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Banca de DEFESA: FRANCISCA MARIA VÉRAS LINHARES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCA MARIA VÉRAS LINHARES
DATA: 31/07/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Online/Remoto - Google Meet
TÍTULO: JOVENS EM MEDIDA SOCIOEDUCATIVA: BIOGRAFIA MENOR versus CORPOS NA GUERRA EM PARNAÍBA/PI/BR
PALAVRAS-CHAVES: Biografia Menor, Juventudes, Medida Socioeducativa, Necropolítica, Sociopoética.
PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A construção do jovem socialmente perigoso, no Brasil, envolve sobretudo, determinações discriminatórias e estigmatizantes, elaboradas sobre as pessoas negras, empobrecidas e periféricas, sujeitos históricos e culturalmente marcados para morrer. Em 2019, por exemplo, foram 45.503 homicídios registrados, deles, 34.466, o correspondente a mais de ¾, são de pessoas negras, sendo que mais da metade (23.327) do total geral são jovens (Cerqueira et al., 2019). Os dados demonstram a realidade que foi construída no Brasil a partir da colonização até os dias de hoje. Isso revela o Mito da Democracia Racial vivenciado no Brasil e o abolicionismo inconcluso que impõem ao povo preto condições de miséria e criminalização no intuito de excluir e matar. A biografia do corpo marcado para morrer ou a necrografia acontece na incorporação de etiquetas que estigmatizam os jovens negros no Brasil e no mundo, autorizando suas mortes. São os efeitos da Necropolítica (Mbembe, 2018) a tática de extermínio que produz a morte ou deixa viver. Nesse sentido, os mais diversos dispositivos de controle social atuam como mantenedores dos privilégios das elites e consequentemente submetem parcelas específicas da população a políticas de regulação dos corpos e promoção da morte. Mesmo com tal imposição, o objetivo desta pesquisa é investigar qual juventude é produzida pelos jovens em cumprimento medida socioeducativa (MSE) em meio aberto em Parnaíba-PI e descobrir suas grafias de vida ou Biografia Menor, que evidencia como eles habitam seus territórios, traçam linhas de fuga e produzem vida. Para a produção dos dados, a Sociopoética foi valorizada como ethos, considerando-se seus princípios, que promovem experiência decolonizadoras (Gauthier e Adad, 2020). Na oficina de produção de dados foram inventados devires-criaturas-vida que revelam o confeto Problema-Guerra-Negócio-de-Facção, contorno importante na produção da subjetividade juvenil em Parnaíba-PI. Além dessa denúncia, os dados evidenciaram linhas de fuga para produção e ampliação da vida através da arte das manobras radicais em motocicletas e nas relações de amor e amizade.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA KARENINA DE MELO AARAES AMORIM - UFRN
Interno - 1750399 - CARLA FERNANDA DE LIMA
Externo à Instituição - FLÁVIA HELENA FREIRE - UFF
Interno - 1402780 - GUILHERME AUGUSTO SOUZA PRADO
Presidente - 1728592 - SHARA JANE HOLANDA COSTA ADAD
Notícia cadastrada em: 20/07/2023 10:24
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