Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RUAN PEDRO GONÇALVES MORAES
DATA: 09/05/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Via google meet
TÍTULO: TECNOLOGIAS E MOVIMENTOS SOCIAIS: POR UMA TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES POLÍTICO-TÉCNICAS NA FILOSOFIA DE ANDREW FEENBERG
PALAVRAS-CHAVES: tecnologias:
PÁGINAS: 125
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO:
A presente tese tem por objetivo analisar os movimentos de protestos em termos de expressão de uma forma determinada em que sujeitos coletivos se engajam criticamente no sistema técnico, tendo como objetivo a democratização da estrutura tecnocrática e reificante. Defendo que uma identificação clara dos pressupostos de formação dos coletivos e dos indivíduos com consciência política-técnica pode nos fornecer uma estrutura de compreensão imanente aos sujeitos que se organizam em resistências. Minha proposta parte da perspectiva desenvolvida por Andrew Feenberg de que movimentos, a partir de baixo, possuem a capacidade de inserir valores amplamente mais coerentes com a sociedade no sistema técnico atual. Sua conceituação de tecnologias com características bidimensionais nos fornece as bases para identificarmos essas possibilidades. Buscarei, no entanto, apontar caminhos para superar as insuficiências de Feenberg diante do problema da percepção pública e da formação dos coletivos, que retoma seu lugar no conflito entre grupos dominantes e grupos dominados e suas condições de organização no âmbito dos sistemas técnicos. Entendo que a proposta de Feenberg necessita não apenas de apontamento das possibilidades de transformação por meio de resistência, mas explicitar suas chances de efetivação como estruturas organizacionais com objetivos determinados. Nesse sentido, a compreensão da formação dos coletivos de resistência tem, por mérito, encaminhar-nos para as bases da construção dos protestos e intervenções democratizantes para identificar a necessidade das suas diversas formas e níveis na lógica de sua conformação e adequação aos fins almejados. A partir disso, podemos nos orientar racionalmente quanto a quais são as condições de possibilidade das relações coletivas que permitem que sujeitos coletivos se apercebam de suas relações políticas com a realidade e se engajem em movimentos por mudança do tecnossistema.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - 076.***.***-14 - CRISTIANO CORDEIRO CRUZ - IMT
Presidente - 423660 - HELDER BUENOS AIRES DE CARVALHO
Interno - 1983707 - MAURICIO FERNANDES DA SILVA
Cadastrada em: 16/04/2025