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Banca de QUALIFICAÇÃO: LUANA DIAS DE MOURA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUANA DIAS DE MOURA
DATA: 20/01/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Núcleo da Pós-graduação do Centro de Ciências Agrárias-CCA/UFPI
TÍTULO: Avaliação e monitoramento da função renal de cães com leishmaniose visceral submetidos a imunoquimioterapia
PALAVRAS-CHAVES: cão, calazar, imunoquimioterapia, doença renal.
PÁGINAS: 98
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

A leishmaniose é um importante complexo de doenças transmitidas por protozoários que afetam humanos e animais. A leishmaniose canina é causada por Leishmania infantum chagasi e é transmitida por flebotomíneos, ocorrendo no Brasil as espécies Lutzomyia longipalpis e L. cruzi. Os sinais clínicos da leishmaniose visceral podem diferir de um cão para outro, vários órgãos e sistemas podem ser acometidos, incluindo o sistema urinário, variando desde proteinúria assintomática até síndrome nefrótica ou doença renal crônica (DRC), sendo uma das principais causas de morte em cães acometidos. A resistência ou progressão da doença dependerá da resposta imunológica do animal. A terapia para LVC ainda é falha, a indução do tratamento com imunomodulação, imunoterapia ou imunoquimioterapia vem ganhando destaque nos estudos, como abordagens promissoras para o controle da doença. O objetivo deste trabalho foi avaliar parâmetros renais de cães com leishmaniose submetidos a imunoquimioterapia, acompanhados por 360 dias. As amostras utilizadas foram obtidas de um experimento anterior (NASCIMENTO et al., 2020) desenvolvido em Teresina-PI, nas instalações do Canil de Experimentação Animal na Universidade Federal do Piauí. Estudo randomizado com 28 cães sem raça definida naturalmente infectados por L. infantum, foram divididos em três grupos: Grupo 1 com 6 cães que não receberam medicação, Grupo 2 com 8 cães que receberam alopurinol em monoterapia durante 90 dias, e o Grupo 3 com 8 cães que foram imunizados com a formulação Leish-F2 + SLA-SE, e receberam também a terapêutica com alopurinol por 90 dias. Exames ultrassonográficos com foco na avaliação renal e amostras de urina para detecção de proteinúria foram analisados pela relação proteína/creatinina urinária (UP/C) e ELISA padrão com SLA. A estatística foi realizada com valores totais e individuais, explanados em porcentagem, média, desvio padrão, mediana, modelo linear misto e análise com software GraphPad Prism 8.0. O sinal medular renal observado em ultrassonografia surgiu e se manteve presente nos cães que não receberam terapêutica e nos cães que receberam apenas alopurinol, ao contrário do grupo que recebeu a imunoquimioterapia que retardou o surgimento desse achado durante os 360 dias de acompanhamento. A mineralização distrófica renal foi vista de forma mais evidente nos grupos de cães que receberam alopurinol em monoterapia ou na imunoquimioterapia. A detecção de proteína na urina como biomarcador de lesão renal, foi mais sensível pelo método de ELISA do que pela UP/C nos grupos avaliados. Os cães sem terapêutica apresentam aumento dos anticorpos e o grupo alopurinol reduziu os anticorpos apenas no período de uso da droga e a imunoquimioterapia conseguiu reduzir os títulos de anticorpos na urina e sustentar os níveis baixos durante os tempos avaliados pelo teste ELISA. Concluindo assim que o sinal medular e a mineralização na ultrassonografia pode estar presente em cães com leishmaniose, que o método de ELISA pode ser considerado um biomarcador renal, apresentando ser mais sensível que a UP/C na detecção de proteínas na urina e que cães com leishmaniose que tendem a desenvolver DRC podem ter uma nefroproteção ao receberem imunoquimioterapia com alopurinol associado a imunização com Leish-F2 + SLA-SE.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LEOPOLDO FABRÍCIO MARÇAL DO NASCIMENTO - FSA
Interno - 2728156 - LUANNA SOARES DE MELO EVANGELISTA
Presidente - 2221697 - MARIA DO SOCORRO PIRES E CRUZ
Notícia cadastrada em: 16/01/2023 11:00
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