Existem estudos sobre óleos brasileiros do Cretáceo. Muitos biomarcadores aromáticos como carotenoides aromáticos e aril isoprenoides foram reportados em óleos da Bacia Sergipe-Alagoas. No entanto, não encontramos nenhum trabalho que abordasse a distribuição de n-alquilaromáticos nesses óleos, provavelmente bela baixa abundância e problemas de coeluição, além da complexidade da fração aromática. Os n-alquilaromáticos (n-alquilbenzenos (ϕ-Cn), toluenos (ϕT-Cn), xilenos e mesitilenos) foram e ainda são alvo de muitas investigações, e podem ser ferramentas valiosas em estudos geoquímicos e ambientais. Os óleos estudados SEAL1 (marinha) e SEAL2 (lacustre), apresentaram distribuição de n-alquilaromáticos variando de ϕ-C7 a ϕ-C25 e de ϕT-C7 a ϕT-C25, para SEAL1 e de ϕ-C9 a ϕ-C29 e de ϕT-C9 a ϕT-C29 para SEAL2. A distribuição assemelha-se à de n-alcanos, o que de acordo com alguns autores sugere que ambos possuam os mesmos precursores. Existem várias teorias sobre a origem desses bioindicadores, muitas delas listadas nesse trabalho. A utilização de técnicas como GC-MS/MS e GC×GC-TOFMS, aliada a síntese e coinjeção de padrões mostraram-se muito úteis para identificação desses indicadores nas amostras estudadas.