Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: MAGDA RAIZA DA SILVA MOTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MAGDA RAIZA DA SILVA MOTA
DATA: 11/07/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Vídeo II - CCHL
TÍTULO: É um 'dom': Memórias de rezadeiras da cidade de Oeiras, Piauí
PALAVRAS-CHAVES: Memória; Rezadeiras; Espaço.
PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

As rezadeiras, ou também conhecida como benzedeiras, são marcadas pelos rituais de cura que praticam em um espaço de suas próprias casas, espaço que é construído a partir da relação entre lembranças, sonhos, e memória de quem a habita, o espaço onde a vida cotidiana se faz dinâmica, onde essas mulheres se colocam como intermediário do divino para a cura de males do corpo e do espirito. Concordo com Souza (2013) quando ele afirma que essas mulheres são elementos de extrema importância para a cultura popular, que compõe a partir de suas rezas e rituais o catolicismo popular. São rituais de curas católicos realizados a partir de palavras cantadas e ditas, com o auxílio de objetos, que no momento da reza, deixa de ser apenas objetos cotidianos, como pano de cozinha, agulha, garrafas, e são ressiginificados de acordo com a utilidade destinada a ela na intervenção do ato da cura, na retirada dos males do corpo e do espirito. Além disso, a manipulação de elementos naturais que são utilizados caso necessário, chás, banhos, garrafadas, atuam também como auxiliares da eficácia da cura. Embora, tenha esses elementos como auxilio, as rezadeiras encontram a cura no trabalho da eficácia das palavras, em sua crença no seu poder de cura e crença de quem a busca para ser curado. O oficio de ser rezadeira ainda se perpetua em lugares que globalização caminha a passos lentos, e onde recursos médicos oficiais não alcançam ou são encontrados de maneira escarça, as rezadeiras possuem o papel de curandeiras e terapeutas. Por isso, muitos dos lugares onde são possíveis encontra-las são zonas rurais, cidades do interior, cidades periféricas, com a saúde é precária, onde elas atuam como guardiãs das medicinas tradicionais desses lugares. Com a descrença do meio urbano em curas tradicionais, a não comercialização dessas rezas tem desinteressado seus aprendizes, já que é um oficio realizado pela transmissão da narrativa de saberes, de um individuo a outro, que não apenas tenha o interesse em aprender, mas que também acredite em seu poder de cura. O oficio de rezadeira, na maioria das vezes, é repassado por parentesco, de mãe para filha, de avó para neta. Esse trabalho se justifica pela importância do estudo voltado a salvaguarda do oficio existente de rezadeira. Cada vez mais o oficio de rezadeira tem sido influenciado pela globalização e criando meios no hibridismo cultural para sua continuidade, sendo assim, acredito na importância de entender essas estratégias criadas por essas mulheres que buscam perpetua seu oficio.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1219998 - ALEJANDRO RAUL GONZALEZ LABALE
Interno - 1671765 - ANDREA LOURDES MONTEIRO SCABELLO
Presidente - 1535017 - JOINA FREITAS BORGES
Interno - 422711 - MARIA LIDIA MEDEIROS DE NORONHA PESSOA
Notícia cadastrada em: 09/07/2019 11:26
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb03.ufpi.br.sigaa 29/03/2024 11:04