Os elementos de terras raras, incluindo o lantânio, têm propriedades farmacológicas, como antimicrobiana, anticoagulante e anticâncer. Nanopartículas de lantânio têm sido estudadas para aplicações biomédicas. Este trabalho descreve a obtenção de um sistema core-shell nanoparticulado de La2O3 e BSA por via precipitação química, para investigar suas características físico-químicas e a atividade biológica do compósito formado. As análises de FTIR, DLS, DRX, potencial Zeta e TG mostraram que a BSA se ligou eficientemente à superfície das nanopartículas de La2O3, resultando em um tamanho médio de partículas de 99,3 ± 5,65 nm e PDI de 0,406 ± 0,13 caracterizando um sistema nanoparticulado e monodisperso e conservando a estrutura cristalina hexagonal das nanopartículas de La2O3, além disso a adsorção da BSA também aumentou a cristalinidade das nanopartículas, devido a compressão da célula unitária das nanopartículas de La2O3 e mostrou possuir excelente estabilidade térmica. A quantidade de BSA na camada superficial das nanopartículas produzidas na faixa de pH 5,0 a 8,0 foi calculada utilizando o ensaio de Bradford, a quantificação da camada de BSA na superfície das nanopartículas provou que o aumento do pH promove maior adsorção da proteína devido a repulsão de grupos de fosfato da superfície. A toxicidade das nanopartículas também foi avaliada por meio do ensaio hemolítico, os resultados mostraram que a adsorção de proteína na superfície das nanopartículas e a utilização do tampão fosfato para a síntese do sistema são fatores determinantes para redução da toxicidade do mesmo. O sistema La2O3@BSA pode ser uma opção viável para aplicações biomédicas e pode ser utilizado em testes in vitro e in vivo para investigar sua eficácia