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Banca de DEFESA: ANNE JURKIEWICZ MELO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNE JURKIEWICZ MELO
DATA: 25/03/2013
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de reuniões
TÍTULO:

Análise de Polimorfismos Genéticos dos Genes ADH1BADH1C e CYP2E1 de metabolização do álcool em uma população de alcoolistas do Nordeste do Brasil.


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras - chave: alcoolismo, polimorfismos genéticos, ADH1BADH1CCYP2E1, população brasileira.


PÁGINAS: 124
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Genética
RESUMO:

O álcool é a substância psicotrópica mais consumida no Brasil, podendo seu abuso gerar aposentadorias precoces ainda em fase produtiva, acidentes de trânsito, violência doméstica e, nos casos mais severos, a morte do indivíduo ou de terceiros que com ele se relacionam. A interação complexa entre genes e o ambiente são responsáveis pelo comportamento do indivíduo em relação ao uso de bebidas alcoólicas. A transmissão aos descendentes da vulnerabilidade ao alcoolismo pode estar associada a fatores genéticos na ordem de até 60%. Os genes envolvidos no metabolismo do etanol, principalmente no fígado, influenciam a suscetibilidade individual ao distúrbio. O objetivo deste trabalho foi avaliar a frequência dos polimorfismos em genes que codificam as enzimas de metabolização do álcool em pacientes alcoolistas do CAPS - AD, comparados com um grupo controle, não usuário pesado de bebidas alcoólicas, além de comparar a distribuição alélica da população nordestina com a obtida em outras populações. Foram investigados polimorfismos genéticos das enzimas álcool desidrogenase (ADH1B Arg 47 His, ADH1C Ile 350 Val) e do citocromo P450 2E1 (CYP2E1 Pst I), pela técnica PCR-RFLP. A análise foi feita em 163 pacientes alcoolistas e 182 controles. Os dois grupos apresentaram divergências significativas em relação à etnia, sexo e hábito tabagista. Na frequência alélica da população controle nordestina prevaleceram os alelos Arg (93%), Ile (67%) e c1 (89%), semelhantes aos estudos com Mexicanos, mas significativamente diferente de estudos com Chineses. O hábito tabagista foi relatado em 98% dos pacientes e 50% dos controles (p < 0.0001). Dessa forma, foi realizada uma análise entre indivíduos fumantes e não-fumantes com respeito à incidência do polimorfismo de CYP2E1, uma vez que a enzima também é ativada por componentes do cigarro. A análise dos indivíduos não-fumantes revelou que o genótipo mutado heterozigoto foi mais frequente nos pacientes (32,3%) do que nos controles (14,5%), podendo aumentar o risco de alcoolismo em quase três vezes (OR 2.80; 95%IC; 1.35 – 5.83; p=0.0072). Além disso, na comparação dos dois grupos não-fumantes, a frequência do alelo c2 também foi predominantemente maior nos pacientes (p = 0.0115). A presença desta variação alélica reconhecida pela enzima Pst I sugere uma predisposição ao alcoolismo. A investigação do polimorfismo do gene ADH1C não ofereceu correlação com a dependência ao alcoolismo. Em contrapartida, o genótipo mutado ADH1B Arg 47 His conferiu proteção aos seus indivíduos portadores em relação à dependência alcoólica, após análise combinada das formas variantes do gene, homozigota e heterozigota (OR 0.45; 95%IC; 0,21 – 0,95; = 0.03). Além disso, sua combinação com as formas ADH1C*1 e CYP2E1 (c1/c1) sugeriu uma possível defesa em relação à dependência alcoólica (OR 0.30; 95%IC; 0.09-1.04; p=0.05). Conclusão: Os genótipos de ADH1B Arg 47 His de metabolização rápida do etanol conferem proteção contra a dependência alcoólica. A combinação do polimorfismo de ADH1B (Msl I) com as formas selvagens dos genes ADH1C e CYP2E1 sugerem uma defesa ao alcoolismo. Por sua vez, os genótipos variantes de CYP2E1 (Pst I)  podem aumentar o risco de alcoolismo.  


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1553556 - FABIO JOSE NASCIMENTO MOTTA
Externo ao Programa - 2355995 - FRANCILENE LEONEL CAMPOS
Presidente - 1552610 - RENATA CANALLE
Notícia cadastrada em: 13/03/2013 16:10
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