A literatura expõe a necessidade de o homem compreender sua realidade, também, através dos escritos e dos diversos estudos de natureza qualitativa e quantitativa. Assim sendo, entender o processo educativo, bem como sua prática, torna-se uma alternativa para exemplificar soluções às demandas emergentes no campo da educação. Nesse viés, a presente pesquisa parte da compreensão da prática educativa (PE) dos itinerários formativos (IFs) do ensino médio (EM) na educação profissional de nível técnica (EPT), a partir da reforma instituída pela Lei nº 13.415/17, onde propões a formação geral básica e os IFs como parte da carga horária total do currículo. Ainda assim o texto alicerça-se LDB (1996) e nos diversos documentos oficiais e leis que regulamentam o EM no Brasil, sobretudo as prerrogativas apresentadas pelo Ministério da Educação (MEC) ao longo da história. O estudo tem como objetivo geral compreender a PE, no EM articulado à EPT, por meio dos IFs, na rede estadual de Teresina-PI para adentrar nos objetivos específicos de caracterizar a prática educativa, identificar o perfil dos professores do EN, no âmbito dos IFs e descrever os limites e possibilidades da PE nos IFs. . Metodologicamente, a pesquisa é caracterizada como qualitativa, com viés etnomedológico do tipo descritiva. Como instrumentos de coleta de dados têm-se a observação participante, questionário, entrevista, diário de campo e análise documental. A pesquisa foi desenvolvida em uma escola pública da rede estadual de ensino técnico-profissionalizante, localizada no munício de Teresina-PI, tendo como participantes, professores que ministram os IFs e alunos dos diferentes cursos técnicos ofertados na instituição. Para organizar, interpretar e compreender os dados da investigação, foram utilizadas ideias referentes tanto da análise de conteúdo por meio de categorias explicitadas por Bardin (1977) e da Hermenêutica-Dialética discutida e Minayo (1998). Os resultados discorrem acerca dos elementos que constituem a PE dos IFs, mediante a análise dos professores, são formação continuada, estrutura física, diálogos e trocas, currículo, bases teóricas, gestão da aprendizagem, formas de avaliar, compreensão social, materiais didáticos e a cultura escolar. Por conseguinte, entende-se que a configuração do EM integrado ainda necessita de adequações, visto a realidade brasileira e as pesquisas recentes, as quais reafirmam tal proposição. Além disso, há uma necessidade de compreender o que são os IFs, capacitação dos professores e comunidade escolar em geral deles, formação adequada para ministra-los e estruturação das escolas para receber esses percursos formativos. Ainda assim, percebe-se, na fala dos estudantes, a necessidade de encontro pessoal e entendimento do que são os IFs. Para muitos deles, os IFs não são necessários e a formação que recebem não é suficiente para terem segurança de alcançar o ensino superior. Verifica-se no discurso que muitos estão indecisos quais aos seus projetos de vida e passam por problemas socioemocionais. Nesse sentindo, o estudo analisa todas essas categorias e, contribui, diretamente na busca por um EM mais justo, realístico e contemplativo.