Os dispositivos de detecção eletroquímica recentemente vêm despertando interesse no âmbito da ciência e tecnologia, destacando-se na análise detalhada de diversos processos. Apesar de promover características como alta sensibilidade, baixo custo, possibilidade de miniaturização e entre outras; uma melhoria na atividade química ainda pode ser alcançada com a modificação da superfície de eletrodos para o fabrico de sensores, viabilizando a identificação de diferentes substâncias por técnicas eletroquímicas. Na análise clínica, por exemplo, limitações em metodologias utilizadas para identificar baixas concentrações de testosterona apontam a necessidade do desenvolvimento e elaboração de novos métodos. Em consequência dessas observações, este trabalho teve como objetivo um estudo sobre o desenvolvimento de um sensor para a detecção de testosterona por voltametria cíclica em um eletrodo de ouro modificado com um filme de polianilina. Os experimentos foram realizados através de um sistema eletroquímico AUTOLAB, equipado com software Nova 2.0.1, conectado a uma célula de três eletrodos. O perfil no voltamograma resultante da modificação do eletrodo de ouro apresentou dois pares de processo redox na faixa de 0,0 V a 0,8 V (vs Ag/AgCl, KClsat. 3 mol L-1), indicando que a polianilina eletrodepositada foi dopada pelo ácido sulfúrico usado como eletrólito de suporte. O novo eletrodo proposto, exibiu boa detecção a testosterona na faixa de 10-5 a 10-3 mol L-1, sendo que o menor valor detectável foi definido na ordem de 10-5 mol L-1 e os picos de oxidação e redução estavam situados em torno de 0,60 V e 0,20 V, respectivamente. O processo foi, então, classificado como redox quase-reversível, já que a diferença entre os potenciais de pico (ΔEp) foi de 0,34 V e a razão entre as correntes de pico (Ipa/Ipc) de 0,80.