CONCENTRAÇÕES DE COBRE E CERULOPLASMINA EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA
Câncer de mama. Cobre. Ceruloplasmina. Estresse oxidativo
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. Acredita-se que o cobre e a ceruloplasmina estejam envolvidos no desenvolvimento dessa doença e que possam ser utilizados como biomarcadores no diagnóstico e prognóstico da mesma. OBJETIVO: Objetivou-se com este estudo analisar as concentrações de cobre e ceruloplasmina em mulheres com câncer de mama. MÉTODOS: Estudo caso-controle conduzido em 52 mulheres adultas; 26 com câncer de mama (caso) e 26 sem a doença (controle), assistidas na Clínica Ginecológica do Hospital Getúlio Vargas em Teresina – PI. As concentrações de cobre plasmático foram medidas por espectrofotometria de absorção atômica de chama, e a ceruloplasmina sérica analisada pelo método de nefelometria. Na análise de associação entre variáveis categóricas utilizou-se o teste qui-quadrado (χ 2). Os grupos foram comparados pelo teste “t” de Student, para as variáveis com distribuição normal, e teste de Mann Whitney, para aquelas com distribuição não normal. O coeficiente de correlação linear de Pearson foi utilizado para correlações paramétricas, e o coeficiente de correlação de Spearman, para aquelas não-paramétricas. O p-valor <0,05 foi considerado estatisticamente significante. RESULTADOS: O estudo não revelou diferença significativa entre as concentrações de cobre, bem como de ceruloplasmina nos grupos caso e controle (p>0,05). No entanto, as médias (DP) de cobre e ceruloplasmina nas mulheres com câncer de mama apresentaram-se discretamente superiores (87,74 ± 33,53 / 83,46 ± 20,26; 36,52 ± 10,17 / 35,75 ± 10,57), respectivamente. Mostrou, ainda, não haver correlação linear entre as concentrações de cobre plasmático e ceruloplasmina sérica no grupo com câncer de mama (r = 0,039; p>0,05). CONCLUSÕES: O estudo demonstrou não haver relação entre as concentrações de cobre e de ceruloplasmina e o câncer de mama, porém, evidencia tendência de elevação desses biomarcadores nas mulheres com a doença.