Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HELLEN CRISTINA DE OLIVEIRA ALVES
DATA: 03/12/2025
HORA: 16:00
LOCAL: On line / Google meet
TÍTULO: 302763428-36
PALAVRAS-CHAVES: Corpo-território. Sofrimento ético-político. Racismo ambiental. Psicologia social crítica. Comunidades quilombolas.
PÁGINAS: 254
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:
Esta pesquisa investiga como a negação histórica do direito ao território impacta o processo
saúde-doença-cuidado no Quilombo Lagoas, situado no semiárido do Piauí e sob a
iminência da exploração de minério de ferro. A partir da escuta biográfica de uma
liderança quilombola e da comunidade Calango, buscamos compreender as expressões do
sofrimento ético-político produzido por conflitos socioambientais, como a desertificação, a
ameaça da mineração e a persistente insegurança fundiária. Para tanto, adotamos uma
abordagem qualitativa, de inspiração narrativa, cartográfica e com traços etnográficos,
centrada no conceito de corpo-território, que compreende o território como extensão viva
da produção de subjetividade e do comum. Ao apostar na interlocução com outras
disciplinas das ciências humanas, afirmamos a necessidade de uma psicologia mais plural,
sensível às dimensões históricas, políticas e culturais dos modos de produzir saúde,
adoecimento e cuidado. A pesquisa analisou os efeitos da insegurança fundiária e conflitos
socioambientais, cartografou territórios de afetação e práticas de cuidado comunitário e
reafirmou o compromisso ético-político da psicologia com as lutas quilombolas por vida,
terra e dignidade. Os achados evidenciam repercussões no processo saúde-doença-cuidado,
como manifestações de hipervigilância, luto antecipado e enfraquecimento de saberes e
práticas ancestrais, concomitantes a modos insurgentes de cuidado e reexistência que
sustentam a saúde coletiva. Ao afirmar a inseparabilidade entre corpo e território, o estudo
reforça a necessidade de vigilância em saúde ambiental territorializada e de uma psicologia
social crítica e decolonial, comprometida com a defesa do território como defesa da vida e
com o fortalecimento de vozes quilombolas frente ao extrativismo mineral. Ao mobilizar
afetos, memórias e resistências, o estudo contribui para a construção de práticas de cuidado
situadas nos territórios comuns de existência.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - 302.***.***-36 - Bernardo Curvelano Freire - UNIVASF
Presidente - 1811849 - EUGENIA BRIDGET GADELHA FIGUEIREDO
Interno - 1402780 - GUILHERME AUGUSTO SOUZA PRADO
Cadastrada em: 28/11/2025