O interesse nos minerais contendo ânions molibdato (MoO42–) surgiu no começo do século XX devido ao seu valor comercial. Os compostos à base de molibdato de fórmula geral MxMoO4.OHy, em que M é um cátion bivalente (Ca2+, Cu2+, Fe2+, Ni2+, Sr2+, etc.), são materiais inorgânicos de importância científica e tecnológica, dentre esses compostos tem-se a lindgrenita, Cu3(MoO4)2(OH)2. A síntese da lindgrenita está no centro das pesquisas em nanoescala, porque diferentes morfologias podem determinar a aplicação do material. Uma das metodologias mais eficientes e simples para a obtenção de molibdatos, como a lindgrenita, é a coprecipitação (CP) assistida por tratamento ultrassônico (SQ). Neste trabalho, a lindgrenita foi sintetizada a partir dos precursores, Cu(NO3)2.3H2O e Na2MoO4.2H2O puros, foram utilizados como materiais de partida em pH iguais a 4 e 8, respectivamente. O precipitado esverdeado obtido, analisado por DRX mostrou que a lindgrenita possui uma estrutura monoclínica pura. Os picos presentes nos difratogramas da amostra estão em boa concordância com as informações cristalográficas contidas no cartão ICSD no. 30946. Os resultados obtidos a partir das análises espectroscópicas IV e Raman dos materiais monoclínicos mostraram uma boa concordância com os dados da literatura. A partir da análise de UV-Vis foi calculado o valor de 2,52 eV para o band gap da lindgrenita. A análise morfológica (MEV-FEG) mostrou que as estruturas esféricas são formadas por microplacas irregulares condensadas e os tamanhos variados das partículas são resultado de diferentes graus de condensação das microplacas. A análise TG – DT indicou que as microestruturas de Cu3(MoO4)2(OH)2 são materiais estáveis termicamente até 300 °C. Esses resultados indicam que o método de síntese empregado leva a obtenção de amostras puras de lindgrenita.