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Banca de DEFESA: KARLIANE DE ARAÚJO LIMA UCHÔA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KARLIANE DE ARAÚJO LIMA UCHÔA
DATA: 29/03/2016
HORA: 14:30
LOCAL: Sala de Reuniões - CMRV
TÍTULO:

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM PARNAÍBA – PI, 2010 A 2014: ANÁLISE DE INDICADORES


PALAVRAS-CHAVES:

Doenças Negligenciadas, Vigilância Epidemiológica, Medidas de Controle


PÁGINAS: 77
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

O presente estudo teve como objetivo analisar a vigilância epidemiológica da Leishmaniose Visceral (LV) em Parnaíba-PI durante o período de 2010 a 2014, por meio da construção e análise de indicadores. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Sistema de Informação sobre Mortalidade, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, da planilha do resultado do inquérito canino do Centro de Controle de Zoonoses e de dois questionários semiestruturados. Foram incluídos 45 casos novos de Leishmaniose Visceral Humana (LVH) autóctone, residentes em Parnaíba (dados secundários) e 28 pacientes (dados primários). Como também 2.787 casos de Leishmaniose Visceral Canina (LVH). Parnaíba apresentou uma média de nove casos de LVH nos últimos cinco anos, o que classifica esse município como área de transmissão intensa (média de casos > 4,4) para a doença.  Ocorreu registro de LVH em todos os meses do ano, com maior número de notificações nos meses de junho 17,8% (n= 8) e outubro 17,8% (n=8). Foram identificados 56% (n=20) dos bairros como áreas de transmissão, sendo os bairros Piauí e Planalto com maior concentração dos casos, 42% (n=19). O estudo mostrou uma proporção de 22% (n=5) dos pacientes do sexo masculino na faixa etária entre 10 a 49 anos com dependência química, despertando a necessidade de fortalecimento da vigilância da coinfecção HIV/LV, pois 48,9% (n=22) dos casos tiveram sua situação ignorada para a coinfecção HIV/LV. A soroprevalência canina foi de 16% (n= 437), com variação entre 8% a 42% durante o período analisado, com franca expansão a partir de 2013 e mostrou uma razão de 1:10 de casos humanos em relação a casos caninos, respectivamente. Existiu uma lacuna em relação aos indicadores entomológicos. A pesquisa identificou uma forte relação da incidência da LV com a expansão urbana, criação de cães e os cenários produtores de matéria orgânica, sendo que a presença de galinheiro apresentou maior percentual quando comparado com os demais cenários analisados (57%). Além disso, mostrou de forma inédita a magnitude e transcendência da LV em Parnaíba. Portanto os resultados alcançados neste estudo oferecem subsídios para planejamento estratégico no controle da LV, propondo focalizar as intervenções nas áreas estratificadas, como nos cenários produtores de matéria orgânica, os quais podem ser mantenedores ativos do vetor, Lutzomya longipalpis, além de priorizar a realização do estudo entomológico, podendo dessa forma incrementar a efetividade das medidas de controle e com isso reduzir a incidência de casos de LV em humanos e caninos a longo prazo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1979277 - KARINA OLIVEIRA DRUMOND
Interno - 1900252 - BALDOMERO ANTONIO KATO DA SILVA
Externo à Instituição - ANA RACHEL OLIVEIRA DE ANDRADE - UFMS
Notícia cadastrada em: 17/03/2016 11:52
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