A concentração dióxido de carbono (CO2) tem aumentado drasticamente na atmosfera e estudos têm sido desenvolvidos mitigar este problema ambiental. Neste trabalho foi avaliado o efeito do substrato condutor nas propriedades estruturais, ópticas e fotoeletroquímicas de filmes de óxidos de cobre (Cu2O e CuO) eletrodepositados em espuma de níquel (Ni) e vidro-FTO, preparados em diferentes condições de pHs. Medidas de difração de raios X revelaram que, após a eletrodeposição, o óxido apresenta estrutura cubica para o Cu2O. Esta fase é convertida para estrutura monoclínica, com o tratamento térmico em 500 ºC. Sinais de baixa intensidade em 2θ igual a 37,6º sugerem a formação de NiO, durante a formação do Cu2O. A caracterização óptica mostrou que os filmes de Cu2O apresentam uma energia de banda proibida (Ebg) de cerca de 2,3 eV, enquanto o CuO possui uma Ebg de 2,6 eV. Os filmes que apresentaram menores valores de Ebg foram os preparados em pH 8, tendo espuma de niquel com substrato. Imagens de microscopia eletrônica de varredura revelaram que os filmes de Cu2O são formados por microcristais no formato de pirâmides. O tratamento térmico altera essa morfologia característica do Cu2O para partículas de formato não definidos. Os filmes depositados sobre a espuma de Ni mostram uma maior distribuição das partículas, e sugerem uma maior área de contato dos filmes com o eletrólito do meio reacional. Medidas fotoeletroquímicas indicaram claro comportamento de semicondutor tipo-p para os filmes de CuO, tratados termicamente a 500ºC. Contudo, os filmes de Cu2O depositados sobre espuma de Ni apresentam um comportamento de junção p-n, que pode ser atribuído ao NiO formado na síntese eletroquímica. Considerando os valores de fotocorrentes registradas, as condições mais promissoras para os filmes foram obtidos para eletrodos depositados sobre substrato espuma condutora de níquel, em pH 8. Este filme de Cu2O foi investigado como fotoeletrodo em célula fotoeletroquímica com CO2 pressurizado e vapor de água, para avaliar a conversão do gás poluente em hidrocarbonetos. Amostras gasosas foram coletadas em tempos adequados e avaliadas por medidas de FTIR, em célula de Quartzo. Os estudos indicam uma ótima resolução do sistema óptico para detecção de hidrocarbonetos de cadeias pequenas, tais como metano, metanol e propano. Contudo, considerando as condições experimentais investigadas, ainda não foi possível observa fotoeletrocatálise de CO2.