Esta dissertação investiga o uso da prudência como uma técnica de acomodação democrática na teoria de Alexander Bickel. A prudência, como entendida por Bickel, desempenha um papel crucial na jurisprudência e na política, especialmente no contexto da interpretação judicial e na autocontenção dos tribunais. Será explorada a crescente influência da interpretação judicial na formulação das leis e políticas, destacando suas limitações e desafios. Este capítulo analisa a tensão entre o papel do legislativo e a revisão judicial, examinando as abordagens do originalismo e do não interpretativismo como modelos contrastantes na interpretação constitucional. Na próxima seção, será examinado como a prudência se torna uma ferramenta essencial para garantir a estabilidade democrática e a correlação e distinção com a ideia de progresso promovida pela Suprema Corte. Também é objeto dessa dissertação como a Suprema Corte pode ser um instrumento para promover valores duradouros da sociedade, com atribuição de uma função valorativa para a revisão judicial.