Essa pesquisa apresenta um banco de dados sobre contextos funerários no Piauí como uma ferramenta para propor uma musealização da morte no Piauí. A contextualização temática aborda questões legais e problemas éticos relacionados à forma como a musealização da morte é tratada em espaços museais, bem como diferentes visões e cosmologias sobre a morte, com o intuito de demonstrar que diferentes povos têm diferentes visões ao lidar com remanescentes humanos. A fundamentação teórica traz conceitos de três áreas, Arqueologia, Banco de Dados e Turismo que, ao se interseccionarem, formam a teoria desse trabalho. A metodologia se divide em duas frentes: a primeira relacionada à aquisição dos dados dessa pesquisa, e a segunda relacionada à criação e modelagem do banco de dados sobre contextos funerários. As informações adquiridas através de extensa pesquisa bibliográfica em repositórios universitários, periódicos e relatórios de Arqueologia no âmbito do licenciamento ambiental identificaram 34 sítios com contexto funerário. Foram categorizados entre seis grupos: Serra da Capivara, Afloramentos Calcários, Corredor Ecológico, Serra das Confusões e São Miguel do Tapuio, além dos Sítios Isolados. As Instituições de Guarda Reconhecidas pelo IPHAN no Piauí também fazem parte dos resultados. Nas discussões levantamos questões relativas ao desenvolvimento da pesquisa, na busca por verificar se é realmente possível que o banco de dados seja utilizado como uma ferramenta para uma contraproposta de musealização da morte, diferente das formas usuais de exposição de remanescentes humanos em museus.