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NAYARA VIEIRA DO NASCIMENTO MONTEIRO
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CONCENTRAÇÕES DE VITAMINA E E SUA ASSOCIAÇÃO COM MARCADORES DE INFLAMAÇÃO, PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA E RISCO CARDIOVASCULAR EM INDIVÍDUOS COM COVID-19 E SÍNDROME GRIPAL.
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Orientador : BETANIA DE JESUS E SILVA DE ALMENDRA FREITAS
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Data: 23/12/2024
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I
INTRODUÇÃO: A fisiopatologia da COVID-19 é marcada por intensa inflamação, estresse oxidativo e peroxidação lipídica, sendo a vitamina E cotada como possível nutriente protetor na infecção pelo SARS-CoV-2 devido ao seu papel antioxidante. OBJETIVO: Avaliar as concentrações plasmáticas de vitamina E e investigar sua correlação com marcadores de inflamação, estresse oxidativo, peroxidação lipídica e risco cardiovascular em indivíduos com COVID-19. METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa desenvolvida a partir de um recorte do Projeto "Estudo clínico randomizado dos efeitos de atazanavir, daclatasvir e ivermectina em pacientes ambulatoriais com diagnóstico confirmado de COVID-19", realizado em Unidades Básicas de Saúde, destinadas a atendimentos de pacientes com sintomas gripais em Teresina-PI. A amostra foi composta por adultos com sintomas gripais, entre 3 e 7 dias, que realizaram o RT-PCR para diagnóstico de COVID-19. Foi utilizado um questionário para a coleta de dados socioeconômicos, clínicos e antropométricos. A análise plasmática de vitamina E foi realizada por HPLC e foram avaliados marcadores de estresse oxidativo, inflamatórios, peroxidação lipídica, perfil lipídico e aterogênico. O projeto maior foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (no 4.274.650). RESULTADOS: A pesquisa foi estruturada em três capítulos, sendo o primeiro, um artigo de revisão sistemática que investigou o impacto da infecção pelo SARS-CoV-2 nas concentrações de vitamina E e no estresse oxidativo, observando-se maior risco a baixas concentrações dessa vitamina, acompanhada por redução nas enzimas antioxidantes e aumento dos marcadores de peroxidação lipídica. O segundo capítulo, artigo original, avaliou as concentrações plasmáticas de marcadores oxidativos e de vitamina E em pacientes com COVID-19 e indivíduos com síndrome gripal. A amostra foi composta por 303 indivíduos, apresentando maior prevalência de deficiência dessa vitamina (65,6%, p=0,009) e maior média de catalase (p = 0,009) em indivíduos com COVID-19, principalmente naqueles com baixa vitamina E. Houve correlação positiva entre as concentrações de vitamina e mieloperoxidase no grupo síndrome gripal (r = 0,30, p = 0,005), assim como entre as concentrações da vitamina e malondialdeído no grupo COVID-19 (r = 0,23, p = 0,008). O terceiro capítulo, artigo original investigou a relação das concentrações plasmáticas de vitamina E com o perfil lipídico e risco cardiovascular na COVID-19 (n=153). Observou-se elevada prevalência de indivíduos com alta carga viral. O grupo com carga viral baixa apresentou maior prevalência de HDL-c inadequado (p=0,001). Houve elevada prevalência de risco cardiovascular, sendo o indicador triglicerídeos/ HDL-c superior em pacientes com carga viral baixa (p=0,001). Houve menor valor médio de vitamina E (p=0,047) e maior média de
Proteína C- reativa (p=0,024) em indivíduos com alta carga viral. A vitamina E apresentou correlação positiva com malondialdeído e mieloperoxidase (r = 0,244, p=0,002; r = 0,163 p=0,045) e correlação negativa (r= -0,176; p= 0,031) com LDL-c. CONCLUSÃO: Houve elevada prevalência de concentrações inadequadas de vitamina E na COVID-19, com aumento do risco cardiovascular, inflamação e peroxidação lipídica. Esta pesquisa abre caminhos futuros visando estratégias nutricionais para atuarem na proteção às alterações na COVID-19.
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CRISLANE DE MOURA COSTA
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ÂNGULO DE FASE, COMPOSIÇÃO CORPORAL E PERFIL HEMATOLÓGICO COMO PREDITORES DO DESEMPENHO EM ATLETAS DE MOUNTAIN BIKE
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Orientador : MARCOS ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS
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Data: 23/12/2024
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COSTA, C. M. Ângulo de fase, composição corporal e perfil hematológico como preditores do desempenho em atletas de
mountain bike. 2024. 109.p.tese (Doutorado) - Programa de Pós- Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí,
Teresina, PI Introdução: O ciclismo de montanha é um esporte de resistência exigente que requer uma combinação de força, potência e eficiência cardiovascular para navegar em terrenos desafiadores. Apesar da extensa pesquisa sobre desempenho de resistência, a interação entre métricas de desempenho físico e respostas bioquímicas em atletas de mountain bike permanece pouco explorada. Objetivo deste estudo é examinar a relação entre ângulo de fase, parâmetros de composição corporal marcadores hematológicos e desempenho esportivo em ciclistas de mountain bike. Métodos: Oitenta e três atletas de MTB do sexo masculino (idade: 39,6 ± 11,5 anos) participaram do estudo. Os marcadores antropométricos, de desempenho físico (força de preensão manual e testes de salto) e hematológicos foram avaliados antes e depois de uma corrida de 75 km. As análises estatísticas incluíram ANOVA de medidas repetidas, testes qui-quadrado e cálculos de razão de chances para identificar diferenças significativas entre os grupos e indicadores de desempenho preditivo. Resultados: Os atletas T1 eram mais jovens e tinham pressão arterial diastólica mais baixa (p < 0,05). Após a corrida, os atletas T1 mostraram um aumento significativo na força de preensão manual (p = 0,018) e mantiveram um desempenho de salto mais alto em comparação aos atletas T2. As análises bioquimicas revelaram aumentos significativos na creatina quinase e na proporção das hematologicas na razão neutrófilo-linfócito em ambos os grupos após a corrida (p < 0,001). Conclusão: O ângulo de fase e variáveis de composição corporal, como massa muscular esquelética, gordura corporal e água corporal total, marcadores hematológicos, como a relação neutrófilo-linfócito, são preditores importantes de força muscular e desempenho físico.
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VANESSA BRITO LIRA DE CARVALHO
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CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE VITAMINA D, PERFIL ANTIOXIDANTE E INFLAMATÓRIO EM PACIENTES COM COVID-19 E SÍNDROME GRIPAL
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Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
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Data: 20/12/2024
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INTRODUÇÃO: A COVID-19 representa um desafio significativo para a saúde pública global, com aspectos ainda não completamente elucidados de sua fisiopatologia, especialmente em relação ao papel da vitamina D. OBJETIVO: Investigar a relação entre o estado nutricional de vitamina D e parâmetros clínicos, hematológicos, inflamatórios e de estresse oxidativo em pacientes ambulatoriais com COVID-19. METODOLOGIA: A pesquisa foi estruturada em três estudos complementares desenvolvidos a partir de um recorte do "Estudo clínico randomizado dos efeitos de atazanavir, daclatasvir e ivermectina em pacientes ambulatoriais com diagnóstico confirmado de COVID-19", realizado em 3 das 20 Unidades Básicas de Saúde em Teresina-PI destinadas a atendimento exclusivo para pacientes com sintomas gripais. A coleta de dados foi realizada no período de nov/2020 a jul/2021, antes do início da vacinação em massa para COVID-19. Foram incluídos pacientes adultos (≥18 anos) com sintomas gripais leves e diagnóstico de COVID-19 por RT-PCR até o 7o dia de sintomas. As concentrações séricas de vitamina D foram determinadas por eletroquimioluminescência. Foram avaliados marcadores de estresse oxidativo (malondialdeído, mieloperoxidase, catalase), inflamatórios (PCR, IL-6, IL-1β, IFN-gama, TNF-α) e parâmetros hematológicos. O primeiro estudo (n=105) analisou a relação entre vitamina D, carga viral e sintomas. O segundo estudo (n=153) avaliou longitudinalmente o estado nutricional de vitamina D, consumo alimentar e marcadores bioquímicos durante e após 30 dias da infecção. O terceiro estudo (n=201) comparou o perfil de vitamina D e marcadores entre pacientes com COVID-19 e síndrome gripal. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com o parecer 4.274.650. RESULTADOS: O primeiro estudo não encontrou associação entre vitamina D e carga viral, mas identificou relação entre níveis mais elevados de vitamina D e presença de tosse (p=0,014) e dor no corpo (p=0,029). O segundo estudo revelou redução significativa nas concentrações séricas de vitamina D após 30 dias (35,13 para 29,34 ng/mL, p=0,041), mesmo com aumento do consumo alimentar (3,95 para 4,71 μg/dia, p=0,025), além de redução significativa de MDA (4,34 para 3,27, p<0,001) e PCR (9,18 para 3,65 mg/dL, p<0,001). O terceiro estudo demonstrou concentrações mais elevadas de vitamina D em pacientes com COVID-19 comparados à síndrome gripal (27,39 vs 22,98 ng/mL, p=0,002), além de padrões distintos de marcadores inflamatórios, especialmente IFNa2 (p<0,001) e IL-1β (p=0,031). CONCLUSÃO: Os achados sugerem um papel complexo da vitamina D na COVID-19, com possível aumento da demanda durante a infecção e padrões de resposta diferentes de outras infecções respiratórias. Esta investigação contribui para o entendimento das alterações metabólicas na COVID-19 leve e fornece subsídios para estratégias nutricionais específicas.
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AMANDA SUELLENN DA SILVA SANTOS OLIVEIRA
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Efeito do tratamento com vitamina D em modelo experimental de diabetes tipo 2 na reatividade vascular ex vivo
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Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
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Data: 19/12/2024
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O Diabetes Mellitus Tipo (DM2) é uma doença caracterizada pela resistência à insulina e hiperglicemia crônica, que impactam no surgimento de complicações e dano na função vascular. Em modelo experimental de DM2, o endotélio vascular é comprometido e apresenta diminuição na resposta vasodilatadora. Nesse contexto, a vitamina D tem apresentado ação promissora como intervenção que melhora os parâmetros glicêmicos e atua na restauração da função endotelial. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento com vitamina D em modelo experimental de diabetes tipo 2 na reatividade vascular ex vivo. Para tanto, o estudo foi realizado em duas fases, a primeira, com o desenvolvimento de um protocolo de indução de diabetes tipo 2 experimental, por meio de dieta hiperlipídica e normoproteica durante 5 semanas, seguida de administração de dose única de 20 ou 30 mg/Kg, de estreptozotocina, por via intraperitoneal, e a segunda, com a execução de experimento in vivo em ratos Wistar machos com diabetes tipo 2 experimental. Neste estudo, os animais foram tratados durante 4 e 8 semanas com vitamina D nas doses de 0,25 μg/kg/dia ou 0,50 μg/kg/dia. Ao final desse tratamento, realizou-se o estudo da função endotelial e reatividade vascular ex vivo em resposta a agentes vasoconstritores e vasorrelaxantes em segmentos de aortas torácicas. Para o estudo do protocolo do modelo de diabetes, os animais que receberam a dieta e dose 30 mg/Kg de estreptozotocina apresentaram alterações em marcadores de controle glicêmico, de insulina e no tamanho da área das ilhotas pancreáticas. Enquanto, no estudo de reatividade vascular ex vivo, foi demonstrado que o relaxamento dependente do endotélio induzido por acetilcolina aumentou significativamente nas aortas de ratos diabéticos tratados com vitamina D nas duas doses, comparados com os controles diabéticos, no tempo de 4 semanas. Dessa forma, a combinação de dieta hiperlipídica e normoproteica associada com uma dose única de estreptozotocina em animais adultos jovens foi eficaz na indução de diabetes com características metabólicas semelhantes às do tipo 2 em humanos e o tratamento com vitamina D produziu efeito sobre a função endotelial, com ação no vasorelaxamento.
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DIÊGO DE OLIVEIRA LIMA
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Desenvolvimento e caracterização de um oleogel à base do oléo da amêndoa e cera de carnaúba(Copernicia prunifera)
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Data: 17/12/2024
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LIMA, D. O. Desenvolvimento de um oleogel à base do óleo da amêndoa e cera de carnaúba (Copernicia prunifera). 2024. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI. Este trabalho teve como objetivo desenvolver um oleogel utilizando óleo da amêndoa e cera de carnaúba (Copernicia prunifera). Inicialmente, o óleo da amêndoa foi analisado quanto aos parâmetros químicos e físicos, incluindo rendimento, índice de acidez, índice de peróxido, índice de refração, saponificação, índice de iodo, densidade, estabilidade oxidativa e perfil lipídico. O oleogel foi avaliado quanto à formação de gel por meio de análise visual, sendo preparadas onze formulações com diferentes concentrações de ácido esteárico e cera de carnaúba por meio de um DCCR. A capacidade de retenção de óleo foi analisada através de centrifugações realizadas após 3 e 30 minutos. A textura dos oleogéis foi determinada pela força de compressão, com penetração de cone. A caracterização físico-química do óleo revelou um perfil semelhante a outras oleaginosas da caatinga, exceto pelo índice de peróxido, que pode ter sido influenciado pelo método de extração. Na análise visual, dez formulações formaram oleogel, enquanto uma permaneceu líquida. A capacidade de retenção indicou que as redes cristalinas dos oleogéis foram eficazes em reter o óleo nas concentrações intermediárias ou superiores ao ponto central dos agentes estruturantes. Na análise de textura, a formulação com 5% de ácido esteárico e 7,83% de cera de carnaúba apresentou a firmeza ideal, com 234 gramas-força. Assim, o oleogel com 5% de ácido esteárico e 7,83% de cera de carnaúba mostrou-se promissor para a substituição de gorduras trans e saturadas em formulações alimentares.
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DAISY JACQUELINE SOUSA SILVA
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COMPOSTOS FENÓLICOS, MINERAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE MÉIS DE DE Apis mellifera (HYMENOPTERA:APIDAE) DE DIFERENTES ORIGENS BOTÂNICAS ORIUNDAS DA CAATINGA PIAUIENSE,
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 16/12/2024
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O mel é um adoçante natural produzido pelas abelhas, apresenta inúmeras propriedades funcionais e é constituído principalmente por açúcar, água e pequenas contribuições de vitaminas, compostos fenólicos e minerais. O objetivo desse trabalho foi determinar os compostos bioativos, minerais e a atividade antioxidante de méis florais produzido por abelhas Apis mellifera na caatinga piauiense, Nordeste do Brasil, de diferentes origens botânicas. Os compostos bioativos, fenólicos totais, flavonoides totais e taninos e a atividade antioxidante utilizando os radicais DPPH e ABTS foram determinados por método espectrofotométrico. Os minerais foram identificados e quantificados por espectrômetro de emissão em plasma com acoplamento indutivo (ICP OES). Os resultados foram expressos como médias ± desvio-padrão. Duas espécies de méis florais foram avaliadas, Mimosa caelsapinifolia e Pityrocarpa moniliformis, apresentando teores des fenólico totais de 55,63±7,38 a 48,71±18,24 (mgGAE/100g), respectivamente. Sobre o conteúdo de flavonoides, observou-se teores, 28,70±3,14 (Mimosa) e 25,70±4,48 mg EQ/100g (Pityrocarpa), com média de 23,33 mg CAE/100g para taninos condensados e maior capacidade antioxidante pelos dois métodos analisados, DPPH (98,20 ±13,44 μmol TE/100g) e ABTS (96,71± 31,79 μmol TEAC/100g) para a origem floral Mimosa caelsapinifolia. O elemento mineral mais abundante no mel floral de Mimosa caesalpinifolia e no mel de Pityrocarpa moniliformis, foi o K, com teores de 35,50± 0,00 mg/100g e 27,10 ± 0,40mg/100g, respectivamente. Constatou-se que o mel analisado apresentou teores significativos de compostos fenólicos, flavonoides, influenciando assim a elevada capacidade antioxidante do alimento. O mel da caatinga piauiense também apresentou uma ampla faixa de concentração de minerais, principalmente K e Ca. Observou-se que todos os parâmetros avaliados na pesquisa sofreram influência quanto a origem botânica, sendo o mel de Mimosa caelsapinifolia o mel que apresentou os melhores resultados quando comparado ao mel de Pityrocarpa moniliformis. Ressalta-se a importância desta pesquisa, por determinar os teores de compostos bioativos e minerais no mel piauiense, enfatizando que mais estudos na área são de fundamental importância para elucidar como as peculiaridades da vegetação nativa da Caatinga piauiense influenciam o aspecto físico, nutritivo e sensorial do mel piauiense.
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IARA KATRYNNE FONSÊCA OLIVEIRA
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Concentrações plasmáticas de retinol durante e após a infecção por COVID-19 leve e sua relação com os desfechos clínicos e nutricionais em pacientes ambulatoriais
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Orientador : ADRIANA DE AZEVEDO PAIVA
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Data: 04/12/2024
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INTRODUÇÃO: A infecção pelo novo coronavírus (COVID-19) tem se configurado como um dos desafios globais mais prementes nos últimos anos. A nutrição tem ganhado destaque devido ao seu papel na modulação da imunidade. Evidências sugerem que a vitamina A pode desempenhar um papel preventivo e terapêutico significativo no combate às infecções respiratórias, em virtude de seu efeito antioxidante e modulador do sistema imunológico. OBJETIVOS: avaliar as concentrações plasmáticas de vitamina A na fase inicial da doença e após a infecção da COVID-19 e sua relação com desfechos clínicos e nutricionais em pacientes ambulatoriais. MÉTODOS: Trata-se de um recorte observacional de um ensaio clínico intitulado “Estudo clínico randomizado dos efeitos de Atazanavir, Daclatasvir e Ivermectina em pacientes ambulatoriais com diagnóstico confirmado de COVID-19”, que foi realizado em pacientes ambulatoriais atendidos em Unidades Básicas de Saúde da Prefeitura Municipal de Teresina. Foram incluídos pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, que apresentaram sintomas gripais agudos leves ou testaram positivo para SARS-CoV-2. Foi utilizado um questionário estruturado para a coleta de dados socioeconômicos, clínicos e antropométricos. A quantificação do retinol plasmático foi realizada por meio de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). RESULTADOS: o estudo contou com a participação de 127 indivíduos adultos avaliados em dois momentos: no primeiro momento (T0), foram captados 127 indivíduos com diagnóstico positivo; e 30 dias após o diagnóstico (T30), 41 indivíduos foram reavaliados. Os resultados indicaram concentrações limítrofes de retinol no momento T0, com média (DP) de 0,70 μmol/L (0,35 μmol/L). Foi observada uma correlação estatisticamente significativa entre as concentrações reduzidas de retinol e betacaroteno (p = 0,024). No momento T30, a média (DP) do retinol foi de 0,76 μmol/L (0,40 μmol/L). Observou-se também uma tendência ao aumento das concentrações plasmáticas de retinol em indivíduos sem excesso de peso e fisicamente ativos 30 dias após o diagnóstico, embora essa diferença não tenha sido estatisticamente significativa. Em contraste, indivíduos sem risco cardiovascular, conforme determinado pela circunferência da cintura, apresentaram concentrações de retinol [média (IC 95%)] significativamente maiores (p < 0,05) entre os momentos T0 [0,68 μmol/L (0,60 – 0,75)] e T30 [0,88 μmol/L (0,69 – 1,08)]. No momento T0, também houve correlação estatisticamente significativa entre as concentrações de retinol com as concentrações de betacaroteno (r = -0,13; p = 0,009). CONCLUSÃO: As concentrações de retinol apresentam uma tendência à diminuição em quadros leves de infecção pelo novo coronavírus, entretanto observa-se efeitos positivos na COVID-19 em concentrações adequadas de retinol, especialmente em adultos jovens quando relacionado ao estado nutricional e aos parâmetros bioquímicos.
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IRAILDO FRANCISCO SOARES
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Desenvolvimento e Otimização de Kombucha de Chá Verde (Camellia sinensis L.)
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Data: 05/09/2024
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A kombucha é uma bebida funcional produzida pela fermentação do chá verde ou preto, adicionados de carboidratos e uma cultura simbiótica de microrganismos. Reconhecida no mercado de alimentos saudáveis por sua composição rica em compostos bioativos, ácidos orgânicos, vitaminas e micronutrientes, a kombucha ganha destaque pelos benefícios potenciais à saúde, como a melhoria da microbiota intestinal, fortalecimento do sistema imunológico e propriedades antioxidantes. No entanto, as variações nos processos de produção da bebida exigem pesquisas para padronizar suas características e assegurar a consistência na qualidade e nos efeitos fisiológicos oferecidos aos consumidores. Este estudo teve como objetivo otimizar o processo de produção da kombucha, considerando dados da literatura, sua composição fenólica e atividade antioxidante. Utilizando um Delineamento Composto Central Rotacional, foram investigadas 11 condições de fermentação, variando o tempo (3 a 15 dias) e a quantidade de carboidrato (50 a 110 gramas). Os resultados do processo de otimização demonstraram impacto significativo nas variáveis indiretas acidez volátil (34,63 a 107,39), sólidos solúveis totais (5,0 a 10,2), ratio (0,11 a 0,37) e teor alcoólico (0,0 a 1,8), identificando três condições promissoras para investigação adicional. A composição centesimal das três kombuchas analisadas revelou teores adequados de umidade (87,86 a 90,17%) e quantidades mínimas de cinzas (0,04 a 0,05%), proteínas (0,01 a 0,05%) e lipídios (0,03 a 0,06%), com baixa concentração de carboidratos (9,67 a 12,05%) e baixo valor energético total (39,39 a 48,46 kcal/100 mL). Foram identificados quatro compostos fenólicos nas bebidas, incluindo ácido clorogênico, cafeína, rutina e ácido cinâmico, associados a benefícios como atividade antioxidante, antimicrobiana e anti-inflamatória. O estudo sobre o estresse oxidativo e nível de atividade antioxidante das bebidas indicou ausência de toxicidade e atividade pró-oxidante e antioxidante nas kombuchas. Estas descobertas contribuem significativamente para a comunidade científica ao expandir o conhecimento sobre a kombucha, assim como para a indústria alimentícia, fornecendo informações práticas para uma produção otimizada, com potencial de mercado para a garantia de uma fabricação uniforme e segura.
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KALINE ELISA DOS SANTOS
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OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE BRANQUEAMENTO DO FEIJÃO-VERDE [Vigna unguiculata (L.) Walp.] PARA CONGELAMENTO
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Data: 31/08/2024
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O feijão-verde é o grão de feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] obtido de vagens colhidas próximo do ponto de maturação fisiológica, momento que ocorre o máximo acúmulo de nutrientes nos grãos. A forma de comercialização dessa iguaria típica da região Nordeste tem evoluído de maço de vagens-verde, para forma a granel e mais recentemente na forma de grãos minimamente processada envasada em embalagens de PEBD e mantidas sob refrigeração, esta última, apesar de possuir vida-de-prateleira maior, não ultrapassa os 3 dias, pois o metabolismo continua, podendo iniciar o processo de germinação, escurecimento enzimático e / ou deterioração microbiana. Em cultivos tradicionais não irrigados, a produção do feijão-verde é sazonal, pois depende dos períodos de chuva, havendo excedentes numa época do ano, ocasionando a diminuição do valor comercial do produto. Os vegetais congelados agregam mais tecnologias de conservação e são mais seguros, do ponto de vista microbiológico, além disso, estende o prazo de validade sendo capaz de chegar até 30 meses. Para um vegetal é indispensável o dimensionamento apropriado de tempo e temperatura de branqueamento para obtenção de um produto congelado de qualidade, para que não seja em demasia, e prejudique a consistência dos grãos, e nem insuficiente para inativação de enzimas deteriorativas. Este estudo teve como objetivo otimizar o processo de branqueamento do feijão-verde com a finalidade de beneficiar a comercialização desse produto em locais distantes da produção das vagens, bem como em períodos de escassez ou entressafra, além de preservar a qualidade nutricional desse alimento para os consumidores. Trata-se de um estudo que avaliou quatro cultivares: Vagem Roxa–THE, BRS 17 Gurguéia, BRS Exuberante e Bajão. Foi realizado o branqueamento em diferentes tempo e temperatura, além disso: análise enzimática, colorimetria, ganho de massa, composição centesimal com determinação da umidade, cinzas, lipídeos, proteínas, carboidratos totais e valor energético, realizadas em triplicata. Utilizou-se o software RStudio versão 4.2.3 para análise de dados onde foram submetidos a análise de variância (teste F), foi aplicado o teste de Tukey e Scott-Knott para avaliar as diferenças das médias e análise paramétrica com normaldade de Shapiro-Wilk, com intervalo de confiança de 95% e significância de 5% (p < 0,05). Utilizou-se ainda a Metodologia de Superfície Resposta (MSR) para analisar os efeitos das variáveis independentes (X1 e X2) nas variáveis respostas, baseado nisso, utilizou-se a função de desejabilidade para cada resposta assumindo valores de intervalo [0,1]. Foi evidenciado que houve diminuição significativa da atividade da enzima peroxidase nas temperaturas mais elevadas após o branqueamento (p < 0,05), nas cultivares estudadas na primeira fase, Vagem Roxa–THE, BRS 17 Gurguéia, BRS Exuberante e na segunda fase, cultivar Bajão. Entretanto, na segunda fase, valores mais brandos de tempo/temperatura favoreceram as características físicas e nutricionais dos grãos de feijão-verde após o processamento, observou-se também menores impactos nas cores, apresentando menores alterações. A técnica de desejabilidade e a superfície de resposta possibilitou apontar, a partir das respostas ótimas dadas simultaneamente para o branqueamento que visava o beneficiamento do feijão-verde congelado: temperatura e tempo de branqueamento a 95,47 °C por 1, 76 min, a AER (1%), o ganho de massa (0,80%), o índice de cor a* (18,9), a ΔE* (2,5), o h° (34,5), o C* (33,8) e as cinzas (1,27%). Esse método, portanto, pode ser uma alternativa para aplicação por parte dos produtores que visam a melhor conservação e manutenção das características físicas e nutricionais desse alimento.
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NEUSA CAMILLA CAVALCANTE DE ANDRADE OLIVEIRA
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Suplementação com vitamina D, atividade antioxidante e função hepática em modelo experimental de diabetes mellitus tipo 2
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Orientador : MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS
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Data: 22/08/2024
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O Diabetes Mellitus é caracterizado por hiperglicemia devido a problemas na secreção ou ação da insulina. No tratamento do diabetes tipo 2 (DM2), são usados hipoglicemiantes orais e mudanças no estilo de vida. A vitamina D, como suplemento, tem sido amplamente estudada para prevenção e controle do DM2. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da suplementação com vitamina D sobre a atividade antioxidante e função hepática em modelo experimental de diabetes mellitus. Foram utilizados 28 ratos machos da linhagem Wistar para indução de DM2 por meio da oferta de dieta hiperlipídica e normoprotéica durante 35 dias e administração de estreptozotocina (STZ) 30 mg/kg em tampão citrato pH 4,5 por via intraperitoneal no 36° dia. Um grupo de 7 animais foi designado como controle normal (CN), recebendo ração Nuvilab durante todo o experimento, e tampão citrato no dia de administração de STZ. A confirmação do diabetes ocorreu 72 horas após injeção de STZ por medida de glicemia capilar de jejum (12 horas de jejum), utilizando como critério para determinar a presença de diabetes valores de glicemia de jejum ≥ 250 mg/dL. Os animais diabéticos foram divididos em grupos (n=7/grupo) tratados durante 28 dias: controle diabético (CD), diabéticos tratados com metformina 150 mg/kg (MET), e diabéticos suplementados com vitamina D nas doses de 0,25 µg/kg/dia (VitD 0,25) e 0,50 µg/kg/dia (VitD 0,50). Os grupos tratados com vitamina D apresentaram médias de glicemia de jejum significativamente menores (p<0,05) quando comparados a CD, sem diferença na porcentagem de hemoglobina glicada. Além disso, a suplementação com vitamina D resultou em aumento da atividade da enzima antioxidante Superóxido Dismutase (SOD) no fígado e maiores concentrações de Grupos Sulfidrílicos Não Proteicos (GSHNP) no fígado, sem diferenças entre os grupos na atividade da catalase. Quanto ao conteúdo de lipídios, o grupo VitD 0,50 apresentou menor (p<0,05) conteúdo de colesterol total em relação a CD, sem diferenças nos valores de triglicerídeos e no peso relativo do fígado (g/100 g de peso corporal). No que diz respeito às enzimas de citólise hepática, os valores de TGO (transaminase oxalacética) foram significativamente menores (p<0,05) no grupo VIT D 0,50 µg/kg em relação ao grupo CD, mas não houve diferença nos valores de TGP (transaminase pirúvica). Os aspectos histológicos nos grupos que receberam suplementação de vitamina D foram considerados normais, enquanto nos animais do grupo CD houve presença de esteatose e de hepatócitos em degeneração, além de sinusóides dilatados e com células de defesa perivasculares ao redor da veia central. Ademais, nos grupos tratados com vitamina D células binucleadas estavam presentes, indicando divisão celular, sinal de possível regeneração celular hepática. A suplementação com vitamina D durante 4 semanas, nas doses utilizadas, em modelo experimental de diabetes melhorou a glicemia de jejum, aumentou a atividade da enzima antioxidante SOD e teve efeito hepatoprotetor, evidenciado pela redução de TGO e pela presença de células binucleadas. Esses achados sugerem o potencial da vitamina D na proteção e regeneração do fígado no DM2, além de indicar um efeito antioxidante.
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MÁRCIA LUIZA DOS SANTOS BESERRA PESSOA
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Aplicações biotecnológicas do epicarpo do buriti (Mauritia flexuosa L.f.)
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Orientador : STELLA REGINA ARCANJO MEDEIROS
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Data: 19/08/2024
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Introdução: O buriti (Mauritia flexuosa L.f.), uma palmeira nativa das regiões tropicais da América do Sul, possui grande importância ecológica e econômica. O fruto é rico em substâncias bioativas com alto potencial tecnológico e funcional. A polpa contém ácidos oleico, palmítico, linoléico, araquidônico, palmitoleico e esteárico, com destaque para o óleo extraído, rico em ácidos graxos oleico, palmitoleico e tocoferóis. O epicarpo, a camada externa do fruto, atrai pesquisadores devido ao alto conteúdo de compostos bioativos com diversas aplicações biotecnológicas. Estudos têm investigado suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e nutritivas, visando desenvolver novos produtos que possam beneficiar a saúde e o bem-estar das pessoas. Objetivo: Investigar a constituição química, o potencial dos compostos bioativos e as aplicações biotecnológicas dos coprodutos do epicarpo do buriti. Metodologia: A pesquisa foi estruturada em cinco etapas e capítulos, no Capítulo 1 foi realizado o processo de obtenção dos coprodutos do epicarpo. No capítulo 2 foi realizada a caracterização e quantificação dos compostos presentes nos coprodutos por CG-EM, no capítulo 3 avaliou-se o efeito dos fitoesteróis e fitoestanóis na prevenção das dislipidemias por meio de evidências experimentais e clínicas, no capítulo 4 foi realizado a obtenção de bioformulações contendo os coprodutos do epicarpo do buriti e por fim no capítulo 5 realizou-se a aplicação experimenal em peixe-zebra para avaliar toxicidade e parâmetros bioquímicos após indução de hiperglicemia. E a avaliação da capacidade antioxidante e citotoxicidade in vitro dos coprodutos. Resultados: Os produtos desta tese encontram-se apresentados em cinco capítulos. O capítulo 1 descreve uma Patente relacionada ao processo de obtenção dos coprodutos do epicarpo, por meio de processos de maceração, saponificação e metilação, foram obtidos um extrato oleoso e uma fração apolar. No capítulo 2 obteve-se um apanhado de dados oriundos da caracterização e quantificação dos compostos presentes nos coprodutos do epicarpo da Mauritia flexuosa por CG-EM. O extrato contém ácidos graxos monoinsaturados e saturados, fitosteróis e tocoferóis e a fração apolar é rica em fitoesteróis, tocoferóis, terpenos e terpenóides. No capítulo 3 traz uma revisão integrativa sobre o efeito dos fitoesteróis e fitoestanóis na prevenção das dislipidemias, no capítulo 4 foi descrito uma patente relacionada à obtenção de bioformulações contendo os coprodutos e por fim no capítulo 5 obteve-se dados, por meio de um estudo experimental com peixe-zebra para avaliar toxicidade e parâmetros bioquímicos após indução de hiperglicemia. E a avaliação da capacidade antioxidante e citotoxicidade in vitro dos coprodutos. Ambos os coprodutos foram analisados quanto à capacidade antioxidante e toxicidade in vivo, definindo as melhores concentrações para bioformulações. As bioformulações, testadas em peixezebra, destacaram-se por suas atividades antioxidantes, hipolipemiantes, hipoglicemiantes, cardioprotetoras e quimiopreventivas. Conclusão: A pesquisa destacou o grande potencial tecnológico e funcional dos coprodutos extraídos do 26 epicarpo do buriti. Em cinco capítulos, a investigação revelou descobertas significativas sobre a constituição química e as aplicações biotecnológicas dos compostos bioativos do epicarpo, como ácidos graxos, fitosteróis, tocoferóis, terpenos e terpenóides. Estudos experimentais e clínicos demonstraram os benefícios dos fitoesteróis e fitoestanóis na prevenção de dislipidemias, e as bioformulações desenvolvidas mostraram-se promissoras, com atividades antioxidantes, hipolipemiantes, hipoglicemiantes, cardioprotetoras e quimiopreventivas. A aplicação em peixe-zebra confirmou a segurança e eficácia dos coprodutos, indicando um grande potencial para futuras aplicações biotecnológicas e desenvolvimento de novos produtos, e reforçando a importância ecológica e econômica do buriti.
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LAYANNE CRISTINA DE CARVALHO LAVÔR
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Associação entre o consumo de bebidas e de adoçantes não nutritivos com a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e status inadequado de vitamina D em adultos e idosos: um estudo de base populacional.
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Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
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Data: 26/06/2024
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As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são as principais causas de
morbimortalidade em todo o mundo, sendo responsáveis por um grande ônus econômico e
social. Dentre os principais fatores de risco para o desenvolvimento dessas doenças destaca-se
a qualidade da dieta, de modo que o consumo de bebidas per se pode representar um
importante contribuinte neste quesito. Ademais, estudos têm demonstrado que o consumo de
adoçantes não nutritivos (ANN), frequentemente utilizados em bebidas, pode contribuir para
aumento do risco de desenvolvimento de DCNT. Por outro lado, o status adequado de
vitamina D vem sendo associado à prevenção de inúmeras DCNT, sendo importante
investigar os fatores dietéticos que possam contribuir para a sua deficiência. Assim, o estudo
teve como objetivo investigar a associação entre o consumo de bebidas com a prevalência de
DCNT e o consumo de ANN com o status inadequado de vitamina D em adultos e idosos. A
tese é composta por três estudos de corte transversal, recortes da pesquisa de base
populacional “Inquérito de Saúde Domiciliar no Piauí” (ISAD-PI). A amostragem da pesquisa
foi probabilística complexa por conglomerados. No capítulo 1 e 2, utilizaram-se dados
sociodemográficos, de estilo de vida, antropométricos, de diagnóstico de DCNT, de uso de
medicamentos/suplementos e de consumo alimentar de 1.162 indivíduos adultos e de 489
indivíduos adultos e idosos, de ambos os sexos, respectivamente. No capítulo 3, utilizaram-se
adicionalmente dados sobre consumo alimentar (ANN, cálcio e vitamina D), bem como sobre
concentrações plasmáticas de vitamina D de 228 indivíduos adultos e idosos, de ambos os
sexos. Realizaram-se análises de regressão de Poisson com variância robusta. Quanto aos
resultados, no capítulo 1, os indivíduos com maior adesão ao padrão de bebidas
ultraprocessadas apresentaram 3,75 vezes maior prevalência de câncer (RP: 3,75; IC95%:
1,56-9,01). A maior adesão ao padrão de bebidas alcoólicas foi associada a uma maior
prevalência de obesidade (RP: 1,88; IC95%: 1,14-3,09). Em contraste, os indivíduos no
segundo tercil de adesão ao padrão de bebidas saudáveis apresentaram 39% menor
prevalência de hipercolesterolemia (RP: 0,61; IC95%: 0,41-0,93), e os indivíduos no terceiro
tercil apresentaram 10% menor prevalência de obesidade abdominal estimada pela relação
cintura/altura (RP: 0,90; IC95%: 0,82-0,98). No capítulo 2, verificou-se que o consumo de
bebidas adoçadas em geral (com açúcar ou adoçantes) em uma frequência semanal de 6 a 7
dias, assim como o consumo de bebidas adoçadas artificialmente em pelo menos 1 dia por
semana esteve associado à 1,92 vezes (RP: 1,92; IC95%: 1,12-3,28) maior prevalência de
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e à 3,36 vezes maior prevalência de HAS (RP: 3,36;
IC95%: 1,26-8,97) em mulheres, respectivamente. No capítulo 3, verificou-se que os
indivíduos consumidores de adoçantes artificiais apresentaram 78% (RP: 1,78; IC95%: 1,24-
2,56) e 50% (RP: 1,50; IC95%: 1,04-2,16) maior prevalência de status inadequado de
vitamina D, nos modelos de ajuste 1 e 2, respectivamente. Desta forma, o consumo de bebidas
esteve associado à prevalência de DCNT e o consumo de adoçantes artificiais poderia
contribuir para o status inadequado de vitamina D plasmática, independentemente de fatores
de confundimento importantes.
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NILMARA CUNHA DA SILVA
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Biomarcadores do Cobre e sua Relação com Parâmetros da Resistência à Insulina em Mulheres com Obesidade
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Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
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Data: 24/06/2024
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SILVA, N. C. Biomarcadores do Cobre e sua Relação com Parâmetros da Resistência à
Insulina em Mulheres com Obesidade. 2024. 76 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-
Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI.
INTRODUÇÃO: A disfunção do tecido adiposo na obesidade contribui para a manifestação
de desordens metabólicas, a exemplo da resistência à insulina e alteração no metabolismo de
nutrientes, como o cobre. A ação pró-oxidante do cobre tem sido apontada como fator
contribuinte para alteração da via de sinalização da insulina, no entanto, ainda com resultados
inconclusivos. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional relativo ao cobre
e sua relação com parâmetros do controle glicêmico em mulheres com obesidade.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo clínico observacional, do tipo caso-controle, com
mulheres na faixa etária entre os 20 a 50 anos de idade, as quais foram distribuídas em dois
grupos: controle (mulheres eutróficas = 119) e caso (mulheres com obesidade = 84). Foram
realizadas as aferições de peso corporal, estatura, circunferências da cintura, quadril e pescoço
e a determinação da relação cintura-quadril, cintura-estatura e índice de conicidade. A avaliação
do consumo alimentar foi obtida a partir do registro de alimentos de três dias e analisados
utilizando-se o programa Nutwin versão 1.5. A análise do cobre no plasma e nos eritrócitos foi
realizada por espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente e a
atividade da ceruloplasmina foi determinada em espectrofotômetro. Para análise dos
parâmetros do controle glicêmico, a glicemia de jejum, hemoglobina glicada e insulina de jejum
foram analisados segundo os métodos enzimático calorimétrico, cromatografia de troca iônica
e quimioluminescência, respectivamente. O índice HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment
of Insulin Resistance) foi determinado por meio de cálculo matemático. Os dados foram
analisados por meio do programa estatístico SPSS for Windows 22.0. RESULTADOS: Na
avaliação do consumo alimentar, pôde-se verificar que não houve diferença estatística
significativa entre os grupos (p>0,05), em relação ao consumo de energia, macronutrientes e
cobre. Na avaliação dos parâmetros bioquímicos referentes ao cobre, as mulheres com
obesidade apresentaram concentrações de cobre superiores no plasma (114,33 ± 6,13 μg/dL) e
inferiores nos eritrócitos (54,99 ± 5,69 μg/dL) quando comparado ao grupo controle, porém
dentro do padrão de normalidade. A análise dos parâmetros de controle glicêmico revelou
diferença estatística significativa para glicemia de jejum (p<0,05) entre os grupos. O estudo
identificou uma correlação fraca positiva significativa entre o cobre plasmático e os valores de
insulina de jejum (r = 0,329; p = 0,003) e índice de HOMA-IR (r = 0,341; p = 0,002).
CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo demostram que as mulheres com obesidade
apresentam concentrações de cobre elevadas no plasma e inferiores nos eritrócitos. Além disso,
a correlação positiva significativa entre o cobre plasmáticos e a insulina de jejum e índice de
HOMA-IR sugere influência desse mineral nos parâmetros de controle glicêmico nas mulheres
com obesidade.
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LYANDRA DIAS DA SILVA
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Biomarcadores de cobre e sua relação com as dislipidemias em mulheres com obesidade.
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Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
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Data: 14/06/2024
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SILVA, L.D. Impacto do cobre sobre dislipidemias em mulheres com obesidade. 2024.
Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição,
Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo
de tecido adiposo, o que favorece a manifestação de desordens metabólicas, a exemplo das
dislipidemias. Nesse sentido, tem havido interesse em identificar a possível influência do
cobre no desenvolvimento dessa desordem metabólica. OBJETIVO: Investigar a relação
entre parâmetros do cobre e marcadores do perfil lipídico em mulheres com obesidade.
MÉTODOS: Estudo observacional transversal do tipo caso-controle, envolvendo mulheres
na faixa etária entre 20 e 50 anos de idade, sendo divididas em dois grupos: grupo caso
(IMC≥35kg/m2) (n=84) e grupo controle (IMC entre 18,5 e 24,9kg/m2) (n=119). Foram
aferidas medidas antropométricas, sendo elas o peso, estatura e circunferências corporais
(cintura, quadril e pescoço), bem como realizado o cálculo do índice de massa corpórea, razão cintura-quadril, relação cintura-estatura e índice de conicidade. O consumo alimentar foi obtido a partir do registro de alimentos de três dias e analisado utilizando-se o programa
Nutwin. A análise do cobre no plasma e nos eritrócitos foi realizada por espectrometria de
emissão óptica com plasma acoplado indutivamente, além disso a atividade da ceruloplasmina foi determinada por meio de espectrofotometria. As frações lipídicas foram analisadas segundo o método enzimático colorimétrico, utilizando analisador bioquímico automático (COBAS INTEGRA). RESULTADOS: Na avaliação do consumo alimentar, pôde-se
verificar que não houve diferença estatística significativa entre os grupos (p>0,05) em relação ao consumo de energia, macronutrientes e cobre. Sobre a avaliação dos parâmetros
bioquímicos referentes ao cobre, foi observado que as mulheres com obesidade apresentaram concentrações elevadas no plasma e reduzidas nos eritrócitos quando comparada ao grupo controle, sendo que ambos os grupos tinham concentrações de cobre nesses compartimentos sanguíneos dentro do padrão de referência. As concentrações de ceruloplasmina sérica não apresentaram diferença estatística significativa entre os grupos (p>0,05). A análise das frações lipídicas revelou valores mais elevados de triacilgliceróis, VLDL-c, LDL-c e colesterol não- HDL, bem como concentrações reduzidas de HDL-c nas mulheres com obesidade em comparação com o grupo controle (p<0,05). Na análise de correlação, não se observou correlações significativas entre os parâmetros de avaliação do estado nutricional relativo ao cobre e as frações lipídicas nas mulheres com obesidade. CONCLUSÃO: As mulheres com obesidade avaliadas nesse estudo possuem consumo de cobre adequado e concentrações do mineral elevadas no plasma e reduzidas nos eritrócitos quando comparado ao grupo controle. No entanto, a pesquisa não identifica correlação entre parâmetros do cobre e as concentrações séricas das frações lipídicas, o que não permite inferir a participação do cobre na manifestação das dislipidemias na obesidade.
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JORDDAM ALMONDES MARTINS
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Restrição calórica aumenta a atividade antitumoral da quimioterapia e induz uma resposta diferencial ao estresse no modelo de sarcoma-180
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Orientador : FRANCISCO LEONARDO TORRES LEAL
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Data: 25/04/2024
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A restrição calórica (RC) melhora os marcadores de saúde, estende a expectativa de vida e reduz a carcinogênese em diversos tipos de câncer. Sua combinação com a quimioterapia promove maior eficácia no tratamento, com o aumento da inibição do crescimento tumoral do Sarcoma 180 e reduz os efeitos adversos contra células saudáveis, oferecendo assim caminhos promissores para melhorar o tratamento do câncer. Este estudo avaliou como a RC associada à quimioterapia influencia mecanismos relacionados à atividade antitumoral, estresse oxidativo, ação antioxidante, regulação do perfil lipídico e função hepática. Utilizando um modelo de camundongo sarcoma-180, comparamos como a restrição calórica aumenta a eficiência e a seletividade do tratamento quimioterápico contra o crescimento tumoral. A RC associada à quimioterapia revelou melhora da atividade antitumoral, redução de efeitos adversos, como hematotoxicidade e imunotoxicidade, e marcadores de estresse oxidativo. Além de promover o controle da invasão celular, apoptose e resposta imune. Nossos resultados destacam a restrição calórica como uma janela de oportunidade que retarda o crescimento tumoral, otimiza a eficácia da quimioterapia e protege células saudáveis. A combinação aumenta a expectativa de vida em 80%, otimizando todo o processo de tratamento e apoiam o potencial da RC como uma abordagem abrangente para o tratamento do câncer, garantindo uma investigação mais aprofundada para o uso clínico.
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RAYANA RODRIGUES DA SILVA
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RISCO CARDIOVASCULAR E SUA ASSOCIAÇÃO COM ADESÃO A DIETA MEDITERRÂNEA, MARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO E DE INFLAMAÇÃO EM PACIENTES EM TERAPIA HEMODIALÍTICA
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Orientador : BETANIA DE JESUS E SILVA DE ALMENDRA FREITAS
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Data: 09/04/2024
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Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) constitui-se uma questão de saúde pública, em razão de sua incidência e prevalência em evidente ascensão, tendo como mecanismos envolvidos um estado de inflamação crônica e o estresse oxidativo, que se não forem adequadamente regulados, podem iniciar uma sequência de efeitos deletérios. A dieta mediterrânea (DM) rica em frutas e vegetais é recomendada para prevenção primária e secundária de doenças crônicas, correlacionando-se com menor incidência de Doença cardiovasculares (DCV), DRC e de complicações. Objetivo: Associar o risco cardiovascular com adesão a dieta mediterrânea, marcadores de estresse oxidativo e de inflamação em pacientes em terapia hemodialítica. Métodos: Estudo transversal envolvendo 95 participantes de ambos os sexos, com idade ≥ 20 e ≤ 59 anos, atendidos em clínicas de hemodiálise em Teresina (PI). Os participantes foram alocados em dois grupos, segundo a presença de RCV. Foram investigados dados socioeconômicos, de estilo de vida, antropométricos (peso, estatura, índice de massacorporal (IMC), circunferência da cintura (CC), circunferência do quadril (CQ), razão cintura-quadril (RCQ), razão cintura-estatura (RCEst), circunferência do pescoço (CP) e índice de conicidade (IC), metabólicos (lipidograma e pressão arterial), marcadores do estresse oxidativo (MDA e MPO), citocinas inflamatórias (IL-6, IL-8, IL-1β, TNF-α, IL-12p70 e IL-10) e consumo alimentar pela aplicação de 2 Recordatório 24h. Utilizou-se o software Stata® (Statacorp, College Station, Texas, USA), versão 14, para a organização e análise dos dados. As variáveis categóricas foram apresentadas na forma de número relativo e absoluto, para variáveis contínuas na forma de médias, intervalo de confiança de 95%, mediana e intervalo interquartílico (IQR). Para variáveis categóricas foi utilizado o teste do qui-quadrado de Pearson para avaliar a associação entre o risco cardiovascular e as variáveis independente do estudo. A razão de
prevalência (RP) com intervalo de confiança de 95% (IC 95%) foi estimada pela regressão de Poisson com variância robusta para medir a força de associação entre a variável dependente (risco cardiovascular: não e sim) e variáveis independentes. Para variáveis contínuas, primeiro foi aplicado o teste de Shapiro Wilk para verificar a normalidade dos dados. Posteriormente foi aplicado o teste de Wilcoxon (Mann-Whitney) para verificar a diferença de médias entre categorias do risco cardiovascular. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: A prevalência de RCV foi de 60%. Os resultados apontaram valores médios de IMC, CC, RCQ, RCE, CT e TG significativamente superiores no grupo com RCV. Não foi observada associação significativa entre adesão à DM em pacientes com DRC e RCV, entretanto, os mesmos apresentaram média a baixa adesão a DM. Houve maior prevalência de excesso de peso (73,3%) em indivíduos com DRC com RCV. Não houve associação significativa entre os marcadores do estresse oxidativo, citocinas inflamatórias, antiin flamatorias e RCV. Conclusão: Houve alta prevalência de RCV entre os participantes com DRC, com valores significativamente elevados de IMC, CC, RCQ, RCE, CT e TG no grupo com RCV, sugerindo um possivel aumento de RCV entre os portadores de DRC.
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MAYARA STOREL BESERRA DE MOURA
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Relação da vitaina D e potencial inflamatório da dieta com a composição corporal, marcadores inflamatórios, estresse oxidativo e expressão gênica do receptor da vitamina D nas doenças inflamatórias intestinais
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Orientador : NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
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Data: 14/03/2024
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Introdução: As doenças inflamatórias intestinais (DII), doença de Crohn (DC) e retocolite ulcerativa (RCU) são caracterizadas por inflamação crônica do trato gastrointestinal. Fatores como deficiência de vitamina D e o potencial inflamatório da dieta (PID) podem influenciar o quadro clínico desses pacientes, com alterações na composição corporal, nos marcadores inflamatórios, no estresse oxidativo e na expressão gênica do receptor da vitamina D. Objetivo: Este estudo investigou a relação entre as concentrações séricas da vitamina D e o PID com a composição corporal, marcadores inflamatórios, estresse oxidativo e a expressão gênica do VDR em pacientes com DII. Metodologia: Estudo transversal envolvendo 62 pacientes com DII e 24 controles saudáveis. A composição corporal foi realizada por bioimpedância elétrica e o consumo alimentar avaliado por três recordatórios alimentares. O PID foi realizado conforme proporção e peso para cada grupo alimentar. As concentrações séricas da vitamina D e a expressão gênica do receptor da vitamina D foram realizadas por eletroquimioluminescência e por amplificação por reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real (qrt-PCR), respectivamente. Os marcadores de estresse oxidativo, superóxido dismutase (SOD), glutationa (GSH), malondialdeído (MDA), mieloperoxidase (MPO) e nitrito foram avaliados por espectrofotometria. Os marcadores inflamatórios PCR, VHS e RDW foram obtidos dos prontuários médicos dos pacientes. Resultados: O estágio de remissão da doença foi prevalente, com 82,76% na DC e 59,26% na RCU. O estado nutricional variou entre eutrofia e sobrepeso, com alterações nos parâmetros de composição corporal dos pacientes com DII, como área de gordura visceral, percentual de gordura corporal e massa magra em relação aos controles (p<0,05). Os pacientes com RCU mostraram maior PID relação aos controles (p=0,044). As concentrações séricas da vitamina D estavam mais altas na DC em relação aos controles (p = 0,005). Não houve diferenças significativas nos marcadores inflamatórios entre DC e RCU (p>0,05) e na expressão gênica do VDR entre DC e CTL (p=0,092). Com relação aos marcadores do estresse oxidativo, os pacientes com DII apresentaram maior atividade da GSH, e menor concentração de MDA, em relação ao grupo controle (p<0,05). Pacientes com RCU apresentaram correlações negativas entre vitamina D e IMC (r=-0,799, p<0,05), percentual de gordura corporal (r=-0,578, p>0,05), AGV (r=-0,655, p<0,05) e circunferência da cintura (r=-0,657, p<0,05). Houve associação positiva entre vitamina D e expressão gênica do VDR (r=0,502, p=0,028). Não houve correlações entre o PID e marcadores inflamatórios ou de estresse oxidativo. Conclusão: Pacientes com DII, em estágio de remissão da doença, têm concentrações adequadas de vitamina D e expressão gênica do VDR semelhante aos controles, bem como perfil inflamatório e do estresse oxidativo sem alterações. No estágio de remissão, os pacientes tendem a reduzir o medo de comer, fato que pode ter contribuído para uma dieta com potencial anti-inflamatório. A relação entre vitamina D e parâmetros de composição corporal em pacientes com RCU sugere uma possível influência dessa vitamina na saúde metabólica desses pacientes. Nesse contexto, enfatiza-se a importância da manutenção do estágio de remissão da doença, assegurando melhores condições clínica e nutricional dos pacientes.
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KAIO GERMANO SOUSA DA SILVA
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Desenvolvimento e caracterização sensorial e nutricional de snacks elaborados a partir de farinha integral de feijão-mungo verde (Vigna radiata (L.) R. Wilczek)
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Data: 11/03/2024
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O feijão mungo-verde (Vigna radiata (L.) R. Wilcsek) é uma pulse de grande importância nos páises asiáticos e o seu cultivo vem crescendo no Brasil nos últimos anos devido ao seu curto ciclo, grande potencial para exportação e alto valor nutricional do seu grão. É rico em macro e micronutrientes, desempenhando papel relevante na prevenção, recuperação e promoção da saúde dos indivíduos, sendo também um alimento popular, de fácil acesso e sabor desejável à culinária brasileira. Diante disso, o objetivo do trabalho foi desenvolver e caracterizar do ponto de vista sensorial e nutricional, snacks elaborados a partir de farinha integral de feijão-mungo verde (FIFM). Utilizou-se uma amostra de grãos da cultivar de feijão- mungo BRS Esperança cedida pelo Programa de Melhoramento Genético do feijão-mungo da Embrapa Meio-Norte, em Teresina/PI. As análises foram realizadas no Laboratório de Desenvolvimento de Produtos do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Piauí – UFPI e no Laboratório de Bromatologia e Bioquímica da Embrapa Meio-Norte, ambos em Teresina/PI. Após padronizações da receita, duas formulações de snack [S30: 30% de FIFM+farinha de trigo+orégano+páprica; S50: 50% de FIFM+farinha de trigo+orégano+pimenta calabresa) foram elaboradas e avaliadas sensorialmente, com a participação de 102 avaliadores não treinados. O snack com melhor aceitação foi analisado em termos de sua composição centesimal (umidade, cinzas, lipídios, proteínas e carboidratos), valor energético total (VET); amido; fibra alimentar total (FAT); minerais: cálcio (Ca), magnésio (Mg), potássio, fósforo (P), ferro (Fe), zinco (Zn), manganês (Mn) e cobre (Cu), bem como análises microbiológicas para detecção de enterobactérias totais, Salmonella spp., bolores e leveduras. Os dados foram submetidos a análises de variância e os resultados foram apresentados como média±desvio-padrão. A FIFM apresentou a seguinte composição química: umidade = 5,06 g 100g-1; cinzas = 3,34 g 100g-1; lipídios = 0,96 g 100g-1; proteínas = 29,01 g 100g-1; carboidratos = 61,60 g 100g-1; VET = 371,19 kcal 100g-1; Ca = 108,6 g 100g-1; Mg = 142,0 g 100g-1; K = 1579,6 g 100g-1; p = 403,0 g 100g-1; Fe = 6,84 mg 100 g-1; Zn = 2,77mg 100 g-1; Mn = 1,44 mg 100g-1 ; e Cu = 0,42 mg 100g-1e Cu. Quanto aos parâmetros organolépticos, os snacks receberam avaliações medianas de aprovação, variando entre 6 a 7. Os resultados das análises sensoriais dos dois snacks (S30 e S50) evidenciaram que o S50 obteve índices de aceitação superiores em todos os aspectos: cor (94%); aroma (92%); sabor (93%); textura (95%) e aceitação global (97%). O snack S50 apresentou a seguinte composição química: umidade = 11,53 g 100g-1; cinzas = 2,63 g 100g-1; lipídios = 15,43 g 100g-1; proteínas = 16,95 g 100g-1; carboidratos = 53,54 g 100g-1; VET = 420,50 kcal 100g-1; amido = 39,33 g 100g-1; FAT = 25, 08 g 100 g-1; Ca = 95,66 g 100g-1; Mg = 66,33 g 100g-1; K = 585,33 g 100g-1; P = 434,00 g 100g-1; Fe = 8,44 mg 100 g-1; Zn = 3,41 mg 100 g-1; Mn = 0,012 mg 100g-1; e Cu = 0,66 mg 100 g-1. As análises microbiológicas evidenciaram uma qualidade favorável ao produto formulado, estando em conformidade com os parâmetros estabelecidos pela legislação vigente, apontando boas condições. O snack elaborado com 50% da FIFM, cultivar BRS Esperança, apresenta características sensoriais, nutricionais e funcionais favoráveis ao consumo, podendo desempenhar um papel relevante como um alimento promotor da saúde da população.
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THAYANNE TORRES COSTA
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Qualidade nutricional e de cozimento dos grãos de cultivares de feijão-mungo verde (Vigna radiata (L.) R. Wilczek)
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Data: 08/03/2024
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O feijão-mungo verde (Vigna radiata (L.) R. Wilczek) é uma pulse rica em proteínas, com um percentual médio em torno de 20 a 24%, além de vitaminas e minerais. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade nutricional e de cozimento dos grãos de cultivares de feijão- mungo verde. Foram determinados nos grãos crus e cozidos das cultivares BRS Esperança (Embrapa), Ouro Verde MG-2 (EPAMIG), BRSMG Camaleão (EPAMIG e Embrapa), IAC-VR211 (IAC) e Mungo Chin (AVRDC) de feijão-mungo verde a composição centesimal (umidade, cinzas, lipídeos, proteínas, amido e fibras alimentares totais (FAT), o valor energético total (VET) e os teores dos minerais ferro (Fe) e zinco (Zn), além dos seus tempos de cozimento. A umidade foi determinada por gravimetria em estufa a 105 °C. As análises de cinzas foram feitas por incineração em mufla a 550 ºC. Os lipídeos foram determinados pelo método de Soxhlet. O teor de proteínas foi analisado pelo método de macro Kjeldahl. O amido foi determinado pelo método ISI 27-1e com adaptações. O teor de fibras alimentares totais foi determinado de forma indireta por diferença, assim como o teor de carboidratos. O VET foi obtido através da soma das calorias multiplicados pelos fatores de conversão de Atwater. Os teores de Fe e Zn foram determinados por digestão nitro-perclórica e leitura em espectrofotômetro de absorção atômica de chama. O tempo de cozimento foi determinado utilizando-se o cozedor de Mattson, obtido como o valor médio do tempo de perfuração da 1ª, 7ª e 13ª haste. Todas as análises foram realizadas em triplicata. Os resultados obtidos foram expressos em base seca, como média ± desvio-padrão. As médias entre cultivares e entre grãos cru e cozido foram comparadas pelos testes de Tukey e t de Student (p<0,05), respectivamente. Após a cocção, observou-se aumento nos teores de umidade, lipídeos, proteínas, amido e VET, bem como diminuição nos teores de cinzas, carboidratos, FAT, Fe e Zn. As cultivares apresentaram as seguintes médias gerais nos grãos crus e cozidos, respectivamente: umidade: 3,65 e 5,64 g 100 g-1; cinzas: 3,56 e 1,98 g 100 g-1; lipídeos: 0,52 e 1,37 g 100 g-1; proteínas: 22,42 e 22,59 g 100 g-1; carboidratos: 69,84 e 68,40 g 100 g-1; amido: 39,65 e 63,38 g 100 g-1; FAT: 23,97 e 9,79 g 100 g-1; VET: 373,76 e 376,36 Kcal 100 g-1; Fe: 5,34 e 4,49 mg 100 g-1; e Zn: 4,19 e 3,85 mg 100 g-1. A cultivar BRS Esperanças apresentou o menor tempo de cozimento, seguida da Ouro Verde MG-2. Apesar do processamento térmico provocar reduções em alguns nutrientes, as cultivares ainda mantiveram teores satisfatórios de macro e micronutrientes nos grãos cozidos. A cultivar Ouro Verde MG-2 apresentou a melhor qualidade nutricional antes e após a cocção. Essas cultivares podem ser utilizadas pela população para consumo na forma cozida, em preparações ou como ingrediente no enriquecimento de produtos alimentícios.
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STÉFANY RODRIGUES DE SOUSA MELO
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Concentrações de leptina, hipomagnesemia e sua relação com o estresse oxidativo, resistência à insulina e inflamação em mulheres com obesidade
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Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
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Data: 08/03/2024
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A disfunção do tecido adiposo caracterizada pela hiperplasia e
hipertrofia dos adipócitos altera o padrão de secreção e atividade de diversos hormônios, a
exemplo da leptina. As concentrações elevadas desse hormônio podem comprometer a
homeostase de micronutrientes, como o magnésio, o que, por sua vez, pode acentuar o estresse oxidativo, a resistência à insulina e a inflamação crônica de baixo grau em indivíduos com obesidade. Assim, esta tese teve como objetivos: 1) Atualizar aspectos constantes na literatura sobre a participação do magnésio no metabolismo da insulina, as repercussões no
desenvolvimento do estresse oxidativo e inflamação crônica de baixo grau, bem como apresentar a influência de intervenções dietéticas; 2) Verificar as concentrações de leptina e magnésio e sua relação com o estresse oxidativo, a resistência à insulina e inflamação crônica de baixo grau em mulheres com obesidade. No primeiro estudo, foi conduzida busca nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science, sendo incluídos artigos que apresentavam os mecanismos de participação resultantes da hipomagnesemia associada à resistência à insulina. O segundo estudo clínico observacional, do tipo caso-controle, envolvendo 147 mulheres que foram distribuídas em dois grupos: mulheres com obesidade (n=75) e grupo controle (n=72). Nesse estudo foram avaliadas as concentrações séricas de leptina, concentrações plasmáticas, eritrocitárias e urinárias de magnésio, creatinina urinária, pressão arterial, marcadores do controle glicêmico, atividade das enzimas SOD e catalase, concentrações plasmáticas de TBARs e citocinas IL-6 e IL-8. As mulherecom obesidade apresentaram concentrações aumentadas de leptina sérica, concentrações reduzidas de magnésio no eritrócito e plasma, bem como aumento da excreção urinária desse mineral. Houve diferença significativa das concentrações de leptina, magnésio eritrocitário, plasmático, urinário entre os grupos, bem como creatinina urinária, SOD, TBARs e IL-6. A análise de correlação linear simples evidenciou que houve correlação positiva entre leptina e parâmetros
de adiposidade nas mulheres com obesidade e correlação negativa entre leptina e atividade da SOD no grupo controle. Houve correlação negativa entre magnésio eritrocitário e IL-6 no grupo controle. As mulheres com obesidade avaliadas neste estudo apresentam concentrações elevadas de leptina e valores reduzidos de creatinina na urina, sugerindo que a hiperleptinemia não favorece lesão renal nessas participantes. Além disso, apresentam deficiência em magnésio, concentrações elevadas de TBARS, reduzida atividade da SOD, bem como valores elevados de IL-6, o que reflete a presença do estresse oxidativo e da inflamação crônica nesse grupo populacional. A partir dos dados desse estudo, também pode-se concluir que a deficiência em magnésio parece não influenciar parâmetros do estresse oxidativo, da resistência à insulina e da inflamação crônica de baixo grau em mulheres com obesidade.
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LOANNE ROCHA DOS SANTOS
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ASSOCIAÇÃO ENTRE MINERAIS (MAGNÉSIO, SELÊNIO E CÁLCIO) E MARCADORES DO RISCO CARDIOMETABÓLICO EM MULHERES COM OBESIDADE
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Orientador : DILINA DO NASCIMENTO MARREIRO
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Data: 07/03/2024
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SANTOS, L.R. Associação entre as concentrações dos minerais
(magnésio, selênio e cálcio) e o risco cardiometabólico em mulheres
com obesidade. 2024. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação
em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
A distribuição desproporcional do tecido adiposo no organismo tem
sido associada ao desenvolvimento de diversas comorbidades, sendo a
disfunção de tal tecido caracterizada pela hipertrofia de adipócitos,
redução da angiogênese, inflamação crônica de baixo grau, resistência
à insulina e dislipidemias, fatores de risco cardiometabólico
importantes. Na perspectiva da obtenção de conhecimentos acerca da
influência da nutrição na proteção cardiometabólica, pesquisas têm
investigado a participação de minerais, em particular magnésio, selênio
e cálcio, no controle de desordens presentes em indivíduos com
obesidade. Assim, esta tese teve como objetivo: 1) Esclarecer e
aprofundar conhecimentos a acerca do papel do magnésio na proteção
contra alterações cardiometabólicas presentes na obesidade; 2)
Verificar a associação entre parâmetros de minerais (magnésio, selênio
e cálcio) e marcadores do risco cardiometabólico em mulheres com
obesidade. No primeiro estudo, foi conduzida busca nas bases de dados
Pubmed, SciELO, and Science Direct, sendo incluídos artigos que
apresentavam foco na elucidação dos mecanismos envolvidos entre
fatores de risco cardiometabólico e indivíduos com obesidade e no
papel do magnésio na proteção contra tais fatores. O segundo estudo de
natureza observacional, analítico, do tipo caso-controle, envolveu 130
mulheres com idade entre 18 e 50 anos, que foram distribuídas em
grupos de acordo com o IMC: mulheres com obesidade (n=69) e grupo
controle (n=61). Nesse estudo foram avaliadas as concentrações
plasmáticas, eritrocitárias e urinárias dos minerais (magnésio, selênio e
cálcio), as concentrações séricas de marcadores do perfil lipídico
(colesterol total, triacilgliceróis, HDL-c, LDL-c, não-HDL-c), perfil
glicêmico (glicemia em jejum, insulina, HbA1c, HOMA-IR) e
inflamatórios (interleucina 6 e interleucina 8). Os resultados revelaram
alterações na homeostase dos minerais magnésio, selênio e cálcio, com
aumento de suas excreções na urina nas mulheres com obesidade, bem
como parâmetros do risco cardiometabólico elevados. Houve uma
correlação positiva entre os biomarcadores do estado nutricional
relativo aos minerais e os parâmetros antropométricos avaliados. Os
resultados sugerem que o excesso de adiposidade contribui para a
manifestação da deficiência verificada nos minerais analisados, bem
como o impacto de tal deficiência na acentuação do risco
cardiometabólico na população avaliada. Essa pesquisa permite inferir
a associação da deficiência nos minerais (magnésio, selênio e cálcio)
com o aumento do risco cardiometabólico nas mulheres com obesidade.
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RAYSSA MARIA DE SOUSA SILVA
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Nutricheck: desenvolvimento de um aplicativo móvel para auxiliar no planejamento e monitoramento da alimentação escolar
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Orientador : AMANDA DE CASTRO AMORIM SERPA BRANDAO
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Data: 06/03/2024
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Os programas de alimentação devem oferecer refeições nutricionalmente balanceadas que contribuem para o desenvolvimento de comportamentos alimentares saudáveis entre os estudantes. O adequado planejamento da alimentação escolar está diretamente ligada à qualidade do cardápio, aos índice de aceitação e o diagnóstico do perfil nutricional dos estudantes atendidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Com o avanço da tecnologia, melhores métodos de inserção de dados por meio de aplicativos podem tornar a coleta de informações nutricionais mais precisas. Como resultado, um aplicativo móvel completo e integrado pode aprimorar o monitoramento e acompanhamento da gestão da alimentação escolar. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um aplicativo para auxiliar no monitoramento da qualidade e aceitabilidade da alimentação escolar e diagnóstico nutricional dos estudantes da rede pública de ensino. No intuito de estabelecer uma fundamentação teórica para concepção do aplicativo, realizou-se uma revisão de literatura, além de uma busca de anterioridade no site do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para verificar a existência de registros de softwares na área da alimentação escolar. Para o desenvolvimento do aplicativo Nutricheck utilizou-se o framework Flutter que usa a linguagem Dart. No recurso Cardápio utilizou-se como referência para a análise da composição dos alimentos a tabela de composição de alimentos da ferramenta planejamento de cardápio, o PLAN PNAE, também utilizou-se a pontuação do Índice de Qualidade da Coordenação de Segurança Alimentar e Nutricional (IQCosan) para obter a classificação do cardápio. Dessa forma, os alimentos constantes na tabela de composição de alimentos foram organizados conforme as categorias preconizadas pelo próprio IQcosan. Além disso, definiu-se que a aceitação da alimentação escolar seria realizada com base no método de escala hedônica e as funcionalidades dos métodos de classificação do recurso Avaliação do Estado Nutricional, utilizando as tabelas de IMC por Idade do OMS e a classificação do estado nutricional para adultos do SISVAN. Foi desenvolvido o aplicativo para dispositivos móveis com sistema Android, intitulado “NutriCheck” que se apresenta como uma ferramenta especializada no contexto da alimentação escolar. O aplicativo visa proporcionar aos usuários uma abordagem prática e abrangente para gerenciar o planejamento dos cardápios da alimentação escolar, incluindo a análise da composição nutricional, da qualidade e da aceitabilidade das refeições escolares e a avaliação do estado nutricional dos estudantes.
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DAYANE DAYSE DE MELO COSTA
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ROTULAGEM DE ALIMENTOS INFANTIS E IMPACTO DAS DESIGNAÇÕES FRONTAIS NA DECISÃO DE COMPRA DOS PAIS
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 05/03/2024
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COSTA, Dayane Dayse de Melo. ROTULAGEM DE ALIMENTOS INFANTIS E IMPACTO DAS DESIGNAÇÕES FRONTAIS NA DECISÃO DE COMPRA DOS PAIS. 2024. 159 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI. É importante o conhecimento sobre os rótulos dos alimentos, uma vez que, os mesmos beneficiam a saúde do indivíduo e coletivo, sendo essencial que sejam interpretados os dados contidos. Poucos estudos investigam sobre as decisões dos pais ao comprarem alimentos infantis com alegações de nutriente. Desta forma, realizou-se este estudo visando analisar o impacto sobre a decisão de compra dos pais em relação as alegações de nutrientes. O projeto foi aprovado pelo comitê de Ética da UFPI sobre parecer no 6.101.451. A pesquisa é um recorte do projeto intitulado “Criação de um Banco Brasileiro de Rótulos de Alimentos”, coordenado por docentes da UNIFESP e localmente pela orientadora. Em Teresina foram coletados dados em supermercados de grande porte. Os dados dos produtos foram coletados a partir do segundo semestre de 2023, por meio da Plataforma Otus Solutions e as informações referentes a obtenção de dados descritivos dos consumidores foram realizadas por meio de aplicação de questionário validado. Inicialmente, foram coletadas informações referentes as alegações presentes nos alimentos infantis, as coletas de dados ocorreram por meio da Plataforma Otus. Posteriormente, foi aplicado questionários nos supermercados com os pais, o tamanho amostral foi de 329 voluntários. Foram analisados 179 rótulos de alimentos destinados para crianças, subdivididos em 9 grupos (salgadinhos, preparados sólidos para refrescos, pó para preparo de bebidas, laticínios, cereais matinais, cereais para preparo de mingau, biscoitos, bebidas e achocolatado em pó). As alegações mais frequentes foram de vitaminas e minerais. Referente as alegações para ingredientes críticos, apenas dois rótulos estavam condizentes com a legislação. Com a aplicação do questionário, verificou-se que as informações mais procuradas pelos pais nos rótulos são, teor de açúcar com o maior quantitativo (139), seguido de validade (105), quantidade de sódio (100), teor de gordura (72), ingredientes (45), calorias (42) e conservantes (41) e os alimentos que costumam verificar o rótulo são, iogurte (165), biscoitos (158), leite (103), sucos de garrafa (45), achocolatados (37), cereais para preparo de mingais (35) e suco de caixinha (31). 62,0% (204) dos participantes eram os responsáveis pela aquisição de gêneros alimentícios para crianças e faziam a leitura do rótulo frontal no ato da compra. 207 pais (62,9%) consideram o rótulo importante e confiam nas informações expostas. A maior parcela da população estudada afirmou que já fez compras de produtos por conter alegações frontais (55,6%). 274 (83,3%) participantes relataram que as alegações interferem nas suas escolhas no ato da compra. 238 (72,3%) pais responderam que deixaram de adquirir algum produto por conterem alegações no rótulo frontal. Concluiu-se que as alegações frontais presentes nos rótulos de alimentos infantis interferem na decisão de compra dos pais, independentemente se for uma alegação que contenha informações favoráveis ou desfavoráveis. Das alegações de ingredientes críticos o maior percentual dos rótulos não estava condizente com a legislação para alimentos embalados, sendo justificável pelo aumento do prazo para adequação dos rótulos.
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ENNYA CRISTINA PEREIRA DOS SANTOS DUARTE
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Caracterização nutricional, funcional e digestibilidade proteica dos grãos crus e cozidos de diferentes classes comerciais de feijão-caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.)
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Data: 20/02/2024
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O feijão-caupi (Vigna unguiculata L. Walp.) possui considerável valor nutritivo, e é uma importante fonte de ferro, zinco e proteína, e reserva de carboidratos, além de fibras e compostos bioativos, que são importantes para a nutrição e saúde. Porém também possuem fatores antinutricionais que podem interferir na biodisponibilidade de minerais e na digestibilidade de proteínas. Este trabalho objetivou determinar a qualidade nutricional e de cozimento de grãos cru e cozido e a digestibilidade proteica de diferentes classes comerciais de feijão-caupi. Foram determinados a composição centesimal, valor energético total (VET), minerais ferro (Fe), zinco (Zn) e selênio (Se), ácido fítico, qualidade de cozimento e o índice de qualidade nutricional e de cozimento de 10 genótipos de feijão-caupi de diferentes classes comerciais (BRS Tumucumaque, Pretinho, IT-97K-1042-3, BR2 Bragança, BRS Verdejante, BRS Inhuma, BRS Exuberante, MNC11-1019E-15, BRS Imponente e BRS Olhonegro) e a seleção simultânea com base nos principais atributos dos melhores genótipos, via índice de qualidade nutricional e de cozimento (IQNC). As cultivares selecionadas com base no IQNC (BRS Tumucumaque, BRS Imponente e BRS Olhonegro) foram avaliadas quanto aos teores de fenólicos totais, fibra alimentar, atividade antioxidante e digestibilidade proteica em vitro. Os resultados demostraram que houve diferenças significativas (p<0,05) entre os genótipos para todas as características estudadas, com exceção do teor de carboidratos nos grãos crus. O teor de proteínas aumentou significativamente após o cozimento para o IT97KD-1042 e BRS Olhonegro. O cozimento reduziu o Fe e aumentou o Zn, não havendo diferenças significativas para Se, e reduziu o ácido fítico de 10,43 a 30,64 g 100g-1 . A qualidade de cozimento foi superior a 52% para todos os genótipos. O teor de compostos fenólicos variou de 137,9 a 253,85 mg GAE 100 g-1 e 65,8 a 65,8 mg GAE 100 g-1 ; a atividade antioxidante de 285,81 a 321,62 μmol TEAC 100 g-1 e de 25,56 a 87,54 μmol TEAC 100 g-1 ; e o teor de fibras alimentares totais de 12,02 a 26,57 g 100g-1 e de 21,60 a 27,31 g 100g-1 , para os grãos cru e cozido, respectivamente. As cultivares BRS Tumucumaque, BRS Imponente e BRS Olhonegro sobressaíram- se em qualidade nutricional, funcional e de cozimento. Sobre a digestibilidade proteica, esta variou de 79,38 a 82,48% no grão cru e de 77,38 a 83,48 % no grão cozido. Os resultados deste estudo evidenciaram que as cultivares de feijão-caupi BRS Tumucumaque, BRS Imponente e BRS Olhonegro apresentaram grãos com alto valor nutricional, funcional e de cozimento, além de boa digestibilidade proteica, e ratificaram o importante aporte de nutrientes e compostos bioativos que o feijão-caupi pode possibilitar quando inserido em uma alimentação equilibrada.
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LEANDRA CALINE DOS SANTOS
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Desenvolvimento, composição centesimal e análise físico-química de um suplemento alimentar em gel à base de rapadura
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Orientador : AMANDA DE CASTRO AMORIM SERPA BRANDAO
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Data: 08/02/2024
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Por se tratar de um carboidrato simples, de concentração elevada, o suplemento alimentar em gel pode ser indicado para indivíduos que pratiquem exercício físico por períodos superiores à uma hora. Sua principal vantagem é determinada pela rápida absorção e liberação de energia, resguardando a intensidade do treino e prevenindo contra possíveis intercorrências que possam atrapalhar o rendimento. Diante disso, o objetivo do trabalho foi desenvolver um suplemento alimentar em gel à base de rapadura para reposição energética de atletas. O produto foi desenvolvido de acordo com as normativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, como a RDC no 243/2018, RDC no 331/2019, RDC no 18/2010, IN no 28/2018 e a IN no 60/2019. Para avaliação da composição centesimal, o produto foi submetido, em triplicata, às seguintes análises: umidade, cinzas, lipídeos, proteínas e carboidratos. O Valor Energético Total (VET) em kcal/100 g foi calculado segundo os valores de conversão de Atwater. Para avaliação dos aspectos físico-químicos, o produto foi submetido, em triplicata, às análises de acidez total titulável, pH e atividade de água. Foram realizadas análises microbiológicas para determinação de enterobactérias totais, Salmonella spp., bolores e leveduras. A análise sensorial foi realizada com 105 assessores não treinados (corredores e ciclistas) que consumiam ou já tinham consumido suplementos de carboidratos na forma de gel. Os resultados estão apresentados através de tabelas, gráficos e suas respectivas médias e desvios-padrão. O percentual de umidade de ambos os suplementos variou entre 22,25 ± 0,01a (R) e 25,16 ± 0,08b (Z). O teor de cinzas das amostras formuladas apresentou-se em 1,44 ± 0,01a, enquanto que do suplemento comercial foi de 0,92 ± 0,00b. No que se refere ao percentual lipídico e proteico, o suplemento alimentar em gel à base de rapadura apontou uma média de 0,47 ± 0,00a e 1,20 ± 0,06a, respectivamente. A porcentagem de carboidratos do suplemento desenvolvido à base rapadura apresentou uma quantidade superior (74,65g), em comparação ao suplemento comercial (72,77g). Para o VET, o suplemento “R” apresentou 307,59 Kcal, para 296,13 Kcal do suplemento “Z”. O pH das amostras analisadas do suplemento alimentar em gel à base de rapadura e do suplemento alimentar em gel comercial apresentou-se entre 6,46 ± 0,00a e 6,04 ± 0,00b, respectivamente. Para determinação da acidez total titulável, os valores em mL de NaOH 0,1N gasto foi de 1,50 ± 0,00a para o suplemento alimentar em gel desenvolvido (R) e 2,00 ± 0,00b para o suplemento alimentar em gel comercial. A atividade água das amostras R e Z foram de 0,79 ± 0,00a e 0,87 ± 0,00b , respectivamente. Os resultados microbiológicos obtidos demonstram que o produto analisado encontra-se dentro dos padrões preconizados pela legislação vigente. Dentre os 105 provadores que participaram do teste de aceitabilidade, 50,5% afirmaram gostar muitíssimo e 60% afirmaram que certamente comprariam o produto. Portanto, a composição do suplemento alimentar em gel à base de rapadura apresenta a quantidade de carboidratos recomendada para atender as necessidades energéticas e de recuperação muscular após exercícios de resistência, além de auxiliar na reposição de eletrólitos.
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