A construção da Ferrovia Transnordestina é o empreendimento voltado para o desenvolvimento regional mais ambicioso da história do Brasil. Teve suas obras iniciadas no ano de 2007, financiada em sua maioria por recursos Federais, com objetivo de ligar o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco, percorrendo ainda o Cerrado do Piauí, no município de Eliseu Martins, totalizando 1.728 km de estrada de ferro.Ocorre que, até o presente ano, as obras encontram-se paralisadas e com aporte de recursos suspenso por decisão do Tribunal de Contas da União.Portanto, indaga-se: Enquanto projeto voltado ao desenvolvimento regional, quais entraves frustraram a execução e conclusão do projeto da ferrovia Transnordestina? Para responder esse problema serão usados como base doutrinária, os autores que dissertam acercadas teorias do desenvolvimento regional, tais como: Rostow, Schumpeter, Celso Furtado, entre outros.Como base documental os relatórios, balanços e acórdãos ligados ao referido projeto, além de artigos científicos e reportagens.O presente trabalho analisou,através de uma visão macro, o planejamento e execução da ferrovia Transnordestina, identificando as falhas do projeto. A hipótese apresentada, a qual defende que os desequilíbrios procedimentais foram causados pela má gestão e governança, confirmou-se por meio da análise do acórdão 67/2017 do Tribunal de Contas da União acerca do projeto da Transnordestina, em conjunto à seus relatórios de fiscalização 218/2014 e 021.573/2016-6;os relatórios anuais da Agência Nacional de Transporte Terrestre e Balanços do PAC referentes à Transnordestina, do período 2007/2018, os quais confirmaram a existência de desequilíbrio econômico-financeiro desde o início das obras, aliada à má fiscalização pelas agências responsáveis.