Novos materiais poliméricos foram sintetizados por copolimerização via metátese por abertura do anel (ROMCP), a partir do monômero norborneno (NBE) copolimerizado com seus derivados ésteres do tipo NBE-(COOR)2 ou com o ácido 5-norborneno-2-carboxílico (NBE-COOH). Os monômeros ésteres foram sintetizados por reações de esterificação do ácido 5-norborneno-2,3-dicarboxílico (NBE-COOH)2 com metanol ou etanol, catalisado por ácido clorídrico. Os monômeros ésteres foram analisados por Cromatografia Gasosa acoplada ao Espectrômetro de Massas (CG-EM). ROMCP de NBE com NBE-(COOR)2 foram realizados em diferentes proporções de co-monômeros à 55 ºC, pelo método de síntese one-pot, em sistema não inerte com catalisador de Grubbs de Primeira Geração (G1) para catalisar a reação. Realizou-se também a ROMCP de NBE com NBE-COOH em diferentes proporções molares, seguindo o mesmo método de síntese. No entanto, pela dificuldade de polimerização em atmosfera não-inerte, estas sínteses foram realizadas em sistema inerte purgado com N2 (g). G1 também foi o catalisador, mas diferente das reações com monômeros ésteres, em alguns casos SnCl2 foi utilizado como co-catalisador. O alongamento do grupo alifático dos ésteres (de metil e etil) favoreceu os rendimentos da copolimerização, alcançando cerca de 40% nas reações com 0,5 mL dos monômeros ésteres. Os copolímeros obtidos foram analisados por TG/DTG. Nos copolímeros de poli(NBE-co-NBE-(COOR)2), foi possível observar três etapas de degradação. Estas perdas de massa em cerca de 200 ºC, 260 ºC e a última variando entre 300 à 320 ºC, podem ser atribuídas à evaporação do solvente, monômeros e oligômeros que não reagiram; à degradação do grupo pendente presente na cadeia polimérica, referente ao diéster; e por fim à degradação da cadeia principal do copolímero. Para poli(NBE-co-NBE-COOH), as análises apresentaram apenas um processo de degradação térmica, variando na faixa de 220 ºC à 248 ºC de acordo com as diferentes condições reacionais, referente à degradação do grupo pendente e cadeia principal do copolímero. Somente houve formação de copolímeros em todas as proporções, à 55 ºC, no tempo de 24 h, quando foi adicionado SnCl2. Os rendimentos foram baixos, mostrando um maior valor, quando a quantidade de NBE foi o dobro da quantidade de NBE-COOH na presença de SnCl2. A razão entre os co-monômeros e seu grupo pendente, são importantes para direcionar a aplicação nesta classe de monômeros em ROMCP. Além disso, a adição de halogeneto de Sn (II) pode ter um efeito positivo nas reações de ROMCP, favorecendo a formação do copolímero.