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ABRAÃO LEAL ALVES
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SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DE UMA POLIAMIDA OBTIDA A PARTIR DA NORBIXINA E DAPSONA
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Data: 27/02/2025
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Os materiais poliméricos desempenham um papel fundamental no aprimoramento da qualidade de vida humana. Entre os vários materiais poliméricos, as poliamidas são particularmente notáveis devido às suas propriedades excepcionais e a um amplo espectro de aplicações. Essas características levaram à sua utilização em vários setores industriais. Entretanto, é importante observar que a maioria das poliamidas disponíveis comercialmente é derivada de recursos naturais não renováveis, como o petróleo, o que é uma fonte de preocupação para a sustentabilidade. No entanto, os avanços industriais e tecnológicos atuais têm demonstrado uma tendência a priorizar a sustentabilidade, caracterizada pela busca de materiais derivados de fontes renováveis. As poliamidas de origem biológica representam uma categoria significativa de polímeros utilizados em biomateriais, devido à sua relação custo-benefício, propriedades estruturais e térmicas superiores, além de sua biodegradabilidade e biocompatibilidade. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial biotecnológico de uma nova poliamida, a Poli(2,4,6,8,10,12,14,16,18)-4,8,13,17-tetrametil-N-(4-((metilamino)fenil)-oxohenicosa-2,4,6,8,10,12,14,16,18-nonaenamida, ou polímero TEMFON, que foi obtida a partir do carotenoide norbixina, extraído de sementes de urucum (Bixa orellana L.), e o agente farmacêutico dapsona. O polímero verde foi sintetizado por meio de uma reação de policondensação e as propriedades estruturais e térmicas do material foram analisadas por meio de espectroscopia ultravioleta e visível (UV-Vis), espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), difração de raios X (DRX), análise termogravimétrica (TGA) e calorimetria exploratória diferencial (DSC). A biocompatibilidade do material polimérico foi analisada por meio de uma série de experimentos in vitro. Primeiro, o material foi testado quanto à sua toxicidade contra LLC-MK2, L929 e HaCaT usando o ensaio MTT. Em seguida, ele foi testado quanto à sua atividade hemolítica contra eritrócitos humanos. A atividade antioxidante do polímero verde foi caracterizada pelo ensaio in vitro de sequestro de radicais ABTS. O potencial antibacteriano do TEMFON foi avaliado contra três cepas bacterianas Gram-positivas e duas Gram-negativas, bem como seu potencial antifúngico contra uma levedura e três fungos dermatófitos, de acordo com os padrões do CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute). O teste de difusão em ágar foi utilizado para verificar a aplicabilidade do polímero como material para revestimento antibacteriano em um tecido de bata hospitalar. Os resultados da análise estrutural confirmaram a síntese do novo polímero verde e sua estabilidade térmica. Os testes de viabilidade celular demonstraram que a nova poliamida não é tóxica para as células LLC-MK2 em concentrações de até 500 μg/mL e para as células L929 e HaCaT em concentrações de até 1000 μg/mL. O ensaio de hemólise indicou uma atividade hemolítica inferior a 5% em concentrações de até 250 μg/mL. A poliamida TEMFON demonstrou atividade antibacteriana contra as bactérias Staphylococcus aureus ATCC 2913 e Staphylococcus epidermidis ATCC 1228, com concentrações inibitórias mínimas (CIMs) de 125 e 62,5 μg/mL, respectivamente. Seu potencial antifúngico foi confirmado contra a levedura Cândida albicans ATCC 10231 (CIM = 62,5 μg/mL). Além disso, verificou-se que a TEMFON apresenta atividade antioxidante. Os resultados desse estudo sugerem que a poliamida verde TEMFON tem potencial para aplicação no campo biomédico.
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ANA CLARA SILVA SALES
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BIOSSÍNTESE DE NANOPARTÍCULAS DE PRATA UTILIZANDO LÁTEX DE Plumeria pudica E SEU POTENCIAL ANTIMICROBIANO CONTRA ISOLADOS CLÍNICOS
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Orientador : JEFFERSON SOARES DE OLIVEIRA
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Data: 27/02/2025
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O aumento alarmante de infecções causadas por microrganismos patogênicos e resistentes tem impulsionado o desenvolvimento de novas abordagens e estratégias para enfrentá-las. Nesse contexto, as nanopartículas de prata (AgNPs) têm despertado crescente interesse devido às suas propriedades antimicrobianas únicas. A síntese verde de AgNPs utilizando látex de plantas surge como um método eficaz, no qual biomoléculas presentes no fluido atuam na redução de íons de prata, promovendo a formação das nanopartículas. Proteínas extraídas do látex da planta Plumeria pudica têm sido utilizadas na obtenção de AgNPs, demonstrando um interessante potencial contra bactérias e fungos. Este estudo teve como objetivo caracterizar as AgNPs sintetizadas com proteínas do látex de P. pudica (AgNPs-PLPp), investigar sua atividade antimicrobiana frente a isolados clínicos de bactérias Gram-negativas multirresistentes (MDR) e espécies de Candida spp., bem como avaliar as alterações estruturais induzidas in vitro. Adicionalmente, foram analisados os efeitos citotóxicos em eritrócitos e fibroblastos. A síntese das AgNPs-PLPp foi confirmada por espectroscopia UV-vis, e sua estabilidade foi mantida por até 120 dias. Análises por espalhamento de luz dinâmico (DLS) indicaram um diâmetro médio de 42,71 nm, índice de polidispersividade de 0,1794 e potencial zeta de -45,24 mV em meio aquoso. A morfologia esférica das nanopartículas foi confirmada por Microscopia de Força Atômica (MFA) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV).Os testes antimicrobianos, realizados por microdiluição em placas de 96 poços, revelaram que as AgNPs-PLPp foram eficazes contra isolados clínicos de bactérias Gram-negativas resistentes, exibindo uma Concentração Inibitória Mínima (CIM) de 13,48 µg/mL para Klebsiella pneumoniae e Acinetobacter baumannii, e de 6,74 µg/mL para Pseudomonas aeruginosa, com efeito bactericida observado apenas para K. pneumoniae. Por meio de MFA, foram identificadas alterações morfológicas nas células de P. aeruginosa tratadas, incluindo uma redução na rugosidade média. A avaliação da suscetibilidade fúngica mostrou que as AgNPs-PLPp apresentaram CIM de 3,37 µg/mL para Candida albicans e Candida tropicalis, além de promover alterações na morfologia de C. albicans e na rugosidade celular, conforme analisado por MFA. Adicionalmente, as AgNPs-PLPp demonstraram potencial antioxidante, ausência de atividade hemolítica em eritrócitos humanos e ausência de citotoxicidade em fibroblastos murinos, indicando segurança para aplicações terapêuticas.
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ESLEY DA SILVA SANTOS
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INVESTIGAÇÃO DO EFEITO ANTIVIRAL E ANTIDIARREICO DO ACETURATO DE DIMINAZENO EM ALVOS MOLECULARES ASSOCIADOS À DIARREIA NA COVID-19: IN SILICO E IN VIVO
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Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
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Data: 27/02/2025
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A COVID-19, doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, está associada à diversas manifestações, desde sintomas leves a graves, podendo variar de tosse, febre, mialgia, dispneia, desconforto gastrointestinal e até diarreia. Tais manifestações estão relacionadas ao mecanismo de entrada do vírus, ligando-se à Enzima Conversora de Angiotensina 2 (ECA2), que participa do Sistema Renina Angiotensina (SRA), no qual a ligação do vírus promove uma desregulação desse sistema acarretando nos diversos sintomas associados à COVID-19. A diarreia tem sido associada como um sintoma que antecede os sintomas respiratórios graves, pois pacientes que apresentavam sintomas gastrointestinais geralmente necessitavam de suporte ventilatório. Assim, a diarreia tem sido descrita pelo aumento das evacuações com fezes moles e aquosas estando associada ao envolvimento de diversos alvos moleculares, sendo eles: canais de cloreto, transportador de sódio e aminoácidos, transportador de glicose, bomba de sódio/potássio e canais de água. Diante disso, medicamentos que são capazes de ativar à ECA2 no SRA podem trazer efeitos benéficos para pacientes com COVID-19, incluindo o tratamento da diarreia, como no caso do aceturato de diminazeno (DIZE), que é um fármaco antiparasitário, disponível no mercado há mais de 60 anos e tem sido relatado como um estimulador da ECA2 e capaz de reduzir as citocinas pró-inflamatórias. Assim, o presente estudo objetivou realizar a avaliação da atividade antiviral e antidiarreica do DIZE com os alvos associados à diarreia causada pelo SARS-CoV-2, utilizando metodologia in silico e pela inoculação da proteína Spike do SARS-CoV-2 na alça isolada na porção jejunal em modelo animal. Os resultados obtidos demonstram que o DIZE é capaz de ligar-se à proteína spike da cepa de Wuhan (inibição da ligação in vitro entre a ECA2 e Spike em 80%) e a ômicron; promove ainda uma interação molecular como todos os alvos associados à diarreia, com energia de ligação variando de -3,14 à -8,5 kcal/mol e liga-se em regiões de grande interesse nesses alvos, demonstrando assim que possa auxiliar na redução da liberação de cloreto e aumento da absorção de água no lúmen intestinal, reduzindo assim a dirreia. Os dados em in vivo demonstram que o DIZE reduziu a secreção de cloreto para o lumen intestinal e o peso/comprimento da alça; além de impedir a redução da área das células de Paneth e a área dos grânulos. Assim, confirmamos nossa hipótese em que o DIZE possui atividade antissecretora frente à diarreia induzida pela proteína Spike do SARS-CoV-2 sugerindo que possa ser uma boa opção para o tratamento da diarreia associada à COVID-19.
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LETÍCIA DE SOUSA CHAVES
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POTENCIAL TERAPÊUTICO DE FRAÇÕES DA GOMA DO CAJUEIRO SOBRE A MUCOSA INTESTINAL EM MODELO DE INFECÇÃO PATOGÊNICA: UM ESTUDO INTEGRADO DA CIÊNCIA COMPUTACIONAL, CARACTERIZAÇÃO E MODULAÇÃO DA MICROBIOTA
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Orientador : JAND VENES ROLIM MEDEIROS
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Data: 26/02/2025
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A diarreia é uma condição gastrointestinal comum que afeta pessoas em todo o mundo, apresentando diversas causas e manifestações clínicas. O objetivo dessa pesquisa é explorar atividades biológicas de frações da goma do cajueiro (GC) dividida em dois capítulos. Capítulo um aborda análises realizadas por acoplamento molecular, predição e ensaio in vitro de interações de glico-porções da GC e receptores envolvidos na fisiopatologia da cólera. Capítulo dois evidencia a produção e caracterização de derivados da GC e sua atividade modulatória da microbiota intestinal em modelo de infecção por E. coli produtora de toxina Shiga (ECTS). Os cálculos de acoplamento molecular foram realizados utilizando o software AutoDock Vina. As estruturas 3D de todos os alvos foram obtidas do Protein Data Bank. Os ligantes e proteínas foram preparados para cálculos com AutoDock Tools (ADT). Para o ensaio in vitro foi realizado ELISA dependente de GM1. Os resultados de dacoplamento molecular demonstraram que aminoácidos presentes nas GC podem exibir interações com a toxina colérica (CT), com melhores energias de ligação entre o monossacarídeo ácido glicurônico (GLCA) e o dissacarídeo arabinose-galactose (ARA-GAL). Verificou-se também interações das glico-porções com o receptor GM1 e o canal CFTR, norteando potenciais efeitos terapêuticos na modulação desses alvos para mitigar os sintomas da cólera. As propriedades farmacocinéticas e o perfil de segurança previstas de GLCA e βGAL-GAL indicaram a sua adequação para diversas aplicações biotecnológicas e o seu potencial para uso clínico. O ensaio ELISA demonstrou ligações dos monossacarídeos com GM1. Os achados do presente estudo predizem que os componentes da GC apresentam-se como novas alternativas terapêuticas promissoras na formulação de medicamentos para o combate à cólera. Foram obtidos fragmentos de CG a partir da degradação de Smith e hidrólise parcial: hidrólise de CG por 24 horas (CGH24) degradação de CG por 48 horas (CGD48) e caracterizados por Ressonância Magnética Nuclear (RMN), QSQC, massa molar, Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) e titulação. Foram feitos dois ensaios experimentais. O 1° Os animais receberam seus respectivos compostos por 26 dias (GC-1.200 mg/kg; CGH24-0,8 mg/kg e GCD48-0,8 mg/kg), e do 27º ao 29º dia receberam ECTS na dose de 5 x 10¹⁰ unidades formadoras de colônias (100 µL v. o). Após a eutanásia no 30º dia, amostras de fezes foram coletadas para verificar o perfil microbiano e conteúdo cecal para análises de unidades formadoras de colônia (UFC). No 2° Os animais receberam os polímeros por 10 dias e no 11° ao 13° dia receberam ECTS na dose de 5 x 10¹⁰ e tecidos intestinais foram coletados para verificar a expressão de mucina e superóxido dismutase (SOD). Foi observado que GCH24 e GCD48 modularam a microbiota intestinal de forma benéfica na ausência e presença de infecção por ECTS e reduziram a colonização de ECTS na região cecal. Os compostos também preservaram os níveis de mucinas neutras e ácidas no ceco, bem como os níveis de superóxido dismutase (SOD) no intestino grosso e ceco. Essas descobertas revelam que os derivados de GC apresentam um efeito modulador na microbiota intestinal, mas estudos adicionais devem ser realizados para verificar quais mecanismos podem estar envolvidos.
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MARCOS ANTONIO FERREIRA
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Peptídeos Sintéticos Bioinspirados na Papaína Contra Biofilmes e Bactérias Resistentes
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Orientador : JEFFERSON SOARES DE OLIVEIRA
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Data: 26/02/2025
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A resistência bacteriana representa um dos maiores desafios da medicina moderna, demandando estratégias inovadoras. Este estudo apresenta o design racional de dois peptídeos sintéticos análogos, WK-MAP1 e WG-MAP2, inspirados na estrutura da enzima papaína (PDB 9PAP), destacando a novidade de utilizar uma enzima como modelo para o desenvolvimento de novos antimicrobianos. Inicialmente, estudos in silico, incluindo modelagem molecular e experimentos de docking, revelaram alta afinidade dos peptídeos por membranas bacterianas miméticas. Subsequentemente, ensaios in vitro confirmaram sua eficácia antimicrobiana. O WK-MAP1 demonstrou atividade superior contra Klebsiella pneumoniae resistente a carbapenêmicos (KPC+), com uma concentração inibitória mínima (MIC) de 25 µM, enquanto o WG-MAP2 exibiu atividade contra ambas as cepas testadas (KPC+ e ATCC), com MICs de 50 µM e 100 µM, respectivamente. Ambos os peptídeos inibiram eficazmente a formação de biofilmes e apresentaram baixa citotoxicidade em células murinas. Esta pesquisa destaca o potencial de WK-MAP1 e WG-MAP2 como candidatos promissores para novas terapias antimicrobianas, oferecendo uma abordagem inovadora para superar as limitações dos antibióticos convencionais.
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MARCELO DA COSTA MOTA
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CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTIBACTERIANA, ANTIOXIDANTE E CITOTÓXICA DE Plathymenia reticulata benth. (FABACEAE).
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Data: 26/02/2025
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Plathymenia reticulata Benth. (Fabaceae), conhecida popularmente como vinhático, candeia, é uma espécie nativa do Brasil, amplamente utilizada na medicina tradicional para o tratamento de inflamações, infecções, distúrbios hepáticos, hemorragias, varizes e diarreia. Devido às suas diversas aplicações terapêuticas, há um crescente interesse na investigação de sua composição química e atividades farmacológicas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização química, avaliar as atividades antibacteriana, antioxidante e citotóxica do extrato bruto e frações das entrecascas do caule de P. reticulata. O extrato bruto hidroetanólico (EBH) foi obtido utilizando etanol/água (7:3) e submetido a partição líquido-líquido para gerar as frações aquosa (FAQ) e acetato de etila (FAE). A caracterização química foi realizada por FTIR e LC-MS/MS, com análise espectral no GNPS. A atividade antibacteriana foi avaliada através da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Bactericida Mínima (CBM). A capacidade antioxidante foi determinada pelos ensaios com os radicais DPPH e ABTS. A citotoxicidade foi avaliada através do ensaio MTT, e a análise morfológica por coloração diferencial com Panótico Rápido. As análises por FTIR indicaram a presença de grupos funcionais no extrato bruto e frações, que podem estar associados a polifenóis, ácidos fenólicos, flavonoides e outras classes químicas. A análise por LC-MS/MS no GNPS anotou flavonoides, incluindo rutina, epigalocatequina, catequina e procianidina B2. Os extratos apresentaram atividade antibacteriana moderada, sendo mais eficazes contra Staphylococcus aureus ATCC 25923 (CIM de 125 µg/mL) e Enterococcus faecalis ATCC 29212 (FAQ: CIM/CBM de 500 µg/mL). Para Escherichia coli ATCC 25922, Streptococcus mutans ATCC 25175 e Salmonella enterica subespécie Typhimurium ATCC 14028, os valores foram ≥ 2.000 µg/mL, indicando menor sensibilidade. Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 apresentou CIM de 1.000 µg/mL, sem efeito bactericida na maior concentração testada. No geral, os extratos demonstraram efeito bacteriostático em altas concentrações, sendo mais ativos contra bactérias Gram-positivas. Nos ensaios antioxidantes, os valores de CI₅₀ obtidos pelo método DPPH foram EBH (1,66 µg/mL), FAE (2,55 µg/mL) e FAQ (2,07 µg/mL), demonstrando maior capacidade antioxidante em comparação ao padrão Trolox (3,96 µg/mL). No ensaio ABTS, os valores de CI₅₀ foram EBH (1,854 µg/mL), FAE (0,8914 µg/mL) e FAQ (1,133 µg/mL), evidenciando novamente uma atividade antioxidante superior ao Trolox (5,046 µg/mL). Nos ensaios de citotoxicidade, os valores de CI50 dos extratos para a linhagem tumoral HCT-116 (carcinoma colorretal) foram EBH (27 µg/mL), FAE (27,7 µg/mL) e FAQ (23 µg/mL). Para as células não tumorais L929 (fibroblasto murino) e HaCaT (queratinócitos humanos), o EBH obteve CI50 de 50,5 µg/mL e 70,5 µg/mL, respectivamente, enquanto as frações FAE e FAQ apresentaram CI50 superior a 100 µg/mL, indicando baixa toxicidade e alta seletividade para células não tumorais. A análise morfológica das células HCT-116 tratadas com FAE e FAQ revelou alterações celulares compatíveis com apoptose e autofagia, corroborando os resultados do ensaio de viabilidade celular (MTT). Os resultados evidenciam o potencial terapêutico de P. reticulata, reforçando sua aplicação como agente antioxidante e anticâncer e abrindo perspectivas para o desenvolvimento de protótipos de fármacos a partir de seus extratos, frações e/ou moléculas bioativas isoladas.
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YANNA PORTELA CAVALCANTE
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CARACTERIZAÇÃO E BIOPROSPECÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Croton heliotropiifolius KUNTH DA MICRORREGIÃO DO LITORAL PIAUIENSE
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Orientador : DURCILENE ALVES DA SILVA
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Data: 25/02/2025
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Os produtos naturais vêm se tornando uma terapêutica alternativas de forte relevância no tratamento de doenças, onde os óleos essenciais extraídos de plantas têm sido estudados quanto aos seus potenciais, dentre eles, potencial antimicrobiano e antioxidante, tendo evidencias comprovadas em pesquisas. O óleo essencial de Croton heliotropiifolius Kunth (OECH) (Velame ou marmeleiro), extraído das folhas, é amplamente empregado na medicina popular devido às suas propriedades anti-séptica, analgésica, sedativa, anti-inflamatória, espasmolítica, anestésica local e larvicida contra o Aedes aegypti. O objetivo deste estudo foi avaliar o rendimento e a composição química do OECH extraído de folhas frescas, sob condições locais predominantes, bem como avaliar sua atividade antibacteriana em ensaios in vitro. O rendimento de óleo extraído de 600 g de material vegetal em aparelho Clevenger foi de de 0,68 ± 0,08 %. Foi feita análise química por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM) e determinada a atividade antibacteriana desse óleo. Os ensaios antibacterianos foram realizados pelo método de determinação da concentração inibitória mínima (CIM). Os principais constituintes do óleo essencial do estudo são o α-pineno (16,70%), 1,8-cineol (eucaliptol) (13,81%), biciclogermacreno (9,44%) e transcariofileno (6,46%). A atividade antibacteriana apresentou uma concentração inibitória mínima (CIM) maior que 200 µg/mL). A escolha dessas concentrações baseou-se em testes prévios de citotoxicidade para garantir a segurança. Portanto, futuros estudos devem considerar testar concentrações mais elevadas e explorar a influência de diferentes condições ambientais na composição e atividade biológica do óleo essencial. A microrregião do litoral piauiense possui um potencial inexplorado para a bioprospecção de plantas nativas, oferecendo uma rica fonte de compostos bioativos. A compreensão da variabilidade sazonal e das propriedades biológicas do óleo essencial dessa espécie pode levar ao desenvolvimento de novos produtos biotecnológicos, além de contribuir para a conservação da biodiversidade local.
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GILDEANNI IASMIM ALVES VIEIRA
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Fitoquímica, potencial antioxidante, atividade prebiótica do suco clarificado de Anaca
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Orientador : IVANILZA MOREIRA DE ANDRADE PAIVA
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Data: 24/02/2025
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A cajuína, suco clarificado derivado do pseudofruto (hipocarpo) de Anacardium occidentale L. (cajueiro), uma frutífera tropical de grande importância econômica, especialmente no nordeste do Brasil, destaca se por suas propriedades nutricionais, porém enfrenta desafios relacionados à padronização e preservação de seus compostos bioativos. Objetivou-se, com esse estudo, realizar uma revisão sistemática sobre o potencial biológico do hipocarpo de A. occidentale, analisar a composição química, o potencial antioxidante e a atividade antibacteriana de cajuína, além de investigar a degradação do ácido ascórbico em sucos clarificados de caju sob diferentes condições de armazenamento. A revisão seguiu as diretrizes do PRISMA e incluiu artigos das bases Web of Science e PubMed. O teor de ácido ascórbico foi determinado por titulação iodométrica, enquanto os constituintes químicos da cajuína foram investigados por fitoquímica qualitativa e quantitativa. A atividade antioxidante foi determinada pelo ensaio de captura de radicais livres (DPPH) e a atividade antibacteriana pela técnica de microdiluição em caldo. O estudo sistemático identificou 25 estudos que confirmaram a riqueza do hipocarpo em compostos fenólicos, ácido ascórbico e carotenoides, com atividades antioxidantes, anti-inflamatórias e antibacterianas. O teor de ácido ascórbico apresentou uma redução de 272,98 mg/mL no suco fresco para 195,49 mg/mL na cajuína recém-produzida. Após 5 meses de armazenamento, a exposição à luz reduziu esse teor para 160,26 mg/mL, enquanto a cajuína armazenada em ambiente protegido resultou em uma menor perda (184,92 mg/mL). A fitoquímica identificou fenóis, taninos e açúcares redutores. A cajuína apresentou 167,5 mg/g de compostos fenólicos, mas menores concentrações de flavonoides (3,52 mg/g) e taninos (27,2 mg/g), indicando perdas no processamento. A análise por FTIR confirmou grupos funcionais bioativos, como fenóis, hidroxilas e éteres. A capacidade antioxidante total foi baixa (IC50: 131,21 µg/mL; IAA: 0,30), e a cajuína inibiu a Staphylococcus aureus (ATCC 43330) (CIM: 16 µg/mL), sem efeito em outras cepas. Apesar de a pasteurização garantir a segurança microbiológica, ela reduz os compostos bioativos. A otimização do processamento pode preservar metabólitos secundários e potencializar as propriedades antioxidantes e antibacterianas, aumentando o valor nutricional e funcional da cajuína.
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AYSLAN BATISTA BARROS
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PERFIL CELULAR NO MICROAMBIENTE TUMORAL PARA O DESENVOLVIMENTO E TRATAMENTO DO CÂNCER: INFLUÊNCIA NA CARCINOGÊNESE E UMA ABORDAGEM TERAPÊUTICA
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Orientador : JOSE DELANO BARRETO MARINHO FILHO
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Data: 24/02/2025
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O microambiente tumoral consiste em uma população diversa de células, que contam com a presença de células imunes que podem apoiar ou inibir o crescimento do tumor. A infiltração de células do sistema imunológico no ambiente tumoral é um indicador confiável de resposta à imunoterapias. Estudos que busquem novas formas de tratamento, principalmente com alvo em componentes naturais do corpo humano, como as células imunes, estão em grande avanço. Os polissacarídeos naturais (PS) são compostos que possuem numerosas atividades biológicas nas mais diversas áreas, e podem apresentar atividade contra células tumorais por meio da ativação e modulação do sistema imunológico. A goma do cajueiro, já foi descrita com potencial antitumoral frente a linhagem de melanoma B16F-10 in vivo. No entanto, ainda não foi descrito seu envolvimento com o sistema imune na inibição tumoral. Assim, este trabalho teve como objetivo demonstrar o perfil de células imunes presentes no tecido durante o processo de carcinogênese, e como estas células podem influenciar no crescimento tumoral, em um modelo de câncer renal espontâneo. Além de analisar a atividade antitumoral da Goma do cajueiro (GC) isolada e em combinação com quimioterápicos e sua relação com células do sistema imune para o potencial antitumoral. Utilizou-se três modelos animais diferentes. O primeiro modelo utilizou uma tecnologia genética para deleção dos genes Vhl, Hif1α, Hif2α e Pbrm1, a partir da técnica de Cre recombinase induzida por tamoxifeno em células epiteliais renais, para entender a composição do tecido renal em relação a infiltração imune. As análises foram realizadas a partir da utilização de imunohistoquímica para marcação de células dos sitema imune e de proliferação celular. Os dados foram quantificados e analisados estatisticamente para comparação entre os grupos. O segundo e terceiro modelos utilizaram células de melanoma metastático murino (B16F10) e carcinoma de cólon humano (HCT-116) inoculados subcutaneamente em camundongos Black (C57BL/6) e SCID CB17 (camundongos imunossuprimidos para linfócitos B e T), respectivamente. Nos dois últimos modelos, os animais foram agrupados para determinar os tratamentos, incluindo: PBS ou Salina como controle negativo, Ciclofosfamida (10 mg/kg/dia) para o modelo de melanoma e 5-Fluorouracil (7,5 e 15 mg/kg/dia) para o modelo de cólon, como controle positivo, duas doses de GC (50 e 100 mg/kg/dia) e uma combinação da menor dose de polissacarídeo com a menor dose do quimioterápico para ambos os modelos. Após o período de tratamento de 14 dias, os animais foram eutanasiados e o material foi coletado para posteriores análises sanguíneas, histológicas, citometria de fluxo, ELISA, Imunofluorescência, Imunohistoquímica e qRT-PCR. O primeiro estudo mostrou o aumento da infiltração imune após a deleção do gene Vhl, indicativo da influência no sistema imunológico, além disso observou-se a composição deste tecido com sinais indicativos do crescimento do tumor. No modelo de melanoma a GC aumentou a quantidade de leucócitos, mesmo na presença da ciclofosfamida, influenciando a ativação de macrófagos associados ao tumor (TAM), aumentando a expressão de Il4 e reduzindo a expressão dos genes Ifng, Il1b, Tgfb e Il6, mantendo a atividade antitumoral. Já no modelo de câncer de cólon, a GC isolada e em combinação manteve a atividade antitumoral apresentada previamente, e a combinação de tratamentos, além de induzir aumento da infiltração de macrófagos, promoveu redução da proliferação celular e diminuição do processo de angiogênese, a partir da redução da expressão de CD31 e α-SMA. Estes resultados indicam importantes avanços para a possível aplicação da goma do cajueiro para o tratamento do câncer, com foco na modulação do sistema imune, indicando uma boa aplicabilidade deste material em sistemas biotecnológicos.
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TARSILA MELO TERTULIANO
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Utilização da goma extraída da Fava d'Anta como aditivo polimérico em Fluidos de Perfuração base água
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Orientador : DURCILENE ALVES DA SILVA
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Data: 24/02/2025
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O desenvolvimento de fluidos de perfuração de baixo custo, que possa atender as exigências ambientais e proporcionar um bom desempenho, tem sido um grande desafio para a indústria petrolífera. Sob tal perspectiva, este trabalho tem como objetivo extrair e avaliar a goma da fava d’anta (Gal), isolada das sementes leguminosas da Dimonphandra Garderneriana, e avaliar sua potencialidade como viscosificante e redução de filtrado como substituta da goma xantana (GX) comumente utilizada em fluidos de perfuração à base de água (FPBAs). O processo de obtenção da Gal baseou-se na separação manual do endosperma, dissolução em água, centrifugação, precipitação com etanol e sucessivas lavagens com etanol e acetona, com posterior caracterização do material por Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Análise termogravimétrica (TGA) e Cromatografia de permeação em gel (CPG). O polímero apresentou picos característicos associados à ocorrência de configurações anoméricas e ligações glicosídicas, atribuídas a unidades -D-galactopiranose e -D-manopiranose, respectivamente. A estimativa de massa molar apresentou distribuição unimodal com a massa molar média ponderada (Mw) de 2,38 × 10 6 g/mol, massa molar média numérica (Mn) de 1,24 × 10 6 g/mol índice de polidispersidade igual 1,92..Na análise entre os fluidos, identificou-se que a massa específica variou de 1,14 a 1,2 g/cm³ e a viscosidade aparente de 30,5 a 90,5 cP. A viscosidade plástica variou entre 10 e 23,5 cP e o limite de escoamento ficou entre 24 e 136 lbf/100ft 2 . Os fluidos foram preparados e divididos em três grupos diferentes, de acordo com a goma utilizada e com a variação de sua concentração. Os estudos reológicos mostraram que Gal nas mesmas concentrações da GX, apresentou um potencial viscosificante maior. Adicionalmente, os ensaios de filtração resultaram em volumes de filtrado 28,6% menores nas formulações com Gal quando comparadas àquelas com GX.
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TINO MARCOS LINO DA SILVA
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LASSBio-753, UM HÍBRIDO DA TALIDOMIDA COM N-ACILIDRAZONA, POSSUI AÇÕES ANTINOCICEPTIVAS E ANTI-INFLAMATÓRIAS EM CAMUNDONGOS
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Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
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Data: 21/02/2025
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A dor e a inflamação são fenômenos fisiológicos do organismo que exercem função protetora à algum estímulo lesivo ao tecido, entretanto ambas ocasionam queda da qualidade de vida quando manifestadas em condições crônica. Os medicamentos convencionais utilizados para combater a dor e inflamação geram múltiplas reações adversas quando utilizados de forma contínua, o que gera um grande problema de saúde pública sendo necessária a busca por novas alternativas terapêuticas. Neste contexto, o LASSBio-753 foi formulado através da hibridização molecular entre os protótipos talidomida e inibidores de ciclooxigenase, conferindo a esta droga possíveis propriedades anti-inflamatórias. A partir disso, o objetivo deste presente estudo foi avaliar a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva do LASSBio-753 em camundongos. Os procedimentos e protocolos experimentais utilizados neste presente estudo foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal do Delta do Parnaíba e todos os procedimentos foram conduzidos de acordo com as normas do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal. Inicialmente, os animais foram tratados com LASSBio-753 nas doses 0,1, 1,0 e 10 mg/kg, por via oral, e submetidos ao edema de pata induzido por carragenina, a fim de determinar a melhor dose-resposta às ações edematogênicas da carragenina. Posteriormente, foram realizados edemas de pata induzidos por mediadores inflamatórios, como histamina, composto 48/80, serotonina, PGE2 e bradicinina além da indução de peritonite por carragenina, para avaliar a migração de neutrófilos, níveis de citocinas TNF-α e IL-1β, concentração de mieloperoxidase e níveis de malondialdeído e glutationa na cavidade peritoneal. Além disto, foi realizado a contagem de contorções abdominais induzidas por ácido acético para avaliação da atividade anti-nociceptiva do LASSBio-753. A dose de 10 mg/kg demonstrou um efeito antiedematogênico significativo (p < 0,05) tanto no edema de pata induzido por carragenina quanto nos edemas induzidos pelos mediadores inflamatórios histamina, composto 48/80, serotonina, PGE2 e bradicinina. O LASSBio-753 na dose de 10 mg/kg também reduziu significativamente a migração de neutrófilos para a cavidade peritoneal, resultando em uma redução dos níveis de citocinas pró-inflamatórias TNF-α e IL-1β, diminuição da concentração de mieloperoxidase e na peroxidação lipídica medida através de malondialdeído, enquanto preservou os níveis de glutationa no fluido peritoneal. A melhor dose de LASSBio-753 reduziu significativamente o número de contorções abdominais induzidas por ácido acético e tempo de lambedura no teste de formalina. A partir desses resultados, pode-se inferir que o LASSBio-753 possui potencial ação anti-inflamatória, antioxidante e antinociceptiva.
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AIRTON LUCAS SOUSA DOS SANTOS
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INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-Trypanosoma cruzi, CITOXICIDADE E POSSÍVEIS MECANISMO DE AÇÃO DO DERIVADO 2-AMINOTIOFÊNICO SB-83
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Orientador : KLINGER ANTONIO DA FRANCA RODRIGUES
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Data: 20/02/2025
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A Doença de Chagas é uma antropozoonose prevalente entre populações socioeconomicamente vulneráveis e é uma das doenças tropicais negligenciadas mais relevantes globalmente A terapêutica atual apresenta limitações, como efeitos colaterais severos, ineficácia na fase crônica e resistência parasitária, evidenciando a necessidade de novos fármacos mais seletivos e menos tóxicos. Em estudos anteriores o SB-83, um derivado 2-aminotiofênico, demonstrou efeito seletivo e promissor contra Leishmania (Leishmania) amazonensis. Considerando que Trypanosoma cruzi e Leishmania spp. pertencem à mesma família, investigou-se o potencial do SB-83 contra T. cruzi. Sendo assim, este estudo avaliou a atividade tripanocida do SB-83 em formas evolutivas do T. cruzi, sua toxicidade em células LLC-MK2 CCL-7, Vero CCL-87 e RAW 26.7, e seus possíveis mecanismos de ação. Os ensaios de MTT, revelaram que o SB-83 possui uma concentração inibitória para 50% dos parasitas (CI50) de 6,23 ± 0,84 μM para epimastigotas e concentração efetiva (CE50) de 7,31 ± 0,52 μM para tripomastigotas. O SB-83 apresentou uma concentração citotóxica para 50% das células (CC50) de 77,80 ± 2,05 μM para LLC-MK2 CCL-7, 24,21 ± 1,2 μM para Vero-CCL87 e 13,14 ± 0,55 para RAW 264.7, com índices de seletividade superiores a 10 para LLC-MK2 e Vero-CCL87, mas inferiores para RAW 264.7. O composto SB-83 apresentou atividade significativa contra as formas intracelulares de T. cruzi, reduzindo o índice de infecção de macrófagos em 98,3% na concentração de 25 μM após 72 horas de tratamento (CE50 = 5,12 ± 0,49 μM), com índice de seletividade de 2,10. Essa atividade foi acompanhada por um perfil imunomodulador, com aumento de TNF-α, IL-12, óxido nítrico e espécies reativas de oxigênio, além da redução de IL-10 e IL-6. Ensaios in silico mostraram forte ligação do SB-83 ao sítio ativo da trypanotiona redutase (TR), corroborada por ensaios in vitro que confirmaram a inibição da TR e desregulação do equilíbrio redox. Na avaliação da morte celular por citometria de fluxo, observou-se que o SB-83 promove morte celular por apoptose inicial e tardia em tripomastigotas. Nas análises por microscopia eletrônica observou-se que o SB-83 promoveu desregulação do corpo celular do parasito e desorganização das organelas, corroborando com o perfil de morte observado. Assim, o SB-83 demonstrou atividade seletiva e eficaz contra T. cruzi em concentrações não tóxicas para células hospedeiras, destacando seu potencial como candidato terapêutico.
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GUSTAVO OLIVEIRA MONTEIRO ALVES
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Efeito antitumoral da goma do serigueleiro (Spondias purpurea L.) em um modelo de carcinoma de cólon murino.
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Orientador : JOSE DELANO BARRETO MARINHO FILHO
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Data: 19/02/2025
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Os produtos naturais no tratamento do câncer são uma opção amplamente estudada devido sua variedade de atividades biológicas. A goma extraída do serigueleiro (Spondias purpurea L) é uma arabinogalactana, que possui ação imunoestimulante, porém ainda pouco explorada quanto a seu potencial anticâncer. Dessa forma, esse trabalho objetivou avaliar o potencial anticâncer da goma do serigueleiro (GS) in vitro e in vivo. Foi avaliado a atividade citotóxica da GS em linhagens de células tumorais (HCT 116, CT26.WT, B16-F10, MCF-7 e MDA-MB-231) e não tumorais (L929) utilizando concentração única de 1000 µg/mL. Na avaliação in vivo, utilizou-se um modelo murino de câncer colorretal com transplante de células CT26.WT de forma subcutânea em camundongos BALB/c. Foram utilizados trinta animais com 6 a 8 semanas de idade, pesando 20-26g, que receberam tratamento diário com a GS nas doses de 50 e 100 mg/kg/dia (grupos GS50 e GS100, respectivamente). Solução salina (0,9%) foi utilizada como controle negativo e 5-Fluorouracil (5-FU) na dose de 20 mg/kg/2 dias como controle positivo. No vigésimo dia os animais foram eutanasiados e os tumores, rins, baço e fígado foram excisados, pesados e fixados para análise histopatológica. Foi coletado 1mL de sangue para avaliação de parâmetros hematológicos e bioquímicos. Avaliou-se a expressão gênica de citocinas inflamatórias nos tumores através de qRT-PCR. Os dados foram analisados e comparados pela análise de variância ANOVA one-way seguidos de teste de comparação múltipla de Dunnett ou Tukey ou pelo procedimento de Benjamini, Krieger e Yekutieli, considerando p < 0,05. A GS não apresentou atividade citotóxica nas linhagens utilizadas. No modelo animal, foi observado uma redução significativa de 32,04 ± 5,17% da massa tumoral no grupo GS50 e de 1,31 ± 4,91% no grupo GS100 quando comparada ao grupo salina. A redução do GS50 foi próxima ao observado no grupo 5-FU, de 39,62 ± 5,64%. O peso relativo dos órgãos do grupo GS50 não apresentou diferença significativa enquanto no grupo GS100 o fígado e baço se apresentaram aumentados de forma significativa. Na análise hematológica, foi possível observar um aumento significativo de leucócitos totais no grupo GS50, enquanto no grupo 5-FU se observou leucopenia. Nos parâmetros bioquímicos, houve um aumento significativo nos valores de ALT nos grupos GS50 e GS100 em relação ao grupo salina. Na histologia dos tumores foi observado uma diminuição na quantidade de mitoses nos grupos com tratamento e áreas de morte celular nos grupos GS50 e GS100. Nos grupos GS50 e GS100 foi observado dilatação sinusoidal nos fígados e presença de hemossiderina nos baços. Na análise da expressão de citocinas observou-se um aumento significativo de Il1b nos grupos 5-FU, GS50 e GS100. Na expressão de Il6, foi possível observar uma redução no grupo GS100 quando comparado ao grupo GS50, o que pode ser um indicativo de mudança de perfil de ativação de macrófagos M1 para M2. Com esses resultados, a GS possui um potencial para ser utilizado como um agente antitumoral auxiliar nos métodos quimioterápicos, visto que apresentou uma redução tumoral nos animais testados sem apresentar efeitos tóxicos.
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MATHEUS PEDROSA DE OLIVEIRA
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AVALIAÇÃO DOS EFEITOS CITOTÓXICOS E DOS MECANISMOS DE AÇÃO DE VITANOLÍDEOS OBTIDOS DE Athenaea velutina EM CÉLULAS TUMORAIS
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Orientador : JOSE DELANO BARRETO MARINHO FILHO
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Data: 14/02/2025
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O tratamento do câncer colorretal (CCR) é multifacetado, envolvendo cirurgia, radioterapia, quimioterapia, e mais recentemente, a imunoterapia. Apesar dos avanços significativos, as terapias convencionais ainda enfrentam desafios, como a resistência tumoral, os efeitos adversos e eficácia limitada em estágios mais avançados da doença. Nesse contexto, vitanolídeos, uma classe de lactonas esteroidais, têm emergido como alternativas promissoras em estudos pré-clínicos. Neste trabalho, avaliamos a atividade citotóxica de cinco vitanolídeos de Athenaea velutina em linhagens celulares tumorais, investigando os mecanismos moleculares subjacentes. Os compostos demonstraram ampla citotoxicidade, com valores de CI50 variando entre 0,52 a 8,31 µM em células tumorais e 0,46 a 9,03 µM em células não tumorais, conforme ensaios de MTT. Entre os compostos analisados, o vitanolídeo 5 (AV5) destacou-se por reduzir a viabilidade de um painel heterogêneo de células de CCR. Os mecanismos de ação do AV5 foram investigados em HCT-116 e HCT-116 TP53-/-, indicando uma ação dependência de concentração e tempo. Em apenas 6 horas de tratamento, observou-se a perda da adesividade celular, redução na capacidade clonogênica, formação de organelas vesiculares ácidas (indicativas de autofagia) e reorganização do citoesqueleto. Após 24h de tratamento, os efeitos foram ampliados, incluindo vacuolização citoplasmática, figura de mitoses atípicas, acompanhados de parada do ciclo celular em G2/M e um discreto aumento de células em SubG1, sugerindo morte celular. Em nível molecular, o AV5 provocou danos ao DNA, demonstrados pela expressão aumentada de γH2AX e p21, além de bloquear o fluxo autofágico, por meio da modulação de Beclina 1, LC3-B e SQSTM1/p62. O composto também promoveu clivagem de PARP-1, mas não alterou os níveis de expressão de BCL-2 e BCL-XL. O efeito citotóxico do AV5 foi validado em um modelo de cultura tridimensional de esferoides, confirmando sua robustez. Conclui-se que o AV5 apresenta um potencial citotóxico atraente contra linhagens celulares de CCR, atuando por meio de múltiplos mecanismos, associados à parada do ciclo celular, autofagia e danos ao DNA. Esses resultados ressaltam o potencial terapêutico dos vitanolídeos de Athenaea Velutina e incentivam investigações futuras para explorar sua eficácia em modelos animais.
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ANTONIO KLEITON DE SOUSA
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DITERPENO ANNONALIDA ISOLADO DE Casimirella ampla (Miers) REDUZ EVENTOS INFLAMATÓRIOS E NOCICEPTIVOS EM MODELOS EXPERIMENTAIS
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Orientador : ANDRE LUIZ DOS REIS BARBOSA
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Data: 13/02/2025
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A inflamação é um processo biológico crucial para o organismo, sendo um sinal frequente em doenças, envolvendo complexas alterações de mediadores solúveis, células residentes, bem como células infiltrantes e moléculas da matriz extracelular. Embora os medicamentos comerciais utilizados na terapia anti-inflamatória tenham sido bastante eficazes, os seus efeitos adversos limitam o uso desses fármacos. Uma alternativa natural para tratar diversas condições patológicas são as plantas medicinais que são constantemente examinadas como fontes terapêuticas que substituem muitos medicamentos. Dentre elas está a Casimirella ampla (C. ampla), uma planta nativa da região amazônica, que em suas raízes possuem diterpenos, compostos investigados quanto aos seus envolvimentos durante a resposta inflamatória, sendo assim uma promissora fonte de fitoconstituentes que agem para o manejo de diversas doenças. O presente estudo teve como objetivo avaliar o possível efeito anti-inflamatório do diterpeno annonalida (Annona) extraído da C. ampla em modelos de inflamação geral em camundongos, no qual tiveram uso aprovado na comissão de ética no uso de animal (CEUA) da Universidade Federal do Delta do Parnaíba – UFDPar sob o número 020/19. Os protocolos experimentais seguiram as normas e diretrizes do Colégio Brasileiro de Experimentação animal (COBEA). Foram utilizados camundongos Swiss fêmeas pesando ente 25-30g, sendo 6 animais por grupo. Os animais foram pré-tratados com Annona nas doses de 0,1; 1,0 ou 10 mg/kg via oral (v.o.) e posteriormente submetidos a um edema na pata trazeira induzida por carragenina (500 μg/pata) a fim de avaliar uma possível participação anti-inflamatória desse composto, foi utilizado ainda grupos controles que receberam uma solução fisiológica de salina 0,9% ou fármaco de referência indometacina (Indo) 10 mg/kg. Após os edemas os segmentos da região suplantar das patas dos animais foram retirados e utilizados para a avaliação histopatológica. Foi realizado também edema de pata induzido por mediadores químicos vasoativos histamina, serotonina, bradicinina, composto 48/80 e Prostaglandina E2. Além disso, foi induzido peritonite com uma injeção de 250 μg de Cg intraperitoneal (i.p.) nos camundongos e o líquido peritoneal foi avaliado quanto a migração de leucócitos, atividade da enzima mieloperoxidase (MPO), níveis de glutationa (GSH) e malondialdeido (MDA). Além disso, foi avaliado a dor central e periférica durante o processo inflamatório, causados por mediadores químicos. Os animais tratados com Annona 0,1 mg/kg apresentaram resultados pertinentes e estatisticamente significativos na redução do edema causado por Cg, assim como na resposta vascular pela diminuição dos edemas vasculares. Ademais, o referido composto apresentou eficácia na redução (p<0,05) das lesões microscópicas do tecido da pata, migração de células para a cavidade peritoneal, diminuição da atividade da enzima MPO e MDA bem como no aumento de níveis de GSH. Foi constatado também o efeito da Annona durante a dor inflamatória mediada por agentes químicos. Os resultados obtidos permitem inferir que o composto derivado da C. ampla Annona na dose de 0,1 mg/kg atenua o estresse oxidativo, possui efeito anti-inflamatório e antinociceptivo, revelando um potencial farmacológico do composto como um promissor agente anti-inflamatório.
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JOSIVAN LOPES FERREIRA
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Efeito esofagoprotetor da suplementação com a cianobactéria Arthrospira platensis na Doença do Refluxo Gastroesofágico em ratos
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Orientador : LUCAS ANTONIO DUARTE NICOLAU
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Data: 13/02/2025
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A Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição prevalente que causa sintomas e/ou erosões na mucosa esofágica, devido ao refluxo do conteúdo gastroduodenal. Os inibidores da bomba de prótons (IBPs) são considerados a terapia padrão-ouro, mas podem causar efeitos adversos graves, além disso não atuam diretamente na resposta inflamatória, considerado o evento mediador no processo fisiopatológico. Em busca de alternativas terapêuticas seguras e eficazes, este estudo investigou o potencial da Spirulina (Arthrospira platensis), uma cianobactéria rica em compostos antioxidantes e anti-inflamatórios, no tratamento da esofagite erosiva. A cepa de Spirulina utilizada foi cultivada e preparada para o uso experimental, apresentando os seguintes valores nutricionais: proteína (63%), carboidratos (20,9%), minerais (9,31%) e lipídios (5,37%). O experimento foi conduzido em duas abordagens experimentais. Inicialmente, ratos machos Wistar foram distribuídos nos seguintes grupos: controle (sham), esofagite erosiva (EE), Spirulina (500 mg/kg durante 2 meses) e alginato (1,5 mL). Após a indução da EE, os animais foram eutanasiados e o esôfago coletado para análise macroscópica, avaliação de edema esofágico, níveis de mieloperoxidase (MPO), malondialdeído (MDA), avaliação histoquímica de PAS e análise histomorfométrica. No segundo ciclo experimental, verificou-se os efeitos da Spirulina em comparação e em combinação com Omeprazol. Neste sentido, os animais foram distribuídos em cinco grupos: Sham; EE; omeprazol (40mg/kg) via oral; Spirulina (500mg/kg) via oral; Spirulina + Omeprazol. Em nossos resultados, os animais do grupo EE apresentaram aumento significativo do índice de lesão esofágica, edema esofágico, nos níveis de MPO e MDA, havendo diminuição significativa com o pré-tratamento com Spirulina. De acordo com avaliação histoquímica e histomorfométrica o pré-tratamento com Spirulina promoveu a preservação do muco e da microarquitetura do epitélio esofágico. No segundo ensaio experimental, verificou-se melhores resultados no grupo submetido a terapia combinada de Spirulina e Omeprazol, em comparação aos demais grupos experimentais, com redução significativa dos níveis de MPO, MDA e peso úmido esofágico. Esses resultados sugerem que suplementação com Spirulina pode auxiliar no tratamento terapêutico da DRGE em complemento ao omeprazol. Devido as propriedades antioxidantes da Spirulina, que neutralizam espécies reativas de oxigênio e protegem contra o dano oxidativo celular provocado pelo refluxo gástrico. Portanto, fica evidente que a Spirulina possui um potencial terapêutico promissor para o tratamento da esofagite erosiva, oferecendo uma alternativa segura aos tratamentos convencionais. Novos estudos são necessários para validar esses achados e explorar ainda mais o mecanismo de ação da Spirulina em condições inflamatórias do trato gastrointestinal.
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SUZANE NASCIMENTO DA SILVA
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FILMES À BASE DE CELULOSE BACTERIANA E NANOPARTÍCULAS DE PRATA: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E CITOTÓXICA PARA POTENCIAL APLICAÇÃO NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS
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Orientador : DURCILENE ALVES DA SILVA
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Data: 13/02/2025
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Atualmente existe uma grande preocupação com o crescente número de infecções provocadas por bactérias resistentes à antibióticos, principalmente em pacientes hospitalizados com ferimentos. Essas infecções por estes microrganismos tendem a dificultar o processo de cicatrização, levando ao agravamento da infecção prolongando o tempo de tratamento, pois retarda o tempo de cicatrização. Assim, há a necessidade do desenvolvimento de novos materiais que funcionem como uma barreira contra microrganismos ao mesmo tempo que impede uma possível infecção. Neste contexto, entram os polímeros biocompatíveis como a celulose bacteriana (CB), que possui excelentes propriedades biológicas para reparação tecidual e as nanopartículas de prata (NPsAg), que se destacam por possuir excelente ação antimicrobiana e de amplo espectro. A eficácia da síntese das NPsAg está intimamente relacionada com a composição do estabilizante utilizado. Na literatura, já existe relatos do uso do colágeno e polímeros naturais como a goma do cajueiro, de forma eficiente na estabilização coloidal de nanopartículas. Este trabalho tem por objetivo avaliar a atividade antibacteriana e citotóxica de filmes à base de celulose bacteriana incorporados com nanopartículas de prata estabilizada por colágeno hidrolisado e goma do cajueiro para potencial aplicação cicatrizante. Os filmes de celulose bacteriana funcionalizados com NPsAgcGC foram sintetizados por meio do método Casting, sem adição de plastificante. As nanopartículas foram caracterizadas por UV-vis, potencial Zeta e DLS, FTIR, TEM e AFM e a atividade antibacteriana foi feita por meio da análise de CIM e CBM contra as bactérias Gram negativa e Gram positivas. Os filmes foram caracterizados quanto suas características físicas e ópticas, bem como por FTIR, AFM, MEV-EDX e a atividade antibacteriana se deu por meio de difusão em ágar. A síntese da nano foi confirmada pela banda característica em 411 nm, com tamanho médio de 29,7 nm e potencial Zeta de – 28,6 mV. As imagens de microscopia mostraram nanopartículas com morfologia esférica e dispersas. O espectro do FTIR mostrou os respectivos componentes presentes na nano e no filme de CB. A NPsAgcGC apresentou inibição bacteriana mais forte na faixa de 125 µM/mL para E. coli ATCC 35218 e 250 µM/mL para as estirpes S.aureus ATCC 43300 MRSA e E.faecalis ATCC 51299 VanB e valor de MBC de 250 µM/mL para todas as estirpes testadas. A funcionalização do filme de CB foi confirmada por MEV-EDX pela presença de traços do íon de Ag + indicando a presença da NPsAg aderidas nas fibras da CB. O filme inibiu o crescimento das bactérias E. coli e S. aureus, apresentando halo de inibição de 11 mm para as duas estirpes. Estes resultados demonstram que o filme produzido apresenta potencial promissor para uma possível aplicação como curativo antibacteriano no tratamento de feridas.
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KATRIANE CARVALHO DA SILVA
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Kefir de leite pretege a microarquitetura da mucosa esofágica em modelo experimental de esofagite erosiva em ratos
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Orientador : LUCAS ANTONIO DUARTE NICOLAU
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Data: 13/02/2025
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A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é uma condição desenvolvida quando o refluxo do conteúdo gastroduodenal causa sintomas incômodos e complicações. Alternativas terapêuticas devem ser consideradas, uma vez que há relatos de eventos refratários com a utilização de Inibidores de bomba de prótons, terapia considerada padrão-ouro. Além disso, esses fármacos não tem uma resposta evidente no quadro inflamatório e na atividade da pepsina, elementos importantes na fisiopatologia da DRGE. O Kefir é uma bebida láctea fermentada, obtido a partir de grãos de Kefir, que compreendem em microrganismos existentes em uma matriz complexa de proteínas e polissacarídeos. Com relação ao trato gastrointestinal, há relatos apontando os seus efeitos benéficos em modelos experimentais de úlcera gástrica, colite ulcerativa e esofagite corrosiva. Portanto, objetivou-se investigar o efeito esofagoprotetor do Kefir, em diferentes parâmetros fisiopatológicos da DRGE. Para avaliar a atividade esofagoprotetora do Kefir em ratos, foi utilizado um modelo experimental cirúrgico de esofagite erosiva (EE). Antes da cirurgia, os animais foram divididos em quatro grupos: (1) ratos controle normais (Sham); (2) ratos esofagite erosiva (EE); (3) ratos EE tratados com 1 ml de alginato comercial,via oral (v.o) ; (4) ratos EE tratados com 1 ml de Kefir, v.o. O tratamento foi realizado durante sete dias. Para a realização do procedimento cirúrgico os animais foram anestesiados e realizou-se uma estenose pilórica seguida de ligadura do fundo gástrico. Após 10h, os animais foram eutanasiados, amostras do tecido esofágico foram retirados para avaliação do peso úmido, análise macroscópica (software ImageJ®), análise histoquímica de ácido periódico de Schiff (PAS), análise histomorfométrica, bem como, para avaliação dos níveis de mieloperoxidase (MPO) e malondialdeído (MDA). Em uma segunda abordagem experimental, avaliou-se os efeitos do Kefir em comparação e em combinação com Omeprazol, utilizando o desing experimental realizado anteriormente, com os seguintes grupos: (1) Sham; (2) ratos EE; (3) ratos EE tratados com Omeprazol (40 mg/Kg), v.o; (4) ratos EE tratados com 1 ml de Kefir v.o e (5) ratos EE tratados com Omeprazol (40 mg/Kg) + 1 ml de Kefir, v.o. Posteriormente, os animais foram eutanasiados, amostras de esôfago foram retirados para avaliação do peso úmido, bem como, MPO e MDA. A partir da análise macroscópica e análise histoquímica de PAS, verificou-se que os animais do grupo EE apresentaram ulcerações longitudinais graves e redução do conteúdo de muco, com melhora substancial no índice de lesão macroscópica além da preservação da camada mucosa no grupo pré-tratado com Kefir. A avaliação histomorfométrica evidenciou manutenção da microarquitetura epitelial com a administração do Kefir. Além disso, o pré-tratamento com Kefir promoveu a diminuição significativa dos níveis de MDA, bem como, peso úmido e MPO quando comparado ao grupo EE. No segundo set experimental, constatou-se melhores resultados no grupo na qual o Kefir foi administrado como terapia adjuvante ao Omeprazol, com redução significativa nos indíces de peso úmido, MPO e MDA. Os resultados encontrados até o presente momento são promissores, fornecendo insights sobre o potencial do Kefir na atenuação de parâmetros importantes envolvidos na fisiopatologia da DRGE. Nossos dados ampliam a compreensão da aplicação deste simbiótico seguro como uma alternativa eficaz ou opção complementar aos tratamentos convencionais de DRGE. Nessa perspectiva, torna-se importante realizar sua investigação em outras abordagens experimentais que possam elucidar nossos achados.
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PAULO ROBERTO CARNEIRO GOMES
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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO E TERAPÊUTICO DE UM GEL ORABASE COM EXTRATO DA FOLHA DA Psidium guajava (goiabeira) SOB OS EFEITOS SISTÊMICOS CAUSADOS PELA PERIODONTITE INDUZIDA.
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Orientador : DANIEL FERNANDO PEREIRA VASCONCELOS
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Data: 13/02/2025
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A periodontite é uma condição patológica que acomete o tecido periodontal a partir de uma reação inflamatória em resposta à presença de bactérias que se acumulam e formam um biofilme ao redor deste tecido. A periodontite também traz prejuízos sistêmicos, como alterações no tecido hepático e renal. O uso de plantas medicinais tem sido bastante explorado para o tratamento de doenças e diversas pesquisas buscam aplicá-las ao tratamento da periodontite e seus efeitos sistêmicos. Dentre elas, pode-se destacar a Psidium guajava (goiabeira), conhecida pela sua atividade antimicrobiana, papel hepatoprotetor, renoprotetor, atividade antioxidante e anti-inflamatória. Este projeto objetiva avaliar o potencial biotecnológico e terapêutico de um gel orabase produzido do extrato da folha da Psidium guajava sob os efeitos sistêmicos causados pela periodontite induzida por ligadura em ratos. O gel foi formulado em duas concentrações (2,5% e 7,5%). Foram utilizados 8 animais por grupo, sendo eles: grupo controle, grupo periodontite, grupo gel neutro, grupo clorexidina, grupo gel 2,5% e grupo gel 7,5%. O tratamento durou 21dias, em seguida o sangue dos animais foi coletado para avaliação hematológica e bioquímica. Após eutanásia, o fígado e rim dos animais foram coletados para dosagens de biomarcadores do estresse oxidativo: MPO, MDA e GSH. O tecido hepático e renal foi submetido ao processamento histológico para avaliação histomorfométrica. Como resultados, destaca-se que o gel a base da folha da goiabeira foi capaz de reduzir significativamente os níveis de ALT, AST, creatinina e glicose quando comparado ao grupo periodontite. Ainda, o extrato demonstrou atividade antioxidante e anti-inflamatória no tecido hepático e renal ao analisar os índices de MPO, MDA e GSH. Também foi capaz de reduzir os níveis de esteatose microvesicular e inflamação ao observar as imagens histológicas do fígado. Dessa forma, o gel a base do extrato da folha da Psidium guajava apresentou resultados satisfatórios, sendo capaz de minimizar os danos sistêmicos causados pela periodontite.
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NÁGILA IANE PACHECO
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NANOPARTÍCULAS POLIMÉRICAS INCORPORADAS COM MEROPENEM DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CONTRA ISOLADOS CLÍNICOS MULTIRRESISTENTES
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Data: 13/02/2025
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A resistência de bactérias patogênicas aos agentes antimicrobianos está evoluindo desde o advento da terapia antimicrobiana e continua sendo um grave problema na prática clínica. É imprescindível o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos, que pode ser baseado em produtos naturais, que são compostos químicos originários da fauna e flora, a fonte primordial para a descoberta de novas moléculas bioativas, importante nos campos da ciência e tecnologia. Entre os numerosos polissacarídeos da natureza, a goma do cajueiro e a goma do angico vermelho se destacam como heteropolissacarídeos ácidos, e caracterizam-se por serem solúveis em água, com potencial para aplicações biomédicas e farmacológicas, incluindo a síntese de nanopartículas. Os β-lactâmicos possuem um papel importante dentre os agentes antimicrobianos, entre os carbapenêmicos mais utilizados está o meropenem, antimicrobiano eficaz de amplo-espectro, usado para tratar infecções hospitalares complicadas. O objetivo desse estudo foi realizar complexação polieletrolítica com a goma do angico quaternizada e a goma do cajueiro carboximetilada, para incorporação do meropenem, bem como avaliar o potencial antibacteriano das nanopartículas, e a toxicidade. Foram sintetizados 18 sistemas, caracterizados por DLS, PDI e potencial Zeta. Após estas primeiras análises, alguns sistemas foram escolhidos para avaliação da estabilidade, caracterização por FTIR, microscopia eletrônica de varredura e de força atômica, avaliação da atividade antibacteriana, contra isolados clínicos multirresistentes, de acordo com a CLSI (2024), além da avaliação do perfil hemolítico. O melhor sistema apresentou tamanho de 56,24 ± 4,67 nm, PDI de 0,198, potencial zeta de +10,6 mV, morfologia esférica e potencial antibacteriano contra Acinetobacter baumannii produtora de carbapenemase (VIM), Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase (NDM) e beta-lactamase de espectro estendido (ESBL) e Pseudomonas aeruginosa multidroga resistente. Quanto ao potencial hemolítico, os sistemas nanoestruturados avaliados apresentaram 20,15% a 1,49% de hemólise na maior concentração (256 μg/mL), enquanto o meropenem livre promoveu cerca de 35% de hemólise na mesma concentração. Com os resultados obtidos até o momento, foi possível observar que a concentração e a ordem de adição dos polímeros influenciam na nanopartícula obtida, e que os sistemas obtidos possuem potencial antibacteriano, contra cepas hospitalares resistentes, com menor toxicidade, em relação ao fármaco livre, no modelo estudado.
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LEONARDO SANTOS MIRANDA
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Síntese, caracterização espectroscópica e estudo in vitro com aplicação antibacteriana do complexo Cis- [Cu(imdz)2(phen)] (PF6)2 : Formulação de spray para higienização de superficies hospitalares
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Data: 12/02/2025
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A crescente resistência bacteriana em ambientes hospitalares tem impulsionado a busca por novas substâncias antibacterianas, sendo os complexos metálicos uma alternativa promissora. Este trabalho visa formular um spray antibacteriano à base do complexo metálico de cobre, Cis-[Cu(imdz)2(phen)] (PF6)2, com atividade bactericida. A pesquisa incluiu uma prospecção científica e tecnológica sobre complexos metálicos de cobre em patentes e artigos, onde não foram encontrados registros ou patentes relevantes. A etapa experimental envolveu a síntese do precursor Cis - [Cu(phen)]Cl2, seguindo da substituição dos ligantes cloretos pelo imidazólico, formando o complexo final. A caracterização do complexo foi realizada por espectroscopia UV-vis, que evidenciou bandas amplas e bem definidas na região do visível, atribuídos às transições metal-ligante (MLCT), além de uma mudança no comprimento de onda das bandas, confirmando a substituição dos ligantes. A espectroscopia de infravermelho revelou bandas características do contra-íon e estiramentos C-H, bem como a presença de estiramento N-H do ligante imidazol. O complexo foi testado contra várias bactérias, apresentando os seguintes resultados de CIM e CBM: S.aureus (CIM: 39 μg/mL, CBM: 78 μg/mL), E.coli (CIM: 39 μg/mL, CBM: 78 μg/mL), E.faecium (CIM: 312 μg/mL, CBM: 625 μg/mL), S.epidermidis (CIM: 625 μg/mL, CBM: 312 μg/mL), S.aureus MRSA (CIM: 312 μg/mL, CBM:312 μg/mL), E.faecalis (CIM: 1,25 μg/mL, CBM: 1,25 μg/mL) e P.aeruginosa (sem CIM e CBM). Além do mais, a formulação do spray com o complexo metálico exibiu coloração azul-claro, atribuída às transições eletrônicas do Cu(II). A caracterização do spray por UV-vis mostrou uma banda de absorção a 681nm, confirmando a presença do complexo. Este estudo evidencia o potencial do complexo metálico de cobre na formulação de sprays antibacterianos eficazes.
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VANESSA MARIA RODRIGUES DE SOUZA
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE TRIPANOCIDA DO GALATO DE OCTILA: EFEITOS SOBRE FORMAS EVOLUTIVAS DE Trypanosoma cruzi E INTERAÇÃO SOBRE MACROFAGOS INFECTADOS
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Orientador : KLINGER ANTONIO DA FRANCA RODRIGUES
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Data: 12/02/2025
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A doença de Chagas (DC) é uma doença causada por parasitos do grupo de protozoários da ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae, gênero Trypanosoma, espécie Trypanosoma cruzi. Essa doença acomete principalmente populações desassistidas, que possuem um baixo índice de desenvolvimento socioeconômico. Embora os esforços dos pesquisadores tenham crescido na última década, a DC continua sendo um problema de prevalência global. O tratamento para essa enfermidade é limitada e possui muitos efeitos adversos. Por esse motivo busca-se novas opções terapêuticas mais seguras e com maior eficácia. Nesse contexto, o presente estudo investigou a efetividade do galato de octila (GO), um derivado do ácido gálico (AG), sobre formas evolutivas do T. cruzi. No presente trabalho foram utilizados o ensaio de MTT para avaliar a porcentagem de inibição de crescimento parasitário e a viabilidade celular. O GO foi capaz de reduzir significativamente o crescimento das formas epimastigotas e tripomastigotas apresentando uma concentração inibitório média (CI50) de 5,92 ± 0,47 μM e 3,20 ± 0,14 μM respectivamente. Em relação à citotoxicidade de células LLC-MK2-CCL7, células VERO CCL-81 e macrófagos RAW 264.7 o composto estudado obteve uma concentração citotóxica média (CC50) de 417,20 ± 9,27 μM, 116,5 ± 7,31 μM e 349,8 ± 5,31 μM respectivamente. Em relação ao índice de seletividade (IS) foi observado que o GO possui atividade tripanocida superior ao benznidazol, foi dez vezes mais seletivo para as formas evolutivas que o fármaco de referência. Foi observado que o GO, inibiu significativamente o número amastigotas em células infectadas em todas as concentrações testadas, obtendo uma concentração efetiva (CE50) de 4,07 ± 0,27 μM. Ensaios ultraestruturais também foram realizados, o GO foi capaz de causar danos na membrana citoplasmática, além de alterações no núcleo do parasita, achados que corroboram com o tipo de morte desencadeada pelo composto estudado. No que se refere ao perfil de morte celular induzida pelo GO, foi observado uma possível morte celular por apoptose com morte secundária por necrose. Diversos estudos demonstram a eficácia dos galatos como fonte promissora de novas biomoléculas capaz de combater inúmeras doenças, desse modo, o GO apresenta uma promissora atividade contra T.cruzi em baixas concentrações testadas inferindo ser um candidato promissor no combate a doença de Chagas.
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FHILLIPE FERREIRA DEODATO DA SILVA
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA, CITOTÓXICA E APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS NO DESENVOLVIMENTO DE PEPTÍDEOS ANTIFÚNGICOS.
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Orientador : JEFFERSON SOARES DE OLIVEIRA
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Data: 10/02/2025
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Os Peptídeos Antimicrobianos (PAMs) são encontrados em todos os seres vivos, produzidos de maneira constitutiva ou induzidos em resposta a estresses físicos, químicos e biológicos. Possuem atividade contra vários microrganismos, tais como bactérias, fungos e parasitos. Os principais mecanismos de ação dos PAMs envolvem desestabilização da membrana dos microrganismos, representando uma menor probabilidade do desenvolvimento de resistência microbiana. Desse modo, podem ser uma alternativa potencial no combate a microrganismos resistentes. O peptídeo denominado Pep 3, do glúten do trigo, foi relatado com atividade contra esporos de Penicillium sp. Este trabalho teve por objetivo avaliar o potencial antibacteriano, antifúngico e antileishmania do peptídeo Pep 3, além de utilizar ferramentas computacionais para construir moléculas análogas a este peptídeo, com o objetivo de aprimorar sua ação antifúngica. Os testes antimicrobianos foram realizados em placas de 96 poços pelo método de microdiluição. As interações do Pep 3 com o itraconazol foram realizadas usando o método de tabuleiro de xadrez. Pep 3 apresentou atividade antifúngica contra Criptococcus neoformans e Candida albicans na concentração de 400 µg/mL. Além disso, apresentou atividade sinérgica com itraconazol para Aspergillus fumigatus e C. krusei (IFCI = 0,5). Na concentração máxima de 400 µg/mL não foi observado atividade hemolítica e não foi citotóxico para células LLC-MK2 (200 µg/mL). Pep 3 não demonstrou atividade antibacteriana (CIM > 400 µg/mL) e antileishmania nas concentrações testadas. Este trabalho traz resultados potenciais para a terapia antifúngica, especialmente para o tratamento de candidemia e aspergilose, em que a combinação do Pep 3 com agentes antifúngicos poderia reduzir o aparecimento da resistência, ao passo que diminuiria a toxicidade causada por estes últimos. Os análogos Pep3A1 e Pep3A2 apresentaram melhores características físico químicas em relação a Pep 3, além de demonstrarem probabilidade de atividade antifúngica (99%) mais alta em relação aos 80% de Pep 3. Não foi observada toxicidade nos peptídeos e todos foram classificados como não hemolíticos. A criação de análogos do Pep 3, via ferramentas computacionais, resultou em peptídeos com propriedades antifúngicas aprimoradas e sem toxicidade significativa. Tais resultados devem ser comprovados em análises posteriores.
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RENATO MENDES DOS SANTOS
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IMPACTO DA ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSCRANIANA NO CICLO CIRCADIANO DE PESSOAS COM TDAH
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Orientador : SILMAR SILVA TEIXEIRA
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Data: 20/01/2025
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Contexto: O TDAH é definido por sintomas inapropriados e prejudiciais à idade de desatenção, hiperatividade e impulsividade, também está associado a qualidade quanto à quantidade de sono, de déficits neurocognitivos e alterações psicossociais, o que resulta no agravo da sintomatologia, do ritmo circadiano, da percepção do tempo e da memória de trabalho visuoespacial, sendo estas condições inatas e imprescindíveis para sobrevivência. Técnicas não invasivas como a Estimulação Magnética Transcraniana – EMT, possivelmente otimizem o processo de avaliação e tratamento de pessoas com alterações neurocognitivas. Estudos com métodos terapêuticos não invasivos para esses distúrbios permanecem escassos, revelando uma lacuna no seu entendimento e tratamento. Objetivo: Analisar se a aplicação da EMT de 10 Hz, associada a tarefas de percepção temporal em pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH melhora os níveis de atenção, hiperatividade e avança a fase da ritmicidade circadiana. Material e métodos: Para tal, foi realizada aplicação da EMT (10 pulsos – período de 1s, intensidade (amplitude) de 35%, trem de 10 segundos, tempo de 4 semanas – 15 minutos cada aplicação) e tarefas de percepção temporal com participantes de gênero masculino que apresentaram resultados “superior” nos escores na escala de TDAH/AD. Os padrões de atividade circadiana foram avaliados, por intermédio da actigrafia durante quatro semanas, o Teste de Pittsburg, Questionário de Matutinidade e Vespertinidade - Versão de autoavaliação (MEQ-AS) e verificados níveis de ansiedade. Foram realizadas tarefas de memória de trabalho visuoespacial e de estimativa, produção e reprodução do tempo para os intervalos de 1s, 4s, 7s e 9s. As tarefas foram executadas síncronas à captação do sinal eletroencefalográfico. Resultados: Os resultados demonstram que o EMTr pode estar modulando a interpretação do intervalo longo de 9s, com a utilização 10Hz no CPFDL direito, devido ao aumento da capacidade atencional nas tarefas cognitivas. Os resultados do tempo do sono, através do rastreamento do ritmo circadiano, demonstraram que o padrão de sono foi de oito e nove horas. Conclusão: A aplicação da EMT em 10Hz, melhora o desempenho nas tarefas de estimativa de tempo de pessoas com níveis de comprometimento cognitivos com escores superiores.
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