Este trabalho de doutorado está dividido em cinco capítulos. O primeiro capítulo aborda os métodos teóricos que foram utilizados nas metodologias computacionais dos capítulos três e cinco. O capítulo dois apresenta uma revisão da literatura sobre o mosquito Aedes aegypti, sobre a proteína AeSCP2L2 e sobre a espécie amburana cearensis. O capítulo três apresenta um estudo feito com possíveis cândidos a agentes larvicidas do Aedes aegypti. O capítulo quatro é uma revisão da literatura sobre a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) e sobre a espécie Mauritia flexuosa L.. O capítulo cinco apresenta um estudo com possíveis candidatos a agentes inibidores da principal peptidase da SARS-coronavirus (2GBT peptidase). Os resultados do trabalho desenvolvido no capítulo três mostraram que os melhores valores enérgicos de Ancoragem foram com as moléculas β-amyrin (ΔGbind=−9,86 Kcal mol−1), Campesterol (ΔGbind=−10,25 Kcal mol−1), γ-Sitosterol (ΔGbind=−10,44 Kcal mol−1) e Stigmasterol (ΔGbind=−10,63 Kcal mol−1). O coeficiente de correlação de Pearson entre ΔGbind e χ foi bom, com valor de r igual a −0,604. A maior energia de interação nas Simulações de Dinâmica Molecular foi entre o ligante Campesterol e a proteína AeSCP2L2 (−210,254± 1,63 KJ mol−1). A predição ADMET das moléculas β-amyrin, Campesterol, γ-Sitosterol e Stigmasterol mostraram que o Stigmasterol é bastante hidrofílico com LogPo/w e LogS iguais a 8,56 and 8,56, nenhuma das moléculas penetrou a BBB e nem foi inibitória da P-gp, somente o Stigmasterol foi inibitório da proteína CYP2C9 e seu LogKp foi igual a −2,74 cm s−1. Em relação ao capítulo cinco, os resultados de Ancoragem revelaram energias de interação favoráveis na formação de complexos entre a 2GTB peptidase (principal peptidase da SARS-CoV) com os ligantes 13-cis-β-carotene (ΔGbind = −10,23Kcal mol-1), 9-cis -β-carotene (ΔGbind = −9,82Kcal mol-1), e α-carotene (ΔGbind = −8,34Kcal mol-1) presentes no extrato da Mauritia flexuosa L.. As Simulações de Dinâmica Molecular mostraram interações consideráveis paras esses ligantes, com ênfase no α-carotene. Assim, esses resultados teóricos incentivam e possibilitam direcionar estudos experimentais in vitro e in vivo, essenciais no desenvolvimento de novos larvicidas e fármacos com ação inibitória para o Aedes aegypti e para o SARS-coronavírus.