Esta revisão integrativa da literatura teve por objetivo identificar os resíduos da agroindústria utilizados na ensilagem de gramíneas forrageiras tropicais. A revisão seguiu um protocolo desenvolvido conforme a estratégia mnemônica PVO (population, variable of interest, outcome) para definir a questão norteadora da pesquisa: “Quais são os resíduos da agroindústria utilizados como aditivos na ensilagem de gramíneas forrageiras tropicais? A busca foi realizada nas bases de dados Wiley Online Library, Web of Science (Coleção Principal) e SCOPUS (Elsevier) através de uma única busca cruzada com descritores previamente determinados. Foram selecionados trabalhos em qualquer idioma e sem corte temporal e regional. O Brasil é o principal país que pesquisa sobre o uso dos resíduos da agroindústria na ensilagem de gramíneas forrageiras tropicais, contando com 89,66% dos estudos. A gramínea forrageira tropical mais estudada (34,21%) foi Pennisetum purpureum (capim-elefante). Dentre os resíduos da agroindústria mais avaliados nos trabalhos têm-se: polpa cítrica (13,79%) e casca de café (12,07%). A adição de resíduos da agroindústria na ensilagem foi avaliada em 58 artigos, as principais alterações observadas no produto ensilado foram redução no pH em 56,90%, N-NH3 em 63,79%, capacidade tampão em 6,90%; dos ácidos acético, propiônico e butírico em 20,69%, 17,24% e 18,97%, respectivamente; e aumento do teor de ácido lático em 32,76% dos trabalhos. As perdas por gases e efluentes também apresentaram redução com a adição dos resíduos, em 27,59% e 32,76% dos trabalhos na ordem citada. Conclui-se que a polpa cítrica e a casca de café são os principais resíduos agroindustriais usados na ensilagem de gramíneas tropicais, melhorando o processo fermentativo.