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Banca de DEFESA: BRUNO ARAUJO ALENCAR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNO ARAUJO ALENCAR
DATA: 07/07/2025
HORA: 10:00
LOCAL: Sala de video II
TÍTULO: A EXPANSÃO DA ÉTICA SOLIDARISTA DE RICHARD RORTY AOS ANIMAIS NÃO HUMANOS: NARRATIVAS, REDESCRIÇÕES E UTILIDADE PARA O BEMESTAR ANIMAL
PALAVRAS-CHAVES: Rorty; Redescrição; Narrativa; Solidariedade; Ética Animal.
PÁGINAS: 183
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO:

A tese investiga o bem-estar ético animal a partir da produção teórica de Richard Rorty (1931- 2007), propondo a ampliação da noção de solidariedade. Adotaremos alguns vocabulários alternativos que proporcionem a aquisição de narrativas úteis ao bem-estar animal ao longo de três capítulos. No primeiro capítulo, traremos a discussão para o engodo ético no contexto pragmatista clássico, analisando como os principais pioneiros da corrente filosófica intercambiam, embora sem aprofundamento, na égide moral do debate da senciência. No entanto, inadvertidamente, esses teóricos mostram certo entusiasmo pela literatura filosófica específica. Nesse ponto, também apresentaremos interlocutores que buscam solidificar esse primeiro apontamento sobre os animais na primeira geração de pragmatistas. Já no segundo capítulo, introduziremos a filosofia neopragmática de Rorty, mas no contexto da delimitação temática, tensionando gradativamente as elocuções vocabulares para demonstrar se o filósofo constrói alicerces linguísticos para pensar redescrições contextuais. Mostro como Rorty propõe uma noção de solidariedade que envolve a tolerância e o fim da crueldade humana como algo a que devemos dedicar maior atenção a partir de narrativas literárias. Nesse ínterim, argumentaremos que a utopia solidária de Rorty contempla apenas os animais humanos, isto é, o que é familiar, tornando sua narrativa limitada e aberta a novas “estranhezas” por meio de algumas técnicas ad hoc, criadas pelo neopragmatista. Tais técnicas incluem: a narrativa, vista como o vislumbre de histórias que causam comoção e promovem mudanças políticas; a utilidade, que funciona como uma ferramenta linguística conforme a proposta de que todo texto é maleável, desde que o propósito seja útil à contingência; e a redescrição, como uma ênfase revisionista que adota vocabulários alternativos para pensar a filosofia de maneira favorável à política social. Assim, advertiremos como o legado filosófico de Rorty parece estar distante de uma discussão rica e difusa que poderia proporcionar o bem-estar dos animais não humanos por meio de narrativas edificantes que caracterizam a noção de solidariedade. No terceiro capítulo, defendo que a noção de solidariedade em Rorty precisa ser redescrita. Apropriamonos da narrative turn para mostrar como a literatura, em suas múltiplas dimensões, contribui para o despertar de sentimentos de esperança, que podem criar um ciclo de convivência interespecífico entre ambas as espécies animais, sejam elas humanas ou não humanas. Desse modo, no desfecho da tese, criei a noção de Teia Multivocal de Solidariedade, expandindo a perspectiva que Rorty tomou como sons inauditos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - 216.***.***-04 - ALDIR ARAUJO CARVALHO FILHO - UFMA
Interno - 2184886 - EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
Presidente - 1553983 - HERALDO APARECIDO SILVA
Interno - 1983707 - MAURICIO FERNANDES DA SILVA
Externo à Instituição - 946.***.***-49 - RICARDO CORRÊA DE ARAUJO - UFES
Notícia cadastrada em: 03/06/2025 11:14
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