre seu manejo e tratamento. A composição de macronutrientes da dieta, particularmente o alto consumo independente de carboidrato dietético, açúcares simples, gorduras, proteínas e a baixa ingestão de fibra podem estar associados ao risco de desenvolver doenças hepáticas como a Doença hepática gordurosa não alcóolica (DHGNA).Sabe-se que a ingestão total de calorias altas está associada à DHGNA e esteato-hepatite não alcoólica, e vários estudos têm sido focados no papel de nutrientes específicos, como gorduras saturadas e carboidratos, no desenvolvimento e transição da doença. O objetivo deste estudo é avaliar as alterações metabólicas e teciduais hepáticas em um novo modelo experimental de dieta hipercalórica. Foram utilizadas 16 ratas divididas em dois grupos: grupo dieta padrão e grupo dieta hipercalórica, com 8 animais cada. As ratas foram submetidas à análise dos seguintes parâmetros no tecido hepático: dosagem dos nivéis de malondialdeído (MDA), glutationa (GSH), e a atividade de mieloperoxidase (MPO). As amostras de fígado também foram sujeitas à avaliação histopatológica. Por fim, foram dosados os níveis séricos de aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), albumina (ALB), fosfatase alcalina (FAL), acido urico (AU) e colesterol total (CT), cálcio (CA), ureia e HDL. Os resultados mostraram que houve uma diferença significativa no MDA, GSH, colesterol total (CT), ALT, ALB, AU, cálcio (CA) e HDL. A avaliação histopatológica apresentou um escore baixo, insuficiente para a classificação da DHGNA. Em conclusão, foi possível observar que os danos hepáticos decorrentes da dieta hipercalórica experimental em ratos não apresentam extensão e severidade associados com a DHGNA. Em virtude disso, ressalta-se que esse modelo permite estudar a associação entre a Dieta hipercalórica (DHC) com outras comorbidades.

  • ANA CLÁUDIA MOTA DE FREITAS
  • A FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA E IMAGÉTICA MOTORA RESULTA NO MESMO ACOPLAMENTO NEURAL
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 12/11/2018
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  • A imagética motora demonstra-se uma ferramenta significativa na terapêutica, utilizando o estimulo cognitivo no tratamento de pacientes que apresentam enfermidades relacionadas à ausência ou comprometimento motor por sequelas neurológicas. Estudos sobre a imagética demonstram a relação de fatores relevantes na reabilitação, na investigação de habilidades e de quais áreas estão sendo estimulada, até mesmo sobre técnicas voltadas a necessidade e perfil do paciente. Seu conceito emprega o estímulo a habilidades cognitivas com intuito de gerar sensações de percepção e movimento, mesmo sem a ação propriamente realizada, reforçando a ativação de áreas corticais relacionadas ao planejamento e execução de ações motoras. Dentre os métodos aplicados, ainda encontramos lacunas em relação à especificidade de seu desempenho diante das bandas de frequência sobre técnicas motoras e cognitivas, como também sua influência sobre a execução motora. Dessa forma, este trabalho visou compreender o comportamento cortical na análise da coerência de atividade espectral da banda alfa e beta, sendo estas diretamente associada ao controle motor, memória de trabalho, aprendizado, modulações atencionais e sua integração sensório-motora na realização de tarefas relacionadas ou não ao ato motor. Os participantes foram classificados por meio do questionário Revised Movement Imagery Questionnaire (MIQ) como aptos a participar do estudo, se sentindo ou se visualizando na execução de movimentos reais, sendo assim capazes em utilizar a técnica de imagética motora.  Constituindo a pesquisa, participaram 18 homens hígidos, idade 20 ± 1,5 anos, destros segundo o questionário de Oldfield, com capacidade de imagética visual (Capacidade de se visualizar executando o movimento) 22 ± 4 e imagética cinestésica (Capacidade de sentir-se realizando o movimento) 20 ± 4,5, segundo o Revised Movement Imagery Questionnaire. O estudo de tipo experimental foi analisado estatisticamente com delineamento threeway Anova de medidas repetidas com o teste de Friedman. Os voluntários participaram de um protocolo randomizado, podendo iniciar com um tratamento cognitivo (tarefa imagética motora - IM), onde o participante imagina a ação motora real com um movimento de FNP (Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva) ou com o próprio ato motor, executando a diagonal de FNP. A perspectiva desse trabalho visa favorecer a atuação de profissionais da saúde, seja no processo de ativação cortical no âmbito reabilitativo, utilizando a imagética como instrumento direcionando estímulos neurais, como também associar e comparar tarefas motoras com essa técnica cognitiva, devido aos resultados encontrados na interação dos mesmos.

  • LUIZ FELIPE DE CARVALHO FRANÇA
  • AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES RENAIS CAUSADAS PELA PERIODONTITE INDUZIDA EM RATAS: UM ESTUDO BIOQUÍMICO E HISTOMORFOMÉTRICO
  • Orientador : DANIEL FERNANDO PEREIRA VASCONCELOS
  • Data: 27/09/2018
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  • A periodontite é uma doença crônica-inflamatória, que leva a destruição progressiva dos tecidos de suporte e proteção dentário em resposta a presença de biofilme na região periodontal. A intensa resposta inflamatória resulta em efeitos sistêmicos nocivos, sendo associados principalmente ao aumento de espécies reativas de oxigênio, levando a alterações hepáticas, endoteliais e cardiovasculares. No entanto, a periodontite vem sendo estudada como um dos fatores de risco para o aparecimento de doenças renais, contudo, os mecanismos dessa relação ainda permanecem incertos. Acredita-se que modificações em marcadores de estresse oxidativo e peroxidação lipídica sejam responsáveis por tal associação, visto que estes foram relacionados aos danos observados no tecido hepático de animais com periodontite. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos sobre o tecido renal causados pela periodontite induzida por ligadura em ratas por meio de parâmetros bioquímicos e histomorfométricos. Para isso, vinte e duas ratas foram divididas em dois grupos: controle (sem ligadura) e periodontite (dentes ligados). Para confirmação do modelo de indução periodontal os seguintes parâmetros foram avaliados: Índice de sangramento gengival (ISG), mobilidade dentaria (MD), índice de profundidade de bolsa (IPB), atividade de mieloperoxidase (MPO) e altura óssea alveolar (AOA). Para os rins, os órgãos foram coletados, processados, avaliados através de marcadores de função renal sorológico para albumina, creatinina, glicose, colesterol total, ureia, além da determinação urinária de proteínas totais e creatinina, seguidos pela determinação das concentrações de glutationa (GSH), malondialdeido (MDA), com análise histológica e histomorfométrica. Como resultados ISG, MD, IPB, atividade de MPO e AOA foram significativamente maiores no grupo periodontite quando comparados ao grupo controle. Dentre os marcadores de função renal apenas o colesterol apresentou aumento significativo, ainda, para avaliação bioquímica renal, animais com periodontite apresentaram 46,2% de redução no conteúdo de GSH e para peroxidação lipídica, o grupo periodontite apresentou aumento de 266% nas concentrações de MDA. A avaliação histomorfométrica revelou aumento na circunferência da cápsula de Bowman, área corpuscular, espaço capsular de Bowman, circunferência glomerular, diâmetro glomerular e volume glomerular no grupo periodontite, além da ruptura da borda em escova nos túbulos renais observada pela coloração por ácido periódico de Schiff. Tais alterações podem estar associadas ao aumento do estresse oxidativo e peroxidação lipídica nos rins, no entanto, essas alterações não foram suficientes para causar diferenças nos marcadores de função renal.

  • MARIA GABRIELA CARDOSO TELES MONTEIRO
  • UM ESTÍMULO VIRTUAL COM ALTERAÇÕES DE VELOCIDADE MODIFICA O DESEMPENHO EM UMA TAREFA DE PERCEPÇÃO DO TEMPO E ATIVA ASSIMETRIA NA BANDA TETA DO CÓRTEX FRONTAL E TEMPORAL
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 26/09/2018
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  • Evidências de quais estruturas estão envolvidas diretamente na caracterização da percepção do tempo, ainda não foram detalhadamente descritas. Sabe-se hoje que a capacidade do indivíduo em perceber o tempo é desenvolvida com suas próprias experiências, entretanto, são observadas regiões que captam, integram e codificam estas informações. Ela também pode ser modificada por fatores biopsicossociais como emoção, memória e atenção, além de estímulos visuais dinâmicos decorrentes do meio em que o indivíduo esteja inserido. Neste contexto, a realidade virtual surge como uma ferramenta que desperta o treino das habilidades cognitivas. É conhecida na literatura, associações entre percepção temporal e realidade virtual, a nível comportamental, entretanto o conhecimento das repercussões eletrofisiológicas desta associação é ainda obscuro. O objetivo desse estudo foi investigar o desempenho e as modificações eletrofisiológicas de indivíduos submetidos a realidade virtual não-imersiva com alterações na velocidade do estímulo, durante a realização de uma tarefa de estimativa do tempo. A pesquisa consiste em um procedimento crossover, que ocorreu em quatro dias consecutivos com 21 voluntários, onde todos participaram das condições de velocidade (original, slow, fast). O eletroencefalograma foi utilizado, para a captação da atividade da assimetria da banda teta durante realização da tarefa e avaliação do teste de atenção Stroop. Os resultados refletiram a influência das três velocidades em diferentes momentos, sendo mais evidente a diminuição do desempenho com maior número de erros na condição original e após o estímulo (p<0,005), além disso foi evidenciado aumento da atividade de assimetria da banda teta nos córtex frontal e temporal (p<0,005), principalmente após a realidade virtual com predominância hemisférica esquerda.

  • KYVIA NAYSIS DE ARAUJO SANTOS
  • ESTIMAR O INTERVALO DE TEMPO AUMENTA A FORÇA MUSCULAR E A POTÊNCIA ABSOLUTA DA BANDA ALFA
  • Orientador : SILMAR SILVA TEIXEIRA
  • Data: 31/08/2018
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  • Tarefas cognitivas têm sido utilizadas para o aumento da força muscular por intermédio de treinamento com imagética motora. Porém, ainda não é sabido se tarefas de percepção temporal podem realizar esse aumento e como elas modificam a atividade cortical. Neste contexto, o objetivo desse estudo foi analisar as modificações corticais e da força muscular induzida em uma tarefa de percepção temporal. Para essa proposição, realizou-se estudo croosovercontrabalanceado com quarenta homens destros, submetidos às tarefas de Imagética Motora (IM) e Percepção Temporal (PT). Tanto na condição IM quanto PT foram realizadas mensurações da força muscular antes e depois do tratamento, com os participantes realizando a preensão manual em um dinamômetro, simultaneamente à captação do sinal do eletroencefalógrafo. Nos resultados encontramos diferença nos valores de força muscular após a execução das tarefas cognitivas, com a PT aumentando a força muscular dos participantes, enquanto IM a reduzia (p<0,005). Além disso, a tarefa de PT promoveu maior atividade da potência absoluta da banda alfa no córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo e no córtex pré-frontal ventrolateral direito do que a tarefa de IM (p<0,005). Ao analisar se as modificações na corticais em ambas as condições poderiam ser preditoras do aumento da força muscular, foi observado que a atividade nos córtices pré-frontal dorsolateral esquerdo, motor primário esquerdo e direito nos participantes na condição PT promovem maior aumento da força muscular do que os participantes na condição IM. Conclui-se que a PT modifica a atividade cortical de forma a melhorar a força muscular, e desse modo, poderia ser utilizada como método cognitivo de fortalecimento muscular.

     

  • SILVENY MEIGA ALVES VIEIRA
  • PREVALÊNCIA E INFLUÊNCIA DOS POLIMORFISMOS - 819 C/T (rs1800871) E -1082 A/G (rs1800896) DO GENE IL-10 NA DENGUE SINTOMÁTICA EM UMA POPULAÇÃO DO NORDESTE DO BRASIL
  • Orientador : ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
  • Data: 27/08/2018
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  • A dengue é a infecção transmitida por vetor artrópode mais prevalente no mundo. A patologia é atualmente classificada em dengue sem sinais de alarme (DSSA), dengue com sinais de alarme (DCSA) e dengue severa (DS). A variedade de manifestações clínicas resulta da sua complexa patogênese, que apresenta influência de fatores virais, ambientais e do hospedeiro. A interleucina 10 (IL-10) é uma citocina anti-inflamatória envolvida com a resposta imune do hospedeiro contra a dengue. Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNPs) descritos para o seu gene codificante, tais como -819 C/T (rs1800871) e -1082 A/G (rs1800896), têm exibido diferentes perfis de associação com a doença na literatura. Considerando a heterogeneidade desses achados, o presente estudo objetivou investigar a prevalência e a influência dos polimorfismos em indivíduos sintomáticos, assintomáticos e controles para dengue na população de Parnaíba-PI, relacionando-os com o desenvolvimento das formas clínicas da doença. Os SNPs foram investigados por PCR em Tempo Real, em 119 indivíduos do grupo de pacientes com dengue, 85 indivíduos do grupo assintomático, e 129 indivíduos do grupo controle. As frequências genotípicas foram testadas quanto ao equilíbrio de Hardy-Weinberg. A associação com a dengue foi estimada pelo Teste do Qui-quadrado (x²) ou Teste Exato de Fisher e Odds Ratio. A análise dos dados foi realizada no BioEstat 5.0, sendo adotado um nível de significância de p<0.05. As análises haplotípicas e do desequilíbrio de ligação foram executadas no Haploview 4.2. As frequências genotípicas e alélicas do SNP -819 C/T não mostraram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos estudados. Ao analisar o SNP -1082 A/G observou-se significância estatística apenas em relação ao grupo assintomático. O genótipo A/G foi associado com susceptibilidade à dengue (p*= 0.01, OR= 2.17) e à DSSA (p*= 0.03, OR= 2.13). O genótipo G/G foi associado com susceptibilidade à dengue (p*= 0.03, OR= 3.98) e à DCSA (p*= 0.04, OR= 4.90). A combinação de genótipos A/G + G/G foi associada com susceptibilidade à dengue (p*= 0.004, OR= 2.37), à DSSA (p*= 0.02, OR= 2.23) e à DCSA (p*= 0.01, OR= 2.63). Todas as frequências genotípicas se encontraram em equilíbrio de Hardy-Weinberg. O alelo G foi associado com susceptibilidade à dengue (p*= 0.003, OR= 1.96), à DSSA (p*= 0.02, OR= 1.81) e à DCSA (p*= 0.01, OR= 2.14). Nas análises haplotípicas do gene IL-10, o haplótipo C-G foi associado com susceptibilidade à dengue (p= 0.0031), à DSSA (p= 0.0195) e à DCSA (p= 0.0045) também em relação ao grupo assintomático, enquanto que o haplótipo C-A foi associado com proteção contra a DCSA (p= 0.0265). A análise do desequilíbrio de ligação evidenciou forte desequilíbrio entre os SNPs do gene IL-10. Com relação a modulação das manifestações clínicas da dengue, apenas os portadores T do SNP -819 C/T apresentaram associação significativa de susceptibilidade à cefaleia (p*= 0.0264), e de proteção contra edemas (p*= 0.0323) e calafrios (p*= 0.0478). A frequência dos alelos T e G dos respectivos SNPs -819 C/T e -1082 A/G deste estudo diferiu significativamente da encontrada em algumas populações do mundo. Em síntese, os dados desta pesquisa sugerem uma possível influência do SNP rs1800896 sobre o fenótipo da dengue sintomática em uma amostra populacional da Região Nordeste do Brasil, sendo encontrado panorama semelhante quando este foi combinado com o SNP rs1800871, corroborando as evidências da literatura acerca do efeito aditivo de polimorfismos.

  • JULIANNA LIMA QUEIROZ
  • INFLUÊNCIA DOS POLIMORFISMOS -336 A/G (rs4804803) NO GENE DC-SIGN e -174 G/C (rs1800795) NO GENE IL-6, NA INFECÇÃO POR Dengue virus EM UMA POPULAÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ
  • Orientador : ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
  • Data: 27/08/2018
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  • A dengue é considerada a arbovirose mais frequente dentre as que acometem o ser humano, sendo endêmica em países tropicais e subtropicais. A doença é causada pelo Dengue virus (DENV), membro da família Flaviviridae apresentando a fêmea do mosquito Aedes aegypti como principal vetor de transmissão. A variedade de fatores relacionados ao vírus, ao ambiente e ao hospedeiro reflete na diversidade das manifestações clínicas da dengue. Vários estudos apontam que polimorfismos de nucleotídeo único (SNP) em genes de moléculas relacionadas à imunidade da dengue podem estar envolvidas com a susceptibilidade e/ou proteção à doença. O objetivo do presente estudo foi investigar a prevalência e a influência dos polimorfismos -336 A/G (rs4804803) no gene DC-SIGN e -174 G/C (rs1800795) no gene IL-6 em pacientes sintomáticos e assintomáticos infectados pelo DENV, e em indivíduos controles. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle, de caráter qualitativo e com abordagem exploratória. Os dados foram obtidos através de coletas feitas em pacientes atendidos em órgãos públicos de saúde, em Parnaíba-PI no período de Agosto de 2016 a Dezembro de 2017. A confirmação laboratorial dos casos suspeitos de dengue foi feita por meio de testes imunocromatográficos e metodologias moleculares. O DNA genômico celular foi extraído e realizada a genotipagem para os SNPs, através de PCR em Tempo Real. Os dados foram analisados através do programa BioEstat 5.0, com um nível de significância de p<0,05. As análises das frequências alélicas e genotípicas para o SNP -336 A/G no gene DC-SIGN não mostraram resultados com diferenças estatisticamente significativas. Com relação a prevalência das manifestações clínicas, o sintoma Diarreia se apresentou mais frequente nos portadores do alelo G com diferença estatisticamente significativa. As análises alélicas e genotípicas para o SNP -174 G/C no gene IL-6 entre os grupos mostraram que a frequência do genótipo G/C foi estatisticamente maior no grupo controle (41,2%) do que no grupo DEN, com 26,5%. O genótipo G/C também foi significativamente mais frequente no grupo controle (41,2%) em relação ao grupo Dengue sem sinais de alarme (DSSA), com 24,7%. A associação dos genótipos G/C + C/C tiveram maior frequência no grupo controle (46,5%) quando comparado ao grupo DEN com 30,8%. E ainda apresentaram maior frequência no grupo controle, com 46,5%, em relação ao grupo DSSA (28,8%). As análises das frequências alélicas revelaram que o alelo C teve frequência significativamente maior no grupo controle (26%), quando comparado ao grupo DEN com 17,5% e ao grupo DSSA, com 16,4%. O alelo C também apresentou frequência maior no grupo assintomático (25,9%) em relação ao grupo DEN, com 17,5%, e em relação ao grupo DSSA com significância. Nas análises da prevalência das manifestações clínicas, a manifestação clínica Náuseas foi mais frequente em não portadores C, com diferença estatisticamente significativa. A frequência do alelo G para o SNP -336 A/G do gene DC-SIGN na população piauiense foi de 18,8%. O alelo C do SNP -174 G/C no gene IL-6 teve frequência de 26% nesta população. Nossos dados sugerem que o genótipo G/C e o alelo C do SNP -174 G/C no gene IL-6 estão relacionados com proteção para os casos de dengue na população estudada. Estes dados contribuem para um melhor entendimento da patogênese do Dengue virus e de fatores genéticos relacionados ao hospedeiro com a doença. Podendo assim, trazer benefícios para o paciente, no que diz respeito ao manejo clínico da doença.

     

  • SAUL BARBOSA DE OLIVEIRA
  • ATIVIDADE ANTINFLAMATÓRIA DE NANOPARTÍCULA DE PRATA ESTABILIZADA COM COLÁGENO E GOMA DO CAJUEIRO (ANACARDIUM OCIDENTALE L.)
  • Orientador : MARCELO DE CARVALHO FILGUEIRAS
  • Data: 24/08/2018
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  • As nanopartículas de prata (AgNP) têm emergido como uma importante
    classe de nanomateriais com diversas aplicações médicas. O interesse em
    realizar pesquisas usando proteínas e nanopartículas de prata (AgNPs) é
    amplo pois a atividade anti-inflamatória desses tipos específicos de
    agrupamentos em nanoescala é desconhecido. A inflamação é a resposta
    do tecido vivo a estímulos nocivos, como agentes patogênicos e irritantes, o
    que implica em diversas alterações sistêmicas como no fluxo sanguíneo,
    aumento da permeabilidade vascular, síntese de mediadores e intensa
    migração de leucócitos para o local inflamado. Embora uma quantidade
    significativa de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios estejam
    disponíveis para o tratamento, há uma busca contínua de novos compostos
    como alternativas terapêuticas, uma vez que estas drogas exercem uma
    gama de efeitos colaterais e baixa eficácia, especialmente para doenças
    inflamatórias. O estudo teve como objetivo descrever o efeito da
    administração intraperitoneal de nanopartículas de prata estabilizadas com
    colágeno e goma do cajueiro em modelos experimentais de edema de pata
    e peritonite. O edema de pata e a peritonite foram induzidos pela
    administração de carragenina. Foi analisado o potencial de inibição de
    edema de pata de uma nanopartícula de prata nas doses de 1ml/kg, 2ml/kg
    e 3ml/kg aplicadas de forma intraperitoneal e sua ação na atividade da
    enzima mieloperoxidase. Foi avaliado também o estresse oxidativo e a
    atividade anti-inflamatória pela determinação de glutationa reduzida (GSH),
    nitrato e nitrito, superoxido dismutase na peritonite somente na dose de
    3ml/kg. Os resultados mostraram que a nanopartícula de prata estabilizada
    com colágeno e goma do cajueiro na dose de 3ml/kg possui potencial
    antiinflamatório ao inibir a formação do edema em 70% durante o pico do
    edema de carragenina. O composto também demonstrou reduzir a atividade
    da enzima mieloperoxidase de forma significativa quando comparado ao
    grupo controle. O potencial antioxidante da nanopartícula é demonstrado
    pela redução dos níveis de nitrito e manutenção dos níveis de GSH e SOD
    quando comparados ao grupo carragenina. Conclui-se que a nanopartícula
    de prata estabilizada com colágeno e goma do cajueiro possui um potencial
    antiinflamatório, através da inibição do edema de pata e da migração
    neutrofílica e potencial antioxidante através da manutenção dos níveis de
    GSH e SOD e diminuição dos níveis de Nitrito.

  • DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
  • MUDANÇAS NA VELOCIDADE DE REPRODUÇÃO DO MOVIMENTO AUMENTAM A POTÊNCIA ABSOLUTA DA BANDA TETA E ALTERAM O DESEMPENHO NA TAREFA DE PRODUÇÃO DO TEMPO
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 01/08/2018
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  • A capacidade de perceber e interpretar os intervalos de tempo são habilidades inatas e essenciais a todas as espécies animais, pois estão incorporadas a inúmeras funções cognitivas no processo de adaptação ao ambiente. No entanto, a base neural e o processo de temporização permanecem envolto em mistérios dentro das neurociências, dessa maneira novas abordagens como a Realidade Virtual com estímulos visuais dinâmicos vêm sendo desenvolvidas para analisar a interpretação dos intervalos de tempo, principalmente por meio de tarefas que demandam a cognição e funções executivas em atividades cotidianas. O objetivo do estudo foi investigar as modificações corticais e o desempenho do indivíduo induzido por mudanças na reprodução da velocidade de movimento (original, slow e fast) de um estímulo virtual não-imersivo em 3D, em uma tarefa de produção do tempo. Trata-se de um estudo crossover formado por 21 participantes em três condições de velocidade do movimento: original, slow e fast. Os participantes passaram por análise eletroencefalográfica da potência absoluta da banda teta no córtex pré-frontal dorsolateral simultaneamente com execução da tarefa de produção do tempo, além de análise comportamental da atenção, através do teste de Stroop. Os sujeitos da condição slow apresentaram maior número de erro na tarefa de produção do tempo, no momento após utilização de realidade virtual (p<0.001), além disso, na análise eletrofisiológica foi observado aumento da potência absoluta da banda teta no córtex pré-frontal dorsolateral direito em todas as janelas de tempo investigadas (p<0.001). Desta forma, o estímulo virtual com mudança na velocidade de movimento resultou na diminuição do desempenho na tarefa de produção do tempo, atuando em domínios cognitivos na faixa de segundos, influenciando ainda na atividade cortical de áreas com funções executivas de atenção e memória.

  • FLÁVIA SABRYNNE DE AGUIAR FREITAS
  • O AUMENTO DA POTÊNCIA ABSOLUTA DE TETA E A INIBIÇÃO DO ESTÍMULO LUMINOSO NA CYBERSIKNESS
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 27/07/2018
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  • Cybersicknessresulta do conflito vestíbulo-visual, ou seja, da incoerência entre as sensações relacionadas com movimento real, no ambiente virtual, e aos estímulos visuais. Em resposta ao meio virtual, pode-se observar desconfortos, tais como, naúseas, dificuldade de concentração, dentre dor de cabeça, dentre outros. Não há na literatura, estudos que analisem o controle de inibição do estímulo luminoso de indivíduos sensíveis à Cybersikness. Por tanto, este estudo o controle de inibição do estímulo luminoso na Cybersickness. Foi utilizado o Sickness Susceptibility Questionnairepara dividir os indivíduos em grupo experimental e controle , e quantificar os sinais e sintomas, comparando-os antes e depois da imersão virtual 3De. As participantes de ambos os grupos foram examinadas com o EEGq quanto a potência absoluta da banda teta no córtex pré-frontal dorsolateral e córtex pré-frontal ventrolateral, durante a realização da tarefa de inibição do estímulo luminoso, com a utilização do paradigma No-Go,  depois das participantes assistirem o vídeo 3D. Os resultados parciais demonstraram que houve o aumento da potência absoluta da banda teta em ambos os grupos comparando os momentos antes e depois, assim como também houve diferença significativa do grupo experimental comparado ao controle, para o mesmo momento. Logo, observou-se que indivíduos quando foram expostos à realidade virtual 3D e desenvolveram a Cybersikness, apresentaram maior potência absoluta de teta nas áreas estudadas.

  • MARCOS AURÉLIO AYRES DA SILVA
  • AppGuide: Um sistema vestível para pessoas com deficiência visual
  • Orientador : SILMAR SILVA TEIXEIRA
  • Data: 03/07/2018
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  • A visão é o órgão responsável por 80% da informação adquirida pelo ser humano. A ausência da visão provoca prejuízos incalculáveis à vida diária, incluído, deambulação, identificação de cores, percepção de luminosidade e da temperatura ambiente. Embora existam numerosos protótipos e produtos disponíveis para deficientes visuais, nenhum deles é economicamente viável e não reúne vários recursos em um único dispositivo. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi desenvolver um sistema vestível (AppGuide) que consiste em uma pulseira com vários sensores e um aplicativo para smartphone. Para esta proposição, foi desenvolvido uma pulseira em estrutura plástica impressa em impressora 3D, contendo uma placa Arduino Nano, sensor ultrassônico, giroscópio, acelerômetro para a deambulação, sensor para detecção de cores, um resistor dependente de luz para reconhecer a luminosidade e um sensor para informar a temperatura ambiente. A pulseira capta informações do meio ambiente, processa e envia-os para um aplicativo no smartphone. O aplicativo trata as informações retransmitindo-as ao usuário via áudio. O aplicativo foi desenvolvido na plataforma App Inventor para o sistema operacional Android. Para análise da funcionalidade do sistema foi utilizado a Escala de Usabilidade de Sistemas e um ambiente controlado com seis tarefas (percurso livre e com obstáculo, informação espacial dos obstáculos, cor, luminosidade e temperatura) com seis deficientes visuais de ambos os gêneros. Foi observado que o sistema respondeu a precisão das informações de luminosidade, cor e temperatura com 100% de acerto, enquanto para percurso livre 89% e com obstáculo 80%. Para a informação espacial dos obstáculos houve precisão do sistema de 90%. O escore da Escala de Usabilidade de Sistemas foi de 77,5 demonstrando que o sistema pode ser de rápido aprendizado. Conclui-se que o AppGuide é funcional e orienta a navegação no ambiente de forma inteligente e sensível para pessoas com perda de acuidade visual, podendo ser ampliada a eficácia com maior período de adaptação do deficiente visual com o sistema.

  • SUZANA MARIA DA SILVA SANTOS
  • AVALIAÇÃO DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE EXERCÍCIO ABERTO EM CICLOERGÔMETRO
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 27/06/2018
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  • Introdução:A fadiga é definida como a incapacidade muscular em manter a potência e a força durante o exercício, o que pode interferir no sucesso do desempenho físico. O treinamento físico por constituir um processo sistemático de repetição composto por exercícios progressivos que modificam a homeostase, favorece uma maior resistência à fadiga aos indivíduos que participam desse processo. Um marcador interessante da atividade cardíaca neural é a Variabilidade da Frequência Cardíaca que analisa a modulação autonômica através dos intervalos de batimentos consecutivos chamados de intervalos RR. Apesar de não haver correlação direta entre o nível de fadiga com os índices de variabilidade, sabe-se que o treinamento físico proporciona alterações na resposta autonômica cardíaca ao esforço, com o decorrer do tempo. Na literatura há pouca abordagem dos efeitos que o treinamento físico militar pode trazer à modulação autonômica da frequência cardíaca. Objetivo: O estudo pretende avaliar a modulação autonômica cardíaca durante exercício aberto em cicloergômetro de jovens saudáveis de uma instituição militar. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo experimental de medidas repetidas, onde foram avaliados 18 jovens fisicamente ativos do sexo masculino. Os batimentos dos participantes foram coletados de forma contínua durante a execução do protocolo de indução à fadiga em cicloergômetro de membros inferiores. Espera-se que o incremento da potência gerada seja contrário às respostas autonômicas apresentadas nesse período, e que o condicionamento físico promova retornos basais mais rápidos. Resultados: A idade média dos participantes foi de 19,3±0,8 anos, onde a variação dos índices de Variabilidade da Frequência Cardíaca durante o exercício apresentou similaridade nas duas fases. Entretanto, durante o repouso final tiveram diferenças estatisticamente significantes nos índices HR Mean (84,3±16,9 vs. 78,7±8,3 bpm) e RR Mean (712,3±140,2 vs. 762,8±83,7 ms). O consumo de oxigênio máximo também apresentou resultados interessantes nos step1 (9,5±1,4 vs. 9,2±1,1 ml/kg-1/min-1), step 3 (20,5±2,9 vs. 20,0±2,5 ml/kg-1/min-1),step 4 (26,0±3,7 vs. 25,3±3,1 ml/kg-1/min-1) e stepmáximo atingido (48,5±9,4 vs. 43,3±8,1 ml/kg-1/min-1). Conclusão: Na população estudada não foi possível encontrar diferenças dos índices de variabilidade durante a execução do protocolo incremental de carga nas duas fases da coleta. Ou seja, o treinamento físico militar não proporcionou incrementos na Variabilidade da Frequência Cardíaca durante o exercício aberto em cicloergômetro.

  • FRANCISCO CARLOS DA SILVA JUNIOR
  • ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS A-1438G E T102C NO GENE 5HT2A E A DEPENDÊNCIA ALCOÓLICA EM UMA POPULAÇÃO MASCULINA DO NORDESTE BRASILEIRO
  • Orientador : RENATA CANALLE
  • Data: 27/06/2018
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  • O alcoolismo representa uma das causas mais prevalentes de morbidade e mortalidade e o consumo nocivo do álcool acarreta cerca de 3,3 milhões de mortes a cada ano, representando de todas as mortes no mundo, 5,9%. Polimorfismos genéticos na via serotoninérgica, tais como os polimorfismos A-1438G e T102C do gene do receptor da serotonina da família 2 subtipo A (5HT2A) foram correlacionados com o início e a manutenção do hábito alcoolista. O presente estudo teve como objetivo estimar a prevalência e investigar possíveis associações entre estes polimorfismos e o uso abusivo do álcool em uma população masculina do Nordeste Brasileiro. Para compor o estudo foram selecionados 113 indivíduos alcoolistas e 114 controles, todos do sexo masculino e idade superior ou igual a 18 anos, no período de 2011 a 2013, e em seguida analisados pela técnica de PCR-RFLP. A distribuição das frequências genotípicas e alélicas e a associação dos polimorfismos ao comportamento alcoolista foram avaliadas usando o teste do Qui-quadrado (x2), teste Exato de Fisher e Odds Ratio (OR) com intervalo de confiança de 95%, bem como foi analisado o Equilíbrio de Hardy-Weinberg em ambos os grupos caso e controle. A análise dos dados foi desenvolvida utilizando o programa estatístico BioStat 5.0 com significância estatística estabelecida em p<0,05. A análise do desequilíbrio de ligação foi desempenhada no Haploview 4.2. Para as características demográficas da população, houve a observação de diferenças significativas entre os grupos estudados para as variáveis: escolaridade, média de consumo de doses por dia, histórico familiar e hábito tabagista (p<0,05). Os resultados da distribuição alélica entre os grupos para os polimorfismos A-1438G e T102C revelaram uma frequência do alelo G de 63,7% em casos e 64,92% no grupo controle, enquanto que para o alelo C a frequência no grupo alcoolista foi de 62,3% e no grupo controle foi de 66%. A distribuição dos genótipos para os ambos os SNPs demonstrou frequência do genótipo GG nos alcoolistas de 41,6% e nos controles de 39,47%, no entanto, o genótipo CC mostrou uma frequência em casos e controles de 40,72% e 41,23%, respectivamente. As frequências dos alelos e dos genótipos de ambos os polimorfismos estudados não diferiram significativamente entre alcoolistas e controles, sugerindo ausência de associação com a dependência alcoólica na população analisada. A análise do desequilíbrio de ligação dos SNPs A-1438G e T102C no gene 5HT2A demonstrou que estes estão em forte desequilíbrio (D’= 0,86, r2= 0,73), e que o haplótipo GC considerado de suscetibilidade, demonstrou frequência de 59,5% no grupo alcoolista e 60,1% no grupo controle, não diferindo estatisticamente (p= 0,99). Os dados apontam para a falta de contribuição dos polimorfismos A-1438G e T102C no gene 5HT2A com a dependência alcoólica na população investigada, no entanto, estudos adicionais são necessários para a confirmação dos resultados obtidos e o esclarecimento do papel dos polimorfismos com a suscetibilidade para o alcoolismo e fatores que são responsáveis pelo início e manutenção do hábito.

  • KELMA REGINA GALENO PINHEIRO
  • A realidade virtual no aumento da atividade do córtex parietal e occipital durante a visualização do estímulo luminoso real.
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 06/06/2018
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  • A doença do movimento visualmente induzida (DMVI) é um termo genérico utilizado para se referir ao tipo de classificação da doença do movimento tradicional, a Cinetose. Seus sintomas se manifestam mediante os estímulos visuais na ausência do movimento real. Dependendo do equipamento e do ambiente de laboratório, a DMVI pode ser subdividida em diferentes subcategorias. Em ambientes virtuais, por exemplo, tem sido intitulada como cybersickness com ocorrência de efeitos colaterais, como fadiga ocular, tontura e náuseas além de dificuldade de concentração. Pelo fato de ainda não existirem marcadores fisiológicos específicos para detecção do início da DMVI, o auto relato é a principal forma de identificar e quantificar a ocorrência desta condição, sendo feito por meio do Simulator Sickness Questionnaire (SSQ). Dessa forma o presente estudo visa demonstrar como a DMVI, ocasionada pela realidade virtual, interfere na realização do movimento sacádico por meio da eletroencefalografia tendo como referência a análise da potência absoluta da banda beta parietal e occipital. Para isso 32 participantes do sexo feminino, com idade entre 18 e 28 anos, e destras foram divididas em dois grupos de acordo com o SSQ, grupo controle e grupo DMVI. As participantes realizaram 120 trilhas de estímulos luminosos, em seguida fizeram uso da realidade virtual e repetiram novamente as trilhas de estímulos luminosos. Os resultados demostraram uma diferença estatisticamente significativa na potência absoluta da banda beta parietal e occipital entre os grupos controle e DMVI, bem como uma diferença estatisticamente significativa entre os momentos antes e depois em cada grupo analisado.

  • HIANNA RAYZA FERREIRA LOPES
  • ESTUDO DO CONTROLE POSTURAL EM INDIVÍDUOS HEMIPARÉTICOS APÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 30/05/2018
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  • O Acidente Vascular Encefálico (AVE) causa um grande impacto na vida dos indivíduos e pode acarretar complexas deficiências. Dentre elas, há o comprometimento do sistema de controle postural, caracterizado como a principal causa de limitação e dependência funcional em indivíduos com AVE. O objetivo do estudo foi avaliar as oscilações posturais dos indivíduos hemiparéticos pós-AVE por meio dos parâmetros estabilométricos. A amostra foi composta por 35 indivíduos e distribuída em 18 sujeitos no Grupo AVE, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 30 anos e 17 indivíduos no Grupo Controle, de ambos os sexos, saudáveis e ativos. Após a classificação de cada grupo, o equilíbrio corporal foi avaliado por meio da plataforma de força (EMG System®e o softwareBIOMEC 400) em postura bipodal com olhos abertos - BEO (Bipodal eyes open)e olhos fechados - BEC (Bipodal eyes close) durante um período de 120 segundos. Os resultados revelaram um aumento significativo na oscilação postural dos indivíduos pós-AVE em relação ao grupo controle por meio das variáveis nos domínios do tempo, da frequência e das entropias em ambas as posturas. Na postura BEO, verificou-se significância na análise temporal (Área, p=0,0235;Amplitude médio-lateral, p=0,0049; Raiz quadrada média na direção médio-lateralp=0,0248) e na análise espectral somente na F80 (F80, p=0,0110). Na postura BEC, constatou-se significância na análise temporal (Área,p=0,0010; Amplitude médio-lateral, p=0,0005; Velocidade média na direção anteroposterior, p=0,0127; Velocidade média na direção médio-lateral, p=0,0096; Raiz quadrada média na direção médio-lateralp=0,0024)e na análise não-linear apresentou significância na entropia Aproximada direção médio-lateral (ApEn, p=0,0191) e entropia Cruzada (CrossEn, p=0,0100). Portanto, os indivíduos pós-AVE apresentaram alterações significativas na oscilação postural em relação aos sujeitos saudáveis em ambas as condições. O aumento da oscilação do COP demonstrado pelas medidas tradicionais caracterizou alterações nas variáveis de manutenção postural dos indivíduos pós-AVE. Porém, notou-se um achado relevante por meio da análise não-linear, no qual o aumento encontrado nos valores das entropias mostraram que os indivíduos pós-AVE não seguem um padrão de oscilação postural durante a manutenção da postura estática diferentemente dos indivíduos saudáveis. Destacando, com isto, a importância de um método mais eficiente para as avaliações instrumentadas de equilíbrio em pacientes pós-AVE a fim de contribuir para a obtenção de respostas mais rápidas as perturbações durante a manutenção da postura e melhora na qualidade de vida e no índice de quedas desta população.

  • ANDRESSA MARIA AGUIAR DE CARVALHO
  • ATIVIDADE ANTIFÚNGICA in vitro DOS ALCALOIDES DAS FOLHAS DE Pilocarpus microphyllus ISOLADOS E EM COMBINAÇÃO COM FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS
  • Orientador : TATIANE CAROLINE DABOIT
  • Data: 25/05/2018
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  • As infecções fúngicas têm papel importante na morbimortalidade humana. Apesar disso, pesquisas que visam o desenvolvimento de terapias ou fármacos mais seguros e efetivos ainda estão defasadas quando comparadas com as doenças causadas por outros patógenos. Dentre as infecções causadas por fungos podem-se citar a cromoblastomicose e a ceratite fúngica filamentosa. A primeira é uma doença polimorfa que ocorre, pela implantação traumática transcutânea de fungos dematiáceos. A última é uma infecção ocular em que ocorre ulceração supurativa da córnea e que pode levar à cegueira. Ambas doenças apresentam número crescente de casos refratários aos tratamentos utilizados. Deste modo, se faz necessária a busca por novas moléculas, bem como a otimização da farmacoterapia atual. Os vegetais são fontes importantes e promissoras de novos fármacos. A espécie Pilocarpus microphyllus, popularmente conhecida como ‘jaborandi’, é uma planta nativa das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Vários alcaloides já foram isolados das folhas dessa planta, dentre eles, a pilocarpina e a epiisopiloturina, as quais apresentam atividades farmacológicas já descritas na literatura. Porém, carecem de análise no que se refere à atividade antifúngica. Esse trabalho objetivou avaliar a susceptibilidade fúngica aos alcaloides obtidos a partir das folhas do jaborandi, através de ensaios in vitro, bem como verificar o efeito da interação desses compostos com agentes antifúngicos. Inicialmente, foi realizada uma prospecção de atividade antifúngica com os alcaloides pilocarpina, isopilocarpina, epiisopilosina, isopilosina e pilosina contra fungos patogênicos (n = 10), incluindo representantes de dermatófitos, agentes da cromoblastomicose e da esporotricose, bem como isolados dos gêneros Aspergillus, Candida e Cryptococcus. A partir destes resultados, a pilocarpina foi selecionada para que fosse avaliado seu efeito em combinação com a terbinafina contra estes mesmos representantes fúngicos e contra agentes da ceratite fúngica filamentosa (n = 8). A epiisopiloturina foi também avaliada quanto à atividade antifúngica, bem como a sua associação com quatro fármacos antifúngicos (itraconazol, posaconazol, terbinafina e anfotericina B) frente a agentes da cromoblastomicose (n = 19). Os testes de susceptibilidade foram realizados de acordo com os métodos de microdiluição propostos nos protocolos M27-A3 e M38-A2 do Clinical and Laboratory Standards Institute. As interações dos alcaloides com os fármacos antifúngicos foram realizadas usando o método de tabuleiro de xadrez. Para análise do efeito das alterações morfológicas causadas pela combinação de epiisopiloturina/anfotericina B em Fonsecaea pedrosoi ATCC 46428, foram obtidas imagens utilizando microscopia de força atômica.  Dos alcaloides testados, o cloridrato de pilocarpina e a pilosina apresentaram atividade antifúngica para Fonsecaea pedrosoi e Trichophyton rubrum, respectivamente (CIM = 256 µg/mL). A interação da pilocarpina com a terbinafina se mostrou sinérgica (IFCI = 0,03 – 0,5) para todos os fungos testados. Essa mesma associação se mostrou sinérgica para cinco, dos oito isolados de agentes da ceratite fúngica filamentosa avaliados. A epiisopiloturina, não apresentou atividade antifúngica (CIM > 256 µg/mL) contra os agentes da cromoblastomicose. No entanto, as associações da mesma com a terbinafina ou com a anfotericina B foram sinérgicas contra estes últimos. Nenhuma das combinações realizadas teve efeito antagônico. A análise das imagens obtidas por microscopia de força atômica mostrou que as hifas Fonsecaea pedrosoi ATCC 46428 foram completamente destruídas pela associação de epiisopiloturina com a anfotericina B. Os resultados obtidos com os testes de susceptibilidade e análise das combinações nos permitem sugerir um mecanismo de ação para a epiisopiloturina, onde a mesma agiria intracelularmente, dependendo da desestruturação da membrana plasmática para poder atuar.  Este trabalho traz resultados promissores para a terapia antifúngica, especialmente para o tratamento da cromoblastomicose e da ceratite fúngica filamentosa, em que a combinação dos alcaloides cloridrato de pilocarpina e epiisopiloturina com agentes antifúngicos poderia reduzir o aparecimento da resistência ao passo que diminuiria a toxicidade causada por estes últimos.

  • RHAILANA MEDEIROS FONTES
  • A estimativa do tempo modifica o comportamento cortical de adultos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
  • Orientador : SILMAR SILVA TEIXEIRA
  • Data: 25/04/2018
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  • Vários estudos fornecem evidências empíricas para a associação entre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e percepção de tempo. No entanto, pouco se sabe se a aplicação de tarefas de percepção temporal em diferentes intervalos de tempo induz modificações na percepção temporal em sujeitos com TDAH. Esta investigação examinou a influência do TDAH na atividade da banda teta em regiões frontais, especificamente no córtex pré-frontal dorsolateral e córtex pré-frontal ventrolateral durante tarefa de estimativa do tempo em intervalos de suprassegundos. Quatorze sujeitos com TDAH participaram deste estudo nas condições controle (sem treinamento com estimativa do tempo) e experimental (trinta dias de treinamento com estimativa do tempo). A Escala de TDAH versão adolescente e adulto foi utilizada com a finalidade de verificar os níveis e classificação do TDAH. Os sujeitos que realizaram o treinamento apresentaram melhor desempenho na tarefa (p<0,05), estimando os intervalos de tempo com maior precisão. Além disso, houve melhora dos aspectos cognitivos (p<0,05), em especial na atenção, impulsividade e emoção. Os achados eletrofisiológicos demonstram que o treinamento aumenta a atividade no córtex pré-frontal dorsolateral e no córtex pré-frontal ventrolateral bilateralmente (p<0,001). Conclusão: o treinamento com tarefa de estimativa do tempo melhora os sintomas cognitivos característicos do TDAH, com substancial aumento na atividade das áreas corticais relacionadas com a atenção e memória, podendo ser uma ferramenta para o gerenciamento cognitivo do tempo e para o TDAH.

     

  • TIAGO LOPES FARIAS
  • METILFENIDATO AUMENTA A ATIVIDADE NO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL E PARIETAL ACELERANDO O JULGAMENTO DO INTERVALO DE TEMPO
  • Orientador : SILMAR SILVA TEIXEIRA
  • Data: 25/04/2018
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  • Introdução: O metilfenidato atua em áreas corticais envolvidas com a atenção e memória de trabalho, as quais também tem relação com a interpretação da estimativa do tempo. Em especial, o córtex pré-frontal tem sido o alvo de diversos estudos para o entendimento dos efeitos do metilfenidato nas funções executivas e da percepção do intervalo de tempo. Entretanto, ainda não foi estudado se o metilfenidato influencia o desempenho em uma tarefa de estimativa do tempo associada às mudanças no córtex na potência absoluta da banda alfa no córtex pré-frontal e parietal. Objetivo: Nós investigamos se o metilfenidato melhora o desempenho e o julgamento na interpretação da estimativa de tempo associando aos a atividade da potência absoluta da banda alfa no córtex pré-frontal. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo duplo cego, crossover, com amostra de 16 sujeitos nas condições controle (placebo) e experimental (metilfenidato) com análise da potência da banda alfa da eletroencefalografia no momento de uma tarefa de estimativa do tempo. Resultados e Discussão; Nós observamos que o metilfenidato não influencia no desempenho da tarefa, mas aumenta a subestimativa do intervalo de tempo acima de seis segundos (p<0,001), com concomitante diminuição da potência da banda alfa no córtex pré-frontal ventrolateral direito e no córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo. Conclusão: O metilfenidato acelera o relógio interno levando os indivíduos a aumentarem a subestimativa do intervalo de tempo, com o metilfenidato promovendo maior atividade no córtex pré-frontal dorsolateral, pré-frontal ventrolateral e parietal bilateralmente. 

  • EMANUELA LIMA TEIXEIRA BARROS
  • CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE Chikungunya virus E INVESTIGAÇÃO DOS ARBOVÍRUS Dengue virus e Mayaro virus NO ESTADO DO PIAUÍ
  • Orientador : GUSTAVO PORTELA FERREIRA
  • Data: 29/03/2018
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  • Arbovírus são vírus transmitidos por vetores artrópodes hematófagos que podem causar doenças em animais e seres humanos. Dengue virus (DENV) é um arbovírus que se encontra mundiamente distribuído e no Brasil, circula de forma endêmica desde a década de 80. A ocorrência de surtos anuais tem sido facilitada pela co-circulação dos quatro sorotipos (DENV1-4) em vários municípios. Mais preocupante ainda, é que grande parte das infecções são assintomáticas e quando sintomáticas, podem evoluir com manifestações hemorrágicas ou neurológicas fatais. Adicionalmente, outros arbovírus como Chikungunya virus (CHIKV) e Mayaro virus (MAYV) estão emergindo de forma alarmante em diversas regiões brasileiras. O primeiro, foi inserido no Brasil em 2014 e desde então disseminou-se rapidamente por vários estados, causando surtos e epidemias de uma doença debilitante que cursa com intensa e duradoura artralgia. Já MAYV, apresenta-se prevalente na região Norte e vem se destacando pelo aumento da incidência em áreas não endêmicas, com sintomas semelhantes aos ocasionados por CHIKV. Estas arboviroses representam um sério desafio à saúde pública, pois podem ser transmitidas por mosquitos antropofílicos do gênero Aedes, que estão amplamente distribuídos em áreas urbanas e peri-urbanas. Além disso, as manifestações clínicas apresentadas pelos pacientes podem ser agravadas em casos de co-infecções (entre arbovírus) ou na presença de outras comorbidades, dificultando tanto o diagnóstico diferencial como as ações de vigilância em saúde associadas ao monitoramento e controle dos surtos. Diante do aumento no número de casos, este estudo objetivou investigar a dinâmica de circulação dos arbovírus Dengue virus, Chikungunya virus e Mayaro virus no Estado do Piauí nos anos de 2016 e 2017. Foram coletadas 578 amostras de soro de pacientes com suspeita de infecção por arbovírus. Destas, 115 foram extraídas e analisadas através da técnica de RT-PCR, utilizando iniciadores que amplificam a região dos genes que codificam as glicoproteínas NS5 de DENV, E1 e E2 de CHIKV e E1, E2 e E3 de MAYV. Do total de amostras testadas, três foram positivas para detecção de DENV, sendo possível identificar os sorotipos DENV-2 e DENV-4. Um paciente apresentou-se co-infectado por DENV-1 e CHIKV. Por outro lado, 32 amostras foram positivas para detecção de CHIKV, indicando a circulação e disseminação crescente deste vírus no estado. Uma amostra foi positiva para MAYV, sugerindo possível infecção por este arbovírus. A partir destes resultados, treze amostras foram enviadas para o sequenciamento parcial dos genes E1 e E2 de CHIKV para confirmação da circulação. A análise filogenética revelou que a linhagem circulante no Piauí pertence ao genótipo do Oeste-Central-Sul Africano (ECSA), que foi introduzido no Brasil em 2014 através do estado da Bahia. Adicionalmente, observamos que os vírus isolados neste estudo se agruparam com outros isolados brasileiros da região Nordeste. O monitoramento clínico de pacientes acometidos por CHIKV mostrou que 14 dos 32 pacientes positivos evoluíram para a fase crônica, apresentando sintomas cuja duração variou de 4 a 12 meses. Em conjunto, estes dados poderão auxiliar a vigilância epidemiológica a traçar estratégias eficazes de monitoramento da circulação viral e controle vetorial, na tentativa de prevenir futuras epidemias arbovirais na população piauiense.  

  • BRUNA DA SILVA SOUZA
  • Avaliação Toxicológica das Proteínas do Látex da Plumeria Pudica em Modelo de Camundongos
  • Orientador : JEFFERSON SOARES DE OLIVEIRA
  • Data: 22/02/2018
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  • Muitos são os relatos sobre diferentes efeitos farmacológicos promovidos por moléculas obtidas a partir do látex de várias plantas, como é o caso da Plumeria pudica. As proteínas presentes em seu látex foram relacionadas às suas propriedades anti-inflamatória, anti-nociceptiva e antidiarreica. Considerando os resultados relevantes já apresentados pelo látex de P. pudica esse trabalho, teve como finalidade avaliar os aspectos toxicológicos do tratamento agudo e subcrônico de camundongos com as proteínas do látex de Plumeria pudica (PLPp). Os ensaios de toxicidade foram realizados com camundongos Swiss (n=24) que receberam uma dose diária de 40 mg/kg de PLPp ou solução salina 0,9% intraperitoneal (i.p.) por 10 ou 20 dias consecutivos, referentes ao período de avaliação da toxicidade aguda e subcrônica, respectivamente. Foram avaliados o perfil comportamental, hematológico, bioquímico e histopatológico desses animais. Para determinação da DL50 os camundongos (n=6) receberam uma dose única de 300 mg/kg ou 2000 mg/kg e foram observados quanto a presença de sinais clínicos ou morte dos mesmos, durante 14 dias após a administração. Adicionalmente uma análise proteômica da fração proteica PLPp foi realizada utilizando espectrometria de massas objetivando a identificação de proteínas presentes na amostra. Não foram observadas alterações significativas no peso
    corporal e nos órgãos dos animais tratados com PLPp durante avaliação aguda e subcrônica. A contagem total e diferencial de leucócitos não apresentou diferença significativa entre os grupos. Observou-se aumento significativo de AST no grupo tratado com PLPp para a toxicidade aguda. Não houve diferença significativa nas medidas de ALT, creatinina e ureia entre o tratamento com solução salina e PLPp para os dois períodos de avaliação. Em relação ao exame histopatológico, observaram-se discretas alterações como leve congestão no rim e baço dos animais para a avaliação aguda e subcrônica respectivamente. O nível de GSH no rim foi significativamente maior em animais tratados com PLPp no ensaio de toxidade aguda, porém não foram observadas diferenças para a avaliação subcrônica. Os níveis de MDA e MPO no fígado, baço e rim não apresentaram diferença significativa. A fração PLPp não se mostrou letal nas doses de 300 e 2000 mg/kg,sendo a DL50 definida como de classe 5 (faixa de 2000-5000mg/kg). Porém, os animais tratados com estas doses apresentaram alguns sinais de toxicidade como diminuição da atividade geral, dificuldade de locomoção, redução da resposta aos reflexos auricular e corneal, e a estímulos como toque, aperto de cauda e ao reflexo de endireitamento. Além de apresentarem irritabilidade, ptose, piloereção, hipotermia e respiração ofegante. Esses sinais foram observados nas primeiras horas após a administração, no entanto, a maioria não persistiu mais que 24h. A análise de PLPp por espectrometria de massas revelou a presença de proteases cisteínicas, quitinases e outras proteínas comumente encontradas em fluidos laticíferos. A fração PLPp quando administrada por via intraperitoneal apresenta baixa toxicidade. Mais estudos devem ser realizados para o estabelecimento do seu uso seguro.

  • DAVID DI LENARDO
  • AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES URINÁRIAS E RENAIS NA PERIODONTITE INDUZIDA EM RATOS
  • Orientador : DANIEL FERNANDO PEREIRA VASCONCELOS
  • Data: 06/02/2018
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  • A periodontite é uma doença inflamatória e crônica do periodonto, sendo causada pela atividade bacteriana presente na região do sulco gengival, responsável por provocar danos teciduais e reabsorção do osso alveolar. Esses danos são provocados pela ação do próprio organismo através da liberação de inúmeros fatores inflamatórios. A doença pode também provocar efeitos sistêmicos, dentre eles, alterações na estrutura renal. A liberação de citocinas provoca o aumento do estresse oxidativo nos rins, causando: alterações nas estruturais e congestão glomerular. Este estudo tem como objetivo analisar as alterações renais e funcionais do sistema urinário, bem como, mensurar os cristais na urina de ratas com periodontite induzida com progressão por 20 e 40 dias. Foram utilizadas 24 ratas sendo divididas em três grupos de oito animais cada: Grupo Controle composto por animais sem periodontite induzida, P20 e P40 compostos por animais com periodontite induzida e eutanasiados após vinte dias e quarenta dias respectivamente. As ratas foram submetidas às análises clínicas como: índice de profundidade da bolsa, índice de sangramento gengival, mensuração da altura óssea alveolar e mobilidade dentária. Além disso, foram feitas análises histomorfométricas dos corpúsculos renais e mensuração do sedimento urinário. Foi realizado também, dosagens em amostras séricas e urinárias de creatinina, ureia e ácido úrico, assim como: da glutationa reduzida, malondialdeído, dos tecidos renais, e mieloperoxidase da gengiva. Os resultados clínicos mostraram que o modelo utilizado para induzir a periodontite foi efetivo. Observaram-se alterações histomorfológicas nas estruturas dos corpúsculos renais dos animais com periodontite. Os resultados dos marcadores de função renal não apresentaram mudanças significativas entre os grupos. Com relação à análise do sedimento urinário, o número de cristais foi aumentado nos grupos periodontite e a área dessas estruturas aumentou significativamente no grupo P40. O intuito deste trabalho é complementar os achados de alterações renais provocado pela periodontite e melhor entender o mecanismo que atua em tais mudanças.

  • REYCA RODRIGUES E SILVA
  • Papel do óxido nítrico e da COX-2 no efeito protetor do β-cariofileno em modelo de mucosite intestinal induzida por 5-fluorouracil
  • Orientador : GILBERTO SANTOS CERQUEIRA
  • Data: 31/01/2018
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  • A mucosite é uma síndrome caracterizada por ulceração de toda mucosa do TGI, e ocorre em cerca de 40% dos pacientes com câncer tratados com o 5-fluorouracil, porém ainda não existe uma abordagem terapêutica específica para esta patologia. O β-cariofileno (BCF) é um sesquiterpeno que vem sendo amplamente estudado, por demonstrar efeito antioxidante e anti-inflamatório em diversas condições inflamatórias. Neste contexto, o presente estudo visa investigar o efeito do BCF em modelo de mucosite intestinal induzida por 5-FU.  Camundongos Swiss machos receberam salina (0,9%, i.p.) ou 5-FU (450 mg/Kg, i.p. dose única). Após 24h da administração de 5-FU, administrou-se BCF (10, 30 ou 100 mg/kg, gavagem) durante dois dias e os animais foram eutanasiados no quarto dia do protocolo experimental. Os segmentos do intestino delgado foram coletados para a análise dos seguintes parâmetros: perda ponderal, alterações histológicas, leucograma, dosagens de MDA, GSH, MPO, contagem de mastócitos, marcação de IL-1β por imunohistoquímica, dosagem de NO, expressão gênica de iNOS por qPCR, e marcação de COX-2 por imunohistoquímica. O BCF não preveniu a perda de peso induzida pelo 5-FU, porém, na dose de 10mg/kg, preveniu a leucopenia e reduziu as alterações histopatológicas induzidas pelo quimioterápico no duodeno. O BCF também reduziu (p<0,05) o estresse oxidativo (por diminuir os níveis de MDA e aumentar GSH) e a inflamação (por reduzir os níveis de mastócitos, MPO e expressão de IL-1β) induzida pelo 5-FU. No duodeno, a administração de L-NAME ou celecoxibe promoveu um efeito sinérgico ao do BCF, reduzindo (p<0,05), respectivamente, a expressão de iNOS  e a imunomarcação de COX-2, quando comparado ao grupo tratado com 5-FU. Diante disto, os resultados indicam que o BCF apresenta um efeito protetor na mucosa intestinal, por demonstrar propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, o qual parece ser mediado pela inibição via do NO e da COX-2, em modelo de mucosite intestinal induzida por 5-FU.

  • JOÃO ANTÔNIO LEAL DE MIRANDA
  • EFEITO DA GOMA DO CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.) NA MUCOSITE INTESTINAL INDUZIDA POR 5-FLUOROURACIL
  • Orientador : GILBERTO SANTOS CERQUEIRA
  • Data: 31/01/2018
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  • A mucosite intestinal é uma complicação frequente no tratamento do câncer com
    agente quimioterápico 5-fluorouracil (5-FU). Até o momento ainda não existe
    tratamento eficaz deste agravo. Na busca de novas alternativas terapêuticas para
    a redução dos efeitos colaterais oriundos do 5-FU no tratamento do câncer, vários
    produtos naturais tem sido testados. A Goma do Cajueiro (GC) (Anacardium
    occidentale L.) tem sido reportado, como um potente anti-inflamatório, bem
    como atividade antibacteriana, antifúngica, anti-leishmaniose e antiulcerogênica.
    Diante disso, o presente estudo objetiva avaliar o efeito da Goma do Cajueiro,
    um heteropolissacarídeo extraído do exsudato de Anacardium occidentale L., na
    mucosite intestinal induzida por 5-fluorouracil em camundongos Swiss. Para
    isso, foram utilizados camundongos Swiss (25-30 g), dos quais foram divididos
    em 5 grupos (n=6), que correspondem a grupo salina, grupo 5-FU, GC 30, GC
    60, GC 90. Seguido os quatro dias de tratamento, os animais foram eutanasiados,
    e porções dos segmentos intestinais foram removidos para avaliação da mucosite,
    através dos parâmetros análise ponderal, taxa de mortalidade, análise
    histopatológica e morfométrica, leucograma, malondialdeído (MDA),
    mieloperoxidase (MPO), Glutationa (GSH), contagem de mastócitos,
    imunohistoquimica para interleucina 1 beta (IL-1β) e cicloxigenase 2 (COX-2).
    O 5-FU causou intensa perda ponderal, comprometimento da barreira epitelial,
    promovendo a redução da altura das vilosidades, perda da integridade do epitélio
    intestinal caracterizada por descontinuidade do tecido, além de vacuolização das
    células da mucosa intestinal e intenso infiltrado de células inflamatórias
    comparadas ao grupo salina. Por outro lado, a GC 90 (goma do cajueiro na
    concentração de 90 mg/kg) preveniu as alterações histopatológicas promovidas
    por 5-FU; bem como diminuiu o estresse oxidativo, através da atenuação dos
    níveis de MDA e aumento da concentração de GSH; diminuiu o processo
    inflamatório, através da diminuição de MPO, contagem de mastócitos teciduais,
    expressão de IL-1β e COX-2 e iNOS. A GC 90 também reverteu a leucopenia
    provocada pelo tratamento com 5-FU, mas não foi capaz de reverter a perda
    ponderal. Conclui-se que a GC 90, reverteram os efeitos da mucosite intestinal
    induzida pelo 5-FU, figurando-a com um agente protetor na mucosite intestinal
    induzida por quimioterápico.

  • ANA PATRÍCIA DE OLIVEIRA
  • Efeito protetor do Lactobacillus reuteri DSM 17 938 na lesão gástrica induzida por etanol em camundongos: papel da inibição do receptor TRPV1
  • Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
  • Data: 24/01/2018
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  • O etanol tem a capacidade de lesar diretamente a mucosa gástrica, e um dos mecanismos pelos quais ele causa este dano é através da ativação dos receptores de potencial transitório do tipo vanilóide 1 (TRPV1), liberação de Substância P (SP) e ativação do receptor de neuroquinina tipo 1 (NK1). Algumas bactérias ácido-lácticas e seus produtos possuem atividade gastroprotetora em lesões induzidas pelo etanol, com diminuição dos níveis de SP. Além disso, Lactobacillus reuteri DSM 17938, exibe atividades terapêuticas por meio da inibição do TRPV1. Assim, este estudo avaliou o efeito do L. reuteri nas lesões gástricas induzidas por etanol e seu possível mecanismo de ação. Camundongos swiss (25-30g) foram pré-tratados oralmente com solução salina (0,9%) ou 108 UFC de L. reuteri por 14, 7 e 3 dias. No quarto, oitavo e décimo quinto dia, os animais suplementados com DSM e solução salina receberam etanol a 50% (0,5 mL / 25 g v.o.) ou solução salina. Para avaliar o papel da inibição da ativação do TRPV1 ou do NK1, os camundongos suplementados com Lactobacillus reuteri receberam resiniferatoxina (RTX-3 nmol/kg) via oral com etanol a 50% e 1 μmol/L para 20 g, via i.p. de SP no quarto dia, respectivamente. As amostras de cada estômago foram removidas para avaliação macroscópica, histopatológica e análises bioquímicas (Malondialdeído-MDA, Nitrito- Nox, Glutationa-GSH e Superóxido dismutase-SOD). Foi realizada imuno-histoquímica para TRPV1, e a concentração de substância P foi mensurada por ELISA. Também foi avaliado o muco aderido à parede gástrica e a secreção ácida. L. reuteri DSM 17938 reduziu o dano gástrico induzido pelo etanol (P <0,001). 3 dias de pré-tratamento com L. reuteri apresentou taxa de inibição da lesão de 90,26%. L. reuteri também reduziu os níveis de MDA e nitrito quando comparado ao grupo lesado (P<0,01) e manteve os parâmetros antioxidantes basais de GSH e SOD (P <0,001). Os efeitos da suplementação de L. reuteri foram significativamente revertidos com a administração de RTX, com aumento de MDA e Nox (P <0,001) e diminuição de GSH e SOD (P <0,0001). Lactobacillus reuteri não foi capaz de prevenir a lesão causada pela administração de SP e etanol. A expressão de TRPV1 foi significativamente menor no grupo tratado, quando comparado ao grupo lesionado. O conteúdo de substância P no tecido gástrico foi reduzido com o probiótico, em comparação ao grupo lesado (P<0,05). Além disso, o L. reuteri elevou os níveis de muco na mucosa gástrica e manteve os níveis basais de secreção de ácido (p <0,05). Assim, o estudo demonstra os efeitos protetores de L. reuteri no dano gástrico induzido pelo etanol, que em parte se dá pela inibição da ativação do receptor TRPV1, com redução de substância p e do estresse oxidativo.

2017
Descrição
  • LARISSA DOS SANTOS PESSOA
  • AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO E SEVERIDADE DOS DANOS HEPÁTICOS CAUSADOS PELA PERIODONTITE EXPERIMENTAL
  • Orientador : DANIEL FERNANDO PEREIRA VASCONCELOS
  • Data: 03/08/2017
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  • A periodontite é doença inflamatória crônica desencadeada por uma infecção
    bacteriana, que acomete os tecidos periodontais e pode resultar em alterações
    sistêmicas, sendo o fígado um dos principais órgãos acometidos. Existem vários fatores
    que podem estar associados com a dispersão da periodontite para outros sítios, tais
    como a migração das bactérias e seus produtos (lipopolissacarídeo), a resposta
    exacerbada do sistema imunológico (polimorfonucleares e citocinas) e o estresse
    oxidativo (peroxidação de lipídeos). No fígado esses fatores podem resultar em uma
    lesão conhecida como esteatose, caracterizada pelo acúmulo de lipídeos no interior das
    células. Este estudo teve como objetivo investigar se há proporção entre os sítios de
    indução de periodontite com a extensão e severidade do dano hepático. Foram
    utilizadas 18 ratas divididas em três grupos de seis animais: controle, sem ligadura;
    periodontite 1, com uma ligadura; periodontite 2, com duas ligaduras. As ratas foram
    submetidas à análise dos seguintes parâmetros periodontais: Índice de sangramento
    gengival, medida de profundidade de sondagem, mobilidade dentária e medição da
    perda óssea alveolar. Nas amostras gengivais foram realizadas as dosagens da
    atividade de mieloperoxidase (MPO) e de malondialdeído (MDA). No tecido hepático
    foram dosados os nivéis de MDA, glutationa (GSH), colesterol, triglicerídeos e a
    atividade de MPO. As amostras de fígado foram submetidas à avaliação
    histopatológica. Por fim, foram dosados os níveis séricos de alanina aminotransferase
    (ALT) e aspartato aminotransferase (AST). Os resultados dos parâmetros da avaliação
    periodontal demonstraram que o modelo de periodontite foi eficaz. Os grupos com
    periodontite não diferiram significativamente em relação à atividade de MPO e aos
    níveis de MDA nas amostras de tecido gengival, mas apresentaram valores
    significativos quando comparados ao grupo controle. A avaliação do peso corporal dos
    animais e do fígado não apresentou diferenças significativas entre os três grupos. A
    avaliação histopatológica dos grupos com periodontite demonstrou a presença de
    esteatose, diferentemente do observado no controle. Na análise dos escores de
    esteatose os grupos com ligadura não diferiram significantimente entre si, contudo
    apresentaram resultados significantes na comparação com o grupo controle. Os
    parâmetros de inflamação, necrose e densidade de mastocitos foram observados nos
    três grupos, no entanto não foi evidenciado diferenças significativas entre eles. A
    análise da atividade de MPO nas amostras de tecido hepático não apresentou
    mudanças significativas entre os três grupos do estudo. Os níveis de GSH, MDA,
    colesterol total e triglicerídeos nos grupos com periodontite não demonstraram
    diferenças signficativas, porém quando comparados com o grupo controle os resultados
    foram signficativos. Em conclusão, nossos resultados demonstraram que uma ou duas
    ligaduras induzindo periodontite foram suficientes para causar esteatose hepática.

  • MARIANA DE SOUZA COSTA
  • DIFERENTES EFEITOS DE DUAS DOSES DE LASER DE BAIXA INTENSIDADE EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE INFLAMAÇÃO
  • Orientador : MARCELO DE CARVALHO FILGUEIRAS
  • Data: 29/06/2017
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  • Introdução: A Terapia a Laser de Baixa Intensidade (LBI) é um procedimento terapêutico que vem tomando papel de destaque no meio clínico, tendo em vista seus efeitos biológicos no tecido de maneira não térmica e sendo uma opção terapêutica eficaz e com menos efeitos colaterais em comparação à terapia convencional com anti-inflamatórios. Apesar dos efeitos clínicos já relatados em diversos estudos científicos, os mecanismos envolvidos com a fotobiomodulação por LBI ainda não são totalmente compreendidos e esclarecidos, havendo grande divergência quando se trata de parâmetros dosimétricos. Ainda não há consenso sobre dose e efeito, contudo estudos mostram que os parâmetros do laser quando aplicados de maneira incorreta, provavelmente gerarão tratamentos ineficazes.  O processo inflamatório pode ser definido como um complexo de reações em resposta a um estímulo agressor interno ou externo cujo principal objetivo é livrar o organismo do fator causador da lesão. No entanto, se a destruição alvo e a reparação assistida não são progressivas, a inflamação pode ser desregulada levando a danos ao tecido. Objetivos: Descrever o efeito de duas doses diferentes do Laser de Baixa Intensidade em modelos experimentais de inflamação. Metodologia: Camundongos Swiss foram distribuídos em 4 grupos em diferentes experimentos, Grupo Salina (recebeu apenas injeção de solução salina a 0,9%); Grupo que recebeu agente flogístico (Cg, dextrana, serotonina, histamina ou bradicinina); Grupo Laser 1(recebeu a injeção de agente flogístico e tratamento com Laser 1J/cm² (L1) e Grupo Laser 5 (L5- recebeu agente flogístico e tratamento com Laser 5J/cm²). Foram avaliados variação de volume de pata, ação da mieloperoxidase (MPO) e análise histológica. Ainda foi realizado experimento com indução de peritonite por carragenina. Foram avaliados Permeabilidade vascular, ação da mieloperoxidase (MPO), dosagem de glutationa (GSH), dosagem de malondialdeído (MDA) e migração neutrofílica. Resultados: Obtivemos redução em todos os edemas com tratamento laser na dose de 1J/cm² e redução de escores histológicos. Além de diminuição na migração neutrofílica e níveis de Malondialdeído (MDA), bem como preservação nos níveis de Glutationa (GSH). Porém, o mesmo não foi obtido com a dose de 5J/cm² para os edemas de caráter vascular (dextrana e histamina), edema de Carragenina e permeabilidade vascular. Conclusão: Estes resultados nos sugerem que o laser na dose de 1J/cm² tem ação de caráter celular e vascular, já que foi capaz de reverter todos os edemas e análises da peritonite; e o Laser na dose de 5J/cm² possivelmente tem ação apenas de caráter celular na inflamação aguda.

  • FELIPE RODOLFO PEREIRA DA SILVA
  • Avaliação da associação entre polimorfismos nos genes das interleucinas 1A, 1B, 17A E 17F e o risco no desenvolvimento de periodontite: achados de metanálise
  • Orientador : DANIEL FERNANDO PEREIRA VASCONCELOS
  • Data: 12/06/2017
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  • A periodontite resulta da resposta inflamatória causada pelo acúmulo de microrganismos no periodonto. Polimorfismos genéticos em diversas citocinas tem sido relatados com papel preponderante no risco de desenvolvimento e progressão da doença, contudo há uma limitação em estudos genéticos devido seu frequente número amostral reduzido. Uma importante ferramenta estatística capaz de anular o limitado poder amostral de estudos genéticos por meio da combinação dos estudos é a metanálise. Visto tais aspectos, este estudo objetivou realizar metanálises abordando achados publicados na literatura sobre os polimorfismos -889 C/T no gene da interleucina 1A, +3954 C/T no gene da interleucina 1B, -197 A/G no gene da interleucina 17A e -7488 T/C no gene da interleucina 17F e o risco de periodontite. A identificação, seleção e análise dos dados foram realizadas seguindo um protocolo para revisões sistemáticas e metanálises. Os cálculos da metanálise foram obtidos por uso do software estatístico Review Manager versão 5.2 com cálculo de heterogeneidade (I²) e índice Odds Ratio (OR) para seis diferentes modelos genéticos com base em combinações alélicas e genotípicas. Para avaliação de viés de publicação foi utilizado o software Comprehensive Meta-analysis versão 3.3070 com cálculo do teste de regressão linear de Egger, teste de Begg e assimetria no Funnel-plot. Os valores de P<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Todos os dados dos estudos foram dados dicotômicos expressos como índice OR com 95% de intervalo de confiança (IC) para avaliar a possível associação entre polimorfismos nos genes das interleucinas mencionadas e o risco de desenvolvimento de periodontite. Como resultados três artigos de metanálise compuseram este trabalho. Na avaliação geral foram identificados um total de 21 artigos para o polimorfismo no gene da IL-1A, 54 para o polimorfismo no gene da IL- 1B, e sete estudos para ambos os polimorfismos nos genes da IL-17A e IL-17F foram encontrados. Os polimorfismos -889 C/T e +3954 C/T foram associados ao elevado risco de desenvolvimento de periodontite crônica, contudo os polimorfismos nos genes da IL-17A e IL-17F não tiveram associação significante com a doença. As análises iniciais evidenciaram que apenas o polimorfismo no gene da IL-1B foi associado à doença em população miscigenada (P<0,05). Mais estudos são requeridos para melhor avaliar a influência desses polimorfismos no risco de desenvolvimento de periodontite.

     

  • YHASMINE DELLES OLIVEIRA GARCIA
  • ASSOCIAÇÃO DE POLIMORFISMOS NOS GENES GSTM1 E GSTT1 COM A SUSCEPTIBILIDADE AO DIABETES MELLITUS TIPO 2
  • Orientador : FRANCE KEIKO NASCIMENTO YOSHIOKA
  • Data: 05/06/2017
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  • O Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença complexa caracterizada por hiperglicemia crônica associada às complicações metabólicas decorrentes da adoção de estilos de vida pouco saudáveis, sobretudo a obesidade. A base etiológica do DM2 é determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais. Dentre os fatores genéticos, vários polimorfismos em diversos genes são associados por aumentar o risco ou elevar a predisposição para o desenvolvimento do DM2. Nesse contexto, polimorfismos nos genes das Glutationas-s-transferases (GSTM1 e GSTT1), responsáveis pela codificação de enzimas envolvidas na proteção contra o estresse oxidativo, também podem contribuir na susceptibilidade ao DM2, visto que defeitos na defesa antioxidante desempenham um papel importante na etiologia e nas complicações diabéticas. Diversos estudos têm demonstrado uma associação entre os genótipos GSTM1 nulo e GSTT1 nulo com um aumento na susceptibilidade ao DM2. Assim, este estudo caso-controle visa associar os polimorfismos de deleção de GSTM1 e GSTT1 com a susceptibilidade ao DM2 na população de Parnaíba - PI. Um total de 380 portadores do DM2 e 282 indivíduos saudáveis foram incluídos neste estudo. Os polimorfismos de deleção GSTT1 e GSTM1 foram genotipados por PCR multiplex. Dos 662 indivíduos avaliados, 80,8% pertenceram ao gênero feminino, sendo 46,6% com idade média de 65 anos. Os resultados da distribuição dos genótipos entre os grupos mostraram que a frequência de GSTM1 nulo foi 30,96% nos grupos caso e 33,05% no grupo controle. Já a frequência de GSTT1 nulo foi de 19,85% nos casos e 20,76% nos controles. Não houve diferença significativa na distribuição dos genótipos entre os grupos, nem susceptibilidade associada aos polimorfismos de deleção GSTM1 nulo (X²= 0,29, p= 0,64; OR= 0,90; IC= 0,64-1,28; p=0,65) e GSTT1 nulo (X²= 0,077; p= 0,78; OR= 0,94; IC= 0,63-1,41; p=0,86) com o DM2. Os genótipos de risco combinados, (GSTM1 nulo/ GSTT1 nulo) foram pouco frequentes em ambas as populações (12,29% e 12,43%) e não foram associados com a susceptibilidade ao diabetes em relação aos dois genótipos presentes (OR = 0,96; IC = 058-1,60; p = 1,00). No entanto, a combinação dos genótipos (GSTM1 presente/ GSTT1 presente) foi predominante em ambos os grupos (58,09% e 61,65%), com maior proporção no grupo caso (p<0,004). Por meio da regressão logística, o genótipo GSTT1 nulo foi previsto significantemente pela idade avançada e pelo fumo (p= 0,05) e os indivíduos com DM2, portadores do genótipo GSTM1 nulo, apresentaram níveis mais elevados de glicemia em jejum (p= 0,002), enquanto os indivíduos com o genótipo GSTT1 nulo apresentaram maiores índices de glicemia em jejum (p< 0,001), hemoglobina glicada (p= 0,045) e HDL-colesterol (p= 0,038). Estes resultados sugerem que, embora os genótipos nulos de GSTM1 e GSTT1 não estejam associados com a chance de desenvolver DM2, podem produzir efeitos relevantes nos parâmetros clínicos contribuindo para a etiologia e complicações dessa patologia

  • KARLA PATRÍCIA UCHÔA DA SILVA
  • ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO DO POLIMORFISMO MMP-9 Q279R (rs17576) COM O CÂNCER DE PRÓSTATA E SUAS VARIÁVEIS CLÍNICAS E PATOLÓGICAS EM UMA POPULAÇÃO DO NORDESTE BRASILEIRO
  • Orientador : FABIO JOSE NASCIMENTO MOTTA
  • Data: 12/04/2017
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  • O câncer de próstata (CaP) é uma das neoplasias malignas mais comuns entre os homens com idade superior a 65 anos. Trata-se de uma patologia de etiologia bastante heterogênea e possui distribuição mundial. As metaloproteinases de matriz (MMPs) são enzimas proteolíticas dependentes de zinco que desempenham papéis essenciais em processos fisiológicos e patológicos no organismo, inclusive nas etapas de desenvolvimento e progressão do câncer. Nas regiões promotoras dos genes MMP, existem variações genéticas específicas que afetam a sua expressão, e estas têm sido associadas à suscetibilidade a diversas patologias, dentre elas o câncer. Este fato tem motivado a realização de diversos estudos de associação genética com vários tipos de câncer, incluindo o CaP. A variante polimórfica MMP-9 Q279R possui uma distribuição bastante heterogênea em diferentes populações mundiais e está associada com diversas patologias multifatoriais. O presente estudo caso-controle teve como objetivo estimar a prevalência do polimorfismo MMP-9 Q279R, bem como verificar sua associação com o CaP com suas características clínicas e patológicas em uma população do nordeste brasileiro. Foram incluídos no estudo 183 pacientes com CaP e 193 controles do estado do Piauí. Após a extração do DNA a partir das amostras provenientes dos casos e dos controles, o polimorfismo foi analisado por meio da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase seguida de digestão enzimática com endonucleases de restrição por meio da técnica Polimorfismo no Comprimento do Fragmento de Restrição (PCR–RFLP). Na análise estatística foram utilizados o teste qui-quadrado e o modelo de regressão logística binária ajustado por idade [odds ratio (OR), com intervalo de confiança de 95% (IC), e valor de significância (P<0,05)] para verificar a distribuição dos genótipos entre os casos e controles, e verificar a associação deste polimorfismo com as variáveis clínicas nos pacientes com CaP. A população estudada, casos e controles, está em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Houve maior frequência do genótipo AA (40,4%) e do alelo A (65,5%) entre os controles, e maior frequência de AG+GG (62,3%) e do alelo G (36,3%) entre os casos, entretanto sem associação estatisticamente significativa. Além disso, não houve evidências de associação significativa entre esta variante e os parâmetros clínicos e patológicos do CaP. Apesar deste estudo não ter mostrado associação entre o MMP9 Q279R e o CaP, acredita-se que este SNP seja um potencial marcador para prognóstico e que futuramente possa ser utilizado em possíveis estratégias de tratamento personalizado em CaP.

  • VALÉCIA NATÁLIA CARVALHO DA SILVA
  • IMAGINAR O ATO MOTOR RECRUTA MAIS O CÓRTEX PRÉ-FRONTAL DORSOLATERAL DO QUE A PRÓPRIA EXECUÇÃO DO MOVIMENTO.
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 03/04/2017
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  • A Imagética Motora consiste na habilidade de gerar processos cognitivos de percepção e ação na ausência do movimento, conceito este muito estudado no âmbito da reabilitação e desempenho motor. Muitos estudos reforçam a ativação de áreas corticais responsáveis pela memória de trabalho, planejamento e execução motora, mas há ainda muitas lacunas quanto à eficácia deste conceito frente a um ato motor.  Dessa forma, deste trabalho visou compreender o comportamento cortical e atividade espectral da banda beta durante a realização de tarefas relacionadas ou não ao ato motor. Para isso, Vinte homens hígidos, idade 20 ± 1,5 anos, destros segundo o questionário de Oldfield, capacidade de imagética visual 22 ± 4 e imagética cinestésica 20 ± 4,5 segundo o Revised Movement Imagery Questionnaire participaram de um estudo experimental com delineamento cross-over onde o participante poderia iniciar com um protocolo de tratamento cognitiva (Imagética Motora) relacionado ao Ato Motor, uma diagonal de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP). Um dia antes do experimento foi realizada uma familiarização das condições utilizadas no experimento e das escalas de Humor a serem aplicadas nos dois dias consecutivos. Os resultados mostraram diferença estatisticamente significante (p = 0,0001) entre os tratamentos de Imagética Motora e FNP nas derivações eletroencefalográficas do Córtex Pré-Frontal Dorsolateral Esquerdo e Direito (F3 e F4) e diferença estatisticamente signifitiva entre os momentos antes e depois do tratamento para o estado de fadiga e vigor do participante. Foi observado um recrutamento superior no tratamento de Imagética Motora do Córtex Pré-Frontal Dorsolateral do que no tratamento do Ato Motor (FNP). Dessa forma, a Imagética Motora é uma estratégia eficaz de tratamento, pois possui um potencial para a indução de neuroplastidade em uma área de integração sensório-motora permitindo melhora da cognição e do controle motor como também do desempenho motor.

  • JOSÉ LOPES PEREIRA JÚNIOR
  • Estudo dos efeitos do alfa-bisabol na mucosite intestinal experimental induzida por 5-fluorouracil em camundongos
  • Orientador : GILBERTO SANTOS CERQUEIRA
  • Data: 03/04/2017
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  • A mucosite intestinal é um dos efeitos colaterais mais debilitantes do tratamento com 5-Fluorouracil e está associada à dor, bacteremia e desnutrição. A destruição da mucosa intestinal leva à redução da absorção de nutrientes e maior vulnerabilidade à infecção. Na atualidade não há uma terapêutica eficiente para o tratamento dessa afecção.Sendo assim algumas estratégias terapêuticas vêm sendo testadas com o intuito de melhorar o quadro desses pacientes. Pesquisas apontam que o α-bisabolol, um álcool sesquiterpeno natural monocíclico encontrado nos óleos essenciais de camomila (Matricaria chamomilla), Vanillosmopsis erythropappa e outras plantas vem apresentando atividades antioxidantes, anti-inflamatórias, antinociceptivas e cicatrizante. Assim, o objetivo deste trabalho foi descrever os efeitos do α-bisabolol na mucosite intestinal experimental induzida por 5-FU. Para isso camundongos Swiss machos receberam 5-Fluorouracil (450 mg/Kg, i.p. dose única). Após a indução da mucosite os animais receberam α-bisabolol nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg, via nasogástrica e o grupo controle receberam DMSO 2% durante três dias. 4 horas após a última dia de tratamento realizou-se o sacrifício dos animais para retirada dos segmentos intestinais de jejuno e íleo para a análise dos seguintes parâmetros: alterações histológicas, morfometria, dosagem dos níveis de nitrito/nitrato, GSH, mieloperoxidase, imunohistoquímica e esvaziamento gástrico. Os resultados mostraram melhora na arquitetura intestinal com recuperação na altura das vilosidades e diminuição na profundidade das criptas em segmentos de jejuno e íleo, além da diminuição no infiltrado neutrofílico e aumento nos níveis de GSH. O α-bisabolol reverteu de forma significativa a mastocitose e leucopenia induzida por 5-FU, além de diminuir os níveis de nitrito. O α-bisabolol na dose de 100 mg/kg diminuiu o tempo de retenção gástrica. Em conclusão, os resultados mostram que a administração de α-bisabolol atenuou os danos inflamatórios através da diminuição de MPO e reduziu o estresse oxidativo, com aumento da GSH.

  • ANTONIO THOMAZ DE OLIVEIRA
  • Efeito do polimorfismo MAOA-VNTR sobre o erro e assimetria da banda alfa no córtex pré-frontal durante tarefa de estimativa de tempo.
  • Orientador : GIOVANNY REBOUCAS PINTO
  • Data: 31/03/2017
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  • A percepção temporal é uma habilidade inata de várias espécies de animais,
    sendo uma característica imprescindível para funções cognitivas básicas como a
    aprendizagem e tomada de decisão. Dentre os diferentes neurotransmissores que
    têm sido envolvidos com a modulação do relógio interno, a serotonina (5-HT) se
    destaca  em  variados  experimentos com seres humanos e animais. Entretanto,
    ainda não se sabe como polimorfismos genéticos associados com a regulação de
    5-HT podem contribuir para variações na  forma como processamos a dimensão
    temporal.  O presente trabalho,  com uma amostra de 97 indivíduos do sexo
    masculino, teve como finalidade investigar como o polimorfismo de repetição em
    tandem de número variável  (VNTR) na região promotora do gene MAOA pode
    contribuir para as diferenças  interindividuais no desempenho na tarefa de
    estimativa de tempo e na assimetria da banda alfa no córtex pré-frontal. Os
    indivíduos estimaram o tempo (1, 4, 7 e 9s) concomitante à  captação
    eletroencefalográfica.  Os  sujeitos  foram  genotipados por meio de  reação em
    cadeia da polimerase (PCR) e classificados de acordo com o número de
    repetições  como  portadores de alelos de alta (H-MAOA, n=59) ou baixa
    expressão (L-MAOA, n=38). Por meio de uma regressão logística, o genótipo foi
    previsto significantemente pelo  erro absoluto em 1s e  pela maior  atividade da
    banda alfa  à esquerda do córtex pré-frontal ventrolateral  (CPFVL)  em 7s
    (p<0,005). Os indivíduos L-MAOA tenderam a errar mais em 1s e a subestimar
    os intervalos temporais (1, 4, 7 e 9s). Todavia, não foi encontrado efeito principal
    do genótipo na  assimetria do córtex pré-frontal na análise de variância  de dois
    fatores. O córtex pré-frontal anterior, córtex pré-frontal dorsolateral e CPFVL
    apresentaram predominância de atividade no hemisfério direito, o que corrobora
    para a sabida importância do hemisfério direito para a percepção do tempo em
    estudos de lesão e de estimulação magnética  transcraniana.  O polimorfismo
    MAOA-VNTR mostra-se como um importante marcador para  a  resposta
    temporal, o que pode ser associado ao papel da  modulação da 5-HT  para
    impulsividade, atenção e memória de trabalho, que são  importantes aspectos do
    processamento temporal.

  • RAYNARA VERAS FARIAS
  • AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO ESTÁTICO APÓS INDUÇÃO DE FADIGA MUSCULAR EM MEMBROS INFERIORES
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 31/03/2017
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  • A fadiga musculoesquelética pode ser definida pela incapacidade na geração e manutenção do nível de força, interferindo negativamente na capacidade de sistema nervoso central de integrar as vias aferentes e eferentes, resultando em diminuição do controle postural. A avaliação deste impacto tem sido realizada por meio de diversas variáveis que tradicionalmente avaliam a magnitude do deslocamento do corpo, por meio de ferramentas de análise linear. Entretanto, torna-se cada vez mais relevante o estudo de mais características deste deslocamento, e assim são propostas análises que observem também a estrutura do deslocamento do corpo, por meio de variáveis de análise não-linear, como as entropias. Através destes descritores, serão possíveis novas abordagens de conhecimento sobre o controle postural e a adaptação do sistema neuromuscular para a manutenção do equilíbrio frente a situações adversas, como na presença de fadiga musculoesquelética. Portanto, objetivo do estudo foi analisar os efeitos da fadiga musculoesquelética induzida em membros inferiores sobre o equilíbrio estático de jovens saudáveis em termos de magnitude e estrutura de deslocamento do centro de pressão do corpo. Além disso, foram verificadas ainda as interferências de diferentes bases apoios posturais – apoio unipodal e bipodal, de estímulos visuais e do tempo de recuperação após a indução da fadiga musculoesquelética. A amostra foi composta por 39 voluntários de 18 a 25 anos do sexo masculino e que cumpriram os demais critérios de inclusão. Todas as etapas da pesquisa foram desenvolvidas no Laboratório de Estudos de Sinais Biológicos da Universidade Federal do Piauí – UFPI, Parnaíba, Piauí. O equilíbrio estático foi avaliado por meio de uma plataforma de força nos seguintes momentos: inicial, imediatamente após e aos 10 e 20 minutos após a interrupção do protocolo de indução à fadiga em MMII. O protocolo de indução à fadiga em MMII consistiu em um protocolo incremental por meio da configuração manual de 8 níveis de resistência ao exercício em um cicloergômetro (RT 220, Movement, SP-Brasil), em um velocidade de 60 rpm. Cada nível de resistência teve duração de 4 minutos. O teste foi interrompido pelos voluntários por meio do relato de fadiga subjetiva, mensurado através da escala de Borg e sendo definida como a incapacidade de manter o esforço proposto pela atividade. Os resultados deste estudo apontam que a fadiga musculoesquelética foi capaz de alterar parâmetros estabilométricos em variáveis lineares e não-lineares, observados por meio de maior oscilação do COP e consequentemente resultando em menor eficácia de ajustes posturais para a manutenção do equilíbrio estático, deixando os indivíduos expostos mais susceptíveis a redução do desempenho esportivo, lesões musculoesqueléticas e quedas. Além disso, resultados inconclusivos nos períodos pós-fadiga apontaram que o tempo de recuperação utilizado no estudo não foi suficiente para retorno das variáveis aos valores basais. 

  • MONARA KEDMA GOMES NUNES
  • Atividade diferencial de teta e alfa frontal durante atividades cognitivas relacionadas ou não com o ato motor
  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 31/03/2017
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  • Oscilações eletroencefalográficas nas bandas alfa e teta refletem desempenho cognitivo e memória em tarefas cognitivas. Entretanto, o comportamento diferencial do espectro dessas duas bandas em tarefas cognitivas relacionadas ou não ao ato motor ainda não está bem esclarecido. Isto motivou a realização deste trabalho que visa compreender o comportamento espectral da banda alfa e teta frontal durante a realização de tarefas cognitivas relacionadas ou não ao ato motor, bem como a percepção de esforço mental necessário para a realização das tarefas. Para isso, Vinte e dois homens hígidos, idade 20,7 ± 1,6 anos, destros segundo o questionário de Oldfield, capacidade de imagética visual 22 ± 4 e imagética cinestésica 20,3 ±4,6 segundo o Revised Movement Imagery Questionnaire participaram de um estudo experimental com delineamento cross-over onde o participante poderia iniciar com um protocolo de tarefa cognitiva relacionada ao ato motor (imagética motora) ou um protocolo de tarefa cognitiva não relacionada com o ato motor (Rapid Visual Information Processing). Um dia antes do experimento foi realizada uma familiarização das tarefas utilizadas no experimento e das escalas a serem aplicadas. Os resultados mostraram diferença estatisticamente significante entre a tarefa cognitiva relacionada ao ato motor versus tarefa cognitiva não relacionada ao ato motor em todas as derivações eletroencefalográficas correspondentes ao córtex frontal. Além disso, não foi observada diferença estatisticamente significante na percepção de esforço mental para a realização das duas tarefas cognitivas, apesar de ter sido observado uma diferença significante dos valores de fadiga e vigor entre os momentos antes e após as duas tarefas cognitivas. O estudo constatou uma dinâmica de neuromodulação cortical onde uma mesma área facilita e inibe estruturas a fim de atingir metas e objetivos onde a tarefa de Imagética Motora demanda mais dos recursos cognitivos da área pré-frontal que a tarefa de Rapid Visual Information Processing. Estas são informações valiosas sobre o desempenho cognitivo e suas correlações com a potência absoluta de alfa e teta bem como com a percepção de esforço mental para a execução de diferentes tarefas cognitivas.

  • SAMARA GÉSSICA GERMANO FACÓ
  • ESTUDO DO CONTROLE POSTURAL NA DESSENSIBILIZAÇÃO INDUZIDA POR CRIOTERAPIA NOS PÉS
  • Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
  • Data: 31/03/2017
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  • O controle postural emerge da integração sensório-motora, regulada por informações aferentes provenientes dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial, e que pode ser influenciada, ainda, por aspectos cognitivos, como atenção e motivação, com o objetivo de manter a estabilidade postural, evitando, assim, a ocorrência de quedas. Alterações nas aferências somatossensoriais tem demostrado efeito negativo sobre o controle postural. O objetivo da pesquisa foi avaliar as oscilações posturais, em equilíbrio estático, de indivíduos saudáveis submetidos à indução de alteração somatossensorial por crioterapia nos pés. Foram incluídos 36 adultos jovens saudáveis, com idade entre 19 e 25 anos e do sexo masculino. O experimento foi conduzido em duas etapas. Na primeira os participantes realizaram a avaliação do equilíbrio estático (antes da crioterapia), em quatro posturas (bipodal com olhos abertos, bipodal com olhos fechados, unipodal com olhos abertos e unipodal com olhos fechados). Na segunda etapa, foi realizada a dessensibilização dos pés por crioterapia durante 20 minutos e, em seguida, avaliada novamente a estabilometria em três momentos (imediatamente, com 10 e 20 minutos após a crioterapia). Foram realizadas análises da magnitude e estrutura dos deslocamentos do centro de pressão do corpo, por meio de dados adquiridos em plataforma de força. Os resultados encontrados demonstram alterações de índices posturais, após indução experimental de dessensibilização, nas posturas bipodal com olhos abertos e unipodal com olhos abertos e fechados. A redução de aferência somatossensorial originada dos mecanorreceptores dos pés demonstrou que corpo requer maior atenção para controle o equilíbrio, promovendo uma reorganização dos sistemas de controle postural, evitando possíveis quedas.

  • THIAGO NOBRE GOMES
  • PREVALÊNCIA E INFLUÊNCIA DOS POLIMORFISMOS -308 G/A (rs1800629) E -238 G/A (rs361525) DO GENE TNF-α EM PACIENTES COM DENGUE, EM UMA POPULAÇÃO DO NORDESTE DO BRASIL.
  • Orientador : ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
  • Data: 31/03/2017
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  • A dengue é uma arbovirose responsável por afetar milhões de pessoas em regiões tropicais e subtropicais no mundo, permanecendo como importante problema de saúde pública por suas crescentes taxas de incidência e morbimortalidade. Pesquisas têm demonstrado que os mecanismos de patogênese da doença são complexos, e que a interação entre fatores inerentes ao Dengue virus (DENV), ao ambiente e ao hospedeiro humano é determinante na susceptibilidade individual à dengue, bem como nas variações das suas manifestações clínicas e no risco de progressão para formas graves. Polimorfismos de nucleotídeo único (SNP’s) no gene TNF-α são exemplos de fatores genéticos do hospedeiro implicados na modulação da resposta imune no combate à infecção causada pelo DENV, bem como nas variações entre indivíduos na dinâmica da patogênese da dengue. Considerando a heterogeneidade de resultados dos estudos genômicos de associação em diferentes populações, a presente pesquisa objetivou investigar a prevalência dos SNP’s -308 G/A (rs1800629) e -238 G/A (rs361525) do gene TNF-α em pacientes sintomáticos e assintomáticos infectados pelo DENV, e em indivíduos controles oriundos da população da cidade de Parnaíba-PI. Avaliou-se ainda a influência destes polimorfismos no delineamento das manifestações clínicas dos pacientes com dengue, e seus possíveis papéis na proteção, susceptibilidade e/ou risco de progressão para formas graves da doença. Os SNP’s foram investigados por PCR em Tempo Real, com amostras de DNA de 158 pacientes do grupo de casos positivos (DEN), 123 indivíduos do grupo controle, e 83 indivíduos do grupo assintomático (ASS). As análises estatísticas incluíram o Teste de Qui-quadrado (x²) e o Teste Exato de Fisher para verificar o equilíbrio de Hardy-Weinberg na distribuição das frequências genotípicas e alélicas, Odds Ratio, e o Teste de Wilcoxon Pareado para comparar as distribuições das frequências das manifestações clínicas, sendo considerado p<0,05 como nível de significância. Nas análises das frequências alélicas em ambos os SNP’s, a presença do alelo A foi maior no grupo DEN quando comparado ao grupo controle, porém sem diferenças estatisticamente significativas, e quando tais frequências foram comparadas ao grupo ASS, a presença do alelo A foi maior no grupo DEN, porém sem diferenças estatisticamente significativas. Nas análises das frequências genotípicas isoladas em ambos os SNP’s, a presença do genótipo G/A + A/A foi maior no grupo DEN quando comparado ao grupo controle, porém sem diferenças estatisticamente significativas, e quando tais frequências foram comparadas ao grupo ASS, a presença destes genótipos foi maior no grupo DEN, porém sem diferenças estatisticamente significativas. Todas as frequências genotípicas se encontraram em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Nas comparações das frequências dos genótipos combinados G/A + G/G entre os grupos controle e DEN, ASS e DEN, e ASS e controle, não houve diferenças estatisticamente significativas. Na investigação da prevalência das manifestações clínicas nos indivíduos do grupo DEN, para ambos os SNP’s foi observada maior tendência de ocorrência em portadores do alelo A, porém sem diferença estatisticamente significativa. As frequências do alelo A de ambos os SNP’s deste estudo não diferiram significativamente das distribuições encontradas na maioria das populações do mundo. Em resumo, não foram identificadas associações significativas entre os SNP’s -308 G/A e -238 G/A do gene TNF-α e sua influência no delineamento das manifestações clínicas dos pacientes com dengue, bem como seus possíveis papéis na proteção, susceptibilidade e/ou risco de desenvolvimento de formas graves da doença na população norte-piauiense.

  • ELANNO PÁDUA ALBUQUERQUE DO NASCIMENTO
  • ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE BIOMEMBRANAS À BASE DE GALACTOMANANA DA FAVA DANTA INCORPORADAS COM CLOREXIDINA
  • Orientador : JOSE ROBERTO DE SOUZA DE ALMEIDA LEITE
  • Data: 24/03/2017
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  • A confecção e utilização de biomembranas biodegradáveis a partir de polissacarídeos com a incorporação de fármacos ou moléculas bioativas tem despertado o interesse da indústria para confecção de curativos usados em feridas e suturas. Essas substâncias incorporadas podem desempenhar diretamente um papel de limpeza de tecido necrótico, ou indiretamente como antimicrobiano na prevenção/tratamento de infecções, a fim de obter melhores resultados terapêuticos quando comparados a curativos tradicionais passivos, tais como os curativos de gaze e algodão. Neste estudo, apresenta-se o desenvolvimento de biomembranas a partir da galactomanana das sementes de Dimorphandra gardneriana por duas rotas (R1 e R2) de reticulação e incorporação de clorexidina. Caracterizações por FTIR demonstraram a presença de bandas entre 1560 e 1490 cm-1, características de grupos funcionais da clorexidina nos espectros das biomembranas pelas duas rotas. A caracterização por TGA/DTG não demonstrou diferença significativa entre as curvas termogravimétricas das biomembranas. Além disso, foi realizada microscopia por AFM, e os testes antibacterianos demonstraram atividade contra bactérias do gênero estafilococos e Escherichia coli.

  • NAYONARA LANARA SOUSA DUTRA BEZERRA
  • EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO DA FRAÇÃO POLISSACARÍDICA SULFATADA EXTRAÍDA DA ALGA MARINHA VERMELHA, Gracilaria Caudata DURANTE A COLITE EXPERIMENTAL INDUZIDA POR ÁCIDO ACÉTICO
  • Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
  • Data: 24/03/2017
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  • As algas marinhas são consideradas uma fonte de moléculas bioativas. Dentre essas moléculas estão os polissacarídeos sulfatados, amplamente utilizados na indústria farmacêutica e bastante estudados devido às suas propriedades bioquímicas específicas. O Polissacarídeo da alga Glacilaria Caudata possui alguns efeitos farmacológicos comprovados, dentre os quais se destaca sua ação anti-inflamatória. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a ação anti-inflamatória do polissacarídeo sulfatado da Glacilaria Caudata sobre os efeitos deletérios da colite induzida pelo ácido acético em camundongos. O polissacarídeo utilizado neste estudo foi caracterizado por Barros, et. al., 2013, usando técnicas de microanálise elementar, espectroscopia infravermelha, espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN). Para os estudos farmacológicos foram usados camungongos Swiss pesando entre 25-30 g, sendo divididos em grupos de 5-7 animais. Em seguida, a colite foi induzida nos animais usando o ácido acético a 6 % após 16 horas de jejum. Após a indução da colite os animais foram tratados com o PLS nas doses de (1, 3, 10 mg/kg, i.p.) e estabelecida a dose com a melhor resposta anti-inflamatória para ser utilizada nos experimentos subsequentes. Os tratamentos com o polissacarídeo sulfatado ou dexametasona (2 mg/kg, s.c.) foram feitos 17horas e 30 minutos após a indução da colite. Os animais foram eutanasiados após 18h da indução da colite, abertas suas cavidades abdominais e retirado uma porção de 5 cm do cólon de cada animal, então foram avaliados os parâmetros macroscópicos, peso úmido e depois disso, fragmentos da mesma peça foram processados, preparados em lâminas histológicas e corados com hematoxilina e eosina para avaliação de escores microscópicos da lesão. Em seguida o tecido foi dividido e estocado em amostras para se realizar posteriormente os seguintes ensaios: dosagens de mieloperoxidase (MPO), interleucina 1 beta, glutationa (GSH), ácido malondialdeido (MDA). Os dados paramétricos foram analisados pelo teste de Newman-Keuls e para a análise dos escores microscópicos foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis seguido pelo teste de Dunn. Com base nos resultados verificou-se que os animais tratados com este polissacarídeo na dose de 10 mg/kg demonstrou redução satisfatória da lesão intestinal, bem como uma diminuição do peso úmido quando comparado com o grupo do AA.  O polissacarídeo estudado, mostrou uma redução significativa dos testes bioquímicos avaliados, como os marcadores de migração de leucócitos (mieloperoxidase), citocina pró-inflamatória (IL-1β) e marcadores de estresse oxidativo in vivo (ácido malonildialdeído e glutationa). O polissacarídeo da alga marinha Glacilária caudata apresentou ação antinflamatória e reduziu o estresse oxidativo durante a colite induzida por AA em camundongos, podendo este representar uma alternativa terapêutica promissora para pacientes com colite ulcerativa.

  • ANTONIO DE PÁDUA ROCHA NÓBREGA NETO
  • EFEITOS DA BROMELAÍNA (derivada do Ananas comosus) EM PELE E MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO APÓS INJÚRIA EXPERIMENTAL NA PATA DE RATAS
  • Orientador : DANIEL FERNANDO PEREIRA VASCONCELOS
  • Data: 23/03/2017
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  • A bromelaína (derivada do Ananas comosus - abacaxi) da família das proteases, conjunto de enzimas proteolíticas encontradas nos vegetais da família das Bromeliaceae, é conhecida por uma variedade de efeitos farmacológicos, apresentando propriedades fibrinolíticas, antitrombóticas e anti-inflamatórias. No entanto, de acordo com o nosso conhecimento, não há estudos sobre os efeitos da bromelaína extraida do caule do Ananas comosus em pele e músculo estriado esquelético tibial anterior (TA) em modelo de injúria por incisão experimental e concomitante análise histomorfometrica do gastrocnêmio homolateral em ratas. Então, objetivou-se avaliar os efeitos da bromelaína extraída do caule do Ananas comosus em pele e músculo estriado esquelético após modelo de injúria por incisão experimental na pata de ratas. O estudo foi conduzido com ratas (Wistar) separadas em três grupos: controle (n = 06), incisão (n = 04) e bromelaína (n = 05). A bromelaína foi administrada uma vez/dia, via i.p na dose 15 mg/kg durante 07 dias consecutivos. O potencial anti-inflamatório foi testado com atividade de mieloperoxidase (MPO) e análise macroscópica e histopatológica da pele. O potencial antioxidante foi testado com níveis de glutationa (GHS) e malondialdeído (MDA). Foi analisado histomorfometricamente o gastrocnêmio usando Software ImageJ (Image Processing and Analysis in Java) para medição de área e diâmetro de fibras, contagem de células, núcleos e núcleos/células. No grupo incisão os animais tiveram aumento da atividade de MPO, níveis de GHS reduzidos e MDA aumentado (p≤ 0,05) em pele e músculo TA, além de aumento na área das fibras do gastrocnêmio (p≤ 0,05). Contudo, a bromelaína conseguiu reverter esses achados (p≤ 0,05) e favoreceu o processo de cicatrização na pele. Em conclusão, nossos dados indicam que a bromelaína extraída do caule do Ananas comosus reduziu atividade de MPO e estresse oxidativo nos tecidos incisados. Além disso, favoreceu o processo de cicatrização na pele e reverteu o aumento na área das fibras do gastrocnêmio. Recomenda-se mais estudos com tempo superior para determinar a contribuição em diâmetros, contagem de células, núcleos e núcleos/células. Nosso modelo experimental é promissor e pode funcionar como um modelo inovador de avaliação de danos e reparo no músculo estriado esquelético, além disso, trouxe dados inéditos da bromelaína revertendo atividade de MPO e níveis de GSH e MDA. 

2016
Descrição
  • JÉSSICA ALVES RIBEIRO
  • A EMTr DE BAIXA FREQUÊNCIA (1HZ) SOBRE O CÓRTEX PARIETAL SUPERIOR AFETA O CÓRTEX PRÉ-FRONTAL DORSOLATEL EM TAREFA DE MEMÓRIA DE TRABALHO ESPACIAL
  • Orientador : SILMAR SILVA TEIXEIRA
  • Data: 24/11/2016
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  • A memória de trabalho espacial é um mecanismo cognitivo que envolve tanto a atenção quanto a interpretação do intervalo de tempo. A relação entre a memória de trabalho espacial, atenção e intervalo de tempo, tem sido amplamente investigada com diferentes tarefas, tratamentos e ferramentas de análise. Em especial, a Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) de baixa frequência tem sido aplicada no córtex parietal posterior e indicado modificar a atividade cortical na área de aplicação e na memória de trabalho. No entanto, nenhum estudo analisou se a EMTr aplicada a 1Hz no córtex parietal superior produz modificações no córtex pré-frontal dorsolateral em tarefas de memória de trabalho espacial. O presente estudo analisou o desempenho dos participantes em uma tarefa de memória de trabalho com duas coordenadas espaciais X e Y, em quatro diferentes intervalos de tempo, antes e após a aplicação da EMTr, nas condições sham (controle) e 1Hz (experimental) no córtex parietal superior. O sinal eletrofisiológico foi captado durante a tarefa e a potência absoluta na banda teta foi posteriormente analisada. Os resultados demonstraram a aplicação da EMTr não influencia no erro da tarefa de memória de trabalho, mas o tempo do estímulo cognitivo influenciou no desempenho da tarefa. Neste caso, quanto menor o intervalo de tempo, maior era o erro apresentado pelo participante. Além disso, o córtex pré-frontal dorsolateral direito e esquerdo apresentaram modificações corticais referentes à memória de trabalho com maior atividade da potência absoluta da banda teta em todas as condições antes da tarefa. Assim, a aplicação da EMTr no córtex parietal superior altera a memória de trabalho por meio de inibição de circuitos neurais que associam-se principalmente ao domínio parieto-frontal direito no controle da percepção temporal e memória de trabalho.

  • VANESSA ELENIA DE BRITO MASULLO
  • O POTENCIAL DOS POLIMORFISMO DO PPARg2 PRO12ALA E C1431T NA SUSCEPTIBILIDADE AO CÂNCER DE PRÓSTATA.

  • Orientador : FRANCE KEIKO NASCIMENTO YOSHIOKA
  • Data: 07/07/2016
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  • O câncer de próstata (CP) é o mais frequente câncer, do tipo não pele. Foi estabelecido que o crescimento do CP está associado a via de sinalização do receptor de androgênio, conduzindo a uma doença, a priori, androgênio dependente. Apesar dos bons resultados da castração androgênica, a doença metastática progride como uma forma resistente à castração e terapia de ablação hormonal. O estudo de outros receptores que podem estar mediando o crescimento do CP metastático androgênio independente tornou-se imprescindível. Recentes investigações apontaram a participação do receptor do ativador do peroxissomo y2 (PPARy2), o qual tem sido correlacionado com a capacidade de proteção em indivíduos diabéticos em desenvolver o CP. Existem dois polimorfismos muito estudados no PPARy, o Pro12Ala e 1431C>T. O objetivo é analisar, em um estudo caso-controle, a associação entre os polimorfismos Pro12Ala e 1431C>T do gene PPARy, seus prováveis haplótipos, com a susceptibilidade ao CP em uma população do Nordeste brasileiro. Serão analisadas amostras de DNA de leucócitos de sangue periférico, perfazendo o total de 182 indivíduos diagnosticados com CP e 182 indivíduos saudáveis, sem indícios clínicos e laboratoriais de comprometimento prostático. Os pacientes com CP foram diagnosticados pelo Departamento de Patologia do Hospital São Marcos, Teresina (PI), e o pacientes saudáveis são oriundos do Programa de Estratégia de Saúde da Família de Parnaíba (PI). As frequências genotípicas e alélicas observadas nos pacientes com CP serão comparadas com os controles, usando o teste do X2-quadrado, e serão testadas quando ao seu equilíbrio pela lei de Hardy-Weinberg. As análises de correlação, Odds Ratio (OR) em um intervalo de confiança (IC) de 95% serão avaliados por um o modelo de Regressão Logística. As estatísticas de desequilíbrio de ligação, as frequências haplotípicas e a correção para múltiplos testes por 1.000 permutações aleatórias serão obtidas por meio do programa Haploview 4.2. Até o presente foram genotipadas 142 amostras de pacientes com CP e seu respectivo controle para o Pro12Ala. O estudo do equilíbrio de Hardy-Weinberg para essas amostras e uma análise prévia dos dados demográficos já foram realizados.

  • VALDENISE CARVALHO DE SOUZA
  • Análise da associação dos polimorfismos dos genes PPARγ Pro12Ala e MTHFR C677T com o diabetes mellitus tipo 2 em uma amostra de indivíduos do estado do Piauí.

  • Orientador : FRANCE KEIKO NASCIMENTO YOSHIOKA
  • Data: 06/07/2016
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  • O Diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) é caracterizado pela resistência à insulina, disfunção de células beta do pâncreas e gliconeogênese hepática reforçada. Nos últimos anos os cientistas têm se dedicado a encontrar os genes com suscetibilidade ao diabetes, e graças a esses esforços foi possível a identificação de vários genes candidatos ao DM2. Diversos estudos demonstram a associação entre o polimorfismo PPARy Pro12Ala e a resistência à insulina, e vários trabalhos apontam a associação do polimorfismoMTHFR C677T com elevação plasmática da homocisteína promovendo efeitos prejudiciais sobre linhagens de células secretoras de insulina, levando a diminuição de secreção de insulina e da capacidade de resposta a morte celular e complicações em portadores do DM2. O objetivo deste estudo foi determinar os perfis genotípicos dos polimorfismos PPARy Pro12Ala e MTHFR C677T em portadores de DM2 e controles. Foram estudadas amostras de DNA de leucócitos de sangue periférico de 300 indivíduos diagnosticados com DM2, atendidos nos Programas de Saúde da Família (PSF) de Parnaíba, Piauí e 300 indivíduos controle, pareados por sexo e idade. As amostras de sangue periférico foram submetidas à extração do DNA e para a análise do polimorfismo de interesse utilizou-se a técnica de reação em cadeia da polimerase, seguida por tratamento com endonucleases de restrição (PCR-RFLP). As frequências genotípicas de PPARy e MTHFR não diferiram significativamente entre os grupos portadores do DM2 e controle (PPARy p=0,271 eMTHFR p=0,161), bem como as frequências alélicas (p=0,221 e p=0,381, respectivamente). Em nenhum dos casos foi observada uma maior predisposição ao desenvolvimento do DM2 associado a qualquer dos genótipos, considerando p>0,05. Não foram evidenciadas diferenças significativas entre indivíduos com o alelo de tipo selvagem (Pro12/677C) e alelo mutante (Ala12/677T) em relação ao IMC, colesterol total, triglicerídeos, glicose plasmática em jejum, HDL, LDL, VLDL e HbA1c. Em suma, nossos dados indicam a observação prévia que os polimorfismos PPARγ Pro12Ala e MTHFR C677T podem desempenhar alguns papéis na patogênese e complicações de portadores de DM2 não são aplicáveis aos indivíduos desse estudo. Assim torna-se necessário estudos complementares com amostragem aumentada e combinados a múltiplas variantes gênicas afim de melhorar a determinação da suscetibilidade de polimorfismos com a suscetibilidade ao DM2.

  • DALVA MUNIZ PEREIRA
  • PERFIL DA DIETA PARA NEUTROPENIA NOS CENTROS DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO NO BRASIL.

  • Orientador : GUSTAVO PORTELA FERREIRA
  • Data: 27/06/2016
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  • Introdução: A dieta para neutropenia é caracterizada, principalmente, pela exclusão de frutas e vegetais crus, sendo uma intervenção utilizada com a justificativa de reduzir a ingestão de microrganismos capazes de causar complicações, elevando as taxas de morbidade e mortalidade em pacientes imunocomprometidos. Embora largamente difundida e utilizada, as recomendações disponíveis não são padronizadas, havendo grande inconsistência entre diferentes instituições, países e continentes. No Brasil, são escassos os dados sobre os tipos de alimentos ofertados nos diferentes centros, contribuindo para as variações entre as instituições. Objetivo: Avaliar as condutas do serviço de nutrição direcionadas aos pacientes neutropênicos atendidos nos estabelecimentos de saúde (ES) para tratamento oncológico no Brasil. Metodologia: A amostra foi composta por 30 ES que, através de um profissional graduado em Nutrição, responderam a um questionário semiestruturado, desenvolvido com 29 questões abertas, fechadas e de múltipla escolha relativas ao tipo de dieta prescrita; denominação utilizada; razões para uso, parâmetros para oferta; dentre outros. O último questionamento consistia em uma lista de alimentos a serem classificados como permitidos, restritos ou proibidos conforme grupos alimentares. Resultados: Não há um padrão de oferta dietética para pacientes imunocomprometidos, com variações desde a denominação (dieta neutropênica foi o termo citado por 56,6% ES), critérios para início e suspensão da dieta, até os alimentos que fazem parte da conduta nutricional. Foi observado que no grupo de leite e derivados, 56,6% dos ES liberam iogurte, 70% liberam queijo industrializado e 56,6% proíbem o consumo de leite fermentado. Referente ao grupo dos vegetais, 80% dos ES proíbem o consumo de salada crua. Em relação ao grupo das frutas, 83,4% ofertam frutas cozidas e/ou assadas. Em 13,3% dos ES, apenas as frutas in natura de casca grossa eram utilizadas para o preparo de suco natural. Conclusão: A edição atual do Consenso Brasileiro de Nutrição Oncológica foi lançada recentemente e, talvez, ainda não tenha sido implantada nas práticas de rotina. Também devemos considerar as diferenças regionais e as limitações financeiras de muitos ES, restringindo a variedade de alimentos ofertados, já que alguns podem não ser concedidos por não fazerem parte da rotina do Serviço de Nutrição. Os Estabelecimentos de Saúde devem elaborar ferramentas de segurança alimentar, incluindo um sistema de controle microbiológico periódico e o aconselhamento do paciente e cuidadores.

  • RAYSSA KAWASAKI BRAGA FREITAS
  • Prevalência e influência de polimorfismos nos genes JAK-1 e receptor de vitamina D na modulação dos sintomas clínicos da dengue em população do nordeste do Brasil.

  • Orientador : ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
  • Data: 24/06/2016
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  • A dengue é a infecção viral transmitida por artrópodes mais prevalente no mundo, endêmica em mais de 100 países da África, América, Leste do Mediterrâneo, Sudeste Asiático e Noroeste do Pacífico. A doença é causada pelo Dengue virus(DENV)pertencente à família Flaviviridae e é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O DENV possui 4 sorotipos que não apresentam proteção cruzada entre si. A dengue pode ser classificada de acordo com sua gravidade: dengue sem sinais de alarme (DSA), dengue com sinais de alarme (DCA) e dengue grave. Fatores virais, como carga viral inoculada, e fatores do hospedeiro, como idade e polimorfismos genéticos, estão intimamente ligados ao curso da doença. Polimorfismos genéticos influenciam a resposta imune do hospedeiro através da modulação da resposta imune inata, como a liberação de citocinas. Esta modulação pode influenciar a gravidade da doença. A família de proteína quinase JAK é uma importante proteína na via de ativação de IFNα, e modula a resposta desta citocina em diversas patologias, como em doenças neoplásicas e infecções virais. A vitamina D tem um importante papel sobre a capacidade de resposta imune, agindo na regulação de monócitos/macrófagos, estimulando resposta celular, suprimindo a produção de imunoglobulinas e proliferação linfocitária. Este presente estudo avaliou a prevalência dos polimorfismos rs11208534 A/G de JAK1 e rs7975232 A/C de Receptor de Vitamina D (VDR)em amostras de pacientes infectados por Dengue virus, e amostras controle de voluntários e analisou a relação entre o genótipo e a sintomatologia apresentada pelo paciente e a gravidade da infecção. Foram coletadas 87 amostras positivas, confirmadas através de analise molecular ou sorológica e 107 amostras controle de pacientes no município de Parnaíba-PI, que foramgenotipadas para ambos polimorfismos por técnica de PCR em tempo real. Foram comparadas frequências genotípicas dos polimorfismo estudados com controles populacionais não apresentando diferença nas frequências caso-controle no polimorfismo de JAK1 porém, as frequências genotípicas de VDR apresentaram diferenças estatísticas, sugerindo susceptibilidade aos portadores do alelo polimórfico C. No condizente aos sintomas, o polimorfismo em JAK evidenciou um número maior de pacientes portadores do alelo polimórfico G apresentando sintomas que em pacientes AA. No polimorfismo em VDR, a maioria dos sintoma estavam presente em pacientes homozigóticos AA. As análises não demonstraram significância estatística quando foram comparados os casos assintomáticos com controles populacionais positivos. As frequências alélicas presentes em outras populações mundiais evidenciaram semelhanças entre nossos resultados e frequências Africanas para ambos polimorfismos. Para os dados Europeus, os dados diferem dos nossos dependendo do polimorfismo estudado. Países da Ásia mostraram diferenças significativas entre a frequência naqueles países e na nossa população. Estas divergências de resultados podem estar relacionadas com a complexidade com que a infecção pelo Dengue virus é manifestada, onde a modulação dos sintomas está relacionada com vários fatores, incluindo fatores genéticos intrínsecos do hospedeiro.

  • SARAH IZABELLY ALVES LEMOS
  • Estudo de associação de polimorfismos dos genes GSTM1, GSTT1 e GSTP1 com suscetibilidade ao uso abusivo do álcool em uma população do nordeste brasileiro

  • Orientador : RENATA CANALLE
  • Data: 04/05/2016
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  • A dependência alcoólica (DA) é definida como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após frequente uso do álcool, culminando em forte desejo de consumo, dificuldade em controlar sua utilização, tolerância, entre outros. Fatores genéticos são responsáveis por uma proporção substancial da variação na dependência do álcool e em patologias associadas a seu consumo, onde, vários genes influenciam a iniciação ao uso e metabolismo, contribuindo assim para o aumento da suscetibilidade a propriedades tóxicas levando ao desenvolvimento de diversas doenças em órgãos específicos como fígado e pâncreas, câncer e dependência em alguns grupos e indivíduos vulneráveis. As Glutationas S-Transferases (GSTs) são um grupo de enzimas de fase II de metabolização que estão principalmente envolvidas na detoxificação de xenobióticos, entre eles o álcool. Polimorfismos em genes codificadores de enzimas GSTs, GSTT1*0GSTM1*0, e GSTP1 Ile105Val (rs 1695), estão associados com a diminuição ou perda de função enzimática, ocasionando a diminuição da capacidade de detoxificação, levando ao aumento da sensibilidade aos efeitos dessas genotoxinas. Essa sensibilidade é relacionada com a suscetibilidade à DA, pois leva a sintomas de aversão no indivíduo, inibindo a ingestão de álcool. Esse estudo buscou analisar a associação dos polimorfismos GSTT1*0, GSTM1*0 e GSTP1 Ile105Val (rs 1695), na suscetibilidade ao desenvolvimento de DA em uma população masculina do nordeste brasileiro, num estudo de caso-controle, onde se incluiu 138 alcoolistas e 145 controles. A detecção dos polimorfismos foi realizada pelas técnicas de PCR multiplex (GSTM1 e GSTT1) e PCR-RFLP (GSTP1), seguidas de eletroforese em gel de agarose. Após genotipadas, as frequências genotípicas e alélicas foram submetidas aos testes do qui-quadrado, exato de Fisher e Odds Ratio. A análise dos dados foi realizada no programa estatístico BioStat 5.0 (Instituto Mamirauá, Brasil) e IBM SPSS Statistics 20 (SPSS Inc, EUA), com significância estatística estabelecida em p<0,05. Na presente investigação houve uma associação positiva entre a baixa escolaridade e o uso nocivo de bebidas alcoólicas, visto que em nossa população há uma prevalência de bebedores com menor grau de instrução quando comparado com controles (p=0,05). Nossos achados evidenciaram que indivíduos com histórico familiar de uso abusivo do álcool apresentaram maior frequência no grupo de alcoolistas em relação ao controle com p<0,0001, sugerindo que exista uma transmissão herdável de transtornos de abuso de álcool em nossos indivíduos bebedores. Observou-se que o genótipo GSTM1*0 estava presente em 32,61% dos alcoolistas e em 40% dos controles, p=0,24. As frequências de GSTT1*0 para alcoolistas e controles foram de 31,88% e 40,69%, respectivamente (p=0,15). Verificou-se o genótipo GSTP1 Val/Val em 11,72% dos alcoolistas e em 15,22% dos controles (p=0,48), e a frequência do alelo Val esteve presente em 38,41% dos alcoolistas e 35,71% dos controles, p=0,47. Não houve significância estatística em nenhuma das associações dos polimorfismos isoladamente com DA. As frequências da combinação dos genótipos nulos GSTM1-/GSTT1- foram de 13,04% nos alcoolistas e 20% nos controles, revelando uma tendência à significância estatística, com p=0,09 e OR=0,52, ou seja, essa combinação pode conferir uma proteção contra a dependência ao álcool nestes indivíduos. Na análise do polimorfismo GSTT1*0 entre alcoolistas fumantes (31,65%) e controles fumantes (55,56%) houve significância estatística quando comparado os dois grupos (p=0,02), evidenciando que a presença do polimorfismo GSTT1*0 confere proteção ao desenvolvimento do uso abusivo do álcool em fumantes. A ausência de associação de risco ou proteção a DA dos polimorfismos isolados neste trabalho, não exclui totalmente a possibilidade de associação destes genes no desenvolvimento de dependência ao álcool. No entanto, se faz necessário um acréscimo no tamanho amostral, para alargar o poder de verificação estatística, e estudos envolvendo genes de outras famílias de GSTs devem ser realizados, com o intuito de se obter resultados mais satisfatórios no estudo de associação destes genes do biometabolismo com o desenvolvimento de dependência ao álcool.

     

  • KARLIANE DE ARAÚJO LIMA UCHÔA
  • VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM PARNAÍBA – PI, 2010 A 2014: ANÁLISE DE INDICADORES

  • Orientador : KARINA OLIVEIRA DRUMOND
  • Data: 29/03/2016
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  • O presente estudo teve como objetivo analisar a vigilância epidemiológica da Leishmaniose Visceral (LV) em Parnaíba-PI durante o período de 2010 a 2014, por meio da construção e análise de indicadores. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Sistema de Informação sobre Mortalidade, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, da planilha do resultado do inquérito canino do Centro de Controle de Zoonoses e de dois questionários semiestruturados. Foram incluídos 45 casos novos de Leishmaniose Visceral Humana (LVH) autóctone, residentes em Parnaíba (dados secundários) e 28 pacientes (dados primários). Como também 2.787 casos de Leishmaniose Visceral Canina (LVH). Parnaíba apresentou uma média de nove casos de LVH nos últimos cinco anos, o que classifica esse município como área de transmissão intensa (média de casos > 4,4) para a doença.  Ocorreu registro de LVH em todos os meses do ano, com maior número de notificações nos meses de junho 17,8% (n= 8) e outubro 17,8% (n=8). Foram identificados 56% (n=20) dos bairros como áreas de transmissão, sendo os bairros Piauí e Planalto com maior concentração dos casos, 42% (n=19). O estudo mostrou uma proporção de 22% (n=5) dos pacientes do sexo masculino na faixa etária entre 10 a 49 anos com dependência química, despertando a necessidade de fortalecimento da vigilância da coinfecção HIV/LV, pois 48,9% (n=22) dos casos tiveram sua situação ignorada para a coinfecção HIV/LV. A soroprevalência canina foi de 16% (n= 437), com variação entre 8% a 42% durante o período analisado, com franca expansão a partir de 2013 e mostrou uma razão de 1:10 de casos humanos em relação a casos caninos, respectivamente. Existiu uma lacuna em relação aos indicadores entomológicos. A pesquisa identificou uma forte relação da incidência da LV com a expansão urbana, criação de cães e os cenários produtores de matéria orgânica, sendo que a presença de galinheiro apresentou maior percentual quando comparado com os demais cenários analisados (57%). Além disso, mostrou de forma inédita a magnitude e transcendência da LV em Parnaíba. Portanto os resultados alcançados neste estudo oferecem subsídios para planejamento estratégico no controle da LV, propondo focalizar as intervenções nas áreas estratificadas, como nos cenários produtores de matéria orgânica, os quais podem ser mantenedores ativos do vetor, Lutzomya longipalpis, além de priorizar a realização do estudo entomológico, podendo dessa forma incrementar a efetividade das medidas de controle e com isso reduzir a incidência de casos de LV em humanos e caninos a longo prazo.

  • VANIA CRISTINA COSTA DE VASCONCELOS LIMA CARVALHO
  • ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS CCR2-Val64Ile E CCR5-Δ32 COM A SUSCEPTIBILIDADE E A AGRESSIVIDADE DO CÂNCER DE PRÓSTATA NA POPULAÇÃO DO PIAUÍ – BRASIL

  • Orientador : GIOVANNY REBOUCAS PINTO
  • Data: 11/03/2016
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  • O câncer de próstata (CaP), tem sido alvo de estudos com o objetivo de melhor entendimento das vias moleculares e fatores genéticos que influenciam a susceptibilidade, evolução e desfecho. O aumento da expectativa de vida da população, bem como as patologias que acometem a faixa etária de idosos tornaram-se tema de interesse mundial. Os homens representam uma parcela da população vulnerável do ponto de vista de intervenção em saúde, uma vez que apresentam mortalidade seis anos mais precoce que as mulheres. Entre as causas de morbidade e mortalidade neste grupo, o CaP figura como importante problema de saúde pública. Neste contexto, sobressaem-se as quimiocinas, que foram descritas como participantes no tráfico de células inflamatórias, sendo implicadas também no desenvolvimento do câncer e outras doenças de fundo inflamatório. Nas últimas décadas, as quimiocinas, e seu papel na evolução do câncer tem sido intensamente investigados. Entre estes, encontram-se os receptores CCR2 e CCR5, implicados, inicialmente no tráfico de células inflamatórias e atualmente no desenvolvimento do câncer de várias origens. Nosso estudo busca verificar associação entre o câncer de próstata e a presença dos polimorfimos genéticos CCR2-Val64Ile e CCR5-Δ32 em uma população no Estado do Piauí-Brasil, avaliando a associação com a susceptibilidade ao mesmo, PSA ao diagnóstico, estadiamento tumoral, escore de Gleason e agressividade. Também foi testada a presença de desequilíbrio de ligação entre os genes. O desenho do estudo constituiu-se de caso-controle, dispondo-se de uma amostra de 185 casos de câncer de próstata e 185 controles. Os 185 indivíduos do grupo caso tiveram suas amostras de tumor (após prostatectomia ou biópsia) ou sangue periférico genotipados para verificar a ocorrência ou não dos polimorfismos de interesse. Os 185 indivíduos do grupo controle tiveram amostras de sangue periférico genotipadas quanto aos polimorfismos em estudo. Os casos e os controles foram comparados em relação à presença do polimorfismo. Os dados foram submetidos a avaliação estatística, utilizando-se qui-quadrado. Observamos desequilíbrio de ligação moderado entre os genes avaliados. Não se observou associação entre a ocorrência de câncer de próstata e a presença dos polimorfismos CCR2-Val64Ile e CCR5-Δ32. Não foram observadas associações da presença dos polimorfismos com susceptibilidade ao CaP nem com agressividade

  • IARA ALDA DE FONTES GÓIS
  • PREVALÊNCIA E INFLUÊNCIA DOS POLIMORFISMOS NOS GENES DC-SIGN (CD209), TNF- α E FCγRIIa (CD32) NA MODULAÇÃO DOS SINTOMAS CLÍNICOS DA DENGUE EM POPULAÇÃO DO NORDESTE DO BRASIL

  • Orientador : ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
  • Data: 11/03/2016
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  • A dengue é uma doença antiga, grave e que nas últimas décadas tem se tornado um grande problema de saúde pública mundial. O Brasil possui um padrão endêmico da patologia, onde todos os anos são registrados inúmeros casos em todas as regiões do país, inclusive casos graves e óbitos. Atualmente a doença é classificada em dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave, o que permite seu rápido reconhecimento e o seu correto manejo clínico. A dengue possui uma heterogeneidade nas suas manifestações clínicas, consequência da sua complexa patogênese, onde fatores do vírus e fatores genéticos do hospedeiro podem influenciar no resultado final do seu fenótipo. Dentre os fatores genéticos do vírus, pode-se destacar o sorotipo e o genótipo do DENV, a carga viral e os fatores de virulência das cepas.  Vários polimorfismos em diversos genes humanos relacionados com a entrada do vírus nas células hospedeiras e envolvidos na resposta imune contra o patógeno têm sido descritos como fatores determinantes na modulação dos sintomas da dengue. Dentre estes, estão o FcγRIIa, VDR, DC-SIGN, IL-4, IL-6, TNF-α, INF-γ, dentre outros. O presente estudo é do tipo caso-controle, que tem como propósito avaliar a prevalência dos polimorfismos -238 G/A (rs361525) do TNF-α, -336 A/G (rs4804803) do DC-SIGN e - 131 H/R do FcγRIIa em pacientes diagnosticados com dengue na cidade litorânea de Parnaíba do estado do Piauí, no período de maio 2014 a dezembro de 2015 e verificar se há um possível papel de proteção e/ou predisposição destes quanto ao desenvolvimento da dengue e da dengue grave. Foram analisadas 87 amostras confirmadas, sendo 71 de indivíduos com FD e 16 com FHD e 115 amostras de pacientes controles e 56 de indivíduos assintomáticos, onde foram realizadas a genotipagem. As análises estatísticas incluíram o teste de Qui-quadrado, frequência genotípica e alélica, Odds Ratio e teste de Wilcoxon, além de verificar se os grupos estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Os resultados mostraram que o alelo A do polimorfismo rs36152 tem um papel protetor quanto ao desenvolvimento do conjunto dos sintomas da dengue, não protegendo, entretanto, quanto ao desenvolvimento dos sintomas graves. Não foi encontrada associação do polimorfismo do alelo G do polimorfismo rs4804803 e do rs1801274 no desenvolvimento dos sintomas. Novas pesquisas sobre os papéis de SNPs trará uma melhor previsão e compreensão do processo da patogênese do DENV, gerando melhores perspectivas quanto ao diagnóstico, tratamento e prognóstico desta patologia de grande preocupação mundial.

  • DALVA MUNIZ PEREIRA
  • PERFIL DA DIETA PARA NEUTROPENIA NOS CENTROS DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO NO BRASIL

  • Orientador : GUSTAVO PORTELA FERREIRA
  • Data: 08/03/2016
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  • A dieta para neutropenia é caracterizada, principalmente, pela exclusão de frutas e vegetais crus, sendo uma intervenção utilizada com a justificativa de reduzir a ingestão de microrganismos potencialmente patogênicos capazes de causar complicações, elevando as taxas de morbidade e mortalidade nesta população. Restrições alimentares são colocadas como medida de segurança em indivíduos com a imunidade comprometida. Terapias antineoplásicas, aumentam o risco de infecções no paciente oncológico. No Brasil, são escassos os dados sobre os tipos de alimentos ofertados nos diferentes centros, contribuindo para as variações entre as instituições. Portanto, investigar o padrão desse tipo de dieta torna-se indispensável para planejar uma intervenção nutricional que beneficie os pacientes. O estudo teve por objetivo caracterizar o tipo de dieta oferecida aos pacientes imunocomprometidos nos Estabelecimentos de Saúde para tratamento oncológico no Brasil. O instrumento de coleta de dados foi um questionário semiestruturado, desenvolvido com 29 questões abertas, fechadas e de múltipla escolha. Dentre os assuntos abordados estão questões relativas ao tipo de dieta prescrita; denominação utilizada; razões para uso, parâmetros para oferta; frequência de treinamento dos manipuladores de alimentos. A última questão consiste em uma lista de alimentos a serem classificados como permitidos, restritos ou proibidos de acordo com os grupos alimentares. O questionário foi respondido por um profissional graduado em Nutrição, que trabalha no setor/área de Oncologia. A maior parte dos centros recomendam restrições alimentares para pacientes oncológicos com a justificativa de garantir a segurança do alimento, embora 83,4% do ES não realizem análise microbiológica das preparações oferecidas. Não há um padrão de oferta dietética para estes pacientes, com variações desde a denominação (dieta neutropênica foi o termo citado por 56,6% dos centros), critérios para início e suspensão da dieta (contagem total de neutrófilos foi o principal parâmetro utilizado), até os alimentos que fazem parte da conduta nutricional.

  • DIÊGO PASSOS ARAGÃO
  • ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA E ANTINOCICEPTIVA DE FRAÇÕES PROTEICAS DE SEMENTES DE Crotalaria retusa

     

  • Orientador : JEFFERSON SOARES DE OLIVEIRA
  • Data: 29/02/2016
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  • As plantas são fontes importantes de compostos com ações farmacológicas. Estudos relatam que proteínas advindas de sementes podem ter ações terapêuticas relevantes como, antifúngica, antimicrobiana, anti-inflamatória, antinociceptiva e anticancerígena. Diante deste potencial, o presente estudo teve como objetivo avaliar as atividades anti-inflamatória e antinociceptiva de frações proteicas obtidas a partir de sementes de Crotalaria retusa. As sementes de C. retusa foram coletadas na cidade de Parnaíba-PI e trituradas para formação de uma farinha de fina granulação, ao qual foi submetida a fracionamento segundo o método de Osborne. Eletroforese SDS-PAGE foi realizada para caracterização do perfil proteico das frações Albumina (Alb) e Globulina (Glb). Foi utilizada cromatografia por afinidade em coluna de guar gum na tentativa de purificação de lectina presente nas frações. A atividade anti-inflamatória das frações foram avaliadas pelos métodos de edema de pata (induzido por carragenina e dextrana), quantificação da atividade da enzima mieloperoxidase (MPO) e peritonite induzida por carragenina. A atividade antinociceptiva foi avaliada por testes de estímulo químico (contorções abdominais induzidas por ácido acético e formalina). Em paralelo, foi conduzido o teste de hemaglutinação para investigação da presença de lectinas. Camundongos Swiss (Mus musculus) pesando entre 25 – 28g (n = 6) foram utilizados na realização de todos os ensaios. Estes seguiram as diretrizes do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal e os resultados expressos como média ± erro padrão (ANOVA - Newman-Kleus; p < 0,05). A análise do perfil eletroforético mostrou que as frações Alb e Glb possuem pelos menos quatro subunidades com peso molecular entre 21.1 a 64.0 Kda. Os resultados mostram que as frações Alb e Glb (5, 10 e 20mg/kg) administradas por via intraperitoneal (i.p.) foram capazes de reduzir a formação do edema de pata induzido por carragenina a partir da 2ª h do ensaio, sendo a dose de 20mg/kg de ambas com o melhor percentual de redução do edema a partir da 3ª e 4ª h, indicando que elas possam atuar inibindo a migração leucocitária. Fato este corroborado e reforçado com os dados da quantificação da enzima MPO e peritonite. A dose de 20mg/kg (Alb e Glb) reduziu significativamente a quantificação da atividade da MPO no foco inflamatório, bem como, a contagem total e diferencial de leucócitos, principalmente neutrófilos. Os resultados dos ensaios de contorções abdominais induzidas por ácido acético e formalina, mostram que as frações também apresentaram atividade antinociceptiva. A fração Glb (20mg/kg) exibiu atividade antinociceptiva em reduzir a frequência de contorções induzidas por ácido acético (0,6%) em 83,46% em comparação ao grupo controle. No ensaio de formalina, ambas as frações foram capazes de reduzir o tempo que os camundongos permaneceram lambendo/mordendo suas patas, sugerindo que sua ação não esteja associada com mecanismos centrais. Além disso, as frações mostraram atividade hemaglutinante contra todos os eritrócitos do sistema ABO, sugerindo a presença de lectinas nas frações. A presença de lectina pode estar associada com a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva das frações Alb e Glb extraídas de sementes de Crotalaria retusa. Através da análise do perfil cromatográfico revela a presença de picos em ambas as frações, sugerindo a presença de lectinas, uma vez que, elas possuem afinidade por carboidratos.

  • LUAN KELVES MIRANDA DE SOUZA
  • EFEITO GASTROPROTETOR DO ACETURATO DE DIMINAZENO, UM ATIVADOR DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIONTENSIONA II, EM ROEDORES: PAPEL DA VIA ANG (1-7) / RECEPTOR MAS

  • Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
  • Data: 17/02/2016
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  • A via da Enzima Conversora de Angiotensina II (ECA II) foi relacionada recentemente a vários efeitos benéficos no organismo, dentre eles a gastroproteção. A ECA II é responsável por converter a Angiotensina II em um peptídeo ativo denominado Angiotensina 1-7 (Ang (1-7)) que por sua vez se liga a um receptor acoplado a proteína G, o receptor MAS. Estudos atuais demonstram que o Aceturato de Diminazeno (DIME), um tripanossomicida utilizado em animais, foi descrito como um agente ativador de ECA II. Dessa forma, o referido trabalho objetivou avaliar o efeito gastroprotetor do DIME, pela via Ang (1-7)/Receptor MAS, em lesões gástricas induzidas por etanol e ácido acético em roedores. Para avaliar o efeito gastroprotetor do DIME na lesão aguda por etanol, os animais foram pré-tratados por gavagem e divididos nos seguintes grupos: grupo controle, pré-tratado somente com salina; DIME nas doses de 0,7 mg/Kg, 2 mg/Kg, 7 mg/Kg (melhor dose) e 20 mg/kg; ou omeprazol (10mg/kg). Após uma hora foi administrado etanol 50% (0,5ml/25g), e ao término dessa hora os animais foram eutanasiados e o estômago retirado e imediatamente aberto ao longo da curvatura maior para análise. Foram retiradas amostras de tecido para a análise histológica, a dosagem de glutationa reduzida (GSH) e malondialdeído (MDA). Para a análise cicatrizante do DIME na lesão crônica induzida por ácido acético os animais foram anestesiados com Xilazina (5mg/kg) e Cetamina (60mg/kg) e em seguida foi realizada a laparotomia, o estômago foi exposto e o ácido acético 40% (100µL/1min) foi administrado na parte serosa do estômago. Os animais foram tratados a partir do 2º dia até o 7º dia após a lesão. Os grupos foram tratados com: salina; DIME (7mg/kg); A-779 (5mg/Kg, antagonista seletivo do receptor MAS); A-779 + DIME; ou omeprazol (10mg/kg). O grupo controle não recebeu a administração de ácido acético e foi tratado somente com salina. Ao término do sétimo dia, os animais foram eutanasiados, o estômago retirado e imediatamente aberto para a realização das análises. Foram retirados tecidos para a análise histológica, atividade de mieloperoxidase (MPO), teste de colágeno, imunohistoquímica e citocinas (TNFα, IL-6 e IL-10). Além disso, foram realizados experimentos sobre a fisiologia gástrica como muco e secreção gástrica. Assim como foi avaliado os níveis do peptídeo Ang(1-7) em ambos os modelos de lesão gástrica. Os resultados obtidos indicam que o DIME possui atividade gastroprotetora em modelo agudo e crônico, com capacidade de promover melhora do processo de re-epitelização e cicatrização da mucosa gástrica. Sugere-se que esta ação envolve em parte, o restabelecimento dos mecanismos antioxidantes com elevação dos níveis de GSH e diminuição dos níveis gástricos de MDA, diminuição da à atividade de MPO na área da lesão, elevação do muco aderido à mucosa gástrica, diminuição dos níveis de secreção gástrica, além do reestabelecimento da camada de colágeno do Tipo I no grupo tratado com DIME. Os níveis de Ang (1-7) se elevaram em ambos os modelos de lesão gástrica. Esses efeitos gastroprotetores foram abolidos quando administrado o antagonista seletivo para o receptor MAS (A-779). Com isso, conclui-se que, o DIME preveniu e promoveu cicatrização em modelos de lesões gástricas, e que sua proteção se dá, dentre outros fatores, pela elevação dos níveis de Ang (1-7) se ligando a receptores do tipo MAS. Portanto, o DIME pode, futuramente, se tornar uma nova alternativa farmacológica no tratamento de úlceras gástricas.


  • HERCYLIANNA PAMPLONNA HELYSAROMMA ROSSA MONTURIL
  • POLISSACARÍDEO SULFATADO EXTRAÍDO DA ALGA MARINHA VERMELHA Digenea simplex DIMINUI OS PARÂMETROS INFLAMATÓRIOS E O ESTRESSE OXIDATIVO DURANTE A COLITE INDUZIDA POR TNBS EM RATOS

  • Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
  • Data: 04/02/2016
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  • A doença inflamatória intestinal é caracterizada como uma inflamação crônica da mucosa intestinal, como exemplo, pode-se incluir a Doença de Crohn, a qual possui etiologia idiopática e mecanismos ainda incertos. Há relatos do uso de polissacarídeos de algas marinhas como antiinflamatórios e gastroprotetores. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a diminuição da resposta inflamatória no curso do desenvolvimento da colite experimental induzida por TNBS em ratos. Para tanto, avaliou-se como parâmetros inflamatórios os escores macroscópicos e microscópicos, o peso úmido, atividade da enzima mieloperoxidase (MPO), malondialdeído (MDA), glutationa (GSH), nitrato e nitrito e as citocinas TNF-α e IL-1β. Utilizaram-se fêmeas de ratos wistar, distribuídas em quatro grupos (SAL, TNBS, PLS e DEXA) com seis animais em cada, submetidos a indução de colite por TNBS diluído em etanol a 50%. O controle do modelo foi o grupo Salina (SAL). Os animais com colite foram tratados com o polissacarídeo da alga Digenea simplex (PLS) e Dexametasona (DEXA) 1mg/Kg. Após três dias, foi coletado segmento de cólon para análises macroscópicas e microscópicas, peso úmido, dosagem da atividade de mieloperoxidase, malondialdeído, glutationa, nitrato e nitrito e das citocinas TNF-α e IL-1β. Os dados paramétricos foram analisados por do teste de Newman-Keuls e para a análise dos escores microscópicos foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis seguido pelo teste de Dunn. Verificou-se que houve aumento do escore macroscópico e peso úmido no grupo TNBS e redução desse evento no grupo PLS. O grupo TNBS apresentou aumento na atividade de MPO no cólon em relação aos demais grupos. O grupo TNBS apresentou aumento na pontuação dos escores microscópicos em relação aos grupos tratados. O grupo PLS apresentou diminuição na concentração de malondialdeído no cólon em relação ao grupo TNBS. Em se tratando da glutationa, percebeu-se que ocorreu um aumento significativo no grupo PLS quando comparado com o grupo TNBS. O grupo TNBS apresentou aumento na concentração das citocinas (TNF-α, IL-1β) quando comparado aos grupos tratados. O grupo PLS apresentou redução na concentração de nitrato e nitrito em relação ao grupo TNBS. Concluiu-se que o polissacarídeo da alga marinha Digenea simplex apresentou ação antinflamatória e reduziu o estresse oxidativo durante a colite induzida por TNBS em ratos.       

  • LYSNARA RODRIGUES BARROS LIAL
  • FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA AUMENTA A POTÊNCIA ABSOLUTA DA BANDA ALFA NO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL DORSOLATERAL E CÓRTEX PARIETAL SUPERIOR

  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 07/01/2016
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  • A prática clínica dos fisioterapeutas tem como recurso a Facilitação Neuromuscular Propriceptiva, que é um conceito de tratamento que acelera a resposta do mecanismo neuromuscular por meio de movimentos em espiral e diagonal. As adaptações que ocorrem no sistema nervoso pela realização deste conceito ainda são pouco descritas na literatura. Desta forma, o objetivo deste estudo foi investigar as mudanças eletrofisiológicas no circuito frontoparietal por meio de diagonais da Facilitação Neuromuscular Propriceptiva e do movimento no plano sagital. O estudo contou com 30 participantes do sexo feminino, que foram divididas em 3 grupos (grupo controle, grupo FNP e grupo flexão). Foram realizadas medidas eletroencefalográficas antes e depois da tarefa para cada grupo. Para a análise estatística da potência absoluta da banda alfa foi realizada uma two-way ANOVA para os fatores grupo e momento. As interações entre dois fatores foram investigadas utilizando uma one-way ANOVA. Um p<0,004 foi considerado como nível de significância. Os resultados mostraram que houve um aumento da potência absoluta da banda alfa para o grupo FNP no córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo e córtex parietal superior esquerdo, de forma que, estas áreas atuam em conjunto para o planejamento da realização de uma ação motora. Portanto, devido o grupo FNP ter apresentado maior potência absoluta da banda alfa em relação aos demais grupos, este resultado mostra maior demanda das oscilações da banda alfa para o planejamento e atenção, reforçando a sua utilização para a reabilitação dos indivíduos. 

2015
Descrição
  • RAYELE PRICILA MOREIRA DOS SANTOS
  • Diagonal de membro superior aumenta mais a potência absoluta da banda beta do que o movimento de flexão no plano sagital

  • Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
  • Data: 11/12/2015
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  • A reabilitação dos indivíduos com algum déficit funcional é baseada em exercícios que envolvem diversas articulações e grupos musculares. Nesse contexto está inserido a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP), conceito de tratamento apresentado como mais funcional porque envolve movimentos em diagonal, simulando assim, muitas atividades de vida diária. Frente a isso, o objetivo do estudo foi investigar quais as diferenças nas repercussões eletrofisiológicas do FNP e do movimento de flexão do ombro realizado sem o componente diagonal, sobre a dinâmica eletrofisiológica cortical, avaliada por meio da potência absoluta da banda beta. A amostra contou com 30 voluntárias, randomizadas em 3 grupos (controle, FNP livre e Flexão livre). O
    sinal eletroencefalográfico foi captado antes e depois das tarefas. Os resultados mostraram que o FNP produziu aumento da potência absoluta da banda beta no córtex parietal, região cortical cujas funções relacionam-se à integração de informações visuais e motoras. Isso também foi encontrado no córtex pré-frontal dorsolateral e córtex motor primário, gerando maior recrutamento do circuito frontoparietal para a execução das manobras. Tal resultado, mostra que o FNP tem maior efeito não somente sobre a atividade muscular periférica, mas também
    em nível cortical, justificando ainda mais sua utilização na prática clínica.

  • MOARA E SILVA CONCEIÇÃO PINTO
  • EFEITOS DOS POLISSACARÍDEOS SULFATADOS DA ALGA MARINHA Gracilaria caudata EM RATOS NO MODELO DE PERIODONTITE INDUZIDA POR LIGADURA

  • Orientador : DANIEL FERNANDO PEREIRA VASCONCELOS
  • Data: 12/11/2015
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  • A Doença Periodontal (DP) afeta milhões de pessoas no mundo, caracterizando-se pela destruição dos tecidos periodontais como ligamento periodontal, cemento e osso alveolar, envolvendo mecanismos imuno-inflamatórios. O presente estudo objetivou, de maneira inédita, investigar os efeitos dos Polissacarídeos Sulfatados (PS) da alga marinha Gracilaria caudata, utilizando o modelo de periodontite induzida por ligadura em ratos.  Foram utilizados cinco grupos experimentais com sete animais cada um: um Controle Saudável que não foi induzida a periodontite (CS), um Controle Periodontite sem tratamento (CP – solução salina mg/kg) e três grupos tratamento T1 (2,5 mg/kg PS), T2 (5,0 mg/kg PS) e T3 (10,0 mg/kg PS), sendo repetido os grupos CP e T1 num segundo ensaio, totalizando 49 ratos (Rattus novergicus, wistar, fêmeas). Foram avaliados Índice de Sangramento Gengival (ISG) e Índice de Profundidade de Sondagem (IPS), estudo morfométrico, análise de Densidade Óssea Mineral (DOM) de peças ósseas adjacentes ao modelo de indução da periodontite, concentração de Mieloperoxidase (MPO) em tecido gengival, Contagem Total de Células (CTC) em sangue periférico, histopatológico dos rins, dosagens de Glutationa reduzida (GSH) e Malondialdeído (MDA) em fígado e rins. Os resultados demonstraram que os PS (2,5mg/kg, melhor dose resposta) melhoraram ISG (63,20%, p<0,05), IPS (58,61%, p<0,05), atuaram na redução da dosagem de MPO (62,57%, p<0,05), melhoraram DOM em ramo mandibular (6,87%, p<0,05), não foi verificado alterações histopatológicas em tecido renal; porém, não alteraram significativamente (p>0,05) a altura óssea perdida pela DP, não tiveram efeitos sobre a CTC em sangue periférico, não foram capazes de reduzir o estresse oxidativo em fígado e rins pelos níveis de GSH e MDA. Pode ser concluído que os PS (2,5mg/kg) reduziram aspectos inflamatórios da periodontite, houve efeito benéfico na DOM em ramo mandibular, não desencadearam efeitos sistêmicos deletérios sobre o rim; porém, não foram capazes de reduzir a altura óssea causada pela DP e não alteraram o estresse oxidativo em fígado e rins.

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