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Banca de DEFESA: JULIANA PORTELA DO REGO MONTEIRO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA PORTELA DO REGO MONTEIRO
DATA: 03/09/2015
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO TROPEN/UFPI
TÍTULO:

A (INSUSTENTABILIDADE) AGRICULTURA URBANA EM TERESINA (PI)


PALAVRAS-CHAVES:

Agricultura urbana. Espaço urbano. Sustentabilidade. Indicadores


PÁGINAS: 174
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

A Agricultura Urbana (AU) consiste em uma atividade agrícola praticada em

pequenos espaços, nas cidades, cultivadas no solo, em canteiros suspensos ou

telhados, e/ou pecuária de pequeno porte, destinada ao autoconsumo, doação ou

venda na vizinhança e em mercados, praticada mundialmente com finalidades

diversas, como a geração de renda e a promoção da segurança alimentar. Justifica-se,

portanto, a necessidade de um olhar crítico sobre esta prática, sob os aspectos

econômico, social, ambiental e político/institucional. A AU está estabelecida em

Teresina há 27 anos, como um modelo de cogestão entre a Prefeitura e a comunidade

de baixa renda, residente das zonas de expansão urbana, objetivando ocupação de

espaços vazios em bairros periféricos, geração de renda e melhoria da segurança

alimentar das famílias pobres das áreas periféricas. Nesse contexto, essa investigação

questiona: o modelo de agricultura desenvolvido na área urbana de Teresina se

configura como (in)sustentável? Partindo dessa problemática, a hipótese desse estudo

consiste em que a AU em Teresina encerrava uma prática insustentável pelas esferas

político/institucional, econômica, social e ambiental por não contemplarem a melhoria

das condições da ambiência. Assim, analisou-se a AU em Teresina como uma

prática/política decorrente da ação conjunta de agentes produtores (horticultores e

poder público municipal), a partir das dimensões social, econômica, ambiental e

político/institucional. Para tanto, especificamente, caracterizou-se a agricultura

urbana, através das funções, dimensões e agentes; identificou-se e avaliou-se o papel

e a ação dos agentes envolvidos na agricultura urbana em Teresina; discutiu-se a

sustentabilidade da agricultura urbana como uma política, com base na construção de

indicadores, assentados nas dimensões econômica, social, ambiental e

político/institucional. Destaca-se que a metodologia se pautou no método complexo,

mediante pesquisa de campo nas 40 hortas urbanas localizadas na Capital piauiense,

com um total de 95 questionários. Dessa forma, caracterizou-se o agricultor como

migrante, essencialmente feminino, acima dos 46 anos e com baixa escolaridade

formal. Detectaram-se as necessidades econômicas como a principal motivação de

entrada na atividade. Acrescenta-se que os indicadores sociais demonstraram que os

serviços públicos, especialmente o esgotamento sanitário, eram deficitários,

ocasionando uma interação negativa com a produção urbana. Quanto aos indicadores

econômicos, notou-se fragilidade na gestão da AU, pelas dificuldades na

quantificação da produção e na capacidade de obtenção de crédito, desfavorecendo o

caráter econômico da atividade e seu poder de atração junto ao público jovem. Na

dimensão ambiental, constatou-se que os indicadores de adoção de práticas ecológicas

e de uso do lixo como adubo estavam em concordância com as proposições do Órgão

Gestor em proveito da agricultura orgânica, que a água utilizada nos cultivos era

satisfatória, mas de qualidade duvidosa, visto a não ocorrência de análises periódicas,

e que o uso de produtos químicos nos cultivos expressou uma prática ambiental

insustentável. Já quanto à dimensão político/institucional, observou-se insuficiência

e/ou inadequação na prestação de assistência técnica e o escasso conhecimento dos

agricultores sobre os planos e projetos elaborados pelo poder público. Diante do

exposto, comprovou-se a hipótese elencada, de que, apesar dos avanços propiciados

pela prática/política de AU em Teresina, esta ainda não se constitui como uma

atividade sustentável.




 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CLÁUDIO JORGE MOURA DE CASTILHO - UFPE
Externo à Instituição - DORALICE SÁTYRO MAIA - UFPB
Externo à Instituição - LAUDENIDES PONTES DOS SANTOS - IFPI
Presidente - 423460 - MARIA DO SOCORRO LIRA MONTEIRO
Interno - 1167785 - ROSELI FARIAS MELO DE BARROS
Externo à Instituição - SÉRGIO LUIZ DE OLIVEIRA VILELA - EMBRAPA
Interno - 1354664 - WILZA GOMES REIS LOPES
Notícia cadastrada em: 10/08/2015 17:11
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