|
Descrição |
|
|
-
AYSLAN BATISTA BARROS
-
ESTUDO DO POTENCIAL ANTITUMORAL in vitro E in vivo DE UM HETEROPOLISSACARÍDEO EXTRAÍDO DO EXSUDATO DE Anacardium occidentale L
-
Orientador : JOSE DELANO BARRETO MARINHO FILHO
-
Data: 19/12/2018
-
Mostrar Resumo
-
O câncer é caracterizado por um conjunto de doenças que tem relação com o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos. Diversos novos fármacos têm sido descobertos para tratamento de diferentes tipos de câncer, oriundos de plantas, algas, microorganismos e outros. Os polissacarídeos extraídos de plantas possuem diversas aplicações descritas na literatura como atividade antibacteriana, antifúngica, antioxidante e atividade antitumoral in vitro e in vivo. No entanto, o mecanismo de ação antitumoral dos polissacarídeos ainda não está totalmente elucidado. Assim este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antitumoral do polissacarídeo natural extraído da planta Anacardium ocidentale L., através de modelosin vitro e in vivo. O polissacarídeo analisado não demonstrou atividade citotóxica e antimigratória in vitro.Nos ensaios in vivo, a goma do cajueiro foi capaz de inibir o crescimento tumoral em melanoma metastático murino (B16F-10) em 35% e 40%, nas doses de 50 e 100 mg/kg, respectivamente. Além disso, o polissacarídeo não diminui o peso dos animais, já que o mesmo é composto basicamente por cadeias de açucares. Em relação aos componentes hematológicos, a goma do cajueiro não causou leucopenia, diferentemente da ciclofosfamida utilizada como controle positivo, demonstrando assim que este polímero não causa depleção ao sistema imunológico do animal. Os cortes histológicos dos órgãos demonstraram que a ciclofosfamida provoca lesões tóxicas no fígado, rim e pulmão, fato não observado nos animais tratados com o polissacarídeo em questão. Os cortes do tumor indicaram processo de morte celular indicativo de apoptose no tratamento com a goma do cajueiro. A análise do tecido tumoral por FTIR, indicaram processo de morte semelhante nos tratamentos com ciclofosfamida e goma do cajueiro, pelo estiramento de bandas representativas de lipídeos, e grupamentos presentes no DNA. Em relação à análise de componentes antioxidantes enzimáticos e não-enzimáticos (GSH, MDA e MPO), observou-se que a ciclofosfamida provoca estresse oxidativo nos animais o que talvez auxilie no seu processo citotóxico, porém pode provocar também lesões a outros órgãos, já a goma do cajueiro não indicou a produção destes agente antioxidantes, demonstrando possivelmente que este polímero não provoca estresse oxidativo tecidual. Conclui-se, portanto, que este polissacarídeo poderia auxiliar no tratamento de neoplasias, através da possível redução de efeitos colaterais gerados pelos quimioterápicos, além de ajudar na redução tumoral.
|
|
|
-
AYANE ARAUJO RODRIGUES
-
AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS METABÓLICOS E TECIDUAIS HEPÁTICOS EM UM MODELO EXPERIMENTAL DE DIETA HIPERCALÓRICA: UMA FORMA DE ESTUDAR COMORBIDADES NO FÍGADO
-
Orientador : DANIEL FERNANDO PEREIRA VASCONCELOS
-
Data: 13/12/2018
-
Mostrar Resumo
-
Os modelos de dieta em animais permitem que os pesquisadores controlem fatores genéticos e ambientais que possam influenciar o desenvolvimento da doença e suas complicações secundárias, ganhando assim informações úteis sobre seu manejo e tratamento. A composição de macronutrientes da dieta, particularmente o alto consumo independente de carboidrato dietético, açúcares simples, gorduras, proteínas e a baixa ingestão de fibra podem estar associados ao risco de desenvolver doenças hepáticas como a Doença hepática gordurosa não alcóolica (DHGNA).Sabe-se que a ingestão total de calorias altas está associada à DHGNA e esteato-hepatite não alcoólica, e vários estudos têm sido focados no papel de nutrientes específicos, como gorduras saturadas e carboidratos, no desenvolvimento e transição da doença. O objetivo deste estudo é avaliar as alterações metabólicas e teciduais hepáticas em um novo modelo experimental de dieta hipercalórica. Foram utilizadas 16 ratas divididas em dois grupos: grupo dieta padrão e grupo dieta hipercalórica, com 8 animais cada. As ratas foram submetidas à análise dos seguintes parâmetros no tecido hepático: dosagem dos nivéis de malondialdeído (MDA), glutationa (GSH), e a atividade de mieloperoxidase (MPO). As amostras de fígado também foram sujeitas à avaliação histopatológica. Por fim, foram dosados os níveis séricos de aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), albumina (ALB), fosfatase alcalina (FAL), acido urico (AU) e colesterol total (CT), cálcio (CA), ureia e HDL. Os resultados mostraram que houve uma diferença significativa no MDA, GSH, colesterol total (CT), ALT, ALB, AU, cálcio (CA) e HDL. A avaliação histopatológica apresentou um escore baixo, insuficiente para a classificação da DHGNA. Em conclusão, foi possível observar que os danos hepáticos decorrentes da dieta hipercalórica experimental em ratos não apresentam extensão e severidade associados com a DHGNA. Em virtude disso, ressalta-se que esse modelo permite estudar a associação entre a Dieta hipercalórica (DHC) com outras comorbidades.
|
|
|
-
ANA CLÁUDIA MOTA DE FREITAS
-
A FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA E IMAGÉTICA MOTORA RESULTA NO MESMO ACOPLAMENTO NEURAL
-
Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
-
Data: 12/11/2018
-
Mostrar Resumo
-
A imagética motora demonstra-se uma ferramenta significativa na terapêutica, utilizando o estimulo cognitivo no tratamento de pacientes que apresentam enfermidades relacionadas à ausência ou comprometimento motor por sequelas neurológicas. Estudos sobre a imagética demonstram a relação de fatores relevantes na reabilitação, na investigação de habilidades e de quais áreas estão sendo estimulada, até mesmo sobre técnicas voltadas a necessidade e perfil do paciente. Seu conceito emprega o estímulo a habilidades cognitivas com intuito de gerar sensações de percepção e movimento, mesmo sem a ação propriamente realizada, reforçando a ativação de áreas corticais relacionadas ao planejamento e execução de ações motoras. Dentre os métodos aplicados, ainda encontramos lacunas em relação à especificidade de seu desempenho diante das bandas de frequência sobre técnicas motoras e cognitivas, como também sua influência sobre a execução motora. Dessa forma, este trabalho visou compreender o comportamento cortical na análise da coerência de atividade espectral da banda alfa e beta, sendo estas diretamente associada ao controle motor, memória de trabalho, aprendizado, modulações atencionais e sua integração sensório-motora na realização de tarefas relacionadas ou não ao ato motor. Os participantes foram classificados por meio do questionário Revised Movement Imagery Questionnaire (MIQ) como aptos a participar do estudo, se sentindo ou se visualizando na execução de movimentos reais, sendo assim capazes em utilizar a técnica de imagética motora. Constituindo a pesquisa, participaram 18 homens hígidos, idade 20 ± 1,5 anos, destros segundo o questionário de Oldfield, com capacidade de imagética visual (Capacidade de se visualizar executando o movimento) 22 ± 4 e imagética cinestésica (Capacidade de sentir-se realizando o movimento) 20 ± 4,5, segundo o Revised Movement Imagery Questionnaire. O estudo de tipo experimental foi analisado estatisticamente com delineamento threeway Anova de medidas repetidas com o teste de Friedman. Os voluntários participaram de um protocolo randomizado, podendo iniciar com um tratamento cognitivo (tarefa imagética motora - IM), onde o participante imagina a ação motora real com um movimento de FNP (Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva) ou com o próprio ato motor, executando a diagonal de FNP. A perspectiva desse trabalho visa favorecer a atuação de profissionais da saúde, seja no processo de ativação cortical no âmbito reabilitativo, utilizando a imagética como instrumento direcionando estímulos neurais, como também associar e comparar tarefas motoras com essa técnica cognitiva, devido aos resultados encontrados na interação dos mesmos.
|
|
|
-
LUIZ FELIPE DE CARVALHO FRANÇA
-
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES RENAIS CAUSADAS PELA PERIODONTITE INDUZIDA EM RATAS: UM ESTUDO BIOQUÍMICO E HISTOMORFOMÉTRICO
-
Orientador : DANIEL FERNANDO PEREIRA VASCONCELOS
-
Data: 27/09/2018
-
Mostrar Resumo
-
A periodontite é uma doença crônica-inflamatória, que leva a destruição progressiva dos tecidos de suporte e proteção dentário em resposta a presença de biofilme na região periodontal. A intensa resposta inflamatória resulta em efeitos sistêmicos nocivos, sendo associados principalmente ao aumento de espécies reativas de oxigênio, levando a alterações hepáticas, endoteliais e cardiovasculares. No entanto, a periodontite vem sendo estudada como um dos fatores de risco para o aparecimento de doenças renais, contudo, os mecanismos dessa relação ainda permanecem incertos. Acredita-se que modificações em marcadores de estresse oxidativo e peroxidação lipídica sejam responsáveis por tal associação, visto que estes foram relacionados aos danos observados no tecido hepático de animais com periodontite. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos sobre o tecido renal causados pela periodontite induzida por ligadura em ratas por meio de parâmetros bioquímicos e histomorfométricos. Para isso, vinte e duas ratas foram divididas em dois grupos: controle (sem ligadura) e periodontite (dentes ligados). Para confirmação do modelo de indução periodontal os seguintes parâmetros foram avaliados: Índice de sangramento gengival (ISG), mobilidade dentaria (MD), índice de profundidade de bolsa (IPB), atividade de mieloperoxidase (MPO) e altura óssea alveolar (AOA). Para os rins, os órgãos foram coletados, processados, avaliados através de marcadores de função renal sorológico para albumina, creatinina, glicose, colesterol total, ureia, além da determinação urinária de proteínas totais e creatinina, seguidos pela determinação das concentrações de glutationa (GSH), malondialdeido (MDA), com análise histológica e histomorfométrica. Como resultados ISG, MD, IPB, atividade de MPO e AOA foram significativamente maiores no grupo periodontite quando comparados ao grupo controle. Dentre os marcadores de função renal apenas o colesterol apresentou aumento significativo, ainda, para avaliação bioquímica renal, animais com periodontite apresentaram 46,2% de redução no conteúdo de GSH e para peroxidação lipídica, o grupo periodontite apresentou aumento de 266% nas concentrações de MDA. A avaliação histomorfométrica revelou aumento na circunferência da cápsula de Bowman, área corpuscular, espaço capsular de Bowman, circunferência glomerular, diâmetro glomerular e volume glomerular no grupo periodontite, além da ruptura da borda em escova nos túbulos renais observada pela coloração por ácido periódico de Schiff. Tais alterações podem estar associadas ao aumento do estresse oxidativo e peroxidação lipídica nos rins, no entanto, essas alterações não foram suficientes para causar diferenças nos marcadores de função renal.
|
|
|
-
MARIA GABRIELA CARDOSO TELES MONTEIRO
-
UM ESTÍMULO VIRTUAL COM ALTERAÇÕES DE VELOCIDADE MODIFICA O DESEMPENHO EM UMA TAREFA DE PERCEPÇÃO DO TEMPO E ATIVA ASSIMETRIA NA BANDA TETA DO CÓRTEX FRONTAL E TEMPORAL
-
Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
-
Data: 26/09/2018
-
Mostrar Resumo
-
Evidências de quais estruturas estão envolvidas diretamente na caracterização da percepção do tempo, ainda não foram detalhadamente descritas. Sabe-se hoje que a capacidade do indivíduo em perceber o tempo é desenvolvida com suas próprias experiências, entretanto, são observadas regiões que captam, integram e codificam estas informações. Ela também pode ser modificada por fatores biopsicossociais como emoção, memória e atenção, além de estímulos visuais dinâmicos decorrentes do meio em que o indivíduo esteja inserido. Neste contexto, a realidade virtual surge como uma ferramenta que desperta o treino das habilidades cognitivas. É conhecida na literatura, associações entre percepção temporal e realidade virtual, a nível comportamental, entretanto o conhecimento das repercussões eletrofisiológicas desta associação é ainda obscuro. O objetivo desse estudo foi investigar o desempenho e as modificações eletrofisiológicas de indivíduos submetidos a realidade virtual não-imersiva com alterações na velocidade do estímulo, durante a realização de uma tarefa de estimativa do tempo. A pesquisa consiste em um procedimento crossover, que ocorreu em quatro dias consecutivos com 21 voluntários, onde todos participaram das condições de velocidade (original, slow, fast). O eletroencefalograma foi utilizado, para a captação da atividade da assimetria da banda teta durante realização da tarefa e avaliação do teste de atenção Stroop. Os resultados refletiram a influência das três velocidades em diferentes momentos, sendo mais evidente a diminuição do desempenho com maior número de erros na condição original e após o estímulo (p<0,005), além disso foi evidenciado aumento da atividade de assimetria da banda teta nos córtex frontal e temporal (p<0,005), principalmente após a realidade virtual com predominância hemisférica esquerda.
|
|
|
-
KYVIA NAYSIS DE ARAUJO SANTOS
-
ESTIMAR O INTERVALO DE TEMPO AUMENTA A FORÇA MUSCULAR E A POTÊNCIA ABSOLUTA DA BANDA ALFA
-
Orientador : SILMAR SILVA TEIXEIRA
-
Data: 31/08/2018
-
Mostrar Resumo
-
Tarefas cognitivas têm sido utilizadas para o aumento da força muscular por intermédio de treinamento com imagética motora. Porém, ainda não é sabido se tarefas de percepção temporal podem realizar esse aumento e como elas modificam a atividade cortical. Neste contexto, o objetivo desse estudo foi analisar as modificações corticais e da força muscular induzida em uma tarefa de percepção temporal. Para essa proposição, realizou-se estudo croosovercontrabalanceado com quarenta homens destros, submetidos às tarefas de Imagética Motora (IM) e Percepção Temporal (PT). Tanto na condição IM quanto PT foram realizadas mensurações da força muscular antes e depois do tratamento, com os participantes realizando a preensão manual em um dinamômetro, simultaneamente à captação do sinal do eletroencefalógrafo. Nos resultados encontramos diferença nos valores de força muscular após a execução das tarefas cognitivas, com a PT aumentando a força muscular dos participantes, enquanto IM a reduzia (p<0,005). Além disso, a tarefa de PT promoveu maior atividade da potência absoluta da banda alfa no córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo e no córtex pré-frontal ventrolateral direito do que a tarefa de IM (p<0,005). Ao analisar se as modificações na corticais em ambas as condições poderiam ser preditoras do aumento da força muscular, foi observado que a atividade nos córtices pré-frontal dorsolateral esquerdo, motor primário esquerdo e direito nos participantes na condição PT promovem maior aumento da força muscular do que os participantes na condição IM. Conclui-se que a PT modifica a atividade cortical de forma a melhorar a força muscular, e desse modo, poderia ser utilizada como método cognitivo de fortalecimento muscular.
|
|
|
-
SILVENY MEIGA ALVES VIEIRA
-
PREVALÊNCIA E INFLUÊNCIA DOS POLIMORFISMOS - 819 C/T (rs1800871) E -1082 A/G (rs1800896) DO GENE IL-10 NA DENGUE SINTOMÁTICA EM UMA POPULAÇÃO DO NORDESTE DO BRASIL
-
Orientador : ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
-
Data: 27/08/2018
-
Mostrar Resumo
-
A dengue é a infecção transmitida por vetor artrópode mais prevalente no mundo. A patologia é atualmente classificada em dengue sem sinais de alarme (DSSA), dengue com sinais de alarme (DCSA) e dengue severa (DS). A variedade de manifestações clínicas resulta da sua complexa patogênese, que apresenta influência de fatores virais, ambientais e do hospedeiro. A interleucina 10 (IL-10) é uma citocina anti-inflamatória envolvida com a resposta imune do hospedeiro contra a dengue. Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNPs) descritos para o seu gene codificante, tais como -819 C/T (rs1800871) e -1082 A/G (rs1800896), têm exibido diferentes perfis de associação com a doença na literatura. Considerando a heterogeneidade desses achados, o presente estudo objetivou investigar a prevalência e a influência dos polimorfismos em indivíduos sintomáticos, assintomáticos e controles para dengue na população de Parnaíba-PI, relacionando-os com o desenvolvimento das formas clínicas da doença. Os SNPs foram investigados por PCR em Tempo Real, em 119 indivíduos do grupo de pacientes com dengue, 85 indivíduos do grupo assintomático, e 129 indivíduos do grupo controle. As frequências genotípicas foram testadas quanto ao equilíbrio de Hardy-Weinberg. A associação com a dengue foi estimada pelo Teste do Qui-quadrado (x²) ou Teste Exato de Fisher e Odds Ratio. A análise dos dados foi realizada no BioEstat 5.0, sendo adotado um nível de significância de p<0.05. As análises haplotípicas e do desequilíbrio de ligação foram executadas no Haploview 4.2. As frequências genotípicas e alélicas do SNP -819 C/T não mostraram diferenças estatisticamente significativas entre os grupos estudados. Ao analisar o SNP -1082 A/G observou-se significância estatística apenas em relação ao grupo assintomático. O genótipo A/G foi associado com susceptibilidade à dengue (p*= 0.01, OR= 2.17) e à DSSA (p*= 0.03, OR= 2.13). O genótipo G/G foi associado com susceptibilidade à dengue (p*= 0.03, OR= 3.98) e à DCSA (p*= 0.04, OR= 4.90). A combinação de genótipos A/G + G/G foi associada com susceptibilidade à dengue (p*= 0.004, OR= 2.37), à DSSA (p*= 0.02, OR= 2.23) e à DCSA (p*= 0.01, OR= 2.63). Todas as frequências genotípicas se encontraram em equilíbrio de Hardy-Weinberg. O alelo G foi associado com susceptibilidade à dengue (p*= 0.003, OR= 1.96), à DSSA (p*= 0.02, OR= 1.81) e à DCSA (p*= 0.01, OR= 2.14). Nas análises haplotípicas do gene IL-10, o haplótipo C-G foi associado com susceptibilidade à dengue (p= 0.0031), à DSSA (p= 0.0195) e à DCSA (p= 0.0045) também em relação ao grupo assintomático, enquanto que o haplótipo C-A foi associado com proteção contra a DCSA (p= 0.0265). A análise do desequilíbrio de ligação evidenciou forte desequilíbrio entre os SNPs do gene IL-10. Com relação a modulação das manifestações clínicas da dengue, apenas os portadores T do SNP -819 C/T apresentaram associação significativa de susceptibilidade à cefaleia (p*= 0.0264), e de proteção contra edemas (p*= 0.0323) e calafrios (p*= 0.0478). A frequência dos alelos T e G dos respectivos SNPs -819 C/T e -1082 A/G deste estudo diferiu significativamente da encontrada em algumas populações do mundo. Em síntese, os dados desta pesquisa sugerem uma possível influência do SNP rs1800896 sobre o fenótipo da dengue sintomática em uma amostra populacional da Região Nordeste do Brasil, sendo encontrado panorama semelhante quando este foi combinado com o SNP rs1800871, corroborando as evidências da literatura acerca do efeito aditivo de polimorfismos.
|
|
|
-
JULIANNA LIMA QUEIROZ
-
INFLUÊNCIA DOS POLIMORFISMOS -336 A/G (rs4804803) NO GENE DC-SIGN e -174 G/C (rs1800795) NO GENE IL-6, NA INFECÇÃO POR Dengue virus EM UMA POPULAÇÃO DO ESTADO DO PIAUÍ
-
Orientador : ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
-
Data: 27/08/2018
-
Mostrar Resumo
-
A dengue é considerada a arbovirose mais frequente dentre as que acometem o ser humano, sendo endêmica em países tropicais e subtropicais. A doença é causada pelo Dengue virus (DENV), membro da família Flaviviridae apresentando a fêmea do mosquito Aedes aegypti como principal vetor de transmissão. A variedade de fatores relacionados ao vírus, ao ambiente e ao hospedeiro reflete na diversidade das manifestações clínicas da dengue. Vários estudos apontam que polimorfismos de nucleotídeo único (SNP) em genes de moléculas relacionadas à imunidade da dengue podem estar envolvidas com a susceptibilidade e/ou proteção à doença. O objetivo do presente estudo foi investigar a prevalência e a influência dos polimorfismos -336 A/G (rs4804803) no gene DC-SIGN e -174 G/C (rs1800795) no gene IL-6 em pacientes sintomáticos e assintomáticos infectados pelo DENV, e em indivíduos controles. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle, de caráter qualitativo e com abordagem exploratória. Os dados foram obtidos através de coletas feitas em pacientes atendidos em órgãos públicos de saúde, em Parnaíba-PI no período de Agosto de 2016 a Dezembro de 2017. A confirmação laboratorial dos casos suspeitos de dengue foi feita por meio de testes imunocromatográficos e metodologias moleculares. O DNA genômico celular foi extraído e realizada a genotipagem para os SNPs, através de PCR em Tempo Real. Os dados foram analisados através do programa BioEstat 5.0, com um nível de significância de p<0,05. As análises das frequências alélicas e genotípicas para o SNP -336 A/G no gene DC-SIGN não mostraram resultados com diferenças estatisticamente significativas. Com relação a prevalência das manifestações clínicas, o sintoma Diarreia se apresentou mais frequente nos portadores do alelo G com diferença estatisticamente significativa. As análises alélicas e genotípicas para o SNP -174 G/C no gene IL-6 entre os grupos mostraram que a frequência do genótipo G/C foi estatisticamente maior no grupo controle (41,2%) do que no grupo DEN, com 26,5%. O genótipo G/C também foi significativamente mais frequente no grupo controle (41,2%) em relação ao grupo Dengue sem sinais de alarme (DSSA), com 24,7%. A associação dos genótipos G/C + C/C tiveram maior frequência no grupo controle (46,5%) quando comparado ao grupo DEN com 30,8%. E ainda apresentaram maior frequência no grupo controle, com 46,5%, em relação ao grupo DSSA (28,8%). As análises das frequências alélicas revelaram que o alelo C teve frequência significativamente maior no grupo controle (26%), quando comparado ao grupo DEN com 17,5% e ao grupo DSSA, com 16,4%. O alelo C também apresentou frequência maior no grupo assintomático (25,9%) em relação ao grupo DEN, com 17,5%, e em relação ao grupo DSSA com significância. Nas análises da prevalência das manifestações clínicas, a manifestação clínica Náuseas foi mais frequente em não portadores C, com diferença estatisticamente significativa. A frequência do alelo G para o SNP -336 A/G do gene DC-SIGN na população piauiense foi de 18,8%. O alelo C do SNP -174 G/C no gene IL-6 teve frequência de 26% nesta população. Nossos dados sugerem que o genótipo G/C e o alelo C do SNP -174 G/C no gene IL-6 estão relacionados com proteção para os casos de dengue na população estudada. Estes dados contribuem para um melhor entendimento da patogênese do Dengue virus e de fatores genéticos relacionados ao hospedeiro com a doença. Podendo assim, trazer benefícios para o paciente, no que diz respeito ao manejo clínico da doença.
|
|
|
-
SAUL BARBOSA DE OLIVEIRA
-
ATIVIDADE ANTINFLAMATÓRIA DE NANOPARTÍCULA DE PRATA ESTABILIZADA COM COLÁGENO E GOMA DO CAJUEIRO (ANACARDIUM OCIDENTALE L.)
-
Orientador : MARCELO DE CARVALHO FILGUEIRAS
-
Data: 24/08/2018
-
Mostrar Resumo
-
As nanopartículas de prata (AgNP) têm emergido como uma importante classe de nanomateriais com diversas aplicações médicas. O interesse em realizar pesquisas usando proteínas e nanopartículas de prata (AgNPs) é amplo pois a atividade anti-inflamatória desses tipos específicos de agrupamentos em nanoescala é desconhecido. A inflamação é a resposta do tecido vivo a estímulos nocivos, como agentes patogênicos e irritantes, o que implica em diversas alterações sistêmicas como no fluxo sanguíneo, aumento da permeabilidade vascular, síntese de mediadores e intensa migração de leucócitos para o local inflamado. Embora uma quantidade significativa de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios estejam disponíveis para o tratamento, há uma busca contínua de novos compostos como alternativas terapêuticas, uma vez que estas drogas exercem uma gama de efeitos colaterais e baixa eficácia, especialmente para doenças inflamatórias. O estudo teve como objetivo descrever o efeito da administração intraperitoneal de nanopartículas de prata estabilizadas com colágeno e goma do cajueiro em modelos experimentais de edema de pata e peritonite. O edema de pata e a peritonite foram induzidos pela administração de carragenina. Foi analisado o potencial de inibição de edema de pata de uma nanopartícula de prata nas doses de 1ml/kg, 2ml/kg e 3ml/kg aplicadas de forma intraperitoneal e sua ação na atividade da enzima mieloperoxidase. Foi avaliado também o estresse oxidativo e a atividade anti-inflamatória pela determinação de glutationa reduzida (GSH), nitrato e nitrito, superoxido dismutase na peritonite somente na dose de 3ml/kg. Os resultados mostraram que a nanopartícula de prata estabilizada com colágeno e goma do cajueiro na dose de 3ml/kg possui potencial antiinflamatório ao inibir a formação do edema em 70% durante o pico do edema de carragenina. O composto também demonstrou reduzir a atividade da enzima mieloperoxidase de forma significativa quando comparado ao grupo controle. O potencial antioxidante da nanopartícula é demonstrado pela redução dos níveis de nitrito e manutenção dos níveis de GSH e SOD quando comparados ao grupo carragenina. Conclui-se que a nanopartícula de prata estabilizada com colágeno e goma do cajueiro possui um potencial antiinflamatório, através da inibição do edema de pata e da migração neutrofílica e potencial antioxidante através da manutenção dos níveis de GSH e SOD e diminuição dos níveis de Nitrito.
|
|
|
-
DIANDRA CAROLINE MARTINS E SILVA
-
MUDANÇAS NA VELOCIDADE DE REPRODUÇÃO DO MOVIMENTO AUMENTAM A POTÊNCIA ABSOLUTA DA BANDA TETA E ALTERAM O DESEMPENHO NA TAREFA DE PRODUÇÃO DO TEMPO
-
Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
-
Data: 01/08/2018
-
Mostrar Resumo
-
A capacidade de perceber e interpretar os intervalos de tempo são habilidades inatas e essenciais a todas as espécies animais, pois estão incorporadas a inúmeras funções cognitivas no processo de adaptação ao ambiente. No entanto, a base neural e o processo de temporização permanecem envolto em mistérios dentro das neurociências, dessa maneira novas abordagens como a Realidade Virtual com estímulos visuais dinâmicos vêm sendo desenvolvidas para analisar a interpretação dos intervalos de tempo, principalmente por meio de tarefas que demandam a cognição e funções executivas em atividades cotidianas. O objetivo do estudo foi investigar as modificações corticais e o desempenho do indivíduo induzido por mudanças na reprodução da velocidade de movimento (original, slow e fast) de um estímulo virtual não-imersivo em 3D, em uma tarefa de produção do tempo. Trata-se de um estudo crossover formado por 21 participantes em três condições de velocidade do movimento: original, slow e fast. Os participantes passaram por análise eletroencefalográfica da potência absoluta da banda teta no córtex pré-frontal dorsolateral simultaneamente com execução da tarefa de produção do tempo, além de análise comportamental da atenção, através do teste de Stroop. Os sujeitos da condição slow apresentaram maior número de erro na tarefa de produção do tempo, no momento após utilização de realidade virtual (p<0.001), além disso, na análise eletrofisiológica foi observado aumento da potência absoluta da banda teta no córtex pré-frontal dorsolateral direito em todas as janelas de tempo investigadas (p<0.001). Desta forma, o estímulo virtual com mudança na velocidade de movimento resultou na diminuição do desempenho na tarefa de produção do tempo, atuando em domínios cognitivos na faixa de segundos, influenciando ainda na atividade cortical de áreas com funções executivas de atenção e memória.
|
|
|
-
FLÁVIA SABRYNNE DE AGUIAR FREITAS
-
O AUMENTO DA POTÊNCIA ABSOLUTA DE TETA E A INIBIÇÃO DO ESTÍMULO LUMINOSO NA CYBERSIKNESS
-
Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
-
Data: 27/07/2018
-
Mostrar Resumo
-
A Cybersicknessresulta do conflito vestíbulo-visual, ou seja, da incoerência entre as sensações relacionadas com movimento real, no ambiente virtual, e aos estímulos visuais. Em resposta ao meio virtual, pode-se observar desconfortos, tais como, naúseas, dificuldade de concentração, dentre dor de cabeça, dentre outros. Não há na literatura, estudos que analisem o controle de inibição do estímulo luminoso de indivíduos sensíveis à Cybersikness. Por tanto, este estudo o controle de inibição do estímulo luminoso na Cybersickness. Foi utilizado o Sickness Susceptibility Questionnairepara dividir os indivíduos em grupo experimental e controle , e quantificar os sinais e sintomas, comparando-os antes e depois da imersão virtual 3De. As participantes de ambos os grupos foram examinadas com o EEGq quanto a potência absoluta da banda teta no córtex pré-frontal dorsolateral e córtex pré-frontal ventrolateral, durante a realização da tarefa de inibição do estímulo luminoso, com a utilização do paradigma No-Go, depois das participantes assistirem o vídeo 3D. Os resultados parciais demonstraram que houve o aumento da potência absoluta da banda teta em ambos os grupos comparando os momentos antes e depois, assim como também houve diferença significativa do grupo experimental comparado ao controle, para o mesmo momento. Logo, observou-se que indivíduos quando foram expostos à realidade virtual 3D e desenvolveram a Cybersikness, apresentaram maior potência absoluta de teta nas áreas estudadas.
|
|
|
-
MARCOS AURÉLIO AYRES DA SILVA
-
AppGuide: Um sistema vestível para pessoas com deficiência visual
-
Orientador : SILMAR SILVA TEIXEIRA
-
Data: 03/07/2018
-
Mostrar Resumo
-
A visão é o órgão responsável por 80% da informação adquirida pelo ser humano. A ausência da visão provoca prejuízos incalculáveis à vida diária, incluído, deambulação, identificação de cores, percepção de luminosidade e da temperatura ambiente. Embora existam numerosos protótipos e produtos disponíveis para deficientes visuais, nenhum deles é economicamente viável e não reúne vários recursos em um único dispositivo. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi desenvolver um sistema vestível (AppGuide) que consiste em uma pulseira com vários sensores e um aplicativo para smartphone. Para esta proposição, foi desenvolvido uma pulseira em estrutura plástica impressa em impressora 3D, contendo uma placa Arduino Nano, sensor ultrassônico, giroscópio, acelerômetro para a deambulação, sensor para detecção de cores, um resistor dependente de luz para reconhecer a luminosidade e um sensor para informar a temperatura ambiente. A pulseira capta informações do meio ambiente, processa e envia-os para um aplicativo no smartphone. O aplicativo trata as informações retransmitindo-as ao usuário via áudio. O aplicativo foi desenvolvido na plataforma App Inventor para o sistema operacional Android. Para análise da funcionalidade do sistema foi utilizado a Escala de Usabilidade de Sistemas e um ambiente controlado com seis tarefas (percurso livre e com obstáculo, informação espacial dos obstáculos, cor, luminosidade e temperatura) com seis deficientes visuais de ambos os gêneros. Foi observado que o sistema respondeu a precisão das informações de luminosidade, cor e temperatura com 100% de acerto, enquanto para percurso livre 89% e com obstáculo 80%. Para a informação espacial dos obstáculos houve precisão do sistema de 90%. O escore da Escala de Usabilidade de Sistemas foi de 77,5 demonstrando que o sistema pode ser de rápido aprendizado. Conclui-se que o AppGuide é funcional e orienta a navegação no ambiente de forma inteligente e sensível para pessoas com perda de acuidade visual, podendo ser ampliada a eficácia com maior período de adaptação do deficiente visual com o sistema.
|
|
|
-
SUZANA MARIA DA SILVA SANTOS
-
AVALIAÇÃO DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA DURANTE EXERCÍCIO ABERTO EM CICLOERGÔMETRO
-
Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
-
Data: 27/06/2018
-
Mostrar Resumo
-
Introdução:A fadiga é definida como a incapacidade muscular em manter a potência e a força durante o exercício, o que pode interferir no sucesso do desempenho físico. O treinamento físico por constituir um processo sistemático de repetição composto por exercícios progressivos que modificam a homeostase, favorece uma maior resistência à fadiga aos indivíduos que participam desse processo. Um marcador interessante da atividade cardíaca neural é a Variabilidade da Frequência Cardíaca que analisa a modulação autonômica através dos intervalos de batimentos consecutivos chamados de intervalos RR. Apesar de não haver correlação direta entre o nível de fadiga com os índices de variabilidade, sabe-se que o treinamento físico proporciona alterações na resposta autonômica cardíaca ao esforço, com o decorrer do tempo. Na literatura há pouca abordagem dos efeitos que o treinamento físico militar pode trazer à modulação autonômica da frequência cardíaca. Objetivo: O estudo pretende avaliar a modulação autonômica cardíaca durante exercício aberto em cicloergômetro de jovens saudáveis de uma instituição militar. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo experimental de medidas repetidas, onde foram avaliados 18 jovens fisicamente ativos do sexo masculino. Os batimentos dos participantes foram coletados de forma contínua durante a execução do protocolo de indução à fadiga em cicloergômetro de membros inferiores. Espera-se que o incremento da potência gerada seja contrário às respostas autonômicas apresentadas nesse período, e que o condicionamento físico promova retornos basais mais rápidos. Resultados: A idade média dos participantes foi de 19,3±0,8 anos, onde a variação dos índices de Variabilidade da Frequência Cardíaca durante o exercício apresentou similaridade nas duas fases. Entretanto, durante o repouso final tiveram diferenças estatisticamente significantes nos índices HR Mean (84,3±16,9 vs. 78,7±8,3 bpm) e RR Mean (712,3±140,2 vs. 762,8±83,7 ms). O consumo de oxigênio máximo também apresentou resultados interessantes nos step1 (9,5±1,4 vs. 9,2±1,1 ml/kg-1/min-1), step 3 (20,5±2,9 vs. 20,0±2,5 ml/kg-1/min-1),step 4 (26,0±3,7 vs. 25,3±3,1 ml/kg-1/min-1) e stepmáximo atingido (48,5±9,4 vs. 43,3±8,1 ml/kg-1/min-1). Conclusão: Na população estudada não foi possível encontrar diferenças dos índices de variabilidade durante a execução do protocolo incremental de carga nas duas fases da coleta. Ou seja, o treinamento físico militar não proporcionou incrementos na Variabilidade da Frequência Cardíaca durante o exercício aberto em cicloergômetro.
|
|
|
-
FRANCISCO CARLOS DA SILVA JUNIOR
-
ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS A-1438G E T102C NO GENE 5HT2A E A DEPENDÊNCIA ALCOÓLICA EM UMA POPULAÇÃO MASCULINA DO NORDESTE BRASILEIRO
-
Orientador : RENATA CANALLE
-
Data: 27/06/2018
-
Mostrar Resumo
-
O alcoolismo representa uma das causas mais prevalentes de morbidade e mortalidade e o consumo nocivo do álcool acarreta cerca de 3,3 milhões de mortes a cada ano, representando de todas as mortes no mundo, 5,9%. Polimorfismos genéticos na via serotoninérgica, tais como os polimorfismos A-1438G e T102C do gene do receptor da serotonina da família 2 subtipo A (5HT2A) foram correlacionados com o início e a manutenção do hábito alcoolista. O presente estudo teve como objetivo estimar a prevalência e investigar possíveis associações entre estes polimorfismos e o uso abusivo do álcool em uma população masculina do Nordeste Brasileiro. Para compor o estudo foram selecionados 113 indivíduos alcoolistas e 114 controles, todos do sexo masculino e idade superior ou igual a 18 anos, no período de 2011 a 2013, e em seguida analisados pela técnica de PCR-RFLP. A distribuição das frequências genotípicas e alélicas e a associação dos polimorfismos ao comportamento alcoolista foram avaliadas usando o teste do Qui-quadrado (x2), teste Exato de Fisher e Odds Ratio (OR) com intervalo de confiança de 95%, bem como foi analisado o Equilíbrio de Hardy-Weinberg em ambos os grupos caso e controle. A análise dos dados foi desenvolvida utilizando o programa estatístico BioStat 5.0 com significância estatística estabelecida em p<0,05. A análise do desequilíbrio de ligação foi desempenhada no Haploview 4.2. Para as características demográficas da população, houve a observação de diferenças significativas entre os grupos estudados para as variáveis: escolaridade, média de consumo de doses por dia, histórico familiar e hábito tabagista (p<0,05). Os resultados da distribuição alélica entre os grupos para os polimorfismos A-1438G e T102C revelaram uma frequência do alelo G de 63,7% em casos e 64,92% no grupo controle, enquanto que para o alelo C a frequência no grupo alcoolista foi de 62,3% e no grupo controle foi de 66%. A distribuição dos genótipos para os ambos os SNPs demonstrou frequência do genótipo GG nos alcoolistas de 41,6% e nos controles de 39,47%, no entanto, o genótipo CC mostrou uma frequência em casos e controles de 40,72% e 41,23%, respectivamente. As frequências dos alelos e dos genótipos de ambos os polimorfismos estudados não diferiram significativamente entre alcoolistas e controles, sugerindo ausência de associação com a dependência alcoólica na população analisada. A análise do desequilíbrio de ligação dos SNPs A-1438G e T102C no gene 5HT2A demonstrou que estes estão em forte desequilíbrio (D’= 0,86, r2= 0,73), e que o haplótipo GC considerado de suscetibilidade, demonstrou frequência de 59,5% no grupo alcoolista e 60,1% no grupo controle, não diferindo estatisticamente (p= 0,99). Os dados apontam para a falta de contribuição dos polimorfismos A-1438G e T102C no gene 5HT2A com a dependência alcoólica na população investigada, no entanto, estudos adicionais são necessários para a confirmação dos resultados obtidos e o esclarecimento do papel dos polimorfismos com a suscetibilidade para o alcoolismo e fatores que são responsáveis pelo início e manutenção do hábito.
|
|
|
-
KELMA REGINA GALENO PINHEIRO
-
A realidade virtual no aumento da atividade do córtex parietal e occipital durante a visualização do estímulo luminoso real.
-
Orientador : VICTOR HUGO DO VALE BASTOS
-
Data: 06/06/2018
-
Mostrar Resumo
-
A doença do movimento visualmente induzida (DMVI) é um termo genérico utilizado para se referir ao tipo de classificação da doença do movimento tradicional, a Cinetose. Seus sintomas se manifestam mediante os estímulos visuais na ausência do movimento real. Dependendo do equipamento e do ambiente de laboratório, a DMVI pode ser subdividida em diferentes subcategorias. Em ambientes virtuais, por exemplo, tem sido intitulada como cybersickness com ocorrência de efeitos colaterais, como fadiga ocular, tontura e náuseas além de dificuldade de concentração. Pelo fato de ainda não existirem marcadores fisiológicos específicos para detecção do início da DMVI, o auto relato é a principal forma de identificar e quantificar a ocorrência desta condição, sendo feito por meio do Simulator Sickness Questionnaire (SSQ). Dessa forma o presente estudo visa demonstrar como a DMVI, ocasionada pela realidade virtual, interfere na realização do movimento sacádico por meio da eletroencefalografia tendo como referência a análise da potência absoluta da banda beta parietal e occipital. Para isso 32 participantes do sexo feminino, com idade entre 18 e 28 anos, e destras foram divididas em dois grupos de acordo com o SSQ, grupo controle e grupo DMVI. As participantes realizaram 120 trilhas de estímulos luminosos, em seguida fizeram uso da realidade virtual e repetiram novamente as trilhas de estímulos luminosos. Os resultados demostraram uma diferença estatisticamente significativa na potência absoluta da banda beta parietal e occipital entre os grupos controle e DMVI, bem como uma diferença estatisticamente significativa entre os momentos antes e depois em cada grupo analisado.
|
|
|
-
HIANNA RAYZA FERREIRA LOPES
-
ESTUDO DO CONTROLE POSTURAL EM INDIVÍDUOS HEMIPARÉTICOS APÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
-
Orientador : BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
-
Data: 30/05/2018
-
Mostrar Resumo
-
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) causa um grande impacto na vida dos indivíduos e pode acarretar complexas deficiências. Dentre elas, há o comprometimento do sistema de controle postural, caracterizado como a principal causa de limitação e dependência funcional em indivíduos com AVE. O objetivo do estudo foi avaliar as oscilações posturais dos indivíduos hemiparéticos pós-AVE por meio dos parâmetros estabilométricos. A amostra foi composta por 35 indivíduos e distribuída em 18 sujeitos no Grupo AVE, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 30 anos e 17 indivíduos no Grupo Controle, de ambos os sexos, saudáveis e ativos. Após a classificação de cada grupo, o equilíbrio corporal foi avaliado por meio da plataforma de força (EMG System®e o softwareBIOMEC 400) em postura bipodal com olhos abertos - BEO (Bipodal eyes open)e olhos fechados - BEC (Bipodal eyes close) durante um período de 120 segundos. Os resultados revelaram um aumento significativo na oscilação postural dos indivíduos pós-AVE em relação ao grupo controle por meio das variáveis nos domínios do tempo, da frequência e das entropias em ambas as posturas. Na postura BEO, verificou-se significância na análise temporal (Área, p=0,0235;Amplitude médio-lateral, p=0,0049; Raiz quadrada média na direção médio-lateral, p=0,0248) e na análise espectral somente na F80 (F80, p=0,0110). Na postura BEC, constatou-se significância na análise temporal (Área,p=0,0010; Amplitude médio-lateral, p=0,0005; Velocidade média na direção anteroposterior, p=0,0127; Velocidade média na direção médio-lateral, p=0,0096; Raiz quadrada média na direção médio-lateral, p=0,0024)e na análise não-linear apresentou significância na entropia Aproximada direção médio-lateral (ApEn, p=0,0191) e entropia Cruzada (CrossEn, p=0,0100). Portanto, os indivíduos pós-AVE apresentaram alterações significativas na oscilação postural em relação aos sujeitos saudáveis em ambas as condições. O aumento da oscilação do COP demonstrado pelas medidas tradicionais caracterizou alterações nas variáveis de manutenção postural dos indivíduos pós-AVE. Porém, notou-se um achado relevante por meio da análise não-linear, no qual o aumento encontrado nos valores das entropias mostraram que os indivíduos pós-AVE não seguem um padrão de oscilação postural durante a manutenção da postura estática diferentemente dos indivíduos saudáveis. Destacando, com isto, a importância de um método mais eficiente para as avaliações instrumentadas de equilíbrio em pacientes pós-AVE a fim de contribuir para a obtenção de respostas mais rápidas as perturbações durante a manutenção da postura e melhora na qualidade de vida e no índice de quedas desta população.
|
|
|
-
ANDRESSA MARIA AGUIAR DE CARVALHO
-
ATIVIDADE ANTIFÚNGICA in vitro DOS ALCALOIDES DAS FOLHAS DE Pilocarpus microphyllus ISOLADOS E EM COMBINAÇÃO COM FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS
-
Orientador : TATIANE CAROLINE DABOIT
-
Data: 25/05/2018
-
Mostrar Resumo
-
As infecções fúngicas têm papel importante na morbimortalidade humana. Apesar disso, pesquisas que visam o desenvolvimento de terapias ou fármacos mais seguros e efetivos ainda estão defasadas quando comparadas com as doenças causadas por outros patógenos. Dentre as infecções causadas por fungos podem-se citar a cromoblastomicose e a ceratite fúngica filamentosa. A primeira é uma doença polimorfa que ocorre, pela implantação traumática transcutânea de fungos dematiáceos. A última é uma infecção ocular em que ocorre ulceração supurativa da córnea e que pode levar à cegueira. Ambas doenças apresentam número crescente de casos refratários aos tratamentos utilizados. Deste modo, se faz necessária a busca por novas moléculas, bem como a otimização da farmacoterapia atual. Os vegetais são fontes importantes e promissoras de novos fármacos. A espécie Pilocarpus microphyllus, popularmente conhecida como ‘jaborandi’, é uma planta nativa das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Vários alcaloides já foram isolados das folhas dessa planta, dentre eles, a pilocarpina e a epiisopiloturina, as quais apresentam atividades farmacológicas já descritas na literatura. Porém, carecem de análise no que se refere à atividade antifúngica. Esse trabalho objetivou avaliar a susceptibilidade fúngica aos alcaloides obtidos a partir das folhas do jaborandi, através de ensaios in vitro, bem como verificar o efeito da interação desses compostos com agentes antifúngicos. Inicialmente, foi realizada uma prospecção de atividade antifúngica com os alcaloides pilocarpina, isopilocarpina, epiisopilosina, isopilosina e pilosina contra fungos patogênicos (n = 10), incluindo representantes de dermatófitos, agentes da cromoblastomicose e da esporotricose, bem como isolados dos gêneros Aspergillus, Candida e Cryptococcus. A partir destes resultados, a pilocarpina foi selecionada para que fosse avaliado seu efeito em combinação com a terbinafina contra estes mesmos representantes fúngicos e contra agentes da ceratite fúngica filamentosa (n = 8). A epiisopiloturina foi também avaliada quanto à atividade antifúngica, bem como a sua associação com quatro fármacos antifúngicos (itraconazol, posaconazol, terbinafina e anfotericina B) frente a agentes da cromoblastomicose (n = 19). Os testes de susceptibilidade foram realizados de acordo com os métodos de microdiluição propostos nos protocolos M27-A3 e M38-A2 do Clinical and Laboratory Standards Institute. As interações dos alcaloides com os fármacos antifúngicos foram realizadas usando o método de tabuleiro de xadrez. Para análise do efeito das alterações morfológicas causadas pela combinação de epiisopiloturina/anfotericina B em Fonsecaea pedrosoi ATCC 46428, foram obtidas imagens utilizando microscopia de força atômica. Dos alcaloides testados, o cloridrato de pilocarpina e a pilosina apresentaram atividade antifúngica para Fonsecaea pedrosoi e Trichophyton rubrum, respectivamente (CIM = 256 µg/mL). A interação da pilocarpina com a terbinafina se mostrou sinérgica (IFCI = 0,03 – 0,5) para todos os fungos testados. Essa mesma associação se mostrou sinérgica para cinco, dos oito isolados de agentes da ceratite fúngica filamentosa avaliados. A epiisopiloturina, não apresentou atividade antifúngica (CIM > 256 µg/mL) contra os agentes da cromoblastomicose. No entanto, as associações da mesma com a terbinafina ou com a anfotericina B foram sinérgicas contra estes últimos. Nenhuma das combinações realizadas teve efeito antagônico. A análise das imagens obtidas por microscopia de força atômica mostrou que as hifas Fonsecaea pedrosoi ATCC 46428 foram completamente destruídas pela associação de epiisopiloturina com a anfotericina B. Os resultados obtidos com os testes de susceptibilidade e análise das combinações nos permitem sugerir um mecanismo de ação para a epiisopiloturina, onde a mesma agiria intracelularmente, dependendo da desestruturação da membrana plasmática para poder atuar. Este trabalho traz resultados promissores para a terapia antifúngica, especialmente para o tratamento da cromoblastomicose e da ceratite fúngica filamentosa, em que a combinação dos alcaloides cloridrato de pilocarpina e epiisopiloturina com agentes antifúngicos poderia reduzir o aparecimento da resistência ao passo que diminuiria a toxicidade causada por estes últimos.
|
|
|
-
RHAILANA MEDEIROS FONTES
-
A estimativa do tempo modifica o comportamento cortical de adultos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
-
Orientador : SILMAR SILVA TEIXEIRA
-
Data: 25/04/2018
-
Mostrar Resumo
-
Vários estudos fornecem evidências empíricas para a associação entre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e percepção de tempo. No entanto, pouco se sabe se a aplicação de tarefas de percepção temporal em diferentes intervalos de tempo induz modificações na percepção temporal em sujeitos com TDAH. Esta investigação examinou a influência do TDAH na atividade da banda teta em regiões frontais, especificamente no córtex pré-frontal dorsolateral e córtex pré-frontal ventrolateral durante tarefa de estimativa do tempo em intervalos de suprassegundos. Quatorze sujeitos com TDAH participaram deste estudo nas condições controle (sem treinamento com estimativa do tempo) e experimental (trinta dias de treinamento com estimativa do tempo). A Escala de TDAH versão adolescente e adulto foi utilizada com a finalidade de verificar os níveis e classificação do TDAH. Os sujeitos que realizaram o treinamento apresentaram melhor desempenho na tarefa (p<0,05), estimando os intervalos de tempo com maior precisão. Além disso, houve melhora dos aspectos cognitivos (p<0,05), em especial na atenção, impulsividade e emoção. Os achados eletrofisiológicos demonstram que o treinamento aumenta a atividade no córtex pré-frontal dorsolateral e no córtex pré-frontal ventrolateral bilateralmente (p<0,001). Conclusão: o treinamento com tarefa de estimativa do tempo melhora os sintomas cognitivos característicos do TDAH, com substancial aumento na atividade das áreas corticais relacionadas com a atenção e memória, podendo ser uma ferramenta para o gerenciamento cognitivo do tempo e para o TDAH.
|
|
|
-
TIAGO LOPES FARIAS
-
METILFENIDATO AUMENTA A ATIVIDADE NO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL E PARIETAL ACELERANDO O JULGAMENTO DO INTERVALO DE TEMPO
-
Orientador : SILMAR SILVA TEIXEIRA
-
Data: 25/04/2018
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: O metilfenidato atua em áreas corticais envolvidas com a atenção e memória de trabalho, as quais também tem relação com a interpretação da estimativa do tempo. Em especial, o córtex pré-frontal tem sido o alvo de diversos estudos para o entendimento dos efeitos do metilfenidato nas funções executivas e da percepção do intervalo de tempo. Entretanto, ainda não foi estudado se o metilfenidato influencia o desempenho em uma tarefa de estimativa do tempo associada às mudanças no córtex na potência absoluta da banda alfa no córtex pré-frontal e parietal. Objetivo: Nós investigamos se o metilfenidato melhora o desempenho e o julgamento na interpretação da estimativa de tempo associando aos a atividade da potência absoluta da banda alfa no córtex pré-frontal. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo duplo cego, crossover, com amostra de 16 sujeitos nas condições controle (placebo) e experimental (metilfenidato) com análise da potência da banda alfa da eletroencefalografia no momento de uma tarefa de estimativa do tempo. Resultados e Discussão; Nós observamos que o metilfenidato não influencia no desempenho da tarefa, mas aumenta a subestimativa do intervalo de tempo acima de seis segundos (p<0,001), com concomitante diminuição da potência da banda alfa no córtex pré-frontal ventrolateral direito e no córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo. Conclusão: O metilfenidato acelera o relógio interno levando os indivíduos a aumentarem a subestimativa do intervalo de tempo, com o metilfenidato promovendo maior atividade no córtex pré-frontal dorsolateral, pré-frontal ventrolateral e parietal bilateralmente.
|
|
|
-
EMANUELA LIMA TEIXEIRA BARROS
-
CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE Chikungunya virus E INVESTIGAÇÃO DOS ARBOVÍRUS Dengue virus e Mayaro virus NO ESTADO DO PIAUÍ
-
Orientador : GUSTAVO PORTELA FERREIRA
-
Data: 29/03/2018
-
Mostrar Resumo
-
Arbovírus são vírus transmitidos por vetores artrópodes hematófagos que podem causar doenças em animais e seres humanos. Dengue virus (DENV) é um arbovírus que se encontra mundiamente distribuído e no Brasil, circula de forma endêmica desde a década de 80. A ocorrência de surtos anuais tem sido facilitada pela co-circulação dos quatro sorotipos (DENV1-4) em vários municípios. Mais preocupante ainda, é que grande parte das infecções são assintomáticas e quando sintomáticas, podem evoluir com manifestações hemorrágicas ou neurológicas fatais. Adicionalmente, outros arbovírus como Chikungunya virus (CHIKV) e Mayaro virus (MAYV) estão emergindo de forma alarmante em diversas regiões brasileiras. O primeiro, foi inserido no Brasil em 2014 e desde então disseminou-se rapidamente por vários estados, causando surtos e epidemias de uma doença debilitante que cursa com intensa e duradoura artralgia. Já MAYV, apresenta-se prevalente na região Norte e vem se destacando pelo aumento da incidência em áreas não endêmicas, com sintomas semelhantes aos ocasionados por CHIKV. Estas arboviroses representam um sério desafio à saúde pública, pois podem ser transmitidas por mosquitos antropofílicos do gênero Aedes, que estão amplamente distribuídos em áreas urbanas e peri-urbanas. Além disso, as manifestações clínicas apresentadas pelos pacientes podem ser agravadas em casos de co-infecções (entre arbovírus) ou na presença de outras comorbidades, dificultando tanto o diagnóstico diferencial como as ações de vigilância em saúde associadas ao monitoramento e controle dos surtos. Diante do aumento no número de casos, este estudo objetivou investigar a dinâmica de circulação dos arbovírus Dengue virus, Chikungunya virus e Mayaro virus no Estado do Piauí nos anos de 2016 e 2017. Foram coletadas 578 amostras de soro de pacientes com suspeita de infecção por arbovírus. Destas, 115 foram extraídas e analisadas através da técnica de RT-PCR, utilizando iniciadores que amplificam a região dos genes que codificam as glicoproteínas NS5 de DENV, E1 e E2 de CHIKV e E1, E2 e E3 de MAYV. Do total de amostras testadas, três foram positivas para detecção de DENV, sendo possível identificar os sorotipos DENV-2 e DENV-4. Um paciente apresentou-se co-infectado por DENV-1 e CHIKV. Por outro lado, 32 amostras foram positivas para detecção de CHIKV, indicando a circulação e disseminação crescente deste vírus no estado. Uma amostra foi positiva para MAYV, sugerindo possível infecção por este arbovírus. A partir destes resultados, treze amostras foram enviadas para o sequenciamento parcial dos genes E1 e E2 de CHIKV para confirmação da circulação. A análise filogenética revelou que a linhagem circulante no Piauí pertence ao genótipo do Oeste-Central-Sul Africano (ECSA), que foi introduzido no Brasil em 2014 através do estado da Bahia. Adicionalmente, observamos que os vírus isolados neste estudo se agruparam com outros isolados brasileiros da região Nordeste. O monitoramento clínico de pacientes acometidos por CHIKV mostrou que 14 dos 32 pacientes positivos evoluíram para a fase crônica, apresentando sintomas cuja duração variou de 4 a 12 meses. Em conjunto, estes dados poderão auxiliar a vigilância epidemiológica a traçar estratégias eficazes de monitoramento da circulação viral e controle vetorial, na tentativa de prevenir futuras epidemias arbovirais na população piauiense.
|
|
|
-
BRUNA DA SILVA SOUZA
-
Avaliação Toxicológica das Proteínas do Látex da Plumeria Pudica em Modelo de Camundongos
-
Orientador : JEFFERSON SOARES DE OLIVEIRA
-
Data: 22/02/2018
-
Mostrar Resumo
-
Muitos são os relatos sobre diferentes efeitos farmacológicos promovidos por moléculas obtidas a partir do látex de várias plantas, como é o caso da Plumeria pudica. As proteínas presentes em seu látex foram relacionadas às suas propriedades anti-inflamatória, anti-nociceptiva e antidiarreica. Considerando os resultados relevantes já apresentados pelo látex de P. pudica esse trabalho, teve como finalidade avaliar os aspectos toxicológicos do tratamento agudo e subcrônico de camundongos com as proteínas do látex de Plumeria pudica (PLPp). Os ensaios de toxicidade foram realizados com camundongos Swiss (n=24) que receberam uma dose diária de 40 mg/kg de PLPp ou solução salina 0,9% intraperitoneal (i.p.) por 10 ou 20 dias consecutivos, referentes ao período de avaliação da toxicidade aguda e subcrônica, respectivamente. Foram avaliados o perfil comportamental, hematológico, bioquímico e histopatológico desses animais. Para determinação da DL50 os camundongos (n=6) receberam uma dose única de 300 mg/kg ou 2000 mg/kg e foram observados quanto a presença de sinais clínicos ou morte dos mesmos, durante 14 dias após a administração. Adicionalmente uma análise proteômica da fração proteica PLPp foi realizada utilizando espectrometria de massas objetivando a identificação de proteínas presentes na amostra. Não foram observadas alterações significativas no peso corporal e nos órgãos dos animais tratados com PLPp durante avaliação aguda e subcrônica. A contagem total e diferencial de leucócitos não apresentou diferença significativa entre os grupos. Observou-se aumento significativo de AST no grupo tratado com PLPp para a toxicidade aguda. Não houve diferença significativa nas medidas de ALT, creatinina e ureia entre o tratamento com solução salina e PLPp para os dois períodos de avaliação. Em relação ao exame histopatológico, observaram-se discretas alterações como leve congestão no rim e baço dos animais para a avaliação aguda e subcrônica respectivamente. O nível de GSH no rim foi significativamente maior em animais tratados com PLPp no ensaio de toxidade aguda, porém não foram observadas diferenças para a avaliação subcrônica. Os níveis de MDA e MPO no fígado, baço e rim não apresentaram diferença significativa. A fração PLPp não se mostrou letal nas doses de 300 e 2000 mg/kg,sendo a DL50 definida como de classe 5 (faixa de 2000-5000mg/kg). Porém, os animais tratados com estas doses apresentaram alguns sinais de toxicidade como diminuição da atividade geral, dificuldade de locomoção, redução da resposta aos reflexos auricular e corneal, e a estímulos como toque, aperto de cauda e ao reflexo de endireitamento. Além de apresentarem irritabilidade, ptose, piloereção, hipotermia e respiração ofegante. Esses sinais foram observados nas primeiras horas após a administração, no entanto, a maioria não persistiu mais que 24h. A análise de PLPp por espectrometria de massas revelou a presença de proteases cisteínicas, quitinases e outras proteínas comumente encontradas em fluidos laticíferos. A fração PLPp quando administrada por via intraperitoneal apresenta baixa toxicidade. Mais estudos devem ser realizados para o estabelecimento do seu uso seguro.
|
|
|
-
DAVID DI LENARDO
-
AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES URINÁRIAS E RENAIS NA PERIODONTITE INDUZIDA EM RATOS
-
Orientador : DANIEL FERNANDO PEREIRA VASCONCELOS
-
Data: 06/02/2018
-
Mostrar Resumo
-
A periodontite é uma doença inflamatória e crônica do periodonto, sendo causada pela atividade bacteriana presente na região do sulco gengival, responsável por provocar danos teciduais e reabsorção do osso alveolar. Esses danos são provocados pela ação do próprio organismo através da liberação de inúmeros fatores inflamatórios. A doença pode também provocar efeitos sistêmicos, dentre eles, alterações na estrutura renal. A liberação de citocinas provoca o aumento do estresse oxidativo nos rins, causando: alterações nas estruturais e congestão glomerular. Este estudo tem como objetivo analisar as alterações renais e funcionais do sistema urinário, bem como, mensurar os cristais na urina de ratas com periodontite induzida com progressão por 20 e 40 dias. Foram utilizadas 24 ratas sendo divididas em três grupos de oito animais cada: Grupo Controle composto por animais sem periodontite induzida, P20 e P40 compostos por animais com periodontite induzida e eutanasiados após vinte dias e quarenta dias respectivamente. As ratas foram submetidas às análises clínicas como: índice de profundidade da bolsa, índice de sangramento gengival, mensuração da altura óssea alveolar e mobilidade dentária. Além disso, foram feitas análises histomorfométricas dos corpúsculos renais e mensuração do sedimento urinário. Foi realizado também, dosagens em amostras séricas e urinárias de creatinina, ureia e ácido úrico, assim como: da glutationa reduzida, malondialdeído, dos tecidos renais, e mieloperoxidase da gengiva. Os resultados clínicos mostraram que o modelo utilizado para induzir a periodontite foi efetivo. Observaram-se alterações histomorfológicas nas estruturas dos corpúsculos renais dos animais com periodontite. Os resultados dos marcadores de função renal não apresentaram mudanças significativas entre os grupos. Com relação à análise do sedimento urinário, o número de cristais foi aumentado nos grupos periodontite e a área dessas estruturas aumentou significativamente no grupo P40. O intuito deste trabalho é complementar os achados de alterações renais provocado pela periodontite e melhor entender o mecanismo que atua em tais mudanças.
|
|
|
-
REYCA RODRIGUES E SILVA
-
Papel do óxido nítrico e da COX-2 no efeito protetor do β-cariofileno em modelo de mucosite intestinal induzida por 5-fluorouracil
-
Orientador : GILBERTO SANTOS CERQUEIRA
-
Data: 31/01/2018
-
Mostrar Resumo
-
A mucosite é uma síndrome caracterizada por ulceração de toda mucosa do TGI, e ocorre em cerca de 40% dos pacientes com câncer tratados com o 5-fluorouracil, porém ainda não existe uma abordagem terapêutica específica para esta patologia. O β-cariofileno (BCF) é um sesquiterpeno que vem sendo amplamente estudado, por demonstrar efeito antioxidante e anti-inflamatório em diversas condições inflamatórias. Neste contexto, o presente estudo visa investigar o efeito do BCF em modelo de mucosite intestinal induzida por 5-FU. Camundongos Swiss machos receberam salina (0,9%, i.p.) ou 5-FU (450 mg/Kg, i.p. dose única). Após 24h da administração de 5-FU, administrou-se BCF (10, 30 ou 100 mg/kg, gavagem) durante dois dias e os animais foram eutanasiados no quarto dia do protocolo experimental. Os segmentos do intestino delgado foram coletados para a análise dos seguintes parâmetros: perda ponderal, alterações histológicas, leucograma, dosagens de MDA, GSH, MPO, contagem de mastócitos, marcação de IL-1β por imunohistoquímica, dosagem de NO, expressão gênica de iNOS por qPCR, e marcação de COX-2 por imunohistoquímica. O BCF não preveniu a perda de peso induzida pelo 5-FU, porém, na dose de 10mg/kg, preveniu a leucopenia e reduziu as alterações histopatológicas induzidas pelo quimioterápico no duodeno. O BCF também reduziu (p<0,05) o estresse oxidativo (por diminuir os níveis de MDA e aumentar GSH) e a inflamação (por reduzir os níveis de mastócitos, MPO e expressão de IL-1β) induzida pelo 5-FU. No duodeno, a administração de L-NAME ou celecoxibe promoveu um efeito sinérgico ao do BCF, reduzindo (p<0,05), respectivamente, a expressão de iNOS e a imunomarcação de COX-2, quando comparado ao grupo tratado com 5-FU. Diante disto, os resultados indicam que o BCF apresenta um efeito protetor na mucosa intestinal, por demonstrar propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, o qual parece ser mediado pela inibição via do NO e da COX-2, em modelo de mucosite intestinal induzida por 5-FU.
|
|
|
|
-
JOÃO ANTÔNIO LEAL DE MIRANDA
-
EFEITO DA GOMA DO CAJUEIRO (Anacardium occidentale L.) NA MUCOSITE INTESTINAL INDUZIDA POR 5-FLUOROURACIL
-
Orientador : GILBERTO SANTOS CERQUEIRA
-
Data: 31/01/2018
-
Mostrar Resumo
-
A mucosite intestinal é uma complicação frequente no tratamento do câncer com agente quimioterápico 5-fluorouracil (5-FU). Até o momento ainda não existe tratamento eficaz deste agravo. Na busca de novas alternativas terapêuticas para a redução dos efeitos colaterais oriundos do 5-FU no tratamento do câncer, vários produtos naturais tem sido testados. A Goma do Cajueiro (GC) (Anacardium occidentale L.) tem sido reportado, como um potente anti-inflamatório, bem como atividade antibacteriana, antifúngica, anti-leishmaniose e antiulcerogênica. Diante disso, o presente estudo objetiva avaliar o efeito da Goma do Cajueiro, um heteropolissacarídeo extraído do exsudato de Anacardium occidentale L., na mucosite intestinal induzida por 5-fluorouracil em camundongos Swiss. Para isso, foram utilizados camundongos Swiss (25-30 g), dos quais foram divididos em 5 grupos (n=6), que correspondem a grupo salina, grupo 5-FU, GC 30, GC 60, GC 90. Seguido os quatro dias de tratamento, os animais foram eutanasiados, e porções dos segmentos intestinais foram removidos para avaliação da mucosite, através dos parâmetros análise ponderal, taxa de mortalidade, análise histopatológica e morfométrica, leucograma, malondialdeído (MDA), mieloperoxidase (MPO), Glutationa (GSH), contagem de mastócitos, imunohistoquimica para interleucina 1 beta (IL-1β) e cicloxigenase 2 (COX-2). O 5-FU causou intensa perda ponderal, comprometimento da barreira epitelial, promovendo a redução da altura das vilosidades, perda da integridade do epitélio intestinal caracterizada por descontinuidade do tecido, além de vacuolização das células da mucosa intestinal e intenso infiltrado de células inflamatórias comparadas ao grupo salina. Por outro lado, a GC 90 (goma do cajueiro na concentração de 90 mg/kg) preveniu as alterações histopatológicas promovidas por 5-FU; bem como diminuiu o estresse oxidativo, através da atenuação dos níveis de MDA e aumento da concentração de GSH; diminuiu o processo inflamatório, através da diminuição de MPO, contagem de mastócitos teciduais, expressão de IL-1β e COX-2 e iNOS. A GC 90 também reverteu a leucopenia provocada pelo tratamento com 5-FU, mas não foi capaz de reverter a perda ponderal. Conclui-se que a GC 90, reverteram os efeitos da mucosite intestinal induzida pelo 5-FU, figurando-a com um agente protetor na mucosite intestinal induzida por quimioterápico.
|
|
|
-
ANA PATRÍCIA DE OLIVEIRA
-
Efeito protetor do Lactobacillus reuteri DSM 17 938 na lesão gástrica induzida por etanol em camundongos: papel da inibição do receptor TRPV1
-
Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
-
Data: 24/01/2018
-
Mostrar Resumo
-
O etanol tem a capacidade de lesar diretamente a mucosa gástrica, e um dos mecanismos pelos quais ele causa este dano é através da ativação dos receptores de potencial transitório do tipo vanilóide 1 (TRPV1), liberação de Substância P (SP) e ativação do receptor de neuroquinina tipo 1 (NK1). Algumas bactérias ácido-lácticas e seus produtos possuem atividade gastroprotetora em lesões induzidas pelo etanol, com diminuição dos níveis de SP. Além disso, Lactobacillus reuteri DSM 17938, exibe atividades terapêuticas por meio da inibição do TRPV1. Assim, este estudo avaliou o efeito do L. reuteri nas lesões gástricas induzidas por etanol e seu possível mecanismo de ação. Camundongos swiss (25-30g) foram pré-tratados oralmente com solução salina (0,9%) ou 108 UFC de L. reuteri por 14, 7 e 3 dias. No quarto, oitavo e décimo quinto dia, os animais suplementados com DSM e solução salina receberam etanol a 50% (0,5 mL / 25 g v.o.) ou solução salina. Para avaliar o papel da inibição da ativação do TRPV1 ou do NK1, os camundongos suplementados com Lactobacillus reuteri receberam resiniferatoxina (RTX-3 nmol/kg) via oral com etanol a 50% e 1 μmol/L para 20 g, via i.p. de SP no quarto dia, respectivamente. As amostras de cada estômago foram removidas para avaliação macroscópica, histopatológica e análises bioquímicas (Malondialdeído-MDA, Nitrito- Nox, Glutationa-GSH e Superóxido dismutase-SOD). Foi realizada imuno-histoquímica para TRPV1, e a concentração de substância P foi mensurada por ELISA. Também foi avaliado o muco aderido à parede gástrica e a secreção ácida. L. reuteri DSM 17938 reduziu o dano gástrico induzido pelo etanol (P <0,001). 3 dias de pré-tratamento com L. reuteri apresentou taxa de inibição da lesão de 90,26%. L. reuteri também reduziu os níveis de MDA e nitrito quando comparado ao grupo lesado (P<0,01) e manteve os parâmetros antioxidantes basais de GSH e SOD (P <0,001). Os efeitos da suplementação de L. reuteri foram significativamente revertidos com a administração de RTX, com aumento de MDA e Nox (P <0,001) e diminuição de GSH e SOD (P <0,0001). Lactobacillus reuteri não foi capaz de prevenir a lesão causada pela administração de SP e etanol. A expressão de TRPV1 foi significativamente menor no grupo tratado, quando comparado ao grupo lesionado. O conteúdo de substância P no tecido gástrico foi reduzido com o probiótico, em comparação ao grupo lesado (P<0,05). Além disso, o L. reuteri elevou os níveis de muco na mucosa gástrica e manteve os níveis basais de secreção de ácido (p <0,05). Assim, o estudo demonstra os efeitos protetores de L. reuteri no dano gástrico induzido pelo etanol, que em parte se dá pela inibição da ativação do receptor TRPV1, com redução de substância p e do estresse oxidativo.
|
|