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Banca de DEFESA: JOALBO MENEZES DE MORAES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOALBO MENEZES DE MORAES
DATA: 14/03/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Remoto Google Meet
TÍTULO: A alimentação de grupos subalternos nos séculos XIX e XX na vila de Santa Isabel do Paraguassú, Bahia
PALAVRAS-CHAVES: Arqueologia da Alimentação, Grupos subalternos, Louças, Garimpo na Bahia
PÁGINAS: 137
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Arqueologia
SUBÁREA: Arqueologia Histórica
RESUMO:

Neste trabalho, analisei as práticas alimentares de grupos sertanejos – garimpeiros, meeiros, escravos e comerciantes – residentes na vila de Santa Isabel do Paraguassú (atual município de Mucugê), localizada na Chapada Diamantina, Bahia, no último quartel do século XIX e primeiro do século XX. O trabalho foi realizado a partir da análise de fragmentos de louças recuperados em sítios arqueológicos situados no centro da cidade, e de seu confronto com documentos escritos, literários, imagéticos e orais. O emprego deste procedimento visava atingir esses grupos invisibilizados, aproveitando as possibilidades oriundas dos estudos de Arqueologia da Alimentação e, assim, tornar possível o aprofundamento de questões que envolvem seu cotidiano, através do exame das relações entre consciência social, experiência vivida e condições materiais que pudessem indicar mudanças ou permanências nas tradições alimentares locais. Com isso pretendia identificar representações ideológicas incorporadas pelos agentes sociais fixados no espaço urbano de Mucugê, no que tange às inter-relações entre práticas de produção de alimentos, aquisição, consumo e descarte de utensílios; traçar um perfil do sistema social alimentar de Mucugê e perceber os padrões de consumo ligados aos utensílios domésticos oitocentistas, especialmente as louças, ao caracterizar aspectos como origem das peças, datação, tipos e preços. Ao final da análise verificou-se que os grupos-alvo do estudo consumiam de forma preferencial as louças mais baratas, embora a análise da amostra tenha revelado que adquiriam louças caras também, mas sem que fizessem parte de conjuntos (baixelas, aparelhos), como costumam adquirir os grupos elitizados, para consumo de alimentos em ocasiões específicas, seguindo regras de etiqueta. Portanto os grupos estudados apresentavam maior informalidade nas refeições cotidianas, não fazendo uso de regras rígidas.  Até os dias atuais, a base alimentar dos grupos subalternos mucugeenses é pautada nos mesmos alimentos que compunham os “Sacos”, fornecidos pelos interessados na exploração dos garimpos aos trabalhadores do ramo da mineração, no século XIX.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 423455 - SONIA MARIA CAMPELO MAGALHAES
Interno - 1656914 - LUIS CARLOS DUARTE CAVALCANTE
Externo à Instituição - 005.***.***-02 - LUÍS CLAUDIO PEREIRA SYMANSKI - UFMG
Externo à Instituição - 052.***.***-40 - SARAH DE BARROS VIANA HISSA - UFRB
Notícia cadastrada em: 24/02/2025 08:51
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