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Banca de QUALIFICAÇÃO: NICOLE DEBIA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NICOLE DEBIA
DATA: 11/12/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Auditório do NPPM(Forma Presencial)
TÍTULO: POTENCIAL ANTIOXIDANTE E TOXICOGENÉTICO DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DA FARINHA DO MESOCARPO DE BABABÇU( O. phalerata Mart.) E SUA APLICAÇÃO COMO COMPONENTE DE SUPLEMENTO NUTRICIONAL DIRECIONADO A IDOSOS"
PALAVRAS-CHAVES: Antioxidantes; Envelhecimento; Estresse Oxidativo; Flavonoides; Toxicidade.
PÁGINAS: 218
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

O estresse oxidativo (EOX) causado por espécies reativas de oxigênio (EROs) é fundamental para entender doenças crônicas principalmente no envelhecimento. As EROs oxidam proteínas, danificam o DNA, induzem mutações e inflamação. O sistema antioxidante pode ser insuficiente para combater o EOX tornando os flavonoides essenciais na alimentação pela sua ação antioxidante. Entretanto, doses elevadas podem causar hepatotoxicidade e serem pró-oxidantes. O mesocarpo do babaçu (Orbignya phalerata Mart.), rico em flavonoides, tem sido usado empiricamente na cicatrização de feridas, gastrite e vaginite. Assim, esta pesquisa objetiva avaliar o perfil genotoxicológico e potencial antioxidante de um extrato do mesocarpo de babaçu (EMB) e aplicá-lo em um suplemento nutricional oral para idosos. No Capítulo I, desenvolveu-se uma revisão sistemática sobre os efeitos biológicos dos componentes do babaçu. 28 publicações foram analisadas qualitativamente e quanto ao risco de viés. Houve prevalência do uso da amêndoa e do mesocarpo, com ênfase na baixa toxicidade in vitro e ausência de toxicidade aguda in vivo. A atividade antioxidante foi testada principalmente com o óleo da amêndoa, mas também endocarpo, flores e folhas, extrato aquoso e frações do mesocarpo, com destaque para a fração acetato de etila. Devido à escassez de publicações com a atividade antioxidante do mesocarpo in vitro e ausência de dados in vivo, abre-se a possibilidade para novas investigações. No Capítulo II desenvolveu-se o EMB, caracterizou-se os flavonoides totais e majoritários, avaliou-se a segurança toxicológica, antioxidante e quimioprotetora por Artemia salina, Allium cepa, hemólise, MTT, síntese de melanina, DPPH•, ABTS•+ e Saccharomyces cerevisiae. O extrato apresentou 9,9 mg/g de flavonoides totais (catequina e epicatequina), ausência de toxicidade em A. salina (CL50 > 1000 μg/mL) e Z. morio (> 2500 mg/Kg), inibição da síntese de melanina em Z. morio, ausência de hemólise, de genotoxicidade ou mutagenicidade em A. cepa, e baixa citotoxicidade na linhagem humana L929 (CI50 133,7 μg/mL). Neutralizou o DPPH• (CE50 25,3 μg/mL), ABTS•+ (CE50 52,6 μg/mL), reduziu os efeitos do H2O2 em S. cerevisiae e manteve níveis adequados de glutationa reduzida (GSH) em Z. morio. Modulou a toxicidade de agentes agressores em A.salina e L929. A segurança toxicológica, eficácia antioxidante e quimioprotetora colocam o extrato em posição favorável para testes in vivo. O Capítulo III inicia com o desenvolvimento de um modelo de EOX (C57BL/6) induzidos por dieta hiperlipídica por diferentes tempos. As alterações mais importantes foram na glicemia, triglicérides, transaminases e ganho de peso com 16 semanas. Até o momento, observou-se esteatose e processo inflamatório hepático, principalmente com 12 semanas, redução da GSH e elevação da mieloperoxidase. O ensaiocometa alcalino mostrou elevados índices de dano e frequência de danos de até 92,3%. O tempo de 16 semanas foi escolhido para indução do EOX e, após oinício do tratamento com 100 ou 200 mg/kg do EMB por 28 dias, associado ou não à ração padrão, houve baixa probabilidade de sobrevivência na maior dose (28,5%), principalmente no ganho de peso excessivo durante a indução. Nãohouve mortes nos animais saudáveis tratados. No tratamento, houve queda do consumo e perda de peso média de até 12,3 g. 200 mg/kg do EMB isolado ou associado reduziu os níveis de ureia, triglicérides e LDL-c, mas não da glicose. Outras análises estão em andamento. O Capítulo 4 traz os métodos para o desenvolvimento do suplemento hiperproteico, antioxidante e de consistência 20 modulável. A caracterização das matérias-primas e do produto contemplam a granulometria, fluidez, densidade bruta e compactação. O produto será testado quanto ao índice de absorção e solubilidade em água, estabilidade e tempo de prateleira. Será desenvolvida a composição nutricional, rotulagem e informaçãonutricional. Até o momento a granulometria do EMB identificou o diâmetro médio de 195,4 μm. O capítulo V apresenta análises complementares com HepG2 exposta ao extrato bruto (EMBB) e digerido (EMBD) em associação ou não ao H2O2 em MTT, atividade antioxidante (DCFH2-DA), potencial de membrana mitocondrial (TMRE) e diâmetro hidrodinâmico das partículas. A diluição do EMBB reduziu o diâmetro médio para 17,2 μm e indicou polidispersidade. A digestão manteve a solubilidade. O EMBD promoveu melhor viabilidade do que o EMBB (24h: IC50 206,2 μg/mL; 72h: 160,93 μg/mL). Todas as concentrações do EMBD promoveram atividade antioxidante no pré- (0,35 a 0,42 DCF/μg PTN) e pós- tratamento (0,32 a 0,4 DCF/μg PTN). Houve neutralização de EROs em até 68,8%. A digestão manteve o potencial antioxidante e viabilidade celular. Até o momento o EMB mostra-se seguro, antioxidante in vitro e seguro na maior dose em animais saudáveis. Surgem preocupações quanto à oferta em animais obesos por possível sobrecarga hepática. Pretende-se traçar a dose-resposta e definir o teor do EMB para o suplemento. A análise molecular poderá trazer informações quanto ao mecanismo de ação antioxidante.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2714919 - DANIEL DIAS RUFINO ARCANJO
Externo ao Programa - 2950101 - FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
Interno - 1638239 - PAULO MICHEL PINHEIRO FERREIRA
Notícia cadastrada em: 12/11/2024 10:13
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