LAGOA DO PORTINHO, LITORAL DO PIAUÍ: ANÁLISE DA DINÂMICA AMBIENTAL E SUAS RELAÇÕES COM O USO E OCUPAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PORTINHO
Bacia Hidrográfica; uso da terra e da água; planejamento e gestão ambiental local
A lagoa do Portinho corresponde a um corpo d’água fluvial, formado a partir do barramento das águas do rio Portinho pelas dunas que se movem da planície litorânea para o interior do Piauí, no sentido nordeste-sudoeste. Historicamente essa lagoa tem representado um grande atrativo a visitações e prática de lazer, principalmente pela sua beleza cênica. No entanto, a intensificação do uso das terras da bacia hidrográfica do rio Portinho associada às reduções dos índices pluviométricos nos últimos anos, resultou numa grande diminuição da vazão do rio que, associada ao uso da água, culminou praticamente na extinção dessa lagoa, no ano de 2015. Essa extrema redução da água passou a ser objeto de discussões por parte da população local, da mídia e das instituições públicas, ficando evidente a necessidade de um planejamento socioambiental dessa bacia, que envolva a educação ambiental, como forma de contribuir para a conscientização da população local sobre o uso sustentável da terra e da água dessa bacia. Diante da relevância dos fatores envolvidos, este estudo tem como objetivo analisar a dinâmica ambiental da Lagoa do rio Portinho a partir do comportamento das variáveis relativas ao ambiente natural e às ações antrópicas desenvolvidas nessa bacia hidrográfica, como forma de apresentar elementos para o planejamento e gestão ambiental em âmbito local. Assim, os estudos foram realizados a partir de levantamentos bibliográficos, cartográficos, documentais e pesquisas de campo, utilizando técnicas de geoprocessamento. A análise dos dados disponíveis, de fotografias e de mapas a serem gerados nesta pesquisa permitirão a identificação de características do ambiente e do uso da água e da terra na bacia hidrográfica do rio Portinho. Tendo como conclusão preliminar a de que são mais intensos os impactos negativos recentes, onde a redução natural da água associada ao seu uso mais recente nessa bacia hidrográfica, são responsáveis pelo que vem prejudicando o equilíbrio dessa lagoa.