CELULOSE PURA E MODIFICADA COM AMINOETANOTIOL COMO ADSORVENTES DE CORANTE INDUSTRIAL
Celulose. Modificação. Caracterização. Adsorção. Corante vermelho
O biopolímero natural celulose, foi inicialmente clorado, no carbono 6 da estrutura polimérica com grau de substituição 0,99 + 0,01% e, em seguida, reagiu com aminoetanotiol, para formar um composto com diferentes centros básicos. Através da análise elementar comprovou-se que duas moléculas reagiram e que foi incorporado duas quantidades de enxofre para uma de nitrogênio, havendo assim a liberação da amônia. O espectro de infravermelho e do RMN 13C para o material modificado comprovou através da comparação com a celulose pura a incorporação do aminoetanotiol na celulose. O DRX mostrou a perda da cristalinidade e o TG comprovou mesmo perfil de outros biopolímeros modificados. A matriz obtida mostrou-se eficiente na remoção do corante vermelho de remazol em meio aquoso com capacidade de adsorção em pH 2,0 e também adquirindo capacidade de adsorção em pH 9,0, comparado com a celulose pura. Para a celulose pura em pH 2,0, o tempo de equilíbrio de adsorção foi atingindo em torno 200 min e para celulose modificada com aminoetanotiol em meio ácido foi de 100 min e em meio básico, foi de 160 min. O estudo cinético para os sistemas seguem o modelo pseudo segunda ordem. As isotermas de adsorção para os sistemas estudados nas temperaturas de 35, 45 e 55 oC obedeceram ao modelo de Langmuir, com capacidade de adsorção para celulose pura em pH 2,0 de 5,97 mg g-1 , 5,64 mg g-1 e 4,62 mg g-1 e para celulose modificada com aminoetanotiol em pH 2,0 de 76,00 mg g-1 , 78,00 mg g-1 e 78,00 mg g-1 e em pH 9,0 de 20,00 mg g-1, 24,00 mg g-1 e 26,00 mg g-1 , respectivamente, o processo de adsorção nas matrizes estudadas para as temperaturas citadas é favorável e espontâneo. A adsorção em meio ácido ocorrem por interações eletrostáticas e em meio básico por interações covalentes e/ou ligações de hidrogênio. E para celulose modificada com aminoetanotiol, estes resultados e o estudo cinético e a capacidade de adsorção comprovam que a adsorção por interações eletrostáticas são mais rápidas e eficientes que a por interações covalentes e/ou ligações de hidrogênio.