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Banca de DEFESA: PATRÍCIA SILVEIRA PENHA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PATRÍCIA SILVEIRA PENHA
DATA: 20/02/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Via google meet
TÍTULO: ESTÉTICA COMO PROPEDÊUTICA MORAL EM KANT
PALAVRAS-CHAVES: Kant. Moralidade. Estética. Belo Natural.
PÁGINAS: 190
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: Ética
RESUMO:
 

RESUMO
A presente pesquisa propõe a tese segundo a qual a estética kantiana e o conceito de
belo e de sublime, nos aproximam das ideias morais, pois ambas nos direcionam à ideia
de um sentimento de respeito e a um sentimento moral, em distinção de qualquer
sentimento meramente patológico (interesses baseados em inclinações egoístas). A
partir de uma abordagem da moral e da estética de Kant utilizaremos como fio condutor
as seguintes obras principais: Fundamentação da Metafísica dos Costumes (1785),
Observações sobre o sentimento do belo e do sublime (1764) e a Crítica da Faculdade
do Juízo (1790), cuja proposta é investigar de que modo o desinteresse estético pode
despertar em nós uma propedêutica moral. Como obras secundárias, utilizaremos
também os seguintes escritos kantianos: Crítica da Razão Pura (1781) (Estética
Transcendental), Crítica da Razão Prática (1788), Metafísica dos Costumes (1797) e a
Antropologia de um ponto de vista pragmático (1798), para aprofundar os conceitos que
se relacionam com a problemática da estética e da moralidade. Inicialmente, faremos
uma abordagem da moralidade kantiana presente na Fundamentação, com o intuito de
observar quais são os critérios para um agir moral e livre, para posteriormente, entender
a relação entre a estética e a moralidade na filosofia kantiana. Em segundo lugar,
trataremos dos principais filósofos que serviram como ponto-chave para o
desenvolvimento da teoria estética de Kant, a saber, Hume, Baumgarten e Burke.
Assim, estabeleceremos as principais relações e divergências entre Kant e os estetas
modernos, a fim de demonstrar que a estética kantiana nos conduz aos princípios de um
agir moral. Sendo assim, realizaremos uma investigação filosófica dos principais
conceitos kantianos que nos conduzem às reflexões estéticas e morais: o belo, o
sublime, o interesse prático, o interesse patológico, o sentimento moral, o sentimento
de respeito e o interesse intelectual pelo belo natural. A presente pesquisa se ampara
nos estudos de relevantes pesquisadores (as) da filosofia kantiana, como por exemplo,
Gérard Lebrun, Maria de Lourdes Borges, Jane Kneller, Eva Schaper etc., os quais
ressaltam, brevemente, uma aproximação entre a estética kantiana e a moralidade.
Lebrun em seu livro Sobre Kant dedica o seu último capítulo intitulado “A Razão
Prática na Crítica do Juízo” a uma analogia entre o juízo de gosto e o juízo moral.
Segundo Lebrun (2012), o que torna possível esta aproximação é que o juízo estético do
belo e o juízo moral nos direcionam a ideia de um “sentimento de finalidade”. Este
sentimento deriva de um prazer desinteressado ao contemplarmos aquilo que é belo.
Adiante, Maria de Lourdes Borges nos convida, também, a uma convergência do
domínio estético ao moral. Borges (2001) enfatiza que a analogia entre a moralidade e a
estética não está ligada a uma semelhança de conteúdo, mas a uma “semelhança nas
regras de reflexão.” Isto implica dizer que tanto o belo natural quanto a moralidade são
universais, pois aprazem de modo imediato e desinteressado. Jane Kneller nos apresenta
um capítulo intitulado de “Os interesses do desinteresse”, cujo livro é Kant e o poder da
imaginação, o qual defende uma postura de que os juízos de gosto, assim como os
juízos morais, buscam um consentimento de todos, isto é, uma exigência moral. Eva
Schaper (2009) reconhece uma certa autonomia do juízo estético com relação ao juízo
moral. Esta aproximação entre a estética e a moralidade se apoia na Crítica do Juízo, a
qual mostra que o belo e o sublime conduzem à moralidade, porque eles suscitam em
nós um estado de ânimo análogo aos juízos morais. Com isso, concluiremos que a os
juízos estéticos do belo e do sublime são imprescindíveis para refletirmos sobre as
questões morais, na medida em que a experiência estética nos proporciona uma
propedêutica moral, isto é, não apenas o cultivo da liberdade, mas também, de nossa
sensibilidade moral, ou seja, da capacidade de sermos afetados de maneira estética,
justamente porque a experiência do belo e do sublime têm a possibilidade direcionar os
indivíduos a uma convivência ética em sociedade.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2184886 - EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
Presidente - 2261090 - FRANCISCO JOZIVAN GUEDES DE LIMA
Interno - 1571966 - GUSTAVO SILVANO BATISTA
Externo à Instituição - 191.***.***-87 - KLEBER CARNEIRO AMORA - UFC
Externo à Instituição - 435.***.***-91 - MARIA DE LOURDES ALVES BORGES - UFSC
Notícia cadastrada em: 30/01/2025 09:21
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