A ejaculação prematura apresenta uma prevalência entre 5 e 15%, descrita como uma ejaculação que ocorre dentro de um período muito curto após a penetração vaginal ou outra estimulação sexual relevante. A mensuração do tempo de latência ejaculatória é frequentemente utilizada na prática clínica e a ultrassonografia é uma ferramenta não invasiva que permite avaliar a mobilidade muscular envolvida. Este estudo teve como objetivo avaliar a relação entre o tempo de latência ejaculatória e mobilidade dos músculos do assoalho pélvico masculino por meio da ultrassonografia transperineal. Trata-se de um estudo transversal, envolvendo homens na faixa etária de 18 e 45 anos. Foram utilizados questionários de saúde sexual masculina, avaliação clínica e ultrassonografia transperineal para avaliar a mobilidade de músculos e órgão pélvico. As medidas sobre o tempo de latência ejaculatória foram autorrelatadas para as vias de estimulação intravaginal, anal, oral e masturbatória. Os dados foram processados no SPSS 21.0, empregando estatística descritiva, teste de normalidade Shapiro-Wilk e testes comparativos Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, com nível de significância estatística de p < 0,05. Foram incluídos 29 participantes com média dé idadé dé 23,97 anos (± 2,97). O éstudo idéntificou qué homéns com ménor témpo dé laténcia éjaculatoria na masturbaçao (≤ 10 min) apréséntam maior déslocaménto da junçao urétrovésical véntral (P1) com p = 0,006 (7,34 mm [2,00-22,35] vs. 4,26 mm [2,00-6,74]). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p > 0,05) nas medidas ultrassonográficas avaliadas de P1-P5 para os tempos de latência ejaculatória intravaginal, intra-anal ou intra-oral. Conclui-se que, homens que ejaculam em menor tempo durante a masturbação apresentam maior deslocamento da junção uretrovesical ventral (P1).