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Banca de DEFESA: MAYLA ROSA GUIMARÃES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAYLA ROSA GUIMARÃES
DATA: 22/02/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Sala do Grupo de Pesquisa em Saúde Coletiva - GPeSC, na Universidade Federal do Piauí – UFPI, Campus
TÍTULO: INDICADORES CLÍNICOS E METABÓLICOS E SUA RELAÇÃO COM RESISTÊNCIA À INSULINA ENTRE ADOLESCENTES
PALAVRAS-CHAVES: Resistência à Insulina. Adolescente. Obesidade. Fatores de Risco. Doenças Crônicas.
PÁGINAS: 88
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
RESUMO:

 

As alterações no perfil glicêmico, especialmente a resistência à insulina e as dislipidemias configuram-se, nos dias atuais, como relevante e crescente problema de saúde pública acometendo adolescentes do mundo todo, inclusive brasileiros, cujo perfil do estado nutricional mudou bruscamente nos últimos anos. Objetivou-se avaliar indicadores clínicos e metabólicos e sua relação com a resistência à insulina entre adolescentes. Trata-se de um estudo analítico, quantitativo, realizado com 357 adolescentes entre 10 a 19 anos, de escolas públicas estaduais na cidade de Picos – Piauí. A coleta de dados foi realizada nas escolas no período de agosto a dezembro/2014 e março/2015, por meio de um formulário contendo dados socioeconômicos, além de dados sobre variáveis clínicas e metabólicas. Foram consideradas variáveis clínicas: Índice de Massa Corporal, Circunferência da Cintura, Circunferência do Pescoço, Índice de Conicidade, Pressão Arterial Sistólica e Diastólica média; variáveis metabólicas: Triglicerídeos, Glicemia, High – Density Lipoprotein colesterol, Insulina e Índice Homeostasis Model Assessment. As coletas sanguíneas foram realizadas por laboratório especializado, respeitando o jejum de doze horas. Foram calculadas estatísticas descritivas como médias, desvio padrão, mínimos e máximos, para variáveis quantitativas; e frequências para variáveis qualitativas. Para inferência analítica, foram realizados testes de associações entre as variáveis clínicas e metabólicas com a resistência à insulina através do Qui-Quadrado e o teste Odds Ratio. Para a análise de correlação entre as variáveis triglicerídeos e High – Density Lipoprotein colesterol e a resistência à insulina foi aplicada a Correlação de Pearson para avaliar a força das associações entre as variáveis. Considerou-se significância estatística p<0,05. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal do Piauí, parecer nº 714.995. Dos adolescentes avaliados, 63% eram do sexo feminino, 60,2% estavam na faixa etária de 15 a 19 anos, 53,5% se autodeclararam pardos e 66,9% pertenciam à classe C. O excesso ponderal esteve presente em 18,5%, distribuídos em 12,9% com sobrepeso e 5,6% com obesidade. As médias da circunferência da cintura, circunferência do pescoço, índice de conicidade, pressão arterial sistólica média e pressão arterial diastólica média estiveram alteradas respectivamente em 4,2%; 30%; 10,9%; 4,2% e 14% dos adolescentes. Os níveis de High – Density Lipoprotein colesterol estiveram diminuídos em 30,5% da amostra, ao passo que os triglicerídeos apresentaram-se elevados em 18,8% dos estudantes. Não foi identificada alteração na glicemia. A prevalência de resistência à insulina foi de 33,9%. Aqueles que apresentaram índice de massa corporal, circunferência da cintura, circunferência do pescoço, índice de conicidade e triglicerídeos alterados possuíam maiores chances de apresentar resistência à insulina (OD: 3,62; 11,54; 3,50; 4,49; 3,05, respectivamente). De maneira oposta, os adolescentes com pressão arterial sistólica média, pressão arterial diastólica média e High – Density Lipoprotein colesterol alterados não apresentaram significância estatística (p<0,05). Houve, ainda, correlação significativa entre a resistência à insulina e os triglicerídeos (r: 0,237; p=0,000). Os achados deste estudo revelam que a resistência à insulina está presente entre os adolescentes, com associações positivas e significativas com alterações clínicas e metabólicas, imprimindo assim, dados relevantes e preocupantes, justificando a monitorização das características clínicas nos adolescentes, assim como a adoção de estratégias educativas nas escolas que integrem os setores saúde e educação para promoção da saúde dos escolares.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1552848 - ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
Interno - 2730060 - LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
Externo ao Programa - 1735254 - ANA LARISSA GOMES MACHADO
Externo à Instituição - VITÓRIA DE CASSIA FELIX DE ALMEIDA - URCA
Notícia cadastrada em: 15/02/2018 09:30
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