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Banca de DEFESA: SANSARA SANNY DE MENDONÇA ARAUJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SANSARA SANNY DE MENDONÇA ARAUJO
DATA: 16/12/2022
HORA: 14:30
LOCAL: A definir
TÍTULO: ESTUDO DO POTENCIAL ANTIVIRAL E ANTIFÚNGICO DA Terminalia fagifolia MART. PARA O TRATAMENTO DA COVID-19 E MICOSES ASSOCIADAS
PALAVRAS-CHAVES: Antiviral; Terminalia sp.; Antifúngico; Ácido elágico; SARS-CoV-2; Candida spp.
PÁGINAS: 72
GRANDE ÁREA: Outra(s)
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

Nos últimos anos, concomitantemente com a pandemia da COVID-19 e a falta de
tratamentos eficazes, houve um excedente de pacientes sobrecarregando as unidades de
terapia intensiva (UTIs) dos hospitais. Esta situação tornou o ambiente propício para
infecções bacterianas e fúngicas, provocando, assim, aumento da prevalência de fungos
oportunistas como Candida spp. As opções terapêuticas limitadas ou ausentes agravou
esse quadro, e o uso indiscriminado de antimicrobianos levou ao aumento de infecções
resistentes aos medicamentos. Desse modo, surgem as pesquisas relacionadas a plantas
medicinais ricas em metabólitos secundários, como alternativas terapêuticas. Entre as
espécies com potencial farmacológico, a Terminalia fagifolia Mart. apresenta potencial
anti-inflamatório, antitumoral, antifúngico, antibacteriano, antibiofilme e efeito
gastroprotetor. Portanto, o objetivo desse estudo foi averiguar o potencial
biotecnológico dos derivados de T. fagifolia contra o agente etiológico da COVID-19 e
de micoses associadas. A fração aquosa do extrato etanólico de T. fagifolia (FAq) foi
estudada quanto ao seu potencial anti-SARS-CoV-2 in vitro, utilizando o kit “SARS-
CoV-2 Spike-ACE2 Interaction Inhibitor Screening Assay”. Para o ensaio antifúngico
foram testados o extrato etanólico (EEt) e sua fração aquosa frente a espécies de
Candida de acordo com os documentos M27-A3 da CLSI – Clinical and Laboratory
Standards Institute (2008), isolados ou em associação com fluconazol ou anfotericina B.
A interação do constituinte majoritário da FAq (derivado do ácido elágico), para ambas
as atividades, foi estudado in silico por meio de docagem molecular, além da avaliação
das características fisico-químicas por meio das predições de ADME/Tox e
Druglikeness do eschweilenol C. Os resultados in vitro demonstraram uma inibição da
interação entre a proteína Spike e ECA 2 de 100%, nas maiores concentrações testadas
(≥ 135 µg/mL), com IC 50 igual a 47,15 µg/mL. Os resultados in silico mostram que o
eschweilenol C apresentou melhor interação com as proteínas Mpro e Proteína S
(fechada). Além disso, demostrou também interagir por meio de pontes de hidrogênio e
ligações hidrofóbicas. Foi evidenciado menores concentrações inibitórias da FAq e do
extrato etanólico de T. fagifolia contra Candida, quando comparados ao fluconazol,
além de demonstrar sinergismo de FAq e do extrato com os demais antifúngicos contra
espécies de Candida. Os achados in silico demonstraram maior afinidade do
eschweilenol C pelas proteínas de Candida estudadas, principalmente Aro3,
B9J08_000055, comparado ao resultado encontrado para fluconazol, anfotericina B e
equinocandina B. Os resultados in vitro demonstraram que o eschweilenol C apresentou
baixa absorção gastrointestinal, incapacidade de permear a barreira hematoencefálica,
sem inibição da família de citocromos e não sendo substrato para a glicoproteína-P.
Diante dos resultados, os derivados de T. fagifolia e o seu composto isolado,
eschweilenol C, apresentaram-se como fortes candidatos para o desenvolvimento de
fármacos com atividade antiviral contra SARS-CoV-2, bem como para o tratamento
antifúngico contra cepas de Candida. Ressalta-se a necessidade de estudos pré-clínicos
e clínicos para elucidar e caracterizar melhor as propriedades farmacológicas do
eschweilenol C.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 995.992.603-68 - ALYNE RODRIGUES DE ARAUJO - UFPI
Externo ao Programa - 1640496 - ANNA CAROLINA TOLEDO DA CUNHA PEREIRA
Externo ao Programa - 3222237 - JHONES DO NASCIMENTO DIAS
Notícia cadastrada em: 06/12/2022 09:56
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