SILVA, D. T. S. AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DO FRUTO DA MACAMBIRA 
(Bromelia laciniosa Mart. ex Schult. & Schult.f.) E CARACTERÍSTICAS 
NUTRITIVAS E FUNCIONAIS DA FARINHA. 2019. 48 p. Dissertação 
(Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, 
Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
Frequentemente a macambira (Bromélia laciniosa Mart. ex Schult) vive 
associada com o xiquexique e costuma ser aproveitada na alimentação dos 
animais e do homem, durante os períodos de estiagens. A macambira é uma 
espécie que pouco se tem referências, apesar de ser vista como uma das 
alternativas de fonte de alimento para a população da região Nordeste. O
presente estudo propõe avaliar os aspectos toxicológicos e o potencial benéfico, 
na alimentação humana de farinhas provenientes das partes do fruto da 
macambira (Bromélia laciniosa). Os resultados foram expressos em médias e 
desvio-padrão e o nível de significância adotado foi de 5%. O maracujá orgânico 
apresentou maior teor de sólidos solúveis, com diferença significativa (p ≤ 0,05).
Observou-se que a parte do fruto com maior rendimento foi a casca com 58,42% 
e a parte do fruto com menor rendimento foi a polpa, apresentando valor de 
34,88%. A atividade de água nas farinhas variou de 0,395 ± 0,00 a 0,546 ± 0,00 
nos três períodos de tempo verificado. Para composição centesimal, a 
porcentagem de umidade de polpa, casca e semente foram significativamente 
diferentes (p < 0,05) onde as farinhas de polpa e casca apresentaram umidade 
maior que a semente assim como o teor de cinzas. O teor proteico das farinhas 
da semente e da casca se igualaram, no entanto, os resultados apresentaram a 
farinha da polpa como parte de maior concentração proteica. Os lipídios 
mostraram-se em concentrações menores que 1,0 para as três farinhas, no 
entanto a farinha da semente apresentou maior teor lipídico. Em relação aos 
compostos bioativos, o maior teor de compostos fenólicos foi obtido na farinha 
da casca 213,40 ± 0,00c
(mg. eq. ac gálico/100g) assim como o teor de 
flavonoides 114,10 ± 0,00c (mg EQ/100 g.). Já em carotenoides, o maior teor 
obtido foi de 235,00 ± 0,00b (mg.eq. ao betacaroteno/100g) na farinha da polpa 
do fruto da macambira. Em relação aos resultados de Vitamina C, a farinha da 
semente não apresentou valores consideráveis dessa vitamina, no entanto, 
polpa e casca apresentaram teores de 8,12±0,27(mg de ac. L-ascórbico/100 g) 
e 19,45±0,12(mg de ac. L-ascórbico/100 g) respectivamente. Os resultados para 
atividade antioxidante expressaram diferenças significativas entre as três 
farinhas. A farinha da polpa do fruto apresentou maior atividade antioxidante 
(935,17 ± 1,65 mg eq.ao trolox /100g) seguida da casca (669,00 ± 0,00 mg eq.ao 
trolox /100g) e da semente (347,30 ± 0,00 mg eq.ao trolox /100g). As amostras 
não apresentaram toxicidade frente ao teste de Artemia salina.Conclui-se que as 
farinhas provenientes do fruto da macambira (Bromelia laciniosa) podem ser 
consideradas como uma alternativa nutritiva além de ser considerada fonte 
segura de consumo, visto que, seus aspectos toxicológicos baixos ou 
inexistentes.