Dissertações/Teses

2024
Descrição
  • FABIANA PEREIRA BARBOSA
  • MUSEUS COMUNITÁRIOS: O Museu do Ciclo do Couro - Memorial Espedito Seleiro, localizado em Nova Olinda, Ceará, Brasil
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 30/08/2024
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  • Este estudo investiga o Museu do Ciclo do Couro - Memorial Espedito Seleiro, localizado em Nova Olinda, Ceará, Brasil, como um caso emblemático de museu comunitário voltado para a preservação e valorização da cultura do couro na região do Cariri. O problema central da pesquisa é entender como esses museus comunitários contribuem para a preservação do patrimônio cultural local e fortalecem a identidade e a memória das comunidades. A abordagem metodológica inclui a coleta de dados e a documentação do acervo do Museu. As técnicas utilizadas incluem entrevistas semiestruturadas, observação participante e análise documental. A pesquisa também dialoga com referências teóricas nos campos da museologia social e comunitária, patrimônio imaterial e educação patrimonial. Os resultados esperados incluem a criação de um inventário dos objetos musealizados, associados ao ofício e modos de saber-fazer do mestre Espedito Seleiro. Além disso, espera-se contribuir para o fortalecimento dos laços sociais e a autoestima da população local, promovendo a sustentabilidade cultural da região. Busca-se, assim, evidenciar a importância dos museus comunitários como espaços vitais para a preservação do patrimônio imaterial e para a promoção do desenvolvimento social e cultural das comunidades, oferecendo subsídios teóricos e práticos para a consolidação dessas iniciativas

  • FRANCISCO ILDENE PEREIRA DA SILVA
  • BELEZA QUE VEM DO BARRO: Inventário Participativo do Ofício e Modos de Saber- Fazer das Ceramistas do Bairro Poti Velho. Teresina. Piauí
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 29/08/2024
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  • Este trabalho teve o objetivo de construir um inventário participativo do ofício e modos de saber-fazer das ceramistas associadas à Cooperativa de Artesanato do Piauí - COOPERART, localizada no Pólo Cerâmico de Teresina, no Poti Velho, bairro mais antigo da cidade. A comunidade detém referências culturais associadas  à terra e ao rio Poti, incluindo celebrações como os festejos em honra a São Pedro, padroeiro da comunidade. O Polo Cerâmico é cenário onde famílias retiram seu sustento da modelagem em argila, uma tradição que atravessa gerações. Apesar da transmissão do saber-fazer, observamos um distanciamento da população mais jovem, resultando na diminuição de ceramistas em atividade. Defendemos que um inventário participativo pode contribuir para produzir conhecimentos e valorizar essa referência, atraindo gerações presentes e futuras. O inventário foi realizado com a participação de oito artesãs associadas à Cooperativa, espaço de resistência dessas mulheres, em sua maioria pretas e pardas, cujas memórias se entrelaça com o território ribeirinho. Usamos métodos e técnicas híbridas de pesquisa, como o material pedagógico de inventários participativos, história oral e pesquisa participante, com foco na pesquisa-ação. Autores no campo do patrimônio cultural e museologia social, como Pinheiro (2015), Varine (2007), Tolentino (2016), Thiollent (1997) e Alberti (2004), são referenciados. Como resultado, construimos um inventário participativo do ofício e modo do saber-fazer das mulheres ceramistas do Bairro Poti Velho.

  • ARACELY FERREIRA LUCENA
  • Documentação da Coleção de Matrizes Xilográficas do Ateliê de Yolanda Carvalho
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 28/08/2024
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  • Esta pesquisa se insere no campo da museologia, especificamente em documentação museológica. O objetivo foi documentar a coleção de matrizes xilográficas da artista Yolanda Carvalho, cujo acervo possui 174 peças elaboradas entre 1999 e 2023. O problema central é a ausência de documentação desse acervo, o que compromete a conservação e documentação da trajetória da artista. Ao documentar o acervo de matrizes xilográficas, compreendemos a história da artista. O que realizamos neste estudo e intervenção foram medidas de conservação preventiva das matrizes, documentação e comunicação na “Exposição Sentidos", completando o ciclo de documentação e salvaguarda do acervo. A pesquisa tem natureza qualitativa, foram usados procedimentos de pesquisa descritiva, exploratória, documental e pesquisa-ação. Criamos fichas de arrolamento e catalogação do acervo, proporcionando à artista controle e organização, e aos/às pesquisadores/as acesso às informações para construção de conhecimentos sobre a arte da xilogravura no Brasil e no Piauí em particular. Discorremos sobre a história da xilogravura como técnica milenar de gravação e reprodução de imagens. A referência da pesquisa foi a artista Yolanda Carvalho e sua atuação no cenário artístico piauiense, destacando sua contribuição ao longo de quase trinta anos como artista e educadora. Esperamos que este trabalho contribua para o campo da museologia, e que possa promover a proteção e o reconhecimento da obra de Yolanda Carvalho na cultura local. A proposta de conservação preventiva buscou assegurar a salvaguarda das matrizes e sua acessibilidade para presentes e futuras gerações de pesquisadores/as interessados/as na história da xilogravura no Piauí e sociedade em geral.

  • BRENDA DE SOUZA VIEIRA
  • Planejamento e Curadoria da Exposição Individual Sentidos de Yolanda Carvalho
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 27/08/2024
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  • presente trabalho se insere no campo da comunicação museológica, particularmente, no planejamento e curadoria de exposições, nomeadamente, o planejamento e curadoria da exposição de Sentidos da artista piauiense Yolanda Carvalho. O objeto da comunicação é a arte da xilogravura da artista, sua poética, estética, simbologia, significados e o processo criativo. Na Exposição, foram usadas tecnologias assistivas, permitindo a inclusão, garantindo direitos culturais aos mais diversos públicos, em especial, às pessoas cegas ou de baixa visão. Apresentam-se as etapas da curadoria de exposições, conceito, escolha do espaço físico, seleção de obras e objetos do acervo da artista, sempre com vistas à acessibilidade e à democratização das artes. A equipe responsável pela Exposição Sentidos foi motivada pela ausência, ao longo de mais de 40 anos de trabalho da artista, de uma exposição individual. Portanto, a curadoria esteve centrada na vida e obra de Yolanda Carvalho, artista  agraciada em dezembro de 2023 com o Prêmio Funarte Mestras e Mestres das Artes, reforçando o impacto deste trabalho, materializado na exposição. Uma pesquisa de natureza inter e multidisciplinar, centrada na linguagem artística da xilogravura. Este trabalho  foi fruto de uma colaboração coletiva entre professoras-orientadoras, mestrandas e museóloga da Galeria Terra Siena. Realizou-se uma curadoria colaborativa da exposição individual, que aconteceu na referida galeria em agosto e setembro de 2023, na cidade de Teresina, servindo como laboratório para experimentar curadoria colaborativa e acessibilidade em espaços expositivos. A pesquisa está associada a outros três projetos do mesmo Programa de Pós-graduação e com as mesmas professoras orientadoras. O objetivo foi aplicar o ciclo de vida da museologia em espaços além do museu, como galerias e ateliês de artistas. A metodologia envolveu curadoria coletiva, com participação ativa de Yolanda Carvalho, mestrandas e orientadoras, explorando áreas específicas como tecnologias assistivas, documentação e curadoria.  Assim, curadoria coletiva, tecnologias assistivas, documentação e conservação preventiva do acervo de Yolanda Carvalho, bem como a escrita que fez a artista fez de si,  interligam-se na exposição. Sentidos.  O trabalho com uma abordagem colaborativa enriqueceu a experiência da exposição e promoveu reflexões sobre acessibilidade, documentação, conservação e comunicação do patrimônio artístico, contribuindo para a construção do conhecimento, para o trabalho da memória individual e coletiva.

  • CARMEM CÉLIA ARAÚJO FREITAS
  • SABERES DA PESCA ARTESANAL:: Inventário participativo do ofício e modos de saber-fazer da pesca artesanal do bairro Coqueiro da Praia, Luís Correia, Piauí, Brasil.
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 26/08/2024
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  • Este documento investiga o ofício e os modos de saber-fazer da pesca artesanal no bairro Coqueiro da Praia, Luís Correia, Piauí, localizado na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável criada em 1996. O principal objetivo foi analisar como o processo de construção do inventário participativo do ofício e modos de saber-fazer da pesca artesanal do bairro Coqueiro da Praia em Luís Correia, Piauí, Brasil, pode oferecer fundamentos para salvaguarda do patrimônio cultural de natureza imaterial deste território. Este estudo contou com a colaboração direta de dez pescadores artesanais, utilizando uma abordagem qualitativa e métodos como etnografia, história oral e diretrizes do Manual de Aplicação, Educação Patrimonial: Inventários Participativos. O trabalho aborda as relações entre a pesca artesanal e as transformações socioambientais na comunidade, ressaltando a falta de valorização do ofício, a especulação imobiliária e o crescimento desordenado do turismo. Como resultado, espera-se que o inventário participativo do ofício e modos de saber-fazer da pesca artesanal contribua para o conhecimento e reconhecimento deste saber-fazer como patrimônio cultural imaterial do município, promovendo a salvaguarda e a sustentabilidade da tradição.

  • WELLINGTON DE ARAUJO ALVES
  • MEMÓRIAS MUSEOLÓGICAS DA COMUNIDADE LGBTQIAPN+ EM PARNAÍBA, PIAUÍ.
  • Orientador : JOSENILDO DE SOUZA E SILVA
  • Data: 14/06/2024
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  • A pesquisa sobre as Memórias Museológicas da Comunidade LGBTQIAPN+ em Parnaíba, Piauí é um trabalho de documentação, conservação e comunicação do patrimônio cultural com ênfase no acervo do Grupo Guará que é uma Organização Não Governamental fundada há duas décadas, para apoiar a luta LGBTQIAPN+ no Piauí. A investigação priorizou a realização do inventário para documentação do acervo do Grupo Guará, com realização de entrevistas em profundidade e oficinas para edificar a linha da vida da instituição, realizou uma exposição e construiu um plano estratégico para a criação do Museu da Diversidade de Parnaíba, como um espaço de referência para a memória, história e cultura LGBTQIAPN+ na região. A instituição Guará recebeu títulos de utilidade pública municipal e estadual, do mérito legislativo na câmara de vereadores de Parnaíba e Assembleia Legislativa do Estado do Piauí (ALEPI), menção de louvor pela organização e criou a Lei que reconhece o Grupo Guará e a Parada Gay como patrimônio imaterial piauiense. Também realizou anualmente as semanas da diversidade, paradas LGBTQIAPN+, XVI Semana da Diversidade, e a IX Mostra Esportiva e Cultural LGBTQIAPN+. O trabalho realizou como produto, a exposição Resistir & Existir e um vídeo documentário sobre a história do Guará. Conclui-se que a investigação contribuiu para a documentação, conservação e comunicação do patrimônio LGBTQIAPN+ e para o enfrentamento ao esquecimento da memória das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros, Quees, Intersexo, Não-binários, e reforçar estratégias de politização contra a hegemonia e patriarcado.

  • VALÉRIA DE MORAIS COSTA MOURA
  • TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA E ECOMUSEOLOGIA: EXPERIÊNCIAS COM A ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DE MARISCO DE ILHA GRANDE (PIAUÍ)-BRASIL
  • Orientador : RODRIGO DE SOUSA MELO
  • Data: 11/05/2024
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  • A cata do marisco é um tipo de produção artesanal e familiar e é um contato direto com a natureza, uma experiência singular, por ser mantida por gerações entre pais/mães e filhos(as), o que implica em garantir a conservação e continuidade dessa atividade. Esse trabalho da cata dos mariscos é uma marca tradicional no município de Ilha Grande – Piauí, que por meio da Associação de Catadores de Mariscos garantem o sustento de muitas famílias associadas, além de ser uma atividade importante para o desenvolvimento do turismo de base comunitária (TBC) e também de experiências para a ecomuseologia. Diante desse contexto, o trabalho optou em utilizar a metodologia ação participativa, bem como a observação participante, e a aplicação de formulários no Google Forms e posterior análise das informações coletadas embasada no Método SWOT, envolvendo a participação, como sujeitos da pesquisa, os/as associados/as da Associação de Catadores de Mariscos de Ilha Grande – Piauí, Brasil e visitantes. Outrossim utilizou-se de oficinas participativas e outras mediações, com o objetivo de estruturar um roteiro turístico com base nos princípios do TBC e da ecomuseologia para a Associação em questão. A gestão da associação acompanha grupos à trilha conhecida como Trilha das Marisqueiras para a cata dos mariscos no estuário do Delta do Parnaíba, o que se tornou de interesse a pesquisa, afim de agregar melhorias. Dentre os resultados destacam-se uma melhoria significativa no trabalho dos associados à Trilha Das Marisqueiras, além de um roteiro estruturado em formato de e-book para auxiliar na divulgação, bem como na valorização da cultura local. Concluiu-se que a estruturação do roteiro irá contribuir para gerar uma dinâmica produtiva, com competitividade e sustentabilidade, com a integração da comunidade local.

  • VALÉRIA DE MORAIS COSTA MOURA
  • TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA E ECOMUSEOLOGIA: EXPERIÊNCIAS COM A ASSOCIAÇÃO DOS CATADORES DE MARISCO DE ILHA GRANDE (PIAUÍ)-BRASIL
  • Orientador : RODRIGO DE SOUSA MELO
  • Data: 10/05/2024
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  • A cata do marisco é um tipo de produção artesanal e familiar e é um contato direto com a natureza, uma experiência singular, por ser mantida por gerações entre pais/mães e filhos(as), o que implica em garantir a conservação e continuidade dessa atividade. Esse trabalho da cata dos mariscos é uma marca tradicional no município de Ilha Grande – Piauí, que por meio da Associação de Catadores de Mariscos garantem o sustento de muitas famílias associadas, além de ser uma atividade importante para o desenvolvimento do turismo de base comunitária (TBC) e também de experiências para a ecomuseologia. Diante desse contexto, o trabalho optou em utilizar a metodologia ação participativa, bem como a observação participante, e a aplicação de formulários no Google Forms e posterior análise das informações coletadas embasada no Método SWOT, envolvendo a participação, como sujeitos da pesquisa, os/as associados/as da Associação de Catadores de Mariscos de Ilha Grande – Piauí, Brasil e visitantes. Outrossim utilizou-se de oficinas participativas e outras mediações, com o objetivo de  estruturar um roteiro turístico com base nos princípios do TBC e da ecomuseologia para a Associação em questão. A gestão da associação acompanha grupos à trilha conhecida como Trilha das Marisqueiras para a cata dos mariscos no estuário do Delta do Parnaíba, o que se tornou de interesse a pesquisa, afim de agregar melhorias. Dentre os resultados destacam-se uma melhoria significativa no trabalho dos associados à Trilha Das Marisqueiras, além de um roteiro estruturado em formato de e-book para auxiliar na divulgação, bem como na valorização da cultura local. Concluiu-se que a estruturação do roteiro irá contribuir para gerar uma dinâmica produtiva, com competitividade e sustentabilidade, com a integração da comunidade local.

  • CHRISTIANA DE SOUSA DAMASCENO OLIVEIRA
  • MARISCO NOSSO DE CADA DIA: INVENTÁRIO DO OFÍCIO E OS MODOS DE SABER-SABER DAS MARISQUEIRAS DE ILHA GRANDE, PIAUÍ, BRASIL.
  • Orientador : MARIA PATRICIA FREITAS DE LEMOS
  • Data: 11/04/2024
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  • O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados da pesquisa-ação intitulada MARISCO NOSSO DE CADA DIA: Inventário Participativo do ofício e os modos de saber-fazer das marisqueiras de Ilha Grande, Piauí, Brasil, que foi realizada no Bairro Tatus, em Ilha Grande do Piauí, um dos dez municípios que integram a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, com a comunidade de mulheres catadoras de mariscos. Esta pesquisa surgiu da necessidade de valorização desse saber ancestral pertencente às mulheres de Ilha Grande que tende a desaparecer frente ao processo de globalização e crescimento do turismo de massa da região do Delta do Parnaíba. O objetivo geral foi construir com e para a comunidade de Ilha Grande do Piauí, um Inventário Participativo do ofício e modos de saber-fazer das marisqueiras, com vistas a contribuir para os processos de salvaguarda, que proporcione a valorização, proteção e promoção do patrimônio cultural que é a cata do marisco. A metodologia da pesquisa-ação realizada se insere no campo da Museologia Social e da Ecomuseologia utilizando-se das técnicas dos inventários participativos, ferramenta de orientação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, utilizamos a história oral no processo de observação, coleta, documentação, análise e interpretação de dados. Para a construção do inventário, usamos as fichas do Manual de Aplicação (2016), registros fotográficos, sonoros e audiovisuais. A realização deste trabalho mobilizou e sensibilizou a comunidade de marisqueiras para a valorização das histórias e memórias construídas por elas ao longo de décadas, bem como possibilitou o maior reconhecimento do patrimônio cultural pertencente ao grupo como um exercício de cidadania e participação social, para que seus resultados possam contribuir para o aprimoramento de ações de preservação e valorização das referências culturais das comunidades ribeirinhas, praieiras e deltaicas pelas Instituições oficiais, assim como servir de fonte de estudos e experiências no contínuo processo de aprendizado para a sociedade.

  • VÍTOR DE SAMPAIO PEREIRA
  • #TecedoresDeAfeto: UMA A/R/TOGRAFIA DO PATRIMÔNIO VIVO
  • Orientador : MARIA PATRICIA FREITAS DE LEMOS
  • Data: 18/03/2024
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  • Este trabalho destaca a prática artística de uma pesquisa-ação a/r/tográfica, realizada na Vila-bairro Coqueiro da Praia, em Luís Correia, Piauí. A arte pública produzida colaborativamente em grandes dimensões com a técnica de colagem de lambe-lambe, consolida-se como potencializadora de valorização das pessoas de referência da comunidade como Patrimônio Vivo. A abordagem relacional transforma o território em um museu a céu aberto, promovendo sensibilização artística, patrimonial e sociocultural. Os objetivos incluem, além de exposição em percurso museal no território do Museu da Vila, a contribuição para o autorreconhecimento da comunidade como guardiã da memória coletiva, através da manutenção e comunicação de suas práticas tradicionais. Este estudo inova-se na integração entre arte pública e prática educacional baseada em arte, museologia e comunidade tradicional, destacando a participação ativa no reconhecimento e preservação do patrimônio local. 

2023
Descrição
  • NIUZA ALVES DA COSTA RIBEIRO
  • TEATRO COM BONECOS: Ação Educativa Cultural do Museu Da Vila, Luís Correia, Piauí, Brasil
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 10/10/2023
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  • Ao longo desta pesquisa, realizou-se estudos e intervenções associados ao Programa Educativo Cultural do Plano Museológico do Museu da Vila, instituição de base comunitária, reconhecida como Órgão Suplementar da Universidade Federal do Delta do Parnaíba. O campo de saber-fazer desta pesquisa-ação é a Educação e Interpretação Patrimonial. O lugar da intervenção é o Museu da Vila e a Escola Carmosina Martins, localizados no bairro Coqueiro da Praia, Luís Correia-PI. O que se pretendeu foi construir ações de educação patrimonial e museal, com o uso da linguagem do teatro de fantoches, cujo centro da narrativa é a história do Museu da Vila, sua missão, vocação, visão, desafios e potencialidades, sua importância no conhecimento, reconhecimento e valorização do património cultural e natural, assim como a relevância do Museu como museu que nasce com e para a comunidade. A pretensão foi compreender como programas, projetos e ações de educação patrimonial e museal potencializam as relações da comunidade com o território e o Museu da Vila. Realizou-se o diagnóstico de alfabetização e letramento da turma do 4ºano da escola Carmosina, ouviu-se e registrou-se memórias e histórias do Museu da Vila para com o uso da arte do teatro com bonecos,  construir de forma colaborativa, por meio de oficinas de teatro de bonecos, a apresentação de uma peça e vídeo com duração de 13 minutos.

  • SANTIAGO SENA SOUSA
  • DIAGNÓSTICO DO MUSEU MUNICIPAL DE ARTE SACRA DOM PAULO LIBÓRIO TERESINA, PIAUÍ, BRASIL
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 30/08/2023
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  • Neste documento apresentamos o Diagnóstico do Museu Municipal de Arte Sacra Dom Paulo Libório, uma homenagem ao primeiro bispo natural do Piauí que serviu em Teresina. A escolha do Museu Arte Sacra se justifica por ser o único deste gênero na cidade com um importante acervo registrado em livro de tombo, mas que necessita de criar um Plano Museológico como uma das estratégias de sustentabilidade. Criado em 15 de agosto de 2011, está vinculado à Fundação Cultural Monsenhor Chaves da Prefeitura de Teresina, capital do estado do Piauí. O acervo do Museu é composto por imaginária sacra, alfaias, paramentos, mobiliário e indumentário, doado pela Arquidiocese de Teresina, comprados ao herdeiro do religioso pela Prefeitura de Teresina em 2011 e doações de colecionadores e devotos. Examinamos a situação do Museu apresentando suas características, histórico da instituição e objetivos. A partir da verificação da documentação do acervo museológico juntamente com os funcionários do Museu, e de uma análise da instituição nos seus aspectos físicos, expográficos e conceituais, aplicamos a metodologia da análise SWOT para identificarmos forças, fraquezas, ameaças e oportunidades da Instituição no sentido de apontar caminhos para a manutenção de seus aspectos positivos e enfrentamento de suas falhas. Desenvolvemos nossas ações tendo como base uma perspectiva teórica que passa pelos conceitos de museu (ICOM, 2022), museologia (DESVALLÉES; MAIRESSE, 2013); gestão de museus, Plano e Diagnóstico Museológico (DUARTE CÂNDIDO, (2019 e 2014) e (Trindade, 2012), museus tradicionais (BOTTALLO, 1995), museu e biografia (LEITE, 2012)). Observamos que se trata de espaço de memória, com problemas de gestão e planejamento, o que compromete a pesquisa, documentação, conservação, educação e salvaguarda, funções basilares de uma instituição desta natureza, cuja falta compromete sua função social. 

  • MARYSETTE PACHECO ALVES DE OLIVEIRA
  • O USO DE TECNOLOGIAS ASSISTIVAS NA ACESSIBILIZAÇÃO DE OBRAS DE ARTES VISUAIS: uma proposta de audiodescrição em matrizes de xilogravuras da artista plástica piauiense Yolanda Carvalho
  • Data: 24/08/2023
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  • O acesso à cultura é um direito do cidadão e a acessibilidade, de um modo geral, é condição fundamental a todo processo de inclusão social e contribui para a democratização cultural. Pela acessibilidade, inclui-se também as pessoas com deficiência nas instituições culturais, de maneira que possam ser acolhidas, que possam desfrutar das ações culturais de deleite espiritual, de prazer estético, de informação para o conhecimento e de puro entretenimento. Nos ambientes culturais a acessibilidade é o caminho para o reconhecimento da diversidade humana e da garantia dos direitos culturais das pessoas com deficiência, em especial as pessoas cegas e/ou com baixa visão e torna-se evidente a necessidade de criação de eventos culturais que possam agregar as pessoas que estão à margem do seu direito fundamental de participar plena e efetivamente na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Assim, o presente trabalho trata do uso de tecnologias assistivas na acessibilização de obras de artes visuais através de uma proposta de audiodescrição em matrizes de xilogravuras de Yolanda Carvalho, para pessoas cegas e/ou baixa visão, promovendo a inclusão social, dentro dos paradigmas de uma museologia cidadã. 

  • IOLANDA COSTA CARVALHO
  • Exposição Sentidos: a xilogravura como poesia gravada em madeira
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 24/08/2023
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  • Uma exposição pode ser instalada em um museu, uma galeria, um centro cultural ou até mesmo em um restaurante. Deve narrar uma história, trabalhar memórias por meio de pinturas, fotografias, textos, esculturas etc., a narrativa deve estar para além das obras que compõem a exposição, cujo sucesso é diretamente proporcional ao grau de absorção dessa história por seu público. Para este Trabalho Final de Mestrado em Artes, Patrimônio e Museologia, nos centramos na concepção da Exposição Sentidos, para narrar a xilografia da artista-gravadora-professora Iolanda Carvalho, produzida por uma equipe multiprofissional, para garantir que a mensagem alcance o espectador/a de maneira assertiva. Podemos argumentar que cada pessoa experimenta uma exposição de acordo com seus conhecimentos, mas a ideia não foi impor uma interpretação correta, mas expor aos visitantes uma espécie de caixa de pandora, com possibilidades de pensar, refletir, interpretar. Para que isso seja possível o bom planejamento da exposição é fundamental. Discorremos sobre nossas ideias para realizar a programação da exposição “sentidos”, desde seu planejamento, execução à avaliação. Um projeto de uma exposição, que pela sua natureza compreende uma série de etapas, que exigem uma equipe multiprofissional e sinergética. Devemos considerar o tamanho e complexidade da exposição, o tempo que dispensamos, os recursos financeiros, que usamos da melhor maneira possível. Elegemos a prática da xilogravura como ferramenta poética/ estética/simbólica e seu processo criativo no Piauí, Brasil. Esta pesquisa esteve centrada no labor artístico da professora e xilógrafa no cenário piauiense. Justifica-se pelo valor artístico, educativo e estético que a xilogravura representa para a arte brasileira e piauiense e sua grande representatividade na Região Nordeste, que potencializa elementos da região e expressa a realidade social, a partir das heranças pré-históricas até os dias atuais. 

  • GRACINEIA MARIA RODRIGUES CRUZ
  • LUGAR DE ENCANTAMENTO: A ARTE E A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM CAMOCIM-CE
  • Orientador : JOSENILDO DE SOUZA E SILVA
  • Data: 30/06/2023
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  • O presente trabalho é resultado de uma pesquisa-ação e etnográfica e comunica a experiência vivenciada na eletiva de Educação Patrimonial, tendo a arte como dispositivo de aproximação entre os estudantes do ensino médio de uma escola pública estadual e os patrimônios do seu território, a cidade litorânea de Camocim-CE. Apresentando as contribuições da eletiva dentro do processo formativo do Novo Ensino Médio de Tempo Integral. Para tanto a pesquisa se concentrou nos alunos da Escola de Ensino Médio de Tempo Integral Deputado Murilo Aguiar (EEMTIDMA) e como eles se reconhecem dentro do território onde vivem e como identificam o próprio patrimônio. Partimos dos conceitos básicos que giram em torno da ideia de museu e patrimônio e do olhar sensível, criado a partir da apreciação da arte local e sua aplicação em sala de aula como meio de expressão, com técnicas de artes básicas dispondo de materiais simples e acessíveis que podem ser facilmente aplicadas em sala de aula. Enquanto pesquisadores verificamos a importância em promover ações educativas (oficinas) voltadas para o patrimônio como uma forma de possibilitar um encontro gentil e afetuoso dos estudantes com o território onde habitam, melhorando a imagem que os estudantes fazem do seu lugar de pertencimento. Encontramos na arte, principalmente na produção dos estudantes, um dispositivo de interação com o patrimônio e uma forma expressão do conhecimento, e nesta uma maneira de partilhar com a comunidade as experiências vividas. O que resultou em uma exposição artística, produzida e mediada pelos estudantes aberta a comunidade estudantil.

  • LUIZ CARLOS GOMES PASSOS
  • Inventário Participativo do Bumba Meu Boi do Litoral Norte do Estado Do Piauí, Meio Norte do Brasil
  • Data: 12/06/2023
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  • Este trabalho tem o objetivo de sistematizar documentação de inventário participativo, que teve início em 2021, da forma de expressão bumba meu boi no município de Parnaíba, litoral do Estado do Piauí, Meio Norte do Brasil Um estudo e intervenção desta natureza permite criar condições para que os detentores do patrimônio cultural participem da pesquisa e documentação, No referido inventário foi realizada identificação de fontes em suportes diversos, produção de documentos em linguagens variadas a exemplo as fichas de inventário, fotografias, áudios e vídeos, que permitiu formar uma coleção para compor o acervo etnográfico do Museu da Vila, um museu de comunidade, sede do Programa de Pós-Graduação em Artes, Patrimônio e Museologia, Órgão Suplementar da Universidade Federal do Delta do Parnaíba e primeiro museu da rede de museus de território, associado ao Projeto Ecomuseu Delta do Parnaíba. Foram usados métodos e técnicas como Manual de Aplicação do Inventário Nacional de Referências Culturais, ciclo de pesquisa em museologia documentação, pesquisa-ação, etnografia, história oral, em um trabalho que resulta em um dossiê a ser apresentado pelos brincantes do bumba meu boi ao legislativo e executivo municipais, para solicitação do reconhecimento da forma de expressão como patrimônio cultural imaterial do Município, o que permitirá a formulação de políticas públicas de salvaguarda para essa manifestação de cultura, que ocorre em várias etapas ao longo do ano, cada uma delas com sentidos e significados: a construção das artesanais, o batismo do boi, os ensaios, o período das festas juninas e a morte do boi. É possível observar as relações e redes de sociabilidades e solidariedades, de conhecimentos construídos pelos brincantes, que usam linguagens e formas de comunicação que envolvem dezenas de pessoas nos bairros de Parnaíba, com habilidades e competências para produção cultural, de artesanias , o que inclui as roupas (figurino), instrumentos musicais e o próprio boi (o brinquedo), as narrativas, as toadas.

  • LAIANE FONTENELE DE SOUSA
  • GOVERNANÇA COLABORATIVA DO MUSEU DA VILA: o caso da participação dos residentes da vila-bairro Coqueiro da Praia
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 12/06/2023
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  • Esta pesquisa-ação, desenvolvida na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, traz como objetivo criar um Comitê Gestor para o Museu da Vila, integrando ações e estudos juntamente com os residentes da vila-bairro Coqueiro da Praia. Nesses estudos e intervenções, tem-se como propósito a integração da
    comunidade com o equipamento cultural com sede na vila de pescadores artesanais, Coqueiro da Praia, Luís Correia, estado do Piauí. Como estratégia de sensibilização e informação das pessoas, pretende-se promover um conjunto de atividades com o uso de metodologias participativas que permitam encontros para diálogos e construção conjunta entre a gestão atual da Instituição e a comunidade. Realizar-se-ão rodas de conversa intergeracionais, oficinas, workshop, com vistas a potencializar a colaboração e participação ativa desse público, criando condições para uma governança compartilhada que acompanhe o desenvolvimento e a efetivação da missão, visão e vocação do Museu, com foco no processo de criação democrática do Comitê Gestor, aproximando, bem como sensibilizando a comunidade residente do território da pesquisa sobre a importância do Museu da Vila em suas vidas. O delineamento metodológico adotado é uma abordagem qualitativa, do tipo pesquisa-ação-participativa, pesquisas bibliográfica e documental. As fontes de consulta para embasamento teórico são artigos científicos, teses, dissertações, livros, legislações, sites e documentos institucionais (resoluções, regimentos, fichas de matrícula) da Escola Professora Carmosina Martins da Rocha e da Universidade Federal do Delta do Parnaíba. A coleta de dados percorre a realização de rodas de conversa intergeracionais, observação participante. Os participantes da pesquisa são adolescentes entre 14 e 17 anos de idade, juntamente com os docentes e a equipe de apoio da Unidade Escolar Professora Carmosina Martins da Rocha, a Associação de Moradores do Bairro Coqueiro, empreendedores locais e a comunidade do entorno do Museu da Vila. Para a análise de dados é construído um diálogo entre ecomuseu, museu de território que perpassam pela governança participativa em museus, alinhada ao Ecomuseu Delta do Parnaíba. Como resultados, a pesquisa engaja a importância das ações e saberes construídos coletivamente mediante as atividades desenvolvidas para a aproximação da comunidade com o Museu, num contínuo de valores, conhecimentos e competências voltadas para uma governança coletiva e compartilhada, como também a importância do protagonismo local junto ao espaço social e cultural que o Museu da Vila representa no entorno onde está situado. Conclui-se que mais importante que o Comitê Gestor propriamente constituído, é o caminhar existente que perfaz todo o processo de maturação, estudos e o gestar de ideias trabalhado coletivamente ao longo do ciclo que dá conta do processo de criação de uma governança participativa entre o Museu da Vila e a comunidade.

     

  • LAIANE FONTENELE DE SOUSA
  • GOVERNANÇA COLABORATIVA DO MUSEU DA VILA: o caso da participação dos residentes da vila-bairro Coqueiro da Praia
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 12/06/2023
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  • Esta pesquisa-ação, desenvolvida na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, traz como objetivo criar um Comitê Gestor para o Museu da Vila, integrando ações e estudos juntamente com os residentes da vila-bairro Coqueiro da Praia. Nesses estudos e intervenções, tem-se como propósito a integração da
    comunidade com o equipamento cultural com sede na vila de pescadores artesanais, Coqueiro da Praia, Luís Correia, estado do Piauí. Como estratégia de sensibilização e informação das pessoas, pretende-se promover um conjunto de atividades com o uso de metodologias participativas que permitam encontros para diálogos e construção conjunta entre a gestão atual da Instituição e a comunidade. Realizar-se-ão rodas de conversa intergeracionais, oficinas, workshop, com vistas a potencializar a colaboração e participação ativa desse público, criando condições para uma governança compartilhada que acompanhe o desenvolvimento e a efetivação da missão, visão e vocação do Museu, com foco no processo de criação democrática do Comitê Gestor, aproximando, bem como sensibilizando a comunidade residente do território da pesquisa sobre a importância do Museu da Vila em suas vidas. O delineamento metodológico adotado é uma abordagem qualitativa, do tipo pesquisa-ação-participativa, pesquisas bibliográfica e documental. As fontes de consulta para embasamento teórico são artigos científicos, teses, dissertações, livros, legislações, sites e documentos institucionais (resoluções, regimentos, fichas de matrícula) da Escola Professora Carmosina Martins da Rocha e da Universidade Federal do Delta do Parnaíba. A coleta de dados percorre a realização de rodas de conversa intergeracionais, observação participante. Os participantes da pesquisa são adolescentes entre 14 e 17 anos de idade, juntamente com os docentes e a equipe de apoio da Unidade Escolar Professora Carmosina Martins da Rocha, a Associação de Moradores do Bairro Coqueiro, empreendedores locais e a comunidade do entorno do Museu da Vila. Para a análise de dados é construído um diálogo entre ecomuseu, museu de território que perpassam pela governança participativa em museus, alinhada ao Ecomuseu Delta do Parnaíba. Como resultados, a pesquisa engaja a importância das ações e saberes construídos coletivamente mediante as atividades desenvolvidas para a aproximação da comunidade com o Museu, num contínuo de valores, conhecimentos e competências voltadas para uma governança coletiva e compartilhada, como também a importância do protagonismo local junto ao espaço social e cultural que o Museu da Vila representa no entorno onde está situado. Conclui-se que mais importante que o Comitê Gestor propriamente constituído, é o caminhar existente que perfaz todo o processo de maturação, estudos e o gestar de ideias trabalhado coletivamente ao longo do ciclo que dá conta do processo de criação de uma governança participativa entre o Museu da Vila e a comunidade.

     

  • FERNANDO ANTONIO LOPES GOMES
  • O Ecomuseu Delta do Parnaíba e a Construção da Gestão Participativa de uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável.
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 12/06/2023
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  • Com o advento da Nova Museologia, a natureza social e interdisciplinar no campo de
    estudos e intervenções dos museus e da museologia abriram-se perspectivas de musealização
    de territórios, com a criação de museus comunitários, ecomuseus, museus integral e integrado,
    etc. O objetivo deste projeto de pesquisa-ação é analisar as potencialidades de um Ecomuseu
    proposto na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, localizada nos Estados do Piauí,
    Ceará e Maranhão (Brasil). Esse território é constituído por uma população historicamente
    vulnerável, são pescadores, marisqueiras, catadores de caranguejo, agricultores familiares,
    além de outros tantos agrupamentos humanos de origens diversas que compõem um rico
    mosaico, caracterizada por uma população pobre e sofrida devido as condições a que foram
    submetidas pelo modelo econômico hegemônico; são grupos com expressivo senso
    comunitário e que em sua maioria possuem profunda sabedoria relativa à convivência com seu
    lugar. A partir da análise de projetos de implantação de Ecomuseus no Brasil e no Mundo, e
    suas relações com Políticas de Conservação Ambiental, tomados como referência, propõe-se a
    construção de estratégias, vivências e experiências participativas para implementação do
    Ecomuseu Delta do Parnaíba, apoiando-se em uma Museologia Social e na Ecologia Política
    como base fundante desse novo pensar e agir. Aponta-se uma matriz de responsabilidade
    como método para o desenvolvimento local, pautada na Gestão Ambiental Pública e apoiada
    por ações de educação ambiental crítica, instaurando processos participativos consistentes e
    contínuos por meio dos quais as comunidades locais e sociedade tomem em mãos a construção
    de um território sustentável. Esta proposta vai na direção de cumprir o que se estabelece como
    ”função social” de um museu. Busca-se empreender mecanismos de gestão compartilhada,
    participativa, integrada no seio da comunidade, visando despertar uma compreensão crítica e
    transformadora, na perspectiva da valorização e salvaguarda dos patrimônios locais que os
    cercam, sejam eles material, imaterial, natural e/ou cultural. Nesse sentido, o Ecomuseu Delta
    do Parnaíba se apresenta como espaço de pesquisa, documentação, educação, salvaguarda e
    comunicação dos patrimônios a partir dos quais as comunidades, baseadas no meio natural e
    na contextualização com o território possam revelar suas identidades e que sejam
    transformadoras da realidade, alcançando a desejável sustentabilidade.

  • NEYCIKELE SOTERO ARAÚJO
  • CLUBINHO DO PATRIMÔNIO: CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA EDUCATIVO E CULTURAL DA CASA DO CAPITÃO-MOR - CENTRO DE REFERÊNCIA CULTURAL E HISTÓRICA DE SOBRAL-CE
  • Orientador : RODRIGO DE SOUSA MELO
  • Data: 23/05/2023
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  • A política nacional de educação museal em seus princípios afirma que cada museu deve construir seu programa educativo e cultural. Em 2010 a Casa do Capitão-Mor (Sobral-CE) iniciou o desenvolvimento do seu programa educativo e cultural, buscando contemplar uma linguagem pedagógica compreensível as diferentes faixas etárias dos visitantes que adentram a Casa. Essa necessidade surgiu após as observações realizadas durante as mediações entre o público e a exposição, onde percebeu-se que o público infanto-juvenil apresentava certa dificuldade na compreensão de alguns conceitos utilizados durante a visita, tais como: patrimônio cultural (material e imaterial), temporalidade e arqueologia. Assim, a presente pesquisa busca analisar a promoção da educação museal por meio da criação e desenvolvimento de um programa educativo e cultural oferecido pela Casa do Capitão-Mor a fim de identificar sua contribuição para o processo de aproximação do público com o patrimônio cultural salvaguardado. O estudo tem como finalidade ser uma pesquisa aplicada, norteada pela pesquisa social, objetivando aplicar esse conhecimento de forma prática no cotidiano. O caminho para desenvolver a pesquisa foi conduzido por uma metodologia do agir, conhecida como pesquisa-ação, considerada por Thiollent (2011) uma estratégia metodológica da pesquisa social. Quanto ao objetivo, esse estudo classifica-se como pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa. Utilizou-se da pesquisa documental e da entrevista individual com roteiro estruturado como procedimentos de coleta de dados, e optou-se pelo uso do método comparativo para a análise dos dados coletados, tendo como ferramenta de apoio a técnica Nuvem de Palavras. A análise dos resultados demonstrou conforme as respostas dos professores e mediadores que o programa educativo e cultural da Casa do Capitão-Mor contribui para o processo de aproximação do visitante com o patrimônio cultural salvaguardado, por ser considerado uma ferramenta estratégica de interação e compreensão da história e do patrimônio cultural do lugar, bem como os materiais didáticos auxiliam os professores no diálogo sobre os conteúdos apresentados em sala de aula, e os mediadores culturais na contextualização do acervo e aproximação do público. Assim, como forma de contribuir para que outros museus e espaços culturais possam desenvolver seu programa educativo e cultural, foi elaborado como produto desse estudo um e-book com sugestões de materiais didáticos que podem e devem ser adaptadas à natureza do acervo do museu e/ou espaço cultural.

2022
Descrição
  • HERBERTH VINICIUS VIRGINIO DE SOUSA E SILVA
  • PLANO MUNICIPAL DE CULTURA DE OEIRAS, PIAUÍ 2023-2033
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 30/09/2022
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  • A elaboração do Plano de Cultura (PC) para o Município de Oeiras (Piauí) é o objetivo deste trabalho, o PC é um instrumento norteador de planejamento a médio e longo prazos na execução de políticas públicas culturais. Este trabalho se justifica pela necessidade de diálogos, projetos e ações associadas a políticas culturais efetivas para uma cidade Patrimônio Nacional, uma urbe que teve o seu Conjunto Histórico e Paisagístico tombado em nível federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2012. Desde 1989, a Cidade é Monumento Nacional. Uma urbe de artistas, manifestações culturais e celebrações religiosas seculares. O Plano Municipal de Cultura (PMC) é um instrumento de comprometimento político e planejamento estratégico de duração decenal, capaz de efetivar o desenvolvimento de políticas públicas de cultura nos municípios. Construído de forma participativa e colaborativa, materializa-se em um conjunto de ações, estratégias, princípios, objetivos e metas.O PMC está inserido no contexto de estruturação de uma política cultural integrada a nível nacional, envolvendo as esferas federal, estadual e municipal. Para ser efetiva, é necessário que os entes constituam sistemas de cultura, com um órgão gestor de cultura, um conselho de política cultural, um fundo de cultura, a realização de conferências e a construção de um plano decenal de política cultural.

  • TELMA DE ARAÚJO MENDES
  • ENLACE PARTICIPATIVO DE PROJETOS COM FOMENTOS E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MUSEUS COMUNITÁRIOS
  • Orientador : JOSENILDO DE SOUZA E SILVA
  • Data: 29/09/2022
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  • Os museus comunitários enfrentam dificuldades para garantir a sustentabilidade
    econômico-financeira, faz-se necessário a construção de projetos técnicos empreendedores
    e o estabelecimento de estratégias de captação de investimentos. Do ponto de vista dos
    fomentadores das unidades museológicas no Brasil, observa-se a deficiente capilaridade
    para atender as especialidades das regionalidades brasileiras, dispersão de investimentos e
    descontinuidade de políticas públicas. Buscando contribuir com estratégias de solução das
    questões levantadas, foi executada uma pesquisa, utilizando como recorte o Museu da Vila
    (MUV), cujo objetivo foi de apoiar o enlace de forma participativa da demanda de projetos
    com a oferta dos fundos e políticas públicas. O trabalho associou a investigação exploratória,
    bibliográfica e documental no ciberespaço a elementos da pesquisa-ação participativa,
    especificamente questionários, entrevistas e oficinas de construção de conhecimentos, com
    a promoção de encontros entre projetos e com fomentadores no ambiente de Matchmaking.
    Os resultados apontam a edificação de programa de financiamento e fomento com cinco
    metas, onze estratégias e dezenove ações para o MUV. A investigação instituiu um processo
    educativo para com os projetos na área da inovação social, inserindo o empreendedorismo
    social, associado a abertura de um canal de diálogo entre demandantes e financiadores,
    buscando a construção de relacionamento entre as instituições envolvidas. O trabalho deixa
    como produto um e-book com prospecção de 167 (cento e sessenta e sete) potenciais fontes
    financiadoras para museus nas áreas de inovação social, cultura, meio ambiente, inclusão
    socioprodutiva e soberania alimentar. Por fim, a pesquisa contribuiu com o processo de
    democratização do acesso à informação, evidenciando a necessidade de diagnóstico,
    planejamento, aperfeiçoamento de projetos, levantamento de fontes de fomento e enlaces
    entre as instituições museiais e fomentadores, na perspectiva de contribuir com o
    fortalecimento da museologia e inovação social.

  • CRISTHIANNE CASTRO DA SILVA
  • MUSEU E A CIBERMUSEOLOGIA: Uma proposta de Programa de Comunicação do Plano Museológico do Museu da Vila
  • Orientador : ARTEMISIA LIMA CALDAS
  • Data: 28/09/2022
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  • O presente trabalho é resultado de uma pesquisa-ação desenvolvida com e para as
    comunidades que são interligadas ao Museu da Vila (MUV), em especial a Vila-Bairro
    Coqueiro da Praia pertencente a Área de Proteção do Delta do Parnaíba. O objetivo
    principal é apresentar uma proposta de programa de comunicação para o MUV de
    forma colaborativa com a comunidade do Coqueiro. O uso das tecnologias digitais da
    informação e comunicação (TDIC’s), foram algumas ações estratégicas de marketing
    nas redes sociais do Museu da Vila contribuiu para a elaboração de um plano de ação
    e uma proposta de Programa de Comunicação, possibilitarão integrar a comunidade
    on-line e off-line ao MUV. A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste
    trabalho foi o projeto-ação, acompanhado da pesquisa de campo, descritiva,
    explicativa, bibliográfica, documental e netnográfica que serviu para analisar a
    comunicação do museu com seus públicos visitantes/usuários. Os principais autores
    utilizados no levantamento bibliográfico foram Teresa Scheiner (1998), Vitor
    Guimarães (2019), Carvalho (2019), Pierre Lévy (1997 e 1999), Monique Magaldi
    (2020), IBRAM, ICOM, Anna Lecschenko (2015), Éric Alliez (1996), Pasquale,
    Lammardo Neto e Gomes (2012), Desvallés e Mairese (2013), Paal Mork (2004),
    Roseane Carvalho (2020), Kotler, Hermawan e Kentajaya (2017), Kotler e Keller
    (2012), Martha Gabriel (2010), Francisco de Assis Barbosa (2022), SISEM/SP (2012
    e 2017) e Michel Thiollent (2011). Como outras fontes de consulta dados são livros
    digitais, sites, as redes sociais (Facebook e Instagram, WhatsApp e Youtube), artigos,
    dissertações, teses, documentos institucionais (regimento, legislações, registros do
    acervo do MUV) e registro das ações desenvolvidas junto à comunidade deltaica. A
    pesquisa permitiu perceber as diversas formas de comunicação do museu com seus
    públicos e as interações entre ambos, evidenciando a importância da cibermuseologia
    atrelada aos aspectos comunicacionais da instituição museal via marketing digital,
    como elemento potencial para o registro da memória do patrimônio e a difusão de
    ações de um polo matriz de um museu de território (ECOMUDE) que junto com o
    Programa de Mestrado Profissional em Artes, Patrimônio e Museologia da
    Universidade Federal do Delta do Parnaíba desenvolvem no estado do Piauí.

  • NAUDIMAR VIEIRA MOURA MENEZES
  • COSTURANDO SONHOS: Reflexões sobre as oficinas de corte e costura na comunidade do Coqueiro da Praia. (Piauí, Brasil)
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 26/09/2022
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  • A partir do relato de experiência das oficinas de corte e costura realizadas no âmbito do Ateliê
    Escola, uma atividade de extensão do Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e
    Museologia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba – PPGAPM - UFDPar, o presente
    trabalho demonstra a relação entre a museologia social e o território do Bairro-Vila do Coqueiro
    da Praia, Luís Correia, Piauí. A realização de oficinas de Design de Moda para a construção de
    habilidades e competências das mulheres da comunidade da Vila do Coqueiro da Praia, ensinando
    técnicas de corte e costura, configurou-se como objetivo geral deste estudo. A metodologia utilizada
    é a Pesquisa-ação, de Thiollent (1947). As atividades consistiram em exercícios voltados para o
    domínio e manuseio das máquinas de costura, ensino sobre os tipos de costura e acabamentos,
    produções de peças de cama e mesa e vestuário, capacitando, dessa forma, o grupo de mulheres
    residentes em Coqueiro. Assim, o estudo considera a avaliação sobre como o conhecimento
    transmitido através das oficinas realizadas podem gerar impactos sobre a independência
    financeira do público participante. O acompanhamento dos resultados das oficinas foi realizado a
    partir dos relatos e percepções das mulheres de Coqueiro. A realização das oficinas pode subsidiar
    o protagonismo feminino na geração de renda da comunidade, bem como proporcionar melhoria
    da qualidade de vida, autoestima e a valorização de elementos da cultura e paisagem local, os
    quais foram incorporados ao longo do processo de criação e confecção das peças de moda casa.

  • DANIELLE DE LIMA SILVA SOARES
  • DOCUMENTAÇÃO MUSEOLÓGICA E CONSTRUÇÃO DE EXPOSIÇÃO VIRTUAL NO ÂMBITO DA COLEÇÃO ZOOLÓGICA DELTA DO PARNAÍBA | UFDPar (PI)
  • Data: 26/09/2022
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  • Esta investigação se insere no campo de estudos e intervenções da pesquisa, documentação museológica e gestão de acervos, vinculada ao Projeto Matriz - ECOMUDE do Mestrado em Artes, Patrimônio e Museologia, da Universidade Federal do Delta do Parnaíba. O objetivo desta investigação é desenvolver a Documentação Museológica e a Construção de Exposição Virtual no âmbito da Coleção Zoológica Delta do Parnaíba. A CZDP é um rico repositório da biodiversidade, localizada no Campus da UFDPar, no município de Parnaíba, Piauí. Para alcançar tais objetivos, optou-se por um delineamento metodológico de abrangência qualitativa e natureza de pesquisa social aplicada. O método aplicado foi a pesquisa e documentação museológica, adicionamos outras metodologias complementares como a pesquisa participante (BRANDÃO; STRECK, 2006); pesquisa de campo (BEAUD; WEBER, 2007); pesquisa bibliográfica (GIL, 2002) e pesquisa documental (MINAYO et al., 2002). Os instrumentos de coleta de dados aplicados foram o diagnóstico museológico (CÂNDIDO, M. M. 2014), diagnóstico de maturidade digital (IBRAM, 2020b) e o inventário (IBRAM, 2014). Outro tipo de técnica aplicada foi a matriz SWOT, bem como a observação participante, registro fotográfico e a técnicas de gestão de acervos. A pesquisa possui aspectos teóricos e práticos. A teoria envolveu um levantamento bibliográfico que perpassa as áreas da Museologia, Documentação, Biologia e Tecnologias de Informação e Comunicação. Ao longo do trabalho apresentamos os documentos de modelagem da ficha catalográfica para descrição de cada espécime individualmente, de identificação numérica e tipo de marcação aplicados na prática da documentação museológica, da ordem lepidoptera, da subcoleção entomológica, da CZDP. Além disso, disponibilizamos o acesso a exposição virtual de lepidóptera | CZDP, no Repositório Ecomuseu Delta do Parnaíba, no Software Tainacan, através do link: (https://ecomuseudeltadoparnaiba.ufpi.br). Os resultados desse estudo reforçam que o processo no desenvolvimento de uma documentação museológica não é uma atividade simples e rápida, requer processos bem definidos, uma pesquisa eficiente, adoção de diretrizes e padrões de metadados, software que atenda pelo menos o mínimo de especificidade do acervo que será tratado, organizado e disponibilizado, posteriormente, para consulta dos usuários, exige uma equipe multidisciplinar, bem como o comprometimento de todos os envolvidos em um trabalho que deve iniciar-se e finalizar-se de forma participativa e colaborativa. Contudo, possibilitou um olhar multidisciplinar e interdisciplinar entre diversos campos do conhecimento, principalmente, quando permite através desse estudo a afirmação do diálogo entre as áreas da Museologia e a Biologia. O estudo discorre através de sua prática, bem como de sua narrativa diversas contribuições no sentido de sugerir ações e estratégias metodológicas capazes de viabilizar o trabalho participativo e colaborativo entre curadores e a equipe multidisciplinar, o estabelecimento de normas, protocolos e projetos integradores multiinstitucionais e multiprofissionais.

  • REJANE FONTENELE DE SOUSA
  • AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLINHA DA BIODIVERSIDADE DO MUSEU DA VILA, LUÍS CORREIA, PIAUÍ, BRASIL
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 23/09/2022
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  • Esta pesquisa, desenvolvida na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, traz a temática Educação Ambiental como norteadora das ações desenvolvidas, com focono lixo, pois é um problema sempre atual e que requer muita atenção de toda a sociedade devido os impactos que o mesmo causa ao meio ambiente. Este trabalho apresenta as ações desenvolvidas no projeto Escolinha da Biodiversidade do Museu da Vila, um museu de comunidade, equipamento cultural com sede na vila de pescadores artesanais Coqueiro da Praia, Luís Correia, estado do Piauí. Nestes estudos e intervenções, o objetivo é potencializar, em tempos de crise sanitária mundial causada pela COVID-19, o projeto Escolinha da Biodiversidade, do Programa Educativo e Cultural do Plano Museológico do Museu da Vila, órgão suplementar da Universidade Federal do Delta do Parnaíba. O delineamento metodológico adotado é uma abordagem qualitativa, do tipo pesquisa-ação-participativa, pesquisas bibliográfica e documental. As fontes de consulta para embasamento teórico são artigos científicos, teses, dissertações, livros, legislações, sites e documentos institucionais (resoluções, regimentos, fichas de matrícula) da Escola Professora Carmosina Martins da Rocha e da Universidade Federal do Delta do Parnaíba. A coleta de dados percorre desde a aplicação de questionários, realização de rodas de conversa até as oficinas educativo-culturais com foco no lixo, na educação ambiental e patrimonial. Os participantes da pesquisa são sete crianças com idade de sete anos e suas famílias, residentes no bairro Coqueiro da Praia. Para a análise de dados há um diálogo entre os princípios norteadores da Escolinha da Biodiversidade que perpassam pela educação patrimonial e os contributos para a museologia social, assim como pela educação ambiental como mecanismo para a transformação social. Como resultados, a pesquisa descortina a relevância das atividades desenvolvidas para a construção de valores, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a proteção ambiental, como também a importância do protagonismo infantil junto à comunidade através da disseminação de informações e práticaseducativas sobre meio ambiente com ênfase no lixo. Conclui-se que nos espaçosonde a educação está presente, o seu poder de transformação social é notório, pois através da Escolinha da Biodiversidade é possível perceber as mudanças de atitudedos participantes junto ao meio ambiente, a partir dos momentos vivenciados coletivamente.

  • EDILENE LIMA DE OLIVEIRA
  • DIAGNÓSTICO E EXERCÍCIO DE DOCUMENTAÇÃO DE OBRAS DE ARTE EXPOSTAS NO PALÁCIO DA CIDADE, SEDE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE TERESINA, PIAUÍ
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 20/09/2022
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  • Esta pesquisa se insere no campo de estudos e intervenções da documentação museológica e gestão de acervos, estando alinhada ao projeto matriz do Mestrado em Artes, Patrimônio e Museologia, da Universidade Federal do Delta do Parnaíba. O objetivo foi diagnosticar e realizar um exercício de documentação das obras de arte expostas no Palácio da Cidade, sede da Prefeitura Municipal de Teresina, capital do Estado do Piauí, com necessidades de ações voltadas para o gerenciamento dessas obras, de forma que não se perca a memória e identidade nelas impressas. Nossa pretensão também foi sensibilizar a gestão municipal para a importância das obras que constituem acervo de uma instituição pública, para o qual deve ser implantado projeto de gestão, difusão e salvaguarda. O delineamento metodológico adotado foi uma abordagem qualitativa, do tipo pesquisa-ação participante, acrescentando a pesquisa arquivística, pesquisa bibliográfica e biográfica, como também os métodos e referências que trabalham com pesquisa, gestão e documentação de acervos, seus conhecimentos e técnicas que deram subsídios e que nortearam esta prática. As fontes de consultas para embasamento desta pesquisa foram entrevistas com servidores, ex-servidores e os artistas autores das obras, pesquisa em documentos da instituição, artigos científicos, teses, dissertações, livros, legislações e sites. Aplicamos ainda as técnicas da gestão de acervos, documentação e diagnósticos de acervos, com criação de ficha de catalogação para cada obra individualmente, numeração e tipo de marcação, onde difundimos essas informações através de uma proposta de catálogo virtual. Entendemos então que o diagnóstico e exercício de documentação aplicado à coleção do Palácio da Cidade foi uma importante ferramenta para melhoria na gestão desse acervo, contribuindo para sua salvaguarda, e nos possibilitou um diálogo com os gestores revelando alguns desafios a serem enfrentados, como a ausência de um quadro de pessoal especializado, de museólogo, para gerir de forma correta esse acervo, como os demais que pertencem à Prefeitura Municipal de Teresina.

  • SARAH JAMILLE PACHECO ROCHA
  • Construção participativa da proposta de museu dos saberes camponeses do Território dos Cocais, no âmbito do Quintal Agroecológico da EFA de São João do Arraial – PI
  • Orientador : JOSENILDO DE SOUZA E SILVA
  • Data: 05/08/2022
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  • A agricultura familiar é caracterizada pela multiculturalidade, trabalho coletivo e soberania alimentar, associada aos elementos que compõem a resistência camponesa para garantir a produção de base ecológica, luta identitária, enfrentamento ao êxodo rural e a busca pela sustentabilidade no campo. Entretanto, o processo histórico tem evidenciado perdas de memórias do fazer camponês, dificuldade de acesso à informação e, recentemente, a pandemia de Covid-19 tem contribuído com os problemas que enfrentam a profissionalização das juventudes rurais. Nesse contexto, a museologia social tem registrado experiências de inserção de jovens rurais em espaços de diálogos e de pertencimento territorial do campesinato. Contudo, a presença de museus ocorre de forma desigual nas regiões brasileiras. O Nordeste é a terceira região em quantitativo e o Piauí figura com um dos estados com o menor número de museus do país. Diante desse contexto, o trabalho optou pela integração da pesquisa-ação participativa com a etnografia, envolvendo juventudes rurais e as tecnologias socioambientais da unidade técnico-pedagógica do Quintal Agroecológico da EFA Cocais - PI, utilizou-se oficina e inventário participativos para resgatar as memórias, histórias orais, mediações pedagógicas, experimentações da museologia social e dos elementos do patrimônio cultural, para propor a construção participativa de um museu de referência da identidade cultural dos saberes do ofício dos camponeses do território dos Cocais. Dentre os resultados, destacam-se a Exposição fotográfica e documentários etnográficos, alcunhado de “Campo” envolvendo os jovens, os camponeses e as tecnologias do Quintal agroecológico. Esses achados promoveram o intercâmbio, trocas de experiências, saberes, memórias e histórias geracionais, subsidiando a proposta de criação do museu de território na EFA Cocais como um instrumento de inserção social e resgate da cultura camponesa. Conclui-se que a exposição e documentário “Campo” entrelaçou as juventudes rurais, o ambiente do Quintal Agroecológico e os saberes dos camponeses, contribuindo com a valorização e preservação do patrimônio cultural imaterial do Território dos Cocais.

  • FRANCISCO MOISES SANTOS REGO
  • ARTE(CULAR): Diálogos com da arte com o patrimônio cultural e a museologia
  • Data: 28/03/2022
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  • Durante os seis primeiros meses de 2021, morei residi na Vvila-bairro Coqueiro da Praia em  Luís Correia, um dos dez municípios que integram a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba (criada em 1996). Compartilhei o cotidiano, as vivências e experiências, as memórias individuais e coletivas de famílias residentes na Vila, que têm suas vidas atravessadas pelas artes de pesca artesanal, descendentes de populações originárias do lugar, que viviam em harmonia com a natureza a criar filhos, netos, primos, sobrinhos, uma concepção de família alargada, que inclui a comunidade católica da padroeira - Nossa Senhora do Livramento. Fiz parte do grupo coral da Igreja, estabeleci laços de solidariedade e tive a oportunidade de ser acolhido para realizar um trabalho de arte/educação, de percepção de mim e do outro, de conhecimento e reconhecimento do rico e complexo patrimônio e paisagem cultural desta Vila singular. Estive imerso no trabalho de reconstrução de memórias e histórias, as registrei em desenhos, sons, imagens, fotografias, maquete em argila, para documentar e comunicar uma das referências culturais - o cemitério dos anjos, profanado pelo avanço da especulação imobiliária. Usei a pesquisa social aplicada, com destaque para a pesquisa qualitativa, participativa, associada à história oral e às práticas artísticas. Usei também a pesquisa, a investigação bibliográfica associada à imersão na Vila para conhecer sua geografia, as pessoas, interagir com elas e com os lugares que tomam como referência cotidiana. Como um dos resultados deste trabalho apresento documentários, uma exposição no Museu da Vila e um projeto arquitetônico/artístico para construção da Praça dos Anjos, antigo Cemitério dos Anjos. 

  • MARINETE MARTINS VASCONCELOS
  • INVENTÁRIO PARTICIPATIVO: os modos de saber-fazer da Renda de Bilro. Ilha Grande | Piauí | Brasil
  • Orientador : ARTEMISIA LIMA CALDAS
  • Data: 25/03/2022
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  • Apresentamos a construção de um inventário participativo do ofício e modos de saber-fazer da Renda de Bilro em Ilha Grande, litoral norte do Estado do Piauí, em andamento desde 2020. O trabalho está em andamento, estamos a construir com as mulheres da Associação de Rendeiras de Ilha Grande um Inventário Participativo e plano de salvaguarda desse patrimônio cultural de natureza imaterial. Produziremos registros sonoros e audiovisuais, livro e documentário etnográfico. O lugar de estudos e intervenções é Ilha Grande, antigo Morros de Mariana, um dos dez municípios que integram a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, no Meio Norte do Brasil. Ilha Grande é a porta de entrada para o Delta do Parnaíba, o único a desaguar em mar aberto das Américas. Trata-se de uma localidade remanescente de povos originários, detentora de um rico e complexo patrimônio natural e cultural, com destaque para as artes de pesca artesanal, construção de embarcações e a renda de bilro, presente na Ilha desde a colonização portuguesa. Considerada uma das mais antigas e ricas manifestações de arte e herança cultural, a renda e a rede de pesca são artes em linha. Na renda há a manipulação de bilros, sobre uma almofada cilíndrica por mãos habilidosas de mulheres com exímia delicadeza. Estamos a usar como metodologia a pesquisa social aplicada, qualitativa, participativa, pesquisa-ação no campo do patrimônio cultural imaterial e da museologia, reconhecendo a importância da salvaguarda desse ofício e modos de saber-fazer. Vale referenciar que adaptamos as fichas Manual de Aplicação do Inventário Nacional de Referências Culturais, uma técnica elaborada pelo antropólogo Augusto Arantes para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, para a construção de Inventários. Estamos a dialogar com autores que se dedicam seus estudos e pesquisas ao campo do patrimônio e museologia: Varine (2013), Londres (2012), Leite (2016), Pinheiro (2015), dentre outros autores de referência na pesquisa social, participativa, como: Thiollent (2011), Brandão (2006) etc. Usamos também a história oral, que privilegia a realização de entrevistas com pessoas que participaram ou testemunharam acontecimentos, conjunturas, visões de mundo, como forma de nos aproximar do objeto de estudo, como nos informa Alberti (2005); Portelli (1997). Como estratégia de aproximação com as rendeiras   estamos a realizar rodas de conversas, que nos permitirão trabalhar e registrar memórias, experiências vividas de geração em geração.

  • ELEM WYLFA BRITO DE ASSIS
  • DANÇANDO NA VILA: produção colaborativa de um espetáculo de dança
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 24/03/2022
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  • Elegemos para estudos e intervenções o Museu da Vila , criado com e para a comunidade da vila-bairro Coqueiro da Praia, Luís Correia, um dos dez municípios que integram a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, Meio Norte do Brasil, nomeadamente no litoral norte do Estado, Piauí. Trata-se de uma pesquisa-ação com foco na dança criativa, prática de comunicação e expressão pelo movimento. O nosso objetivo é contribuir para a sensibilização dos residentes usando as interfaces entre dança, educação ambiental e patrimonial, para fortalecer os processos em andamento no território, desde 2015, sob a coordenação do Mestrado Profissional em Artes, Patrimônio e Museologia, quais sejam: pesquisa, documentação, comunicação e salvaguarda dos ricos e complexos patrimônios desta região. Nos propomos a produzir de forma colaborativa e participativa um espetáculo de dança no contexto do Programa Educativo Cultural do Plano Museológico do Museu da Vila, o que nos permite sensibilizar a comunidade por meio de momentos de alegria e prazer,  ampliando a percepção, a reflexão e a consciência sobre si e sobre o meio, criando condições para identificar e promover os patrimônios locais . Assim, este  trabalho se configura como uma pesquisa social aplicada de caráter participativo e colaborativo, com ênfase na pesquisa-ação e pesquisa-participante, envolvendo crianças e adolescentes, entre 7 a 15 anos da vila bairro Coqueiro e suas famílias. Esta pesquisa está a se realizar em um contexto de adversidades, provocado pela pandemia da Covid-19, o que exige a aplicação dos protocolos estabelecidos pelas autoridades sanitárias. Desde abril de 2021 retornamos às nossas atividades presenciais para estimular potencialidades, habilidades, talentos e desenvolver competências para a compreensão crítica da realidade social e do mundo contemporâneo,  bem como promover ações para o reconhecimento dos patrimônios locais, colaborando para a formação dos futuros gestores destes patrimônios.

  • FRANCISCO DE ASSIS DOS SANTOS BARBOSA
  • Plano Museológico do Museu da Vila
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 24/02/2022
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  • Apresentamos neste relatório resultados finais de pesquisa-ação no campo das ciências sociais aplicadas, nomeadamente na gestão e documentação museológica, para um tipo particular de museu, um museu de território, de comunidade, um museu imerso no conceito de uma museologia de inovação social - o Museu da Vila, o primeiro polo da rede de museus do Ecomuseu Delta do Parnaíba, localizado na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, Meio Norte do Brasil. O Museu da Vila tem como centro de gestão o antigo grupo escolar deputado João Pinto, que em 2018 passou a ter novo uso social, ao abrigar o Museu, o Programa de Pós-graduação, Mestrado Profissional, em Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Piauí e Universidade Federal do Delta do Parnaíba e a Associação de Moradores do Bairro Coqueiro, uma vila de pescadores artesanais no pequeno litoral do Piauí (66 km). O objetivo deste trabalho é a construção participativa e colaborativa do Plano Museológico do Museu da Vila. 

2021
Descrição
  • VALDECI SOARES DE FREITAS
  • Arte Mural na Vila-bairro Coqueiro da Praia, Luís Correia, Piauí, Brasil
  • Data: 21/12/2021
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  • Escolhemos a Vila-bairro Coqueiro da Praia para estudos e intervenções deste Projeto de Pesquisa em andamento desde 2019. O bairro faz parte de Luís Correia, um dos 10 municípios que integram a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, criada por Decreto do Governo Federal do Brasil em 1996. O referido Município está localizado no Meio Norte do Piauí, entre os Estados do Maranhão e Ceará. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2017), tem uma população de 55,4% com renda per capita de até ½ salário mínimo mensal, que vive com problemas socioambientais. Luís Correia está localizada a aproximadamente 360 km de Teresina, capital do Estado do Piauí. O trabalho de campo, materializado em rodas de conversas e observação do território, nos permitiu conhecer o rico e complexo patrimônio cultural do lugar, carente de ações educativas e culturais, que provoquem mobilização para salvaguarda do patrimônio cultural do qual a comunidade é detentora. Os estudos e intervenções realizados por docentes e discentes do mestrado profissional em artes, patrimônio e museologia tem contribuído para mudar situações de vulnerabilidade. Segundo a Convenção da UNESCO (2003), “entende-se por salvaguarda as medidas que visam assegurar a visibilidade do patrimônio cultural imaterial, incluindo a identificação, [...], transmissão - essencialmente pela educação não formal – [...]”. No bairro e entorno não há arte mural que represente a cultura das artes de pesca artesanal, ofício e modos de saber-fazer herdado dos povos originários da região. Nessa perspectiva, partimos do pressuposto de que a construção de um projeto de arte urbana, de pintura mural, poderia ser uma estratégia para ações interativas, centradas no viver cotidiano do bairro, potencializando  o bem-estar e a auto-estima de viver no lugar. ARTE MURAL NA VILA COQUEIRO DA PRAIA – é um trabalho que envolve pesquisa-ação, história oral, oficinas, produção artística e exposição presencial e virtual de artes visuais, com parcerias entre mestrado, museu da vila e comunidade.

  • MARIA CARVALHO PINTO
  • PROPOSTA DE REABILITAÇÃO PARA O CENTRO DE TECNOLOGIA EM AQUICULTURA SUSTENTÁVEL – ESTAÇÃO DELTA: padrões espaciais para construção de um polo do Ecomuseu Delta do Parnaíba (ECOMUDE)
  • Orientador : JOSENILDO DE SOUZA E SILVA
  • Data: 14/12/2021
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  • Apresenta-se o Relatório Final de uma pesquisa desenvolvida no campo das ciências sociais aplicadas, nomeadamente uma museologia de inovação social, vinculada ao Projeto-matriz Ecomuseu Delta do Parnaíba do Programa de Pós-graduação, mestrado profissional em Artes Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba. O objetivo deste trabalho foi elaborar uma proposta arquitetônica e paisagística de reabilitação para o Centro de Tecnologia em Aquicultura Sustentável – Estação Delta, um patrimônio público material e imaterial único, integrado por elementos naturais, como espécimes aquíferos, vegetação e rio, associados aos atores sociais, indivíduos constituintes de conhecimento e saberes, imersos nesse projeto de aquicultura – para a construção de um polo do Ecomuseu Delta do Parnaíba. Considerando a riqueza dessa Paisagem Cultural, constituiu-se assim, uma nova possibilidade de aplicar uma Museologia Social e Integradora para as diversas comunidade que habitam a Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba. Usou-se uma Linguagem de Padrões, processo de Projeto na forma de Padrões Espaciais, que difere de um projeto de arquitetura “convencional” por investigar as dinâmicas espaciais e suas trocas com as pessoas – amparado em princípios que buscam a qualidade ambiental, social, econômica e cultural-afetiva – atuando assim, como diretrizes para a construção de possíveis cenários. Ao elaborar uma proposta arquitetônica e paisagística (em nível de estudo preliminar), atribuiu-se um novo uso social, o de museu, um polo do ECOMUDE, que se caracteriza como uma rede de museus de território, formada por equipamentos culturais autônomos e polinucleares que têm sob a sua gestão e salvaguarda acervos patrimoniais institucionais e operacionais – bens culturais em condições de uso e de vida (BARBARA FREIRE, 2017) – reconhecidos como patrimônio cultural pelas comunidades ribeirinhas e praieiras da Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba. Um Ecomuseu é um caminho possível para a sensibilização das comunidades em busca de seu autoconhecimento. O espaço de estudos e intervenções desta pesquisa é a cidade de Parnaíba, no Piauí, no extremo norte do Brasil. Dada a complexidade desta investigação, optou-se pelo pluralismo metodológico de forma a se obter maior precisão na análise dos resultados, nesse sentido foram usados métodos como a Pesquisa-Ação Participante, a Pesquisa Social Aplicada a Arquitetura e o metódo da Linguagem de Padrões de Christopher Alexander et. al. (1997) adaptado por Liza Andrade (2005) e Lemos (1997) – yug que inseriram o diagnóstico por meio das dimensões da sustentabilidade – bem como, os intrumentos da observação direta, rodas de conversa e oficinas participantes. Dialogamos com autores que estudam a Nova Museologia, o Patrimônio Natural e Cultural e suas diversas vertentes, além da Arquitetura e sua relação com o uso social dos espaços: Varine (2013), Pinheiro (2015); Alexander et al. (1977); Holanda e Kohlsdorf (1996); Montaner e Muxí (2013) e Liza Andrade (2014).

  • BRUNA GABRIELLE DA COSTA E SILVA NEGREIROS
  • NÓS DO COQUEIRO: criação de roteiro temático na Vila-bairro Coqueiro da Praia. Luís Correia | Piauí | Brasil
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 14/12/2021
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  • Apresentamos o relatório final referente ao projeto de estudos urbanos que resultou na criação de um roteiro temático para a Vila-bairro Coqueiro da Praia em Luís Correia, Piauí. Esta pesquisa faz parte do Projeto-Matriz 2 do Programa de Pós-Graduação em Artes, Patrimônio e Museologia, Mestrado Profissional, da Universidade Federal do Piauí e Universidade Federal do Delta do Parnaíba, intitulado Ecomuseu Delta do Parnaíba (ECOMUDE), com projetos e ações desenvolvidas ou em desenvolvimento na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba. Estamos a estudar e intervir em um território singular, que integra uma Unidade de Conservação (UC), com um rico e complexo patrimônio natural e cultural. Entretanto são diversos os problemas e vulnerabilidades enfrentados, sejam eles de ordem social, econômica, ambiental ou urbana. Diante disso, acreditamos que a criação de um roteiro temático, associada a propostas de sinalização e intervenções urbanas são ferramentas da maior relevância na transformação da Vila-bairro Coqueiro da Praia em um território de patrimônios comunicados. O espaço público passa a ser entendido como uma extensão do Museu da Vila, como um território vivo, permeado de patrimônios, igualmente, vivos. Esta pesquisa de natureza ação se dedicou, portanto, ao estudo de temas e conceitos relativos a museologia de inovação social, paisagem, território, lugar, roteiros temáticos, roteiros turísticos, interpretação patrimonial e placemaking. Desse modo, dialogamos com autores advindos do campo da museologia e, em paralelo, do campo da geografia, sociologia e do urbanismo, a fim de construir embasamento teórico sólido e multidisciplinar para construção desta pesquisa-ação. Deixamos, então, como produtos, além do relatório final correspondente ao Trabalho Final de Mestrado, a criação de um roteiro temático (que incluiu produção de material gráfico para mapas e sinalização do Bairro), a proposição de intervenções urbanas em pequena escala (proposta de parque infantil e via pedonal visando a qualificação espacial) e a proposição de mobiliário urbano (lixeiras residenciais adotando soluções sustentáveis). 

  • JHON LENNON DE LIMA SILVA
  • CULTURA DAS ÁGUAS: memórias dos ofícios e saberes das populações ribeirinhas | Luzilândia | Piauí | Meio Norte do Brasil
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 03/12/2021
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  • Este trabalho tem natureza pesquisa-ação, imersa no campo das ciências sociais aplicadas, de uma museologia social com suas interfaces com o patrimônio cultural e educação patrimonial. Foram investigadas, documentadas e comunicadas memórias associadas aos ofícios e saberes de populações ribeirinhas do Município de Luzilândia, cidade da microrregião do Baixo Parnaíba Piauiense. A nossa pretensão foi construir um Inventário Participativo das memórias dos ofícios e saberes dessas populações que têm seu cotidiano atravessado pelo rio Parnaíba e outras várzeas fluviais. Construímos, portanto, um Inventário Participativo e um Plano de Salvaguarda com pescadores, lavadeiras, vazanteiros, comerciantes, vareiros, mulheres associadas ao “meretrício” e “líder comunitária”, que dia a dia vivem o rio e do rio. Neste estudo e intervenção procuramos compreender os sentidos e significados atribuídos por essas pessoas à paisagem fluvial, para, a partir das narrativas, registrar e perceber os modos de ser, viver e existir enquanto ribeirinhos. Para a construção do Inventário Participativo nos orientamos por referências e boas práticas de inventários participativos, realizados por docentes e discentes do Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia. Destacamos como referências: as Fichas do Manual de Aplicação do Inventário Nacional de Referências Culturais e a publicação Educação Patrimonial: Inventários Participativos, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Como métodos e técnicas usamos a autobiografia ambiental, por entendermos que a escrita das relações pessoa-ambiente, no registro da memória, é uma ferramenta útil na área das ciências sociais aplicadas; a história oral e a etnografia, essenciais no processo de observação direta, diálogos, captação de sons, imagens e vivências com os participantes. Buscamos com ações de interpretação e educação para o patrimônio cultural, mobilizar a comunidade local para conhecer, reconhecer, valorizar e oferecer visibilidade ao patrimônio fluvial, às pessoas e suas memórias. Partimos da compreensão de que os inventários participativos são ferramentas de mobilização social capazes de aproximar e integrar saberes institucionais e de comunidades; notamos que os relatos revelaram singularidades de ribeirinhos que possuem em seu labor práticas religiosas, convivências e saberes associados à rica e complexa paisagem fluvial; culturas que nos possibilitaram repensarmos a história da cidade, fortalecer as identidades e perceber que o patrimônio cultural está a serviço da comunidade.

  • IANA TAISE PORTELA MEDEIROS
  • DESIGN ESTRATÉGICO E A VALORIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL: CONTRIBUIÇÕES PARA A COMUNICAÇÃO DE PRODUTOS
  • Orientador : ARTEMISIA LIMA CALDAS
  • Data: 03/12/2021
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  • Este trabalho utiliza os princípios da nova Museologia e se desenvolve no contexto de um museu de território, o Museu da Vila, inserido na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba. Tem como objetivo apresentar ações estratégicas no âmbito da museologia e inovação social, sob a ótica do Design Estratégico, tendo como aporte o método do Design Thinking para divulgação de produtos em ambientes virtuais. Usamos o Design Estratégico e o método do Design Thinking para responder como o design pode colaborar na elaboração de ações estratégicas para a divulgação nas mídias sociais dos produtos desenvolvidos de forma colaborativa em projetos inseridos no Museu da Vila. O trabalho se valerá, principalmente, da pesquisa-ação, por meio de métodos e técnicas que incluem a comunidade de forma participativa, se beneficiando das ações desenvolvidas na localidade. O método do Design Thinking é utilizado nesse trabalho como ferramenta que combina criatividade e empatia no desenvolvimento de ações de inovação para atuarem na resolução da problemática. O Museu da Vila apresenta um Ateliê-Escola que desenvolve atividades com mulheres no bairro que relacionam moda, design e artesanato e que atuam ainda no reconhecimento do valor do patrimônio cultural como elemento de economia e sustentabilidade. Promovendo a produção autoral na região, o Ateliê-Escola gera produtos e serviços e possibilita que pessoas simples da comunidade encontrem nos trabalhos do ateliê a sua identidade cultural e ressignifique a geração de renda das suas famílias. O ateliê tem se revelado importante, contribuindo para o conhecimento e valorização do patrimônio cultural na vila-bairro Coqueiro da Praia, na cidade de Luís Correia, Piauí, entretanto, a ausência de divulgação dos produtos em ambiente virtual pode ser um problema para comercialização, comprometendo a evolução e desenvolvimento do Ateliê-Escola. O estudo apresenta a elaboração de ações que possuem dentre suas propostas valorizar conjuntamente o capital territorial e social, em uma perspectiva duradoura para o Ateliê-Escola e para os produtos oferecido pela loja do Museu da Vila. 

  • KEILA CARVALHO CHANOVE
  • MINHA ESCOLA TEM HISTÓRIA PARA CONTAR: memórias e histórias da comunidade escolar do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente, Professora Albertina Furtado Castelo Branco, Parnaíba, Piauí
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 01/12/2021
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  • Apresentamos resultados de pesquisa-ação cujo objetivo foi reconstruir memórias e histórias da comunidade escolar do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente, Professora Albertina Furtado Castelo Branco, localizada na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí, que integra a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba. Em decorrência da crise sanitária mundial, provocada pela pandemia causada pela Covid-19, usamos os protocolos regulares do Ministério da Educação, Universidade e Pró-reitoria de Pós-graduação para promover encontros semipresenciais, para promoção de rodas de conversa com a comunidade para apresentar o projeto e sensibilizá-la a participar, bem como para selecionar nove pessoas que integram a comunidade recolha de depoimentos, entrevistas e coleta de dados, informações, documentos em suportes diversos, como registros sonoros, fotográficos, audiovisuais e textuais, que estão, agora, disponibilizados no Repositório Digital Ecomuseu Delta do Parnaíba, sob a coordenação e gestão do Projeto Ecomuseu Delta do Parnaíba, vinculado ao Programa de Pós-graduação, Mestrado Profissional, em Artes, Patrimônio e Museologia. Construímos e disponibilizamos estes resultados, que poderão vir a formar uma primeira coleção, do que pode vir a ser parte do acervo de um Museu da História da Educação do Piauí. Portanto, realizamos um trabalho de pesquisa, documentação, salvaguarda e comunicação, um trabalho embrionário de constituição de um conjunto de informações que podem ser consultados on-line. Esta pesquisa se justificou pela ausência de registros desta natureza, que permitam a salvaguarda e comunicação do rico e complexo patrimônio escolar do Estado do Piauí. Acreditamos ter colaborado com projetos e ações de educação para o patrimônio já realizados no cotidiano das escolas de Parnaíba e do Estado do Piauí, por apresentarmos produtos e serviços construídos de forma participativa e colaborativa, a considerar a realidade da Escola com um acervo administrativo disperso e sem política de documentação e conservação. Ao longo do trabalho, realizamos pesquisa bibliográfica, revisão de literatura e usamos a história oral e pesquisa-ação como métodos e técnicas de investigação, indispensáveis no trabalho de campo, bem como estudo e análise de conceitos para construção de uma revisão de literatura consistente e aplicação de conceitos na realidade como orienta uma investigação teórica e prática para esta natureza de trabalho. Comunicamos nesta escrita estudos e ações no campo do patrimônio cultural, educação patrimonial, museologia, acervos digitais em rede, com um olhar para as referências culturais e patrimoniais, narradas pelos colaboradores diretos deste projeto-ação. O edifício da Escola e a Escola são referências de identidade da comunidade escolar, sobretudo para aqueles que vivem no Bairro Piauí, onde está localizado, é patrimônio cultural para os residentes e referência para a História da Educação do Piauí. Além da pesquisa bibliográfica, realizamos observações diretas na estrutura física da Escola, bem como conversas informais com funcionários administrativos, docentes ativos e aposentados para acessarmos documentos diversos nos arquivos da Escola. O processo de coleta de dados permitiu momentos significativos para a vida da comunidade escolar. Usamos o método da história oral, que permitiu diálogos abertos e registros das memórias. Neste trabalho, me identifico como pesquisadora e educadora pública da rede municipal em formação profissional no campo da museologia, que trabalha há mais de 20 anos na Escola. Destaco ainda a importância de iniciar uma proposta de constituição de um museu com a participação da comunidade, que será a continuação deste trabalho.  

  • JOÃO PAULO CARVALHO DE BRITO
  • MUSEU NA MÃO: aplicativo de comunicação e informação para o Museu da Vila, Luís Correia, Piauí, Meio Norte do Brasil
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 30/11/2021
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  • Ao longo do tempo, os museus passaram por diferentes avanços tecnológicos que impactaram as experiências de visitação. Tecnologias como as maquetes 3D, recursos de realidade aumentada, a presença em redes sociais, e outros aspectos possibilitados pela Tecnologia da Informação, contribuíram para tornar essas instituições aparelhos culturais mais democráticos. Visando contribuir para essa democratização do acesso aos museus, este trabalho, que faz parte do Projeto Matriz Ecomuseu Delta do Parnaíba, tem como objetivo criar e desenvolver um aplicativo para smartphone que expõe os acervos digitais do museu e ainda auxilie o usuário do Museu da Vila no momento de sua visitação, de forma a tornar essa experiência interativa e inclusiva. Para o andamento deste projeto, foi realizada uma pesquisa exploratória para identificação de aplicativos para smartphone criados por museus nacionais e internacionais. Esses aplicativos foram analisados a partir de categorias previamente estabelecidas com base na literatura, utilizando a metodologia da pesquisa-ação presente nas ciências sociais, junto com um grupo de jovens da comunidade Coqueiro da Praia com os quais foram realizadas oficinas de informática básica para criação e desenvolvimento do aplicativo, em que contribuímos para a inclusão digital de seus participantes. O Museu da Vila foi a instituição utilizada para o desenvolvimento deste projeto, localizado no município de Luís Correia, ao norte do estado do Piauí. O Museu faz parte do programa de Pós-Graduação em Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba-UFdPar. Empregando boas práticas dos aplicativos analisados nesta pesquisa, buscamos desenvolver uma ferramenta tecnológica que funcione como um guia, possibilitando autonomia do visitante de explorar cada informação do seu jeito e no seu tempo, além de servir como instrumento de acessibilidade com uso de áudio guias e vídeo guias. Esperamos que o aplicativo Museu na Mão seja uma ferramenta de auxílio na visitação do Museu da Vila e que o modelo possa ser utilizado por outras instituições museais.

  • ANTONIO GONÇALVES MINEIRO FILHO
  • PATRIMÔNIO E ARTESANATO: AÇÕES CRIATIVAS NA PRODUÇÃO DO SABER-FAZER COMUNITÁRIO
  • Orientador : ARTEMISIA LIMA CALDAS
  • Data: 30/10/2021
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  • Apresentamos nesse estudo uma pesquisa-ação referente ao trabalho de mestrado profissional realizado no âmbito do Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Piauí e Universidade Federal do Delta do Parnaíba. A pesquisa se insere em um dos Projetos Matriz do Programa, o Ecomuseu Delta do Parnaíba, e tem como elemento de investigação o artesanato, manifestação cultural que pode ser analisado em diferentes dimensões, apresentada como portadora de valores históricos e que se materializa em relação à memória e identidade de grupos sociais. A pesquisa se desenvolveu na arte do artesanato, com a aplicação de ações criativas visando a capacitação de um grupo de mulheres moradoras da Vila-bairro Coqueiro da Praia, no município de Luís Correia - Piauí, região que integra a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, no Meio Norte do Brasil. Realizaram-se ações conjuntas envolvendo outros projetos de forma interativa e colaborativa, além de algumas providências organizacionais da localidade, como a cooperação da Associação de Moradores do Bairro Coqueiro da Praia e os envolvidos no Ateliê Escola do Museu da Vila. Nos estudos e tipologias metodológicas, revelamos a utilização da pesquisa-ação, qualitativa participante, modalidades de investigação que buscam compreender realidades múltiplas e obter resultados singulares como atender, por exemplo, as demandas sociais, culturais, políticas e econômicas de uma região. Ainda foi necessário acrescentar os métodos e técnicas abordados, esclarecendo de forma sequencial o plano de ação aplicado na pesquisa, assim como as etapas das atividades a serem desenvolvidas. Utilizamos a técnica da tecelagem manual como mais uma opção de diversificação da produção artesanal ali existente. Uma técnica ainda não explorada na localidade e que se mostrou de fácil aceitação, apresentando os primeiros resultados motivacionais com destaque na elaboração de novos produtos. O processo de desenvolvimento envolveu a aplicação de meios educativos, pesquisas, mediações e oficinas práticas, com um diferencial referente ao uso da riqueza de matérias-primas do vasto patrimônio natural local e a sua aplicação alternativa na criação de novas proposições do fazer artesanal. Identificamos e analisamos o caráter multidisciplinar da pesquisa, inserida em várias especialidades do conhecimento científico que se dialogam e complementam constantemente. Contemplando discussões, estudos, ideias e pensamentos associados à museologia social, patrimônio cultural e o artesanato com suas especificidades.

  • ARLETE SOARES GODINHO
  • A COR DA MEMÓRIA: educação e arte pelo patrimônio na Vila-bairro Coqueiro da Praia, Luís Correia, Piauí, Brasil.
  • Data: 29/10/2021
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  • De março de 2019 a março de 2021, deu-se o processo de interação desde o primeiro contato até total imersão no território Vila-Coqueiro, onde residimos de novembro de 2020 a março de 2021. Nestes últimos quatro meses, intensificamos os contatos, principalmente com cinco residentes da vila entre 60 e 80 anos, um experiente pescador, uma enfermeira e três artesãs, todas filhas de pescadores e três delas viúvas de pescadores. O objetivo era a realização de ações educativas e culturais integradas ao Plano Museológico do Museu da Vila, uma organização comunitária membro da Rede Ecomuseu Delta do Parnaíba. o Museu fica localizado na Rua José Quirino, 10126, CEP 64220000, Vila-bairro Coqueiro da Praia, Luís Correia, sendo este um dos dez municípios que integram a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba. Nestes estudos e intervenções usamos a pesquisa social aplicada, qualitativa e participativa, e como instrumento de coleta, a História Oral e Arte/Educação nos diálogos com os partícipes, vivendo seu cotidiano, as nuances de suas existências no território para, a partir daí, interpretar a paisagem cultural, as memórias dessa geração e as representações de falas com o fim de traduzi-las em pinturas e escrita poética, que registramos em livro (impresso e virtual) com dez textos do gênero memórias poéticas, 14 aquarelas, um filme com duração de 4 minutos e cinquenta segundos e pinturas murais (três painéis e três colunas na fachada da casa onde residimos), permitindo o registro sensível/artístico e a salvaguarda de histórias e memórias desta comunidade.

  • JÉSSICA SANTIAGO CORREIA
  • FEIRA DO PATRIMÔNIO: uma experiência de educação patrimonial no Delta do Parnaíba| Piauí | Meio Norte do Brasil
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 30/01/2021
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  • A Feira do Patrimônio é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Artes, Patrimônio e Museologia (PPGAPM) da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), que ocorre anualmente de caráter itinerante em diferentes cidades na região Meio Norte do Brasil. Essa ação compõe o quadro de atividades educativas e culturais do Museu da Vila | MUV e se destina aos mais variados públicos de interesse por temáticas relacionadas às artes, patrimônios, museus, turismo, empreendedorismos e outros negócios. Desde 2016, a equipe executiva composta por alunos, professores e técnicos-administrativos do programa, inspirados em boas-práticas de ações semelhantes, estão a desenvolver uma programação diversificada que engloba conferências, rodas de conversa, oficinas, minicursos, comunicações orais, apresentações artísticas, promovem o turismo cultural, empreendedorismo social e a economia circular. Permite estabelecer conexões entre comunidade, universidade e demais instituições, com o objetivo de promover, valorizar e dar visibilidade ao Patrimônio Cultural. Na perspectiva de contribuir com melhorias para o evento, esta pesquisa-ação se propõe a construir uma memória crítica e descritiva da Feira do Patrimônio, através do estudo das edições anteriores, análise das etapas de elaboração (planejamento, execução e pós-feira), bem como através dos relatos de experiência na participação do processo de organização da 4ª edição da Feira. Ademais, como produto final desta pesquisa, foi proposto um website da Feira do Patrimônico para publicação de portfólios digitais de cada edição realizada, no intuito de registrar, apresentar e divulgar essa ação. Para a construção da memória descritiva foram realizadas consultas junto à coordenação do PPGAPM, além de pesquisas bibliográficas e documentais. A análise crítica foi efetuada a partir da aplicação de questionários ao comitê de organização das feiras anteriores (2016, 2017 e 2018) e com os participantes da última edição realizada em 2019, em seguida desenvolveu-se uma análise SWOT, a partir dos resultados obtidos nessa avaliação. Os dados coletados mostram de uma maneira geral que o evento foi bem executado no desempenho das edições analisadas, cumprindo os objetivos que se propôs. A imersão no processo criativo dessa ação possibilitou também verificar os pontos que podem ser aprimorados para garantir o sucesso das próximas edições, dentre eles destacaram-se principalmente a necessidade de fortalecer o plano estratégico para captação de recursos, comunicação e divulgação do evento. Em face dos desafios observados, acredita-se que a construção de um portfólio em meio digital apresenta-se como uma ferramenta estratégica, um cartão de visitas que pretende divulgar os trabalhos realizados nesses quatro anos, aumentar a rede de contatos, fortalecer a marca do evento, em busca da prospecção de novos públicos e parcerias.

  • LALINE DE ARAUJO MENDES
  • CURADORIA PARTICIPATIVA: o caso da Galeria Terra Siena, Teresina, Piauí
  • Data: 29/01/2021
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  • O presente trabalho é resultado de estudos e intervenções no campo da curadoria participativa. O objetivo é apresentar expressões de arte contemporânea no Piauí com o estudo de caso de uma curadoria participativa na Galeria Terra Siena, inicialmente em espaço físico, projetado para oferecer visibilidade, circulação e consumo da arte de artistas locais. A Galeria Terra Siena está localizada na cidade de Teresina, capital do Piauí e se afirma no mercado de arte da urbe por realizar ações educativas e culturais, formando públicos, construindo expografia participativa e colaborativa, a considerar diálogos e parcerias com agentes públicos, privados e sociais, como escolas da educação básica, universidades, professores e profissionais de várias áreas do conhecimento, diálogos inter e multidisciplinares. No decorrer dessa pesquisa vivemos momentos de isolamento social imposto pela emergência sanitária provocada pela COVID-19, que nos fez reinventar esta proposta de uma exposição física para uma exposição virtual, na qual artistas contextualizam percepções, vivências, experiências de quarentena, externam sentimentos, emoções e questionamentos diante de um mundo de impactos e perplexidades. Usamos as metodologias participativas, o que inclui a curadoria e a história Oral. Convidamos formadores de opinião e profissionais que traçaram um panorama da arte contemporânea no Estado da década de 1980 até a data presente. Fizemos uma curadoria participativa, envolvemos três artistas plásticos na construção da Exposição Virtual “Arraigado”, que será disponibilizada em website para divulgação, fruição e comercialização das obras dos artistas. Além dessas obras, estarão livre para acesso o acervo da Galeria Terra Siena. 

  • SABRINA ARAUJO CASTRO
  • AÇÕES EDUCATIVAS E CULTURAIS DO MUSEU DA VILA: Inventário compartilhado e elementos para a Política Educacional
  • Data: 29/01/2021
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  • O presente trabalho trata do desenvolvimento de uma pesquisa-ação inserida no Programa de Pós-Graduação, Mestrado Profissional, Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Piauí - (UFPI) e Universidade Federal do Delta do Parnaíba - (UFDPar), Campus Ministro Reis Veloso. Produto desse mestrado profissional, o Museu da Vila é o primeiro polo da rede de museus de território, o Ecomuseu Delta do Parnaíba - (ECOMUDE), projeto que visa favorecer a existência de equipamentos culturais e a participação comunitária no território da Área de Proteção Ambiental - (APA) Delta do Parnaíba. O Museu da Vila fica localizado na comunidade da Vila-bairro Coqueiro da Praia, na cidade de Luís Correia, no litoral do Piauí, sendo que esta pesquisa trata das ações educativas e culturais realizadas pelo referido equipamento cultural. A problematização foi delineada a partir de reflexões ocorridas no início da elaboração do Plano Museológico que evidenciou a necessi- dade de um norteamento teórico para a prática educacional do Museu da Vila. Por isso, esta pesquisa objetivou construir elementos de uma Política Educacional para o Museu da Vila com base na Política Nacional de Educação Museal - (PNEM), uma política pública nacional, em fase de implementação, instituída pela Portaria no 422, de 30 de novem- bro de 2017. A base teórica que sustenta a pesquisa é a noção de pat- rimônio comunitário e de desenvolvimento local de Hugues de Varine (2013), sendo os pressupostos políticos e conceituais tomados da obra de Paulo Freire (1996; 2019) sobre a educação libertadora, transforma- dora, problematizadora. A abordagem metodológica parte da pesquisa qualitativa e participante de Carlos Brandão (2006) e de Michel Thiollent (2011), que, na perspectiva colaborativa e de partilha de experiências e conhecimentos, fundamentaram a realização de um inventário compartilhado das ações educativas e culturais do Museu da Vila. Assim, através do compartilhamento de dados informacionais, os mestrandos responsáveis pelo planejamento e execução de projetos, eventos, ações e atividades educativos e culturais tornaram-se colaboradores desta pesquisa. Esses dados registrados foram complementados com informações obtidas nas observações participantes, nas conversas informais e na revisão bibliográfica. Dessa forma, esse inventário compartilhado subsidiou a elaboração de elementos para a Política Educacional do Museu da Vila, delineando a identidade educativa desse equipamento cultural. O Museu da Vila pretende promover a participação comunitária e tratar do patrimônio cultural em suas ações educativas e culturais, em uma visão inovadora, voltada para a criatividade e o desenvolvimento sociocultural local.

2020
Descrição
  • HANNA MORGANNA DE DEUS ALVES
  • VERSÃO VIRTUAL DO ECOMUSEU DELTA DO PARNAÍBA: coleção de histórias de vida de mulheres de comunidades ribeirinhas, praieiras e deltaicas.
  • Data: 17/12/2020
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  • O acesso ao mundo virtual, à Internet, atravessa a vida cotidiana no mundo contemporâneo. Impossível imaginar o dia a dia sem as variadas formas de comunicação e informação em rede. Há mais de 20 anos, na segunda metade do século XX, houve o aumento da comunicação on-line, provocando mudanças de hábitos, costumes, formas de ser e viver. Nesse contexto, desenvolvemos o Projeto-ação “VERSÃO VIRTUAL DO ECOMUSEU DELTA DO PARNAÍBA: coleção de histórias de vida de mulheres de comunidades ribeirinhas, praieiras e deltaicas”, com o objetivo de pesquisar, documentar, comunicar e salvaguardar memórias e histórias de populações ribeirinhas e praieiras que habitam a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba. Nos limites deste trabalho, construímos um projeto de história oral e selecionamos seis mulheres, que têm suas vidas marcadas pela pesca artesanal, seja como pescadoras, filhas, mães, avós ou esposas de pescadores. Este trabalho é uma forma de descortinar as memórias dessas mulheres em um contexto marcado pela lógica hegemônica colonial, capitalista, patriarcal e androcêntrica, com discursos e práticas sociais que as tornam invisíveis, em um mundo predominantemente masculino da pesca artesanal. Às mulheres está destinado o lugar social de perpetuação da espécie e manutenção do lar, papéis como de mãe e esposa, lugares idealizados pelos homens, que constroem um sistema de dominação e opressão simbólicos, reforçam os lugares naturalizados ao longo do tempo, nos discursos biológicos, psicológicos e morais. E nos museus como as mulheres são representadas? O museu que estamos a idealizar tem a vocação de um museu virtual, com recursos técnicos ao abrigo do Núcleo de Pesquisa, Documentação e Memória do Museu da Vila, primeiro núcleo museológico do Ecomuseu Delta do Parnaíba, vinculado ao Projeto-matriz do Programa de Pós-Graduação, Mestrado Profissional, em Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Piauí - Universidade Federal do Delta do Parnaíba. O Museu da Vila nasceu de uma gestão compartilhada com a Associação de Moradores do Bairro, fundada por nove mulheres que desejavam reivindicar melhores condições de vida para suas famílias e lutar por seus direitos enquanto cidadãs. As histórias de vida reconstituídas neste trabalho formam a primeira coleção do Museu Virtual, permitindo oferecer visibilidade às mulheres que sempre estiveram à margem de um ofício e modos de saber-fazer considerado masculino, invisibilizando o papel das mulheres no Meio Norte do Brasil, atravessado por biodiversidade e diversidade cultural, um território entre os Estados do Piauí, Maranhão e Ceará. Construir um espaço virtual de conhecimento inter e multi interdisciplinar, multiprofissional, é proporcionar às comunidades residentes e outros públicos informações sobre o território, que abriga o único delta a desaguar em mar aberto das Américas, berçário de espécies marinhas em extinção, artes de pesca e tecnologias de embarcação, artesanato em linha, palha, argila etc., um rico patrimônio que precisa ser conhecido, reconhecido, valorizado e promovido, de forma a gerar emprego e renda, o que inclui um turismo cultural sustentável, que envolva diretamente as populações locais. 

  • SUZANA MARIA ARAUJO VERAS
  • MUSEU DA VILA: ações educativas culturais (2018-2020)
  • Data: 31/10/2020
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  • O presente trabalho apresenta em seu escopo uma pesquisa-ação, participante, com o título Museu da Vila: Ações educativas culturais (2018-2020). Nesse contexto, percebendo a ausência de políticas públicas efetivas no Estado do Piauí, da falta de valorização dos territórios, patrimônios natural e cultural, de ações reflexivas diante da existência de ricos e complexos patrimônios, construímos este trabalho que proporcionou uma maior visibilidade de estudos e intervenções, educativo-cultural, em andamento desde 2012. Essa escolha se justificou por acreditarmos na necessidade de diálogos entre a comunidade escolar e museu, de uma visão holística das potencialidades do território, dos usuários do Museu escola, um dos Pólos do Ecomuseu Delta do Parnaíba. Elegemos como público alvo os membros da comunidade escolar, Unidade Escolar Professora Carmosina Martins da Rocha, alunos de 12 a 18 anos e famílias. A escola está localizada em Luís Correia bairro Coqueiro da Praia, Piauí, Brasil, um dos dez municípios que integram a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, Meio Norte do Brasil. Apresentamos como o objetivo geral construir uma memória crítica das ações educativas culturais do Museu da Vila. E específicos; realizar atividades educativas culturais no Museu escola,  com a  comunidade escolar; Promover oficinas de capacitação em Educação Patrimonial, Museal, Ambiental com os atores sociais; Construir uma coleção das atividades educativas culturais do Museu da Vila (2018-2020) disponibilizar no repositório digital Tainacan do Ecomuseu Delta do Parnaíba; Produzir um vídeo registro de 13 minutos, das atividades educativas culturais para publicizar no Canal YouTube Museologia Piauí Brasil. Considerando a construção dessas  memórias críticas das ações educativas, como proposta para o  Programa Educativo Cultural PEC, e subsidiar o Plano Museológico em andamento, sob a coordenação do Programa de Pós-graduação, Mestrado Profissional, em Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Piauí UFPI, e Universidade Federal do Delta do Parnaíba UFDPar. Como também afirmar as relações sociais e complexas entre Museu, Escola e Território, em consonância com os princípios da Política Nacional de Educação Museal, instrumento de conhecimento, reconhecimento, valorização, promoção, interação com as comunidades do entorno do museu, a participação social, atendendo aos princípios do órgão federal responsável pela Política,  o Instituto Brasileiro de Museus Ibram. Nesse percurso, apresentamos os lugares de intervenções, o Museu da Vila, a Escola, o Território, as características para a construção com e para as pessoas de um Ecomuseu, considerado um de seus polos já constituído - o Museu da Vila, vinculado ao Projeto Matriz Ecomuseu Delta do Parnaíba, a constituir uma Rede de Museus. Propusemos indagações relacionadas ao PEC, da importância em um processo museal comunitário. Realizamos consultas bibliográficas, visitas in loco, trabalho de campo, observação participante, aplicação de questionários com perguntas abertas e fechadas, entrevistas, encontros de capacitação, rodas de conversas, visitas mediadas. Este trabalho foi concluído na condição de pesquisadora, educadora pública da rede municipal de ensino, em  formação profissional no campo da museologia,  com sede no Museu da Vila, no fortalecimento das ações educativas entre o Museu e as Comunidades, para conhecerem o lugar onde vivem, acesso a novos repertório e condições de vida, na formação com outros colegas educadores,  reflexão-ação sistemática, atravessada por sinergias, entre os atores sociais. Nesse sentido, nos permitiu o conhecimento, fortalecimento do sentimento de pertença, educação transformadora dos atores sociais, valorização do meio ambiente, vida sustentável, valorização com apropriação pelas comunidades de seus patrimônios para salvaguarda, com conexões de saberes e experiências.  

  • CRISTIANA BRANDÃO DE OLIVEIRA
  • ESCOLINHA DA BIODIVERSIDADE ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DELTA DO PARNAÍBA (PIAUÍ, BRASIL)
  • Orientador : RODRIGO DE SOUSA MELO
  • Data: 02/10/2020
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  • A Escolinha da Biodiversidade da Área de Proteção Ambiental (APA) do Delta do Parnaíba estará vinculada diretamente ao Programa Educativo e Cultural do Museu da Vila, equipamento sob a coordenação do Programa de Pós-graduação, Mestrado Profissional, em Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar). O Mestrado e a Universidade são parceiros da Associação de Moradores do Bairro Coqueiro e juntos são responsáveis pelo Museu da Vila, o primeiro núcleo museológico do Ecomuseu Delta do Parnaíba, igualmente, uma concepção e coordenação do Mestrado. A Escolinha será um espaço de educação ao longo da vida, a integrar as atividades educativas-culturais do Museu da Vila, portanto um dos projetos do Plano Museológico do Museu. A missão da Escolinha será promover ações de educação patrimonial e ambiental, de inclusão social, de conhecimento e reconhecimento da biodiversidade da Unidade de Conservação (UC), APA do Delta do Parnaíba, criada por Decreto Presidencial em 1996. Portanto, este projeto-ação tem início na vila-bairro Coqueiro da Praia, Luís Correia, um dos dez municípios que integram essa Unidade de Conservação. Está em andamento e tem como um de seus parceiros o Instituto Tartarugas do Delta, que atua no território da Área de Proteção Ambiental desde 2006, a realizar pesquisas e ações educativas de conservação das tartarugas marinhas. A exemplo de outras iniciativas no Brasil, pretendemos promover a sensibilização ambiental para reflexão e construção de valores diante de questões socioambientais e do patrimônio cultural.  A primeira etapa foi realizada de agosto a dezembro de 2019, com 18 crianças, entre 5 a 6 anos, matriculados na Creche Tia Neuza, que envolveu famílias, diretora, professoras, merendeira e zeladora. Contamos histórias, ouvimos histórias, incentivamos o registro em formatos diversos, pelas crianças e famílias, de histórias associadas ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, contribuindo com a formação para que as crianças cresçam a saber onde vivem, a importância de uma Área de Proteção Ambiental, conscientes de seus direitos e deveres, um lugar que podem viver em harmonia com a natureza e com o seu semelhante. A ideia é mostrar a importância do litoral para a conservação de espécies marinhas e flora locais, a exemplo as tartarugas marinhas e os manguezais. As crianças moram em um território atravessado por mangues, a poucos metros da orla da praia, área de desova de espécies marinhas em extinção, o que nos permite contar sobre as relações ecológicas das tartarugas com outros seres vivos, os ecossistemas marinhos existentes no litoral onde residem e a importância deles para o ciclo de vida no planeta.

  • MARIANA LUIZA BEZERRA SAMPAIO
  • PROJETO ARQUITETÔNICO PARA UM ESTALEIRO ESCOLA NO MUSEU DA VILA Bairro Coqueiro | Luís Correia | Piauí
  • Data: 22/09/2020
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  • Neste trabalho, ao realizarmos estudos e intervenções na vila-bairro Coqueiro da Praia, litoral do Estado do Piauí, tivemos a oportunidade de conhecer a comunidade, que guarda um rico patrimônio natural e cultural, com destaque para as artes de pesca e construção de embarcações artesanais, hoje, patrimônio em risco. Notamos a redução, dia a dia, da quantidade de canoas artesanais em uso na orla da praia do Coqueiro, a 100 metros do Museu da Vila; o desinteresse de jovens da comunidade pelas atividades relacionadas ao ofício e modos de saber-fazer das artes de pesca, o que inclui as técnicas de construção de embarcações e seus artefatos; uma ausência de conhecimento e reconhecimento dos patrimônios locais. Há um conjunto de memórias e histórias associadas à tradição familiar, sociocultural desse ofício e modos de saber-fazer, que precisam ser registrados, salvaguardados.  Nessa perspectiva, o objetivo deste trabalho foi elaborar um projeto arquitetônico e seus complementares para um Estaleiro Escola, em uma edificação sem uso social, localizada na Rua José Quirino, em frente ao Museu da Vila, como uma extensão desse equipamento cultural na vila-bairro Coqueiro da Praia, vinculado ao Programa de Pós-graduação, Mestrado Profissional, em Artes, Patrimônio e Museologia(PPGAPM), da Universidade Federal do Piauí, que possa ser um instrumento de promoção desses patrimônios. Esperamos este projeto se realize a curto, médio e longo prazos. A curto prazo já conseguimos realizar junto como a comunidade local ações sócio educativas para sensibilização e reconhecimento do ofício e modos de saber-fazer, com o uso de ferramentas de educação e interpretação patrimonial e museal, com a promoção de rodas de memórias, oficinas de construção de maquetes de embarcações artesanais e projeto arquitetônico e complementares para o Estaleiro Escola; à médio e longo prazo, esperamos que a Coordenação do Mestrado, Museu da Vila e Associação de Moradores do Bairro Coqueiro da Praia, viabilizarem a captação de recursos para execução do Projeto Arquitetônico, que elaboramos e doamos à Universidade Federal do Delta do Parnaíba, bem como a implantação o equipamento com foco em uma didática de formação de mestres carpinteiros, pintores, marceneiros e modelistas, que possam atuar na produção artesanal de embarcações, a exemplo do que já ocorre no Estaleiro Escola do Maranhão, vinculado ao Instituto Estadual de Educação daquele Estado e no Museu do Mar em São Francisco do Sul no Estado de Santa Catarina. Esta natureza de trabalho proporcionou à profissional-mestranda uma convivência com a comunidade local, de modo a criar formas de sensibilização para formação de públicos para a colaboração no trabalho. Usufruímos de técnicas de educação para o patrimônio, de forma a proporcionar aos nossos colaboradores (membros da comunidade local), possibilidades de aprendizagem, que lhes permitiram conhecer e reconhecer o valor econômico e cultural do patrimônio associado às artes de pesca e construção de embarcações. 

     

     

  • ISA MARÍLIA SILVA DE OLIVEIRA
  • (A)MAR: Coqueiro da Praia Arte, Memória e Afetividade
  • Data: 18/09/2020
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  • Ao pensarmos a afetividade como parte das relações humanas associadas a tempo, espaço e patrimônio cultural, entendemos a importância da arte-educação para compreendermos como nos movimentamos no ambiente escolar da Vila-bairro, Coqueiro da Praia, Luís Correia, um dos dez municípios que integram a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, no Meio Norte do Brasil, no Piauí, entre os Estados do Maranhão e Ceará; lugar de fronteira, de interculturalidades. Esse Bairro tem vivências de experiências atravessadas pela tradição e pela modernidade, o elegemos exatamente por essa singularidade para nossos estudos e intervenções no campo das artes, patrimônio e museologia. Narramos neste texto esse caminhar, que pretendemos que fosse participativo e coletivo, associado a um projeto-ação mais amplo - o Projeto Matriz do Mestrado sob o título “Ecomuseu Delta do Parnaíba”, concebido e coordenado pelo Programa de Pós-graduação, cuja proposta é criar uma rede de museus de território, com e para as comunidades. Nesse contexto, o primeiro núcleo museológico criado, em junho de 2018, foi  o Museu da Vila, igualmente, sede do Mestrado e localizado em uma antiga edificação escolar cedida ao Programa pelo do Governo do Estado do Piauí, hoje, requalificada, um equipamento educativo-cultural a prestar serviços à vila-bairro e entorno. Este nosso trabalho é parte do Plano Museológico, em andamento, do Museu da Vila, nomeadamente parte dos Projetos e Ações do Programa Educativo e Cultural. Para este projeto-ação em particular focamos nossos estudos e intervenções na apreensão de afetos, usando a ferramenta metodológica dos mapas afetivos, para conhecer as relações de afetividade e sentimento de pertencimento ao território por alunos entre 7 a 12 anos, matriculados na escola local - a Unidade Escolar Carmosina Martins da Rocha. Desejamos perceber as relações que as crianças estabelecem com o patrimônio cultural do lugar que habitam, proporcionar-lhes situações de reflexão e ação em vivências orientadas, que promovam a percepção do sentimento de pertença e de valorização dos espaços que vivem coletivamente - a Escola, de modo a fortalecer os sentimentos de estima de lugar e apropriação do patrimônio cultural.                

  • JOÃO CARLOS ARAÚJO DE SOUSA
  • NÚCLEO DE PESQUISA E MEMÓRIA DAS ARTES CÊNICAS DO PIAUÍ: gestão museológica e comunicação do acervo
  • Data: 11/09/2020
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  • Para esta pesquisa, elegemos como objeto de estudo o acervo documental do Núcleo de Pesquisa e Memória das Artes Cênicas, do qual fazem parte o Memorial Benjamim Santos e o Teatro Antônio Oliveira dos Santos, equipamentos culturais do Serviço Social do Comércio, Unidade Avenida, na cidade de Parnaíba, Estado do Piauí. O Núcleo, Memorial e Teatro se justificam pelo valor desses equipamentos e acervos como patrimônio cultural único no Estado, que deve ser pesquisado, documentado, salvaguardado e comunicado, um acervo fundamental para estudos da ação educativa e cultural das memórias e histórias das Artes Cênicas. No campo de estudos da Museologia, localizamos este trabalho no âmbito da gestão e documentação museológica. Utilizamos como método e técnica a pesquisa-ação, para estudos, análise e intervenção na gestão, documentação museológica e comunicação. Destacamos a participação de artistas locais nas ações desta investigação. Como sistemática, dividimos a pesquisa em quatro etapas: diagnóstico e documentação do acervo, ações educativas e de formação, direcionadas para os públicos participantes, prioritariamente funcionários da instituição - administradores, técnicos, equipe de manutenção/limpeza e usuários do acervo - artistas e alunos dos cursos de teatro e dança, pesquisadores e público em geral. Dentro da perspectiva de comunicação que objetivamos, desenvolvemos como possibilidades de documentação e comunicação, um estudo que viabilizou a organização e divulgação do acervo por meio do software Tainacan, implantável com o aquiescimento do SESC. Realizamos etapas de diagnóstico, formação/capacitação, documentação do acervo, oficinas educativo-culturais e catálogo virtual, como ferramentas de sensibilização e divulgação do acervo, tarefas já desenvolvidas com êxito em outros trabalhos do projeto Matriz do Mestrado Profissional.

  • SANDRO DAVID BEZERRA DO NASCIMENTO
  • Há um vilarejo ali: oficinas de música no Museu da Vila, Vila-Bairro Coqueiro da Praia, Luís Correia – PI
  • Data: 10/09/2020
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  • Apresentamos nesse trabalho os caminhos e resultados do Projeto de Pesquisa- Ação desenvolvidos na sede do Museu da Vila, no Bairro Coqueiro da Praia, que fica a dez quilômetros do Centro da cidade de Luís Correia, um dos dez municípios que integram a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, criada por Decreto Presidencial em 1996. O planejamento do Projeto envolveu conceitos presentes na prática da Museologia de Inovação Social e no universo das Ciências Sociais Aplicadas. A atividade de intervenção ocorreu por meio de oficinas de Música, inseridas dentro de um calendário de ações que envolveu a Coordenação Acadêmica do Mestrado em Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Piauí e a Comunidade local. O que tornou este trabalho peculiar na promoção da cultura foi o fato de a ação se passar dentro de um Museu e articular demais valores sociais em um espaço de sonoridades, memória e de inclusão. O diálogo com a Comunidade apontou problemas sociais e ambientais e a atividade musical apresentou alternativas, como, por exemplo, a reciclagem de materiais na produção de instrumentos e na valorização do patrimônio cultural. A metodologia passou por uma interface multidisciplinar em que agregou ensino da Arte, Etnomusicologia, Educação Patrimonial, Sustentabilidade, Pesquisa participante e salvaguarda do Patrimônio. O contato com a música despertou na Comunidade possibilidades de trocas musicais e uma imersão no mundo sensível na descoberta de seus sons, ritmos e suas memórias, e em seu sentimento de proteção através das noções de sustentabilidade. A proteção e salvaguarda do patrimônio cultural estão diretamente associadas à melhoria da qualidade de vida de uma população, ao trabalho das memórias e à afirmação da identidade cultural. Essas práticas significam uma demanda social tão importante quanto qualquer outra atendida pelo serviço público. Nesse contexto, a Oficina de Música representou uma forma sensível de atrair todas as faixas etárias por meio de uma linguagem universal, a própria Música. O objetivo como ação educativa foi produzir um trabalho participativo de inclusão através de um processo vivo e dinâmico, em cujas interações buscamos construir valores, modos de percepção do mundo e conduta social.

  • FRANCISCO STEFANO FERREIRA DOS SANTOS
  • IINVENTÁRIO PARTICIPATIVO DA CELEBRAÇÃO DO BOM JESUS DOS PASSOS EM OEIRAS - PIAUÍ
  • Data: 28/08/2020
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  • O objetivo desta pesquisa-ação foi construir um inventário participativo da celebração de Bom Jesus dos Passos, que ocorre no sertão do Piauí desde o início do século XIX, na cidade de Oeiras, primeira capital do Piauí. Os rituais da celebração fazem parte da liturgia da Semana Santa, iniciam ainda na quinta-feira da semana anterior à Santa, com a Procissão da Fugida, com a saída em procissão da imagem do Bom Jesus da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória em direção à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, onde permanece por toda a noite. No dia seguinte, às quatro horas da tarde, em uma via sacra em estilo português, a imagem segue em procissão, são mais de 30 mil pessoas, em oração, algumas vestidas em roxo ou a carregarem ex-votos, a percorrerem as ruas estreitas da antiga e bem preservada cidade colonial. Os ritos são atravessados por símbolos, sentidos e significados; a cor roxa das vestes das imagens do Bom Jesus dos Passos, Nossa Senhora, romeiros, muitos dos quais pagadores de promessas.  Os cantos da liturgia são um híbrido do erudito e popular, os personagens bíblicos são apresentados de forma teatral pelos cuidadores envolvidos na tradição secular, assim como nos objetos sacros em prata e madeira. São mais de vinte e quatro horas de intensos ritos, que incluem orações, penitências, manifestações de fé, que fazem desta celebração uma das mais emblemáticas do Piauí. Neste trabalho, os procedimentos metodológicos constaram de ações teóricas e práticas, na concepção de um inventário de natureza participativa como proposto por Hugues de Varine, bem como pelo Manual de Aplicação do Inventário Nacional de Referências Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, técnica de pesquisa para produzir conhecimento sobre os domínios da vida social aos quais são atribuídos sentidos e valores e que, portanto, constituem marcos e referências de identidade para determinado grupo social; técnicas que se associam à história oral e etnografia, o que inclui a imersão do pesquisador na comunidade, coleta de dados, entrevistas temáticas, registros em áudio, vídeo e fotografias. Assim buscamos ao logo da pesquisa documentar para salvaguardar a celebração como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, o reconhecimento desse patrimônio como acervo cultural não apenas local, mas nacional. Como resultados, produtos e serviços, associados a este trabalho construímos um livro inventário, bem como um documentário sobre o processo participativo que nomeamos de InventárioDoc, que revelam a diversidade de pessoas envolvidas na celebração como cuidadoras das imagens, dos passos, capelas situadas no Centro Histórico, rezadeiras, promesseiros, representantes do clero e jovens de diversos bairros e comunidades rurais da cidade de Oeiras e entorno.

  • PEDRO DIAS DE FREITAS JÚNIOR
  • MUSEU DE ARTE SACRA DE OEIRAS, PIAUÍ: diagnóstico e exercício de documentação museológica
  • Data: 15/08/2020
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    Este trabalho realiza um diagnóstico do Museu de Arte Sacra de Oeiras, locali- zado no Sertão do Estado do Piauí, criado em 1983, como parte das celebrações dos 250 anos da Catedral de Nossa Senhora da Vitória. Considera-se também um exercício de documentação museológica do acervo desse equipamento cultural. O Museu tem sua sede no Palácio Capitão-Mor, João Nepomuceno Castelo Branco, antigo Paço Episcopal, protege um rico e complexo acervo que precisava ser documentado. A exposição de longa duração do Museu é forma- da por imagens de madeira policromada, séculos XVII, XVIII e XIX, castiçais e coroas de prata, mobiliário das igrejas seculares de Oeiras, e peças oriundas de colecionadores particulares. Este trabalho nasceu da necessidade de criar es- tratégias efetivas para salvaguardar o patrimônio sacro da cidade, sob a tutela do Museu de Arte Sacra, que não possui ainda um Plano Museológico e neces- sita de medidas urgentes na sua infraestrutura, vez que a situação atual do edi- fício põe em risco seu complexo e rico acervo. As dificuldades enfrentadas pela Instituição levantam dúvida acerca de sua existência, e de seu futuro enquanto equipamento museal. O acervo do Museu traduz uma cultura religiosa, marca de identidade do território; as memórias das pessoas que residem em Oeiras e entorno, identidades representadas no acervo sacro do Museu, que poderão perder-se caso não haja ações efetivas de reafirmação de sua missão e vocação. Diante dessa realidade, e na condição de educador a trabalhar no Museu, execu- tamos este trabalho, por acreditar na necessidade de construirmos programas, projetos e ações que resultem na salvaguarda desse acervo museológico. Nesse contexto, o diagnóstico e o exercício de documentação museológica do Museu de Arte Sacra de Oeiras constituíram-se fundamentais para a construção futura de um Plano Museológico, que aprimore sua gestão, e promova atividades que defendam o patrimônio constituído pelo acervo. O diagnóstico auxilia na toma- da de decisões, aponta alternativas, caminhos e novas formas de transformação institucional. Com trinta e cinco anos de existência, para que a função social do Museu seja efetivada, o planejamento estratégico, inicialmente caracterizado pela realização do diagnóstico e de um exercício de documentação museológica, apresenta-se como basilar à existência futura, reafirmando sua função socioe- ducativa e cultural como ferramentas de gestão.

2019
Descrição
  • ROSA KARINA CARVALHO CAVALCANTE
  • MIRANDA OSÓRIO O uso do patrimônio edificado como instrumento de revitalização do Conjunto Histórico e Paisagístico da Cidade de Parnaíba | Norte do Estado do Piauí
  • Data: 31/10/2019
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  • Neste documento apresenta-se o trabalho em andamento sob título Edifício Miranda Osório: o uso do patrimônio edificado como instrumento de revitalização do Conjunto Histórico e Paisagístico da Cidade de Parnaíba, no Norte do Estado do Piauí. Esta pesquisa está associada ao Projeto Matriz “PARNAÍBA: PATRIMÔNIO VIVO, CIDADE VIVA”, do Programa de Pós-graduação, Mestrado Profissional, em Artes, Patrimônio e Museologia (PPGAPM), da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), Meio Norte do Brasil, Piauí. O objetivo geral foi demonstrar, a partir do estudo de caso do antigo grupo escolar Miranda Osório, como novos usos culturais do patrimônio edificado, no caso como Museu da Cidade de Parnaíba, pode ser um instrumento de revitalização do Conjunto Histórico e Paisagístico da cidade de Parnaíba, tombado em 2008, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Esse uso também irá ajudar a promover a sustentabilidade da edificação, dado que a recuperação, ainda que restabeleça a edificação, não é capaz sozinha de promover futuras manutenções. Inicialmente realizamos uma pesquisa histórica sobre a arquitetura dos grupos escolares do Brasil em particular do antigo e primeiro grupo escolar do Piauí, Miranda Osório, cuja arquitetura tem uma relação direta com a concepção e construção dos grupos escolares brasileiros do início da Nova República em a partir do final do século XIX e início do século XX. A seguir foi feita a atualização do diagnóstico da edificação, colaborando com o projeto de restauração do arquiteto Francisco Costa. O projeto de uma proposta de exposição sobre a transformação e recuperação do antigo grupo escolar Miranda Osório, de forma a reconstituir sua história como edifício e como escola tem como objetivo sensibilizar os residentes da cidade de Parnaíba, agentes públicos ou privados, para o conhecimento e reconhecimento do seu rico e complexo patrimônio cultural, permitindo, assim, que atribuam sentidos e significados ao tombamento.

  • WERLANNE MENDES DE SANTANA MAGALHÃES
  • O INSTITUTO TARTARUGAS DO DELTA: estudos e intervenções em educação ambiental e museologia na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba
  • Data: 31/10/2019
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  • Este trabalho tem natureza pesquisa-ação, sob o título “O INSTITUTO TARTARUGAS DO DELTA: estudos e intervenções em educação ambiental e museologia na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba”, terá seus produtos e serviços associados ao Projeto Matriz  “Ecomuseu Delta do Parnaíba”, cujo objetivo é criar e promover com e para as comunidades, com agentes públicos, privados e sociais, da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, uma Rede de Museus de Território, que tenha como missão pesquisar, documentar, preservar e comunicar o patrimônio cultural e natural de comunidades ribeirinhas e praieiras, bem como proteger do risco de extinção espécies marinhas como as tartarugas que desovam no litoral do Piauí. Na condição de bióloga e membro do Instituto Tartarugas do Delta ao longo de mais de 10 anos, realizamos estudos e intervenções de natureza participativa e colaborativa, envolvendo diretamente não apenas o ITD, mas o Serviço Social do Comércio, Regional do Piauí, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e, mais recentemente (2016), o Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia, Mestrado Profissional, da Universidade Federal do Piauí. Desde 2016, por meio de um termo de Cooperação Técnica entre o Instituto Tartarugas do Delta e o Programa de Pós-Graduação iniciamos diálogos para concepção do Museu Tartarugas do Delta, que por sua vez tem uma parceria colaborativa com o Serviço Social do Comércio. A considerar a cadeia operatória da museologia – preservação, pesquisa, documentação, comunicação, fomos orientados pela Coordenação do Programa e Projeto Matriz a iniciarmos a concepção do Museu Tartarugas do Delta pela documentação de nossas pesquisas e acervos e continuarmos com as ações educativas e culturais de preservação de espécies marinhas que já realizamos desde 2006, e desde 2017, de forma mais sistemática, agregando conceitos e métodos no campo de uma museologia e inovação social, estimulando ainda mais a valorização do patrimônio cultural no território da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba. Assim, estamos a construir produtos e serviços como: histórico de estudos e intervenções realizados ao longo de mais de 10 anos na APA Delta do Parnaíba; planejamento e sistematização de ações educativas e culturais, elaboração de material didático para ações educativas e culturais; produção de um coletor gigante de garrafas pet, que dará visibilidades às nossas ações de educação ambiental e ecomuseologia na região da APA Delta do Parnaíba.

  • FLAVIANA DAMASCENO DE SOUSA VÉRAS
  • COMUNIDADE, CIDADANIA, MUSEOLOGIA E INOVAÇÃO SOCIAL: considerações a partir de uma experiência realizada na Associação de Moradores na vila-bairro Coqueiro, Luís Correia, Piauí
  • Data: 31/10/2019
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  • A proposta deste trabalho foi promover ações de mobilização social, que contribuíssem para aproximar o poder público aos cidadãos. Primeiro, identificamos as necessidades e problemas, depois procedemos a identificação/construção de alternativas de intervenção ajustadas e este contexto, tendo como base o levantamento dos recursos presentes no território, para construirmosparcerias. Investimos na capacitação e assessoria à Associação de Moradores do Bairro Coqueiro, Luís Correia, município que integra a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, para que os associados pudessem ter uma maior compreensão de sua realidade e equacionassem formas possíveis de melhorar a vida no lugar. Para a sua implementação consideramos fundamental trabalhar de forma participativa com os dez membros da diretoria da Associação de Moradores. O processo de aproximação com a realidade foi realizado de forma horizontal e participativa, gestado e gerido coletivamente com a participação das pessoas, visando a co-produção de saberes e ações A pesquisa-ação se justifica por entender que ao oportunizar a compreensão dos envolvidos na pesquisa, a participação coletiva se revela um processo importante para o pleno da cidadania ativa. Os produtos e serviços resultados deste trabalho exigiram a conjunção das habilidades profissionais da pesquisadora, levando em conta o seu compromisso com a comunidade e com o Programa, na busca por interesses comuns, o que permitiu oportunizar a formação em torno da organização, conscientização e da reflexão sobre a participação política da Associação, evidenciando o seu papel social e cultural. Desde 2018, estamos a construir com a Associação a revisão do Estatuto, a elaboração do regimento interno e um plano estratégico de ações para 2020 a 2025, que materializam os produtos e serviços desta pesquisa-ação.

  • IVANILDA SÁ QUIXABA FERREIRA
  • MEU BAIRRO É MEU PATRIMÔNIO Educação Patrimonial no Conjunto Histórico e Paisagístico de Parnaíba - Piauí
  • Data: 31/10/2019
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  • Neste documento, apresentamos o projeto-ação cujo objetivo é construir uma história da cidade de Parnaíba, litoral norte do Piauí, a partir de histórias de vida de alguns residentes do Conjunto Histórico e Paisagístico, tombado em 2008, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Como método estamos a usar a história oral e as tecnologias sociais da memória, como instrumentos práticos de aproximação com pessoas e grupos; essa última proposta é aplicada pelo Museu da Pessoa, no qual nos inspiramos. A considerar os processos de exclusão e gentrificação que marcam a realidade do Conjunto Tombado, as primeiras pessoas que selecionamos para o projeto e desenvolvermos ações de educação patrimonial foram crianças de 11 a 14 anos, regularmente matriculadas no 6º ano do Ensino Fundamental II, no ano de 2019, na Escola Municipal Godofredo de Miranda, localizada na divisa entre os bairros São José e Mendonça Clarck. A ideia foi perceber e registrar nas histórias que contam as crianças, suas formas e olhar e viver o/no bairro onde moram, sensibilidades e influências que receberam de seus familiares, da escola e do meio comunitário no qual vivem, a fim de permitir que olhem para os lugares e lhes atribuam sentidos e significados, criando condições para construírem uma vida em comunidade, relações de pertença e afetividade. Por sua natureza, o trabalho é participativo e colaborativo, para o qual estão envolvidos de forma direta a comunidade escolar, em especial os alunos. Realizamos oficinas e as registramos em fotos, trabalhos que orientamos, cujo resultado nos informa como os alunos veem e sentem o território que habitam. Como forma de comunicar esses sentimentos e emoções, produziremos um livro registro do processo do trabalho, que incluirá as histórias das crianças e suas impressões. Esta produção poderá ser utilizada como material didático, como orientações para outros estudos e intervenções no campo da educação patrimonial. Usamos, igualmente, como forma de registro e comunicação de nossas ações, as redes sociais: Instagramfacebook, meios de amplo alcance dos alunos. Os documentos como fotografias e a produção dos alunos nas oficinas estarão no acervo do museu da vila, no bairro Coqueiro da Praia, em Luís Correia, sede do Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Piauí, que coordena um projeto de criação do Ecomuseu Delta do Parnaíba, no qual está a construir com e para as pessoas uma rede de museus de território e núcleos de pesquisa, documentação e memória para o território da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, no qual se insere este e outros projetos-ação.

  • FRANCISCO DOS SANTOS MORAES
  • GUARDIÕES DO PATRIMÔNIO CULTURAL
  • Data: 21/09/2019
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  • Apresentamos o projeto-ação “Guardiões do Patrimônio Cultural”, associado ao Projeto Matriz “Ecomuseu Delta do Parnaíba”, do Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia, Campus Ministro Reis Veloso da Universidade Federal do Piauí, com sede na cidade de Parnaíba. O espaço e tempo eleitos para estudos e intervenções são o presente e o Bairro Coqueiro, Luís Correia, um dos dez municípios que integram a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba. O Bairro abriga a sede do Mestrado e um núcleo do Ecomuseu, o Museu da Vila, sob a gestão da Universidade Federal do Piauí e Associação de Moradores. Realizamos um conjunto de estudos e intervenções no campo da Educação Patrimonial e Museal, com foco na Museologia e Inovação Social, que nos permitiu compreender de forma participativa os sentidos e significados da paisagem cultural do lugar, dos sentimentos de pertença - identidade, de uma comunidade de pescadores artesanais. Para este projeto elegemos como públicos a comunidade escolar, 16 alunos do 6o ao 9o anos, com faixa etária entre 11 a 16 anos, estudantes da Unidade Escolar Carmosina Martins da Rocha e residentes no próprio Bairro, para a constituição de formação de um grupo de mediadores do Patrimônio Cultural, para atuar como multiplicadores de estudos e ações voltadas à pesquisa, documentação, comunicação, preservação e promoção do patrimônio cultural do lugar que habitam. Objetivo é sensibilizar para uma consciência política e cidadã, permitindo-os ampliar a importância social, econômica e educativa do patrimônio que detém. Como técnicas de pesquisa aplicamos a pesquisa-ação, a educação e interpretação patrimonial, com destaque para o Manual de Aplicação dos Inventários Participativos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, associado ao conceito de Tecnologia Social da Memória, sobretudo o estudo publicado pelo Museu da Pessoa, com o apoio da Fundação Banco do Brasil.

  • MARINA SOUZA MEDEIROS
  • (Re) inventar
  • Data: 24/07/2019
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  • Este projeto se insere e se articula com uma proposta do Projeto Matriz do PPGAPM, cujo objetivo é formar uma Rede de Museus de Território na APA Delta do Parnaíba, ligada ao Ecomuseu Delta do Parnaíba (MUDE), que está atravessado pelo conceito de museologia e inovação social, com ações participativas e colaborativas, para a emancipação social e valorização do patrimônio cultural local, de forma a integrar as comunidades. O núcleo (polo), sede do MUDE, está na vila-bairro Coqueiro, recentemente inaugurada (1º de junho de 2018), com o equipamento cultural - Museu da VilaO MUDEtem a missão de realizar programas, projetos e ações de sensibilização para o conhecimento, proteção e promoção do patrimônio cultural da APA Delta do Parnaíba. A considerar a missão e vocação do MUDE, o alunos do PPGAPM, a partir de suas formações iniciais, habilidades e competências, são orientados a proporem projetos de natureza ação para afirmar a tessitura da Rede, com foco na museologia e inovação social, integral e integradora. Orientados pela pesquisa social aplicada alunos, professores e comunidade juntos promovem uma diversidade de estudos e intervenções (THIOLLENT, 2011, p.14), com olhar sobre e com as comunidades, sobre o território e patrimônio cultural, buscando interpretar, valorizar, produzir conhecimentos sobre a importância da preservação, pesquisa, documentação e comunicação do patrimônio cultural. Para Michel Thiollent (2011, p. 25), esse modelo de estudos “[...] trata-se de um conhecimento a ser cotejado com outros estudos e suscetível de parciais generalizações no estudo de problemas sociológicos, educacionais ou outros, de maior alcance”. Logo esta natureza de pesquisa fortalece a metodologia escolhida a constituição de museus em rede, como o MUDE.Os projetos do PPAPM se materializam em estudos e ações multidisciplinares, que somam esforços e constroem uma trama de educação para o conhecimento e reconhecimento da identidade cultural do lugar. Como mestranda e arte educadora, nesse contexto, nossa proposta é promover ações com o uso da arte como dispositivo para sensibilizar o olhar da comunidade sobre a importância da construção coletiva para abraçar o patrimônio cultural, acessar memórias, sentimentos e emoções

  • GABRIELA FREITAS DE PAIVA
  • TESAURO DO ACERVO DE ARTES DE PESCA ARTESANAL DO MUSEU DA VILA
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 15/07/2019
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  • O presente trabalho é sequência de estudos e intervenções de pesquisa e documentação museológica para constituição do Ecomuseu Delta do Parnaíba, Projeto Matriz do Programa de Pós-Graduação em Artes, Patrimônio e Museologia, da Universidade Federal do Piauí-UFPI, o qual se vinculam todos os projetos do Mestrado. O Ecomuseu Delta do Parnaíba se firma no conceito de rede de museus poli nucleares, de territórios e de base comunitária. Sua missão é ser um ecomuseu com as funções de preservação, pesquisa, documentação, comunicação do patrimônio cultural e natural, com acervos operacionais e institucionais da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba. O objetivo deste trabalho foi criar um Tesauro das artes de pesca artesanal de um dos acervos operacionais do Museu da Vila, o primeiro núcleo da rede de museus do Ecomuseu Delta do Parnaíba. O Museu da Vila está localizado a 100m da orla da vila-bairro Coqueiro da Praia, onde resistem pescadores artesanais a manterem um ofício e modos de saber-fazer ancestrais. O bairro pertence ao município de Luís Correia, um dos dez que integram a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba. Em 2017, sob a orientação das professoras Áurea Pinheiro e Cássia Moura, 15 alunos da 3ª Turma do Programa realizaram nessa localidade um exercício de inventário participativo dos modos de saber-fazer das artes de pesca. Como técnicas e métodos foram utilizadas fichas adaptadas do INRC- Inventário Nacional de Referências Culturais elaboradas por Arantes (2000) para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; a história oral e a etnografia. Como resultado do contato direto com a comunidade de pescadores, elaboramos um conjunto de informações, que neste trabalho foram revisadas, complementadas e sistematizadas, dando-lhes coerência conceitual por meio da elaboração de um vocabulário controlado, o Tesauro das Artes de Pesca Artesanal, e organizadas em uma base de dados, utilizando o software livre Tainacan, – criado em de uma parceria entre a Universidade Federal de Goiás, Ministério da Cultura e o Instituto Brasileiro de Museus. Os colaboradores dessa desta pesquisa foram quinze pescadores artesanais, em atividade, proprietários de canoas e, residentes na vila-bairro. A partir da organização do acervo operacional referente ao patrimônio vivo das artes de pesca artesanal, a equipe do Museu da Vila promoverá o acesso às informações para conhecimento, reconhecimento e salvaguarda desse patrimônio ancestral, atendendo também às demandas de pesquisa, exposições e ações educativas do Museu.

  • CÁTIA REGINA FURTADO DA COSTA
  • POLÍTICA DE INFORMAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE REPOSITÓRIO TEMÁTICO PARA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ARTES, PATRIMÔNIO E MUSEOLOGIA COM O USO DO SOFTWARE TAINACAN
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 15/07/2019
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  • Os repositórios digitais são ferramentas de acesso à comunicação e informação, permitem armazenar, preservar e disseminar informações, contribuem para gerar novos conhecimentos por compartilhamento da produção já existente. São reconhecidos pelas instituições de ensino, pesquisa, cultura como uma importante aliada na gestão de suas produções; possibilitam ampla comunicação científica, contribuem para a visibilidade e credibilidade das instituições. O presente trabalho tem o objetivo de propor uma política de comunicação e informação, e implantação de  Repositório Temático para Programa de Pós Graduação em Artes, Patrimônio e Museologia com o uso do Tainacan, uma ferramenta flexível e poderosa para WordPress, que permite a gestão e a publicação de coleções digitais com a mesma facilidade de se publicar postsem blogs, mas mantendo todos os requisitos de uma plataforma profissional para repositórios. A implantação do Repositório Temático do Programa de Pós-graduação visa a gestão de suas produções no campo da museologia e inovação social, produtos e serviços elaborados com e para as comunidades como resultados de Trabalhos Finais de Mestrado. Trata-se de repositório com acervo singular com estudos e intervenções com o uso de metodologias participativas, história oral, etnografia, fotografia, cinema documental, dentre outras, que permitem compreender, em uma perspectiva comparada e transdisciplinar, especificidades de saberes e modos de viver de comunidades que habitam a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba e o vasto território do Estado do Piauí. Realizamos pesquisas documental e bibliográfica, que nos permitiram conhecer, identificar e analisar as práticas da gestão e disseminação da informação em Instituições de Ensino Superior através dos Repositórios Digitais. Questões quanto aos softwaresde repositórios, equipe necessária, desenvolvimento de políticas, promoção e marketing, gestão da propriedade intelectual e conteúdos aceitos nos repositórios, indispensáveis no pleno funcionamento do Repositório Temático sob o título Ecomuseu Delta do Parnaíba, sob a gestão do Programa de Pós-graduação.

  • KARINA MARIA FERRAZ DOS SANTOS CADENA
  • PROJETO ARQUITETÔNICO DE REABILITAÇÃO PARA NOVO USO SOCIAL DO ANTIGO GRUPO ESCOLAR DEPUTADO JOÃO PINTO BAIRRO COQUEIRO| LUÍS CORREIA | PIAUÍ
  • Data: 01/07/2019
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  • A criação de projeto arquitetônico de reabilitação para novo uso social do antigo Grupo Escolar Deputado João Pinto materializa nossos estudos e intervenções. Revitalizar com o propósito de instalar o Museu da Vila e o Programa de Pós-Graduação, Mestrado Profissional, em Artes, Patrimônio e Museologia, da Universidade Federal do Piauí, no antigo edifício localizado na esquina da rua Antonieta Reis Veloso com a Rua José Quirino, no bairro Coqueiro, Luís Correia, Piauí, um dos dez municípios que integram a Área de Proteção Ambiental (APA) Delta do Parnaíba. O Museu da Vila é uma concepção e coordenação do Programa de Pós-Graduação, que desde junho de 2018 funciona no antigo prédio, sem uso há mais de sete anos, o que o tornava suscetível a depredações e degradações. Propomos requalificação da edificação para uso socioeducativo e cultural do espaço, que possui uma localização geográfica privilegiada –a entrada principal do bairro, há 100 metros da orla da praia. O imóvel é de propriedade do Governo do Estado do Piauí e foi cedido pela Lei Estadual n° 7.178, de 9 de janeiro de 2019, para o Mestrado em Museologia da Universidade Federal do Piauí, hoje, Universidade Federal do Delta. No Projeto Arquitetônico consideramos além das marcas de identidade e memórias da antiga escola, de valor inestimável para os moradores, um plano de necessidades de uma sede de museu de território: uma sala de exposições, um núcleo de pesquisa, documentação e memória, uma sala multiuso, um mirante, um café, um depósito e dois banheiros; bem como implantação de pergolado para ampliar as áreas de exposição, sinalização do edifício, readequações nas fachadas e exposição de uma embarcação que fora usada na pesca artesanal do Bairro. O Projeto Arquitetônico segue as normatizações da ABNT NBR 6492/1994, NBR 9050/2015, NBR 16636-1/2017 e os condicionantes legais municipais, estaduais e federais. Elegemos como públicos privilegiados os moradores do bairro Coqueiro, vez que será um equipamento cultural em um lugar carente dessa natureza de serviços. O Museu da Vila, igualmente, oferecerá a pesquisadores e visitantes a possibilidade de desfrutarem dos ambientes, partilharem estudos e pesquisas multidisciplinares sobre o território. Será um espaço de ações e intervenções educativas e culturais, com foco nas pessoas, nos patrimônios e meio ambiente, associados, dentre muitas marcas de identidade, à pesca artesanal, construção de embarcações, artesanato de fibras de palmeiras locais, linha, madeira, argila, gastronomia e turismo de base comunitária.

     

  • GIZELA COSTA FALCÃO DE CARVALHO
  • ATELIÊ-ESCOLA DO MUSEU DA VILA COQUEIRO DA PRAIA | LUÍS CORREIA | PIAUÍ
  • Data: 01/07/2019
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  • Apresentamos estudos e intervenções que realizamos de forma participativa e colaborativa comdez mulheres, entre 30 a 60 anos, residentes na vila-bairro Coqueiro da Praia, Luís Correia, Piauí. Participaram deste trabalho realizado ao longo de 2018 mulheres profissionais do designde moda e produto, formadas na Universidade Federal do Piauí. O trabalho foi realizado no ateliê-escola que criamos, autora e mulheres envolvidas neste trabalho, no Museu da Vila - o Ateliê da Vila. O edifício do Museu abriga igualmente o Mestrado Profissional em Museologia da Universidade Federal do Piauí e a Associação de Moradores do Bairro. Foi no Ateliê da Vila que produzimos de forma participativa e colaborativa a coleção moda-praia e produtos “Navegar é preciso”. Os estudos para estruturação do Ateliê e oficinas  de design de moda foram realizados em casa cedida pela Coordenação do Programa. De forma criativa, com materiais sustentáveis, adaptamos o espaço. O trabalho inicial foi realizado com apenas uma máquina de costura, tecidos e outros materiais que adquirimos ou foram doados. A partir do segundo semestre de 2018, instalamos o Ateliê em uma das salas do Museu da Vila, desde o final de 2018, pronto para receber os residentes da vila-bairro interessados em moda e design. Há seis máquinas industriais e tecidos doados por empresas parceiras para o Projeto. O Ateliê-Escola e a coleção “Navegar é Preciso”, moda-praia, acessórios e outros produtos, tiveram inspiração na paisagem cultural da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba (APA), que abriga uma população detentora de um rico e complexo patrimônio cultural, um território berçário de espécies em extinção como as tartarugas marinhas, o peixe-boi e o cavalo marinho. Na vila-bairro, vive uma população cuja marca de identidade são as artes de pesca, o artesanato em taboa, carnaúba, barro, madeira, linha  etc. Os homens exercem o ofício e modos de fazer associados à pesca artesanal e seus artefatos, as mulheres são domésticas, professoras, funcionárias públicas, comerciantes, que expressam habilidades para a costura e artesanato. Nos últimos 30 anos, as artes de pesca e artesanato são patrimônio em risco. As canoas começam a desaparecer da orla da praia do Coqueiro e o artesanato local praticamente não existe mais, sendo possível encontrar poucas artesãs com idade bem avançada (50 a 80 anos) na vila-bairro, que mantém os modos de saber-fazer dos trançados em taboa, carnaúba e crochê. Há uma quantidade significativa de pessoas entre 18 a 30 anos sem emprego ou subempregada, portanto, um contingente vulnerável que necessita de emprego e renda, solução que pode estar na museologia, na inovação social e no empreendedorismo, permitindo o conhecimento e reconhecimento do valor do patrimônio cultural e natural como elemento econômico e sustentável. Através dodesignde moda desenvolvemos um produto com expressão cultural do grupo social que o criou e o consome. Assim, construímos um ateliê-escola e elaboramos uma coleção de moda inspirada na cultura local, a partir dos costumes, tradições, valores, códigos de convivência de uma comunidade, e esperamos que o Ateliê e a produção dele resultante possa contribuir para o desenvolvimento local. Neste trabalho, abrimos mão da autoria total e dividimos a capacidade criativa com o grupo de mulheres, amenizando a atenção com os detalhes técnicos para atentar mais à estética sensível da construção do processo, que nos movimenta e nos envolve enquanto mulher trabalhando como tantas outras mulheres, criando produtos a partir dos tecidos adquiridos, doados e dos conhecimentos proporcionados em modelagem e montagem das peças e, sobretudo, no ambiente sócio, histórico e cultural da comunidade que os produziu. 

  • HELDER JOSÉ SOUZA DO NASCIMENTO
  • O Processo de Elaboração do Plano Museológico Participativo do Museu do Trem do Piauí, Parnaíba: Presenças e Ausências
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 27/06/2019
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  • Nesta investigação-ação nos propusemos com a comunidade residente na cidade de Parnaíba, Estado do Piauí elaborar, de forma participativa, um Plano Museológico para o Museu do Trem do Piauí, instituição pública mantida pelo Órgão Gestor da Cultura, da Prefeitura de Parnaíba, desde o ano de 2002, quando foi criado com o propósito de preservar a memória ferroviária da extinta estrada de ferro do Piauí. O Plano Museológico é uma ferramenta de gestão, que para além de traçar um planejamento estratégico, assume uma natureza política, por nortear a atuação da instituição junto à sociedade. Atualmente, com mais de 3.600 museus, o Brasil tem repensado o papel das instituições museais, e nesse contexto, apenas 25% delas possuem Plano Museológico. Embasamos nosso olhar no Estatuto de Museus, lei 11.904/2009 e no Decreto 8.124/2013, diretrizes da política nacional de museus, que deixam claro em seus preceitos a obrigação dos museus no que refere à elaboração e implementação do Plano Museológico. Adotamos também como premissas as perspectivas apresentadas pela Nova Museologia, entendendo o museu como espaço de diálogo, interação e de participação cultural. A pesquisa foi delineada por um conjunto de estudos de conceitos, diagnóstico e intervenções para a elaboração do Plano Museológico com pessoas da comunidade, representantes de órgãos governamentais e da sociedade civil. Para além de participativa, a trama formada entre os que se achegaram ao processo resulta em um serviço e produto colaborativos, que se traduz em Programas e Projetos, idealizados por uma rede de pessoas, que acreditam, a partir desse movimento deflagrador, no modelo de gestão compartilhada, para a promoção do alargamento do processo museológico no Museu do Trem do Piauí, como um espaço vivo, vetor de desenvolvimento humano para a cidade Patrimônio Nacional – tombada à nível federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2008.  

  • VÍCTOR VERÍSSIMO GUIMARÃES
  • Branding e Desenvolvimento de Identidade Visual Museu da Vila Bairro Coqueiro da Praia | Luís Correia | Piauí | Brasil
  • Data: 22/04/2019
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  • A proposta deste trabalho é apresentar o percurso de construção de um es- paço de natureza museal, não em seu caráter construtivo e edifício, mas sua definição, uma identidade institucional visual, que estruture simbolicamente o posicionamento de gestão das atividades do espaço sobre sua comunidade de interesse. Para o caso, estamos tratando do Museu da Vila, localizado no a 10km do centro da cidade de Luís Correia, no Piauí-BR. O Bairro Coqueiro da Praia assume uma indenidade particular para a construção de um espa- ço museológico não apenas pela beleza paisagística natural e seu potencial turístico, mas principalmente pelas relações socioculturais e simbólicas que permitiram a sobrevivência e permanência de uma comunidade baseada na coleta e na pesca. Nesse sentido, observa-se nesse lugar um conjunto de há- bitos tradicionais, relações e saberes peculiares que ao longo do tempo, em meio as transformações urbanas, econômicas e políticas se tornaram fragi- lizados, o que serviu para o desenvolvimento de exigências museais desde a instalação de um núcleo projeto MUDE (Rede de Museus de Território do Delta Do Parnaíba), pelo mestrado em Artes, Patrimônio e Museologia da Uni- versidade Federal do Piauí. A proposição do Museu da Vila, envolve de forma essencial a Museologia Social, uma modalidade de prática museal derivada da Nova Museologia que extrapola o padrão tradicional de uma instituição entre paredes e envolve o seu território e que delineia o estabelecimento de um museu integral que proporciona a comunidade uma visão conjectural do seu meio material e cultural. A vocação para um Museu dá a partir da provocação do que é ser um indivíduo de cultura tradicional, e da compreensão de que vi- ver na subsistência da vida mar acima ou mar abaixo traz experiências afetivas e intelectuais que merecem ser anunciadas, refletidas e ressignificados. É ne- cessário promover esse tipo de espaço para facilitar a compreensão da par- ticipação que a comunidade pesqueira teve e tem na formação do território do Bairro Coqueiro, bem como observar seus aspectos ocultos ou silenciados pelo apelo turístico, tão evidenciado na região. Em toda a costa brasileira existem comunidades tradicionais com os mais variados costumes e identida- des que tem suas relações baseadas na cultura pesqueira que não merecem ser ignoradas e esquecidas. A participação desse grupo de tradição na cons- tituição do Bairro do Coqueiro da Praia em Luís Correia (PI), todavia, é úni- ca, logo, um espaço institucional que se proponha revelar as peculiaridades locais precisa de um elemento específico de identificação e diferenciação. Para o momento, nesse sentido, foi obrigatório criar um meio de comunica- ção (marca) que seja capaz de contribuir de forma eficaz no reconhecimento tanto do centro de interpretação quanto de seus espaços, bem como a cons- trução de uma estratégia de comunicação (branding) que promova vantagens competitivas de mercado quanto ao consumo de serviços, cultura e arte e sua notoriedade. Neste contexto, esse trabalho trata do processo de construção da identidade visual do museu da Vila na defesa e apresentação das referen- cias da identidade local do Bairro Coqueiro da Praia em Luís Correia.

2018
Descrição
  • JAQUELINE CARVALHO BEZERRA
  • RUA | RESIDÊNCIA ARTÍSTICA ARTÉRIAS URBANAS
  • Data: 10/12/2018
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  • Este trabalho trata das experiências realizadas na "RUA| Residência Artística Artérias Urbanas”. Ela é um dispositivo criado como parte do projeto de mestrado em Arte, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Piauí-UFPI que propõe um ambiente de contaminação criativa por meio da arte contemporânea entre artistas que se inter-relacionam com a cidade de Parnaíba localizada no estado do Piauí. A residência propôs experimentar diferentes significados para memória, patrimônio cultural, território e estética relacional no centro histórico desta cidade, historicamente reverenciada por seu caráter cosmopolita, pois guarda em sua essência diálogo com outros lugares por ter suas memórias como porta de entrada para o comércio entre a Europa e o Norte do Brasil. São mais de 300 anos de vivências e transformações, constituindo um dos conjuntos arquitetônicos dos mais antigos do Brasil, e hoje integrada uma Área de Preservação Ambiental – APA, estrategicamente situada em uma das regiões mais belas do país, em pleno Delta do Parnaíba. A “RUA” pensa o espaço urbano como plataforma privilegiada para articulações e ativismos.

  • FÁBIO ESTEFANIO LUSTOSA DE BRITO LOPES
  • MUSEOLOGIA, AUDIOVISUAL E MEDIAÇÃO CULTURAL
  • Data: 10/12/2018
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  • Para este trabalho defendemos a relação intrínseca, indissociável, uma via de mão dupla entre teoria e prática, entre museologia e mediação, que tem nos permitido construir um trabalho efetivo e sistemático de pesquisa, registros audiovisuais e comunicação, o que inclui educação-mediação e exposição, no campo de estudos, da memória e do patrimônio cultural no Território da Unidade de Conservação - Área de Proteção Ambiental APA Delta do Parnaíba. Este trabalho associa-se diretamente ao Projeto-matriz “Ecomuseu Delta do Parnaíba”, concebido como fenômeno cultural  integral e integrador de comunidades ribeirinhas, praieiras e deltaicas, com as quais um grupo de pesquisadores dialoga há dez anos, a motivar diálogos sobre produção, registro de imagens e seu papel legitimador e formador de memórias e identidades, formando agentes transformadores capazes de produzir uma representação artística de si mesmos, de sua comunidade, da relação com o outro e o mundo através de artifícios educacionais ligados ao uso de ferramentas audiovisuais.

  • ANIK DE ASSUNÇÃO OLIVEIRA SOUSA
  • RENDILHANDO MEMÓRIAS: uma proposta de interpretação do patrimônio cultural
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 15/09/2018
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  • A cidade de Parnaíba no Piauí tem uma localização geográfica privilegiada - Delta do Parnaíba; é banhada pelo rio Igaraçu, que contribuiu para criar uma rica e complexa rede de comércio interno e externo por via fluvial e marítima, via de acesso ao oceano Atlântico. A urbe tem a sua história atravessada pelo ciclo do gado e produtos do sertão; uma gama de fatores lhes concedeu uma atmosfera culturalmente vasta e rica de sentidos e significados, que ainda permanecem nas histórias e memórias daqueles que habitam este território. Em 2008, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, tombou o Conjunto Histórico e Paisagístico da Cidade - um museu a céu aberto, caracterizado por uma paisagem cultural singular, refletida nas águas do rio Igaraçu, com seu colar de carnaúbas, o seu rico casario datado de meados do século XVIII, com lugares, celebrações, modos de saber-fazer, formas de expressão, que completam a sua atmosfera sociocultural. Em 2018, o tombamento completa 10 anos, mas detectamos ausências de políticas públicas de educação para o patrimônio cultural; não há gestão efetiva nas três esferas públicas – federal, estadual e municipal, há abandono das áreas tombadas, localizadas no Centro Histórico da Cidade. Diante dessa realidade, estudamos e intervimos com ações socioeducativas, com o fito de sensibilizar os residentes para o conhecimento, reconhecimento e valorização da paisagem cultural da cidade, permitimos experiências que estimularam um exercício da percepção urbana, estética, de descoberta e redescoberta do Patrimônio Cultural. Por sua natureza profissional, o Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia exige a concepção, desenvolvimento, aplicação e avaliação de produtos e/ou serviços como Trabalho Final, assim, o projeto-ação “Rendilhando Memórias” se materializa em um conjunto de ações, produtos e atividades de interpretação do patrimônio cultural, meio de comunicação estratégico e provocativo, para despertar os residentes a olharem o protegerem o patrimônio cultural, elemento de cidadania e sustentabilidade.

  • ALEXSANDRA DE MORAES CERQUEIRA
  • A FÉ QUE ABRAÇA A BARCA: Registro da Celebração de Bom Jesus dos Navegantes – Luís Correia – Piauí.
  • Data: 22/08/2018
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  • A celebração à Bom Jesus dos Navegantes ocorre no município de Luís Correia no Piauí; remonta ao século XIX, quando pescadores teriam encontrado no mar, no dia 29 de junho, quando se celebra à São Pedro, protetor dos pescadores, a imagem de Bom Jesus dos Navegantes. Desde então, muitas pessoas, principalmente pescadores, passaram a fazer promessas a Bom Jesus, rogando por proteção e saúde. Os ritos religiosos e os espaços sagrados se apresentam, em sua grande maioria, indissociáveis da trajetória histórica, cultural e social das cidades aos quais pertencem, representando parte da memória individual e coletiva de seus habitantes. Ao considerarmos a Museologia Social como “um fazer museológico”, comprometido com as comunidades a que serve, realizamos uma das fases daquele fazer – a documentação do patrimônio cultural, nomeadamente o patrimônio imaterial – desta celebração. Para registro e documentação tomamos como referência o Manual de Aplicação, um conjunto de instrumentos de pesquisa que orienta o Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) disponibilizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A importância deste trabalho está em construir fontes de informação, documentação e comunicação de celebrações. Além do inventário, materializado em documentação textual, fotográfica, produzimos o documentário “A Fé que abraça a Barca”. Os registros textuais, sonoros, fotográficos e audiovisuais, permitem o conhecimento e reconhecimento da celebração como uma manifestação cultural ancestral, um patrimônio cultural religioso da Área de Proteção Ambiental APA Delta do Parnaíba, habitada por populações que vivem da pesca artesanal. Neste trabalho, oferecemos a nossa contribuição para o registro e salvaguarda de formas de religiosidade e espiritualidade; contribuímos para a democratização e o fortalecimento de identidades locais, para a valorização, promoção e salvaguarda de memórias e histórias, para comunicar, dar a ver celebrações, suas permanências, suas rupturas. Além do Manual de Aplicação (INRC / IPHAN), nos valemos de procedimentos metodológicos como a pesquisa-ação, a história oral e etnografia. Ao longo do ano de 2016 e 2017, estivemos imersos no cotidiano de comunidades praieiras, sobretudo na cidade de Luís Correia e Bairro do Coqueiro da Praia, em um trabalho de coleta de dados, entrevistas temáticas, registros sonoros, fotográficos, audiovisuais.

  • ELANE LOPES COUTINHO
  • uma proposta de gestão compartilhada. APROPRIAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL NO SÍTIO TOMBADO DE PARNAÍBA - PIAUÍ
  • Data: 18/08/2018
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  • O edifício é história; a cidade é documento. Os que ali habitam, possuem a discricionariedade de transubstanciar coisas e relações em fato museológico. Assim, entendemos o modo como se processa o ambiente construído, a memória, o valor atribuído ao bem cultural, e o papel do indivíduo no Sítio Histórico e Paisagístico de Parnaíba, espaço urbano que completa em 2018 dez anos de tombamento pautado em valores históricos, paisagísticos, arqueológicos e etnográficos. O sítio de Parnaíba, no que se refere às ações de preservação dos bens culturais, acomodou-se em políticas de salvaguarda que não atendem à heterogeneidade do bem cultural, uma vez que não contribuem na minimização e prevenção de conflitos de apropriação de um mesmo patrimônio sob a perspectiva de narrativas diversas. Instrumentos técnicos e jurídicos, produtos da figura do tombamento, confrontam-se entre o uso do bem cultural enquanto elemento arquitetônico e o desempenho da função social da propriedade por um lado, e item mercadológico que pretende satisfazer as necessidades de maneira rentável a partir do ponto de vista econômico, por outro. Para além da aplicação de instrumentos técnicos, a arquitetura pode ser estudada por diversos ângulos, em seus aspectos de matéria, monumento, documento, arte e espaço, e em todos os casos percebemos uma intrínseca relação entre arquitetura, meio e homem. Trataremos a arquitetura, nesta proposta de pesquisa, como acervo museológico, reconhecendo o ambiente construído como patrimônio constituído. Uma pesquisa-ação que tem como ponto fundamental a investigação de conflitos de apropriação do patrimônio no sítio tombado de Parnaíba pelo viés da Museologia Social e da Conservação Integrada, e a partir disto propor ações que visem diminuir estes conflitos.

  • ELLAINE MARTINS OLIVEIRA DA ROCHA
  • CASA GRANDE DOS DIAS DA SILVA: estudos para reabilitação e implantação do Museu da Cidade de Parnaíba, Piauí
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 15/08/2018
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  • Neste documento apresentamos o Trabalho Final de Mestrado sob o título “CASA GRANDE DOS DIAS DA SILVA:estudos para reabilitação e implantação do Museu da Cidade de Parnaíba, Piauí”, projeto associado ao Projeto Matriz sob o título “PARNAÍBA: PATRIMÔNIO VIVO, CIDADE VIVA”, coordenado pelo Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia, PPGAPM, Mestrado Profissional, da Universidade Federal do Piauí, CampusMinistro Reis Veloso na Cidade de Parnaíba. O objetivo geral foi elaborar um projeto de reabilitação do imóvel “Casa Grande dos Dias da Silva”, para implantação a médio ou longo prazo, do Museu da Cidade de Parnaíba, Piauí. Inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre edificações históricas e estudos de casos de intervenções do tipo reabilitação de espaços em museus, com ênfase nos diálogos entre arquitetura e museologia. Posteriormente, foi realizado uma pesquisa de campo, que permitiu a imersão na cidade e contato com a população residente, com objetivo de conhecer e divulgar o espaço da Casa Grande Simplício Dias, colher junto à população o uso que gostariam que fosse dado à antiga residência dos Dias da Silva.  Os dados foram levantados a partir de três etapas: 1. Pesquisa de opinião, com uso da ferramenta do Google via on-line(GoogleFormulários); 2. Exposição Itinerante, com tema “Casa Grande dos Dias da Silva: Rendilhar o Passado, Construir o Futuro” com ênfase nos temas museu, patrimônio, preservação; momento no qual foi possível colher a opinião dos visitantes sobre o uso da Casa Grande; e 3. Roda de conversa sobre a Casa Grande dos Dias da Silva, para a qual foram convidados, membros de entidades governamentais e não governamentais e cidadãos de Parnaíba para discutir o uso da Casa Grande e projeto de Museu. Observamos opiniões diversas quanto ao uso edificação, porém a que prevaleceu dentre a maioria foi o desejo de que a mesma se transforme em um museu da cidade. Assim, a partir dos resultados observados, discussões realizadas, e análise de campo, apresentamos sugestões práticas e objetivas para a reabilitação do espaço de forma a lhe oferecer uso social, a considerar que se trata de imóvel construído no século XVIII para habitação familiar. Como produto final de Mestrado foi elaborado o projeto de reabilitação, um espaço social e cultural, um equipamento museológico, que contempla uma recepção, café, salas de exposições de curta e longa duração, escritório colaborativo, sala multiuso (para serviços de educação e ação cultural, reuniões, palestras, rodas de conserva, oficinas etc.), um laboratório de conservação preventiva de bens móveis e uma reserva técnica. No contexto daquilo que foi idealizado para o espaço estão exposições sobre a cidade de Parnaíba, com foco na história da própria edificação, e uma sala de exposição para o acervo de Humberto de Campos (1886-1934), que está em uma das salas da Casa Grande, sob a responsabilidade da Superintendência de Cultura do Município de Parnaíba.

  • GARDÊNIA ANGELIM MEDEIROS DE OLIVEIRA
  • OS DESAFIOS DE UM PROJETO ARQUITETÔNICO PARTICIPATIVO PARA A CONSTRUÇÃO DA SEDE DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO BAIRRO COQUEIRO
  • Data: 13/08/2018
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  • Apresentamos os resultados de estudos e intervenções de natureza participativa, realizados no Bairro Coqueiro, Luís Correia, litoral do Piauí, um dos dez municípios que formam a Área de Proteção Ambiental – APA Delta do Parnaíba. Investigações de pesquisadoras do Programa de Pós-graduação, Mestrado Profissional, em Museologia da Universidade Federal do Piauí – PPGAPM UFPI, no Bairro Coqueiro, desde 2014, nos permitiu a aproximação com dez mulheres, entre 40 a 80 anos, membros da diretoria da Associação de Moradores do Bairro Coqueiro - AMBC, ao longo de um ano, viabilizando, assim, o uso da pesquisa-ação. O contato direto com a comunidade, a relação dialógica estabelecida, facilitou a identificação e problematização de forças, oportunidades, fragilidades e ameaças no Bairro, envolvendo pessoas e instituições, para então delimitarmos a investigação e criarmos produtos e serviços, que atendessem às necessidades de um bairro habitado em sua maioria por famílias de pescadores; construindo de forma coletiva e participativa um trabalho que se afastasse dos conceitos de Museologia e Inovação Social. O desafio e objetivo centraram-se na sensibilização para conhecimento, reconhecimento, preservação e salvaguarda do patrimônio cultural do lugar. O trabalho com a AMBC foi de extrema importância para a aproximação entre a pesquisadora e comunidade, razão pela qual, partindo de nossas habilidades profissionais construirmos os produtos e serviços resultados desta investigação: um Projeto Arquitetônico para a sede da AMBC, desejo acalantado por aquelas mulheres há mais de vinte anos. Ao longo do trabalho, acompanhamos a assessoria jurídica e contábil da AMBC prestada pelo PPGAPM UFPI; participamos de ações para captação de recursos para construção da sede, que deve ser um equipamento sociocultural de base comunitária, capaz de promover a interação entre as pessoas do lugar, empresas públicas, privadas e sociais, considerando sempre o conceito de participação e inclusão social, um exercício sistemático de cidadania, de valorização do patrimônio cultural, de afirmação de identidade e pertencimento.

  • ALINE KELY VIEIRA CHAVES
  • MUSEU DO PIAUÍ: uma proposta de programa de comunicação institucional
  • Data: 11/08/2018
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  • Apresentamos projeto-ação cujo resultados são produtos e serviços associados à construção participativa e colaborativa de Um Programa de Comunicação Institucional para o Museu do Piauí – MUP, com sede na cidade de Teresina, capital do Estado do Piauí, sob a gestão da Secretaria de Cultura do Estado - SECULT. No Organograma da Secretaria, a comunicação do MUP está sob a responsabilidade direta da Assessoria de Comunicação (ASCOM) e da Coordenadoria de Comunicação do Estado do Piauí – CCOM. A proposta de Um Programa de Comunicação, objeto deste trabalho, foi elaborado de forma integrada, participativa e colaborativa com a assessoria de comunicação da SECULT e a equipe de gestão do MUP. Desde agosto de 2017, realizamos Estágio Curricular no MUP, o que nos permitiu fazer um diagnóstico da comunicação interna e externa do Museu, sendo possível, agora, propormos para apresentação e discussão instrumentos comunicacionais para a Instituição junto aos diversos públicos, interno e externo. O MUP não possui Um Programa de Comunicação, o que compromete o conhecimento e reconhecimento do Museu como uma instituição pública que presta serviços à sociedade. O nosso trabalho está voltado para a área da comunicação e informação em museus; há intervenção diretamente associada à construção de instrumentos comunicacionais, planejamento de estratégias, ações pontuais e concretas para potencializar a comunicação da Instituição. Ao longo do Estágio Curricular no MUP, percebemos a necessidade de um colaborador para trabalhar diretamente na Assessoria de Comunicação, desde que sejam realizados atividades que possam contribuir com a formação desse agente para o trato com as tecnologias da comunicação e informação, com destaque para website, blogs, rede sociais etc., ação que nos propomos realizar com os participantes e colaboradores interessados. Essa natureza de trabalho requer reuniões periódicas (semanais de preferência para essa formação). No Programa de Comunicação será sugerido que os trabalhadores do MUP usem uniformes e crachás que os identifiquem. O MUP necessita de uma identidade visual que firme a marca e estratégias de divulgação junto aos públicos e usuários; de um mailing - uma lista de contatos, o que inclui imprensa, agência de turismo, escolas, associações sindicais, ONGs, setores públicos e privados diversos etc., não descurar de usar o livro de presença com e-mails dos visitantes, criar um mapa de localização do MUP, um website com hospedagem gratuita, newsletter semanal, informativo mensal, folders, que divulguem a programação mensal com destaque para atividades já regularmente desenvolvidas, como a Semana Nacional e Primavera dos Museus, inciativa do Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, por recomendação do Conselho Internacional de Museus - ICOM; que divulgue, com destaque, o aniversário do MUP, com manifestação nos diversos órgãos da imprensa, assembleias legislativas municipal e estadual, junto a iniciativa privada, empresas; divulgar o MUP em outdoorse placas de sinalização em pontos e lugares estratégicos da cidade etc.

  • HÉRICA REGINA VIEIRA SANTOS
  • PERFIL EDUCACIONAL E GERENCIAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA E CULTURAL: propostas para o Museu do Piauí, Casa de Odilon Nunes
  • Data: 11/08/2018
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  • Este trabalho apresenta o processo e resultados de uma pesquisa-ação desenvolvida no âmbito do Setor Educativo do Museu do Piauí, Casa de Odilon Nunes – (MUP), um museu estadual, mantido pela Secretaria de Estado de Cultura do Piauí – (SECULT), de vocação histórica, localizado no centro de Teresina, capital do Piauí, Brasil. O objeto de investigação e ação se trata da Ação Educativa e Cultural do MUP. A partir das investigações realizadas, elaboramos um mapeamento, que representa um estudo mais aprofundado sobre esse serviço, em termos de sua estrutura e desenvolvimento, e tem o intuito de verificar a atual situação da área educativo-cultural do Museu. Para tanto, estudamos alguns dos elementos-chave desse serviço, tais como recursos (humanos, materiais e financeiros), concepções teóricas e práticas (abordagem pedagógica, orientação teórico-metodológico de ação e referências), programas e serviços (projetos, ações, atividades e equipes), para compreender sua realidade com inerentes particularidades, principais potencialidades e fragilidades. Com base nesse estudo e nos pressupostos da Museologia, construímos, com o auxílio de profissionais do Setor Educativo do MUP, estratégias para atender algumas das necessidades constatadas a partir das análises. Dentre essas, enfatizamos o delineamento ou estruturação de um perfil educacional fundamentado em documentos norteadores e o gerenciamento mais eficiente das ações. A partir, sobretudo, dessa constatação apresentamos alguns contributos para a qualificação dos trabalhos, dos quais se destacam os subsídios iniciais para o desenvolvimento de uma Política Educativa para o MUP, uma proposta de sistema de gerenciamento para sua Ação Educativa e Cultural, um caderno de apoio pedagógico para professores e apontamentos para a elaboração de um Programa Educativo e Cultural para o Museu.

2017
Descrição
  • BÁRBARA FREIRE RIBEIRO ROCHA
  • UMA PROPOSTA DE SISTEMA DE DOCUMENTAÇÃO MUSEOLÓGICA PARA UM DOS FUTUROS NÚCLEOS DO ECOMUSEU DELTA DO PARNAÍBA - MUDE
  • Data: 27/11/2017
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  • Esta pesquisa-ação teve por objetivo desenvolver uma proposta de Sistema de Documentação Museológica para um dos futuros núcleos do Ecomuseu Delta do Parnaíba – MUDE, o Museu Tartarugas do Delta. Trata-se de um trabalho associado ao Projeto Matriz MUDE do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Artes, Patrimônio e Museologia, que tem como um dos núcleos em processo de criação o Museu Tartarugas do Delta. Trabalho colaborativo entre Instituto Tartarugas Delta - ITD, Serviço Social do Comércio – SESC Regional do Piauí, e Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Artes, Patrimônio e Museologia – PPGAPM da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Ao  longo do trabalho apresentamos documentos da Documentação Museológica do Objeto, Documentação Museológica das Práticas Administrativas, procedimentos técnico-científicos, orientações de uso e preenchimentos da documentação museológica do Acervo Institucional; documentos do Acervo Operacional, e a base de dados digital da Documentação Museológica do Museu Tartarugas do Delta com o softwareTainacan: tecendo constelações de memória em cultura’ liberado para uso pelo Media Lab UFG. 

  • VANDA MARINHA SILVA GOMES
  • Memorial da Balaiada | Caxias | Maranhão
  • Data: 25/10/2017
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  • Apresentamos os resultados parciais de Pesquisa-Ação desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia, Mestrado Profissional, da Universidade Federal do Piauí, Meio Norte do Brasil. Trata-se de estudos e intervenção no campo dos museus e museologia, nomeadamente, da educação e ação cultural no Memorial da Balaiada em Caxias no Maranhão.

  • INEGLA CARDOSO BRITO
  • DOCUMENTAÇÃO DO ACERVO DO MEMORIAL HUMBERTO DE CAMPOS. Casa Grande de Simplício Dias, Parnaíba, Piauí, Meio Norte do Brasil
  • Data: 16/09/2017
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  • Apresentamos neste documento os resultados de pesquisa-ação realizada no Acervo do Memorial Humberto de Campos, que está sob a guarda da Superintendência de Cultura da Prefeitura Municipal de Parnaíba, PI. O referido acervo está exposto em um dos espaços de uma edificação localizada no Centro Histórico da cidade de Parnaíba, PI; o edifício abriga a Superintendência de Cultura, Superintendência de Turismo e o Escritório Técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan no Piauí. A edificação destaca-se por ser, talvez, a mais importante do Conjunto Histórico e Paisagístico de Parnaíba, tombado em 2008 pelo Iphan. Trata-se da antiga “Casa Grande” ou Casa de Simplício Dias como é atualmente conhecida. A construção já constava na perspectiva que acompanha a cartografia de 1809, tendo sofrido poucas alterações. Simplício Dias era filho de Domingos Dias da Silva, fundador das charqueadas da Casa Grande; teve papel fundamental na história política e econômica de Parnaíba. É uma das edificações de grande porte mais antigas da cidade, supõe-se que seu posicionamento tenha sido decisivo no direcionamento do crescimento urbano e na consolidação da antiga Rua Grande, hoje, Avenida Getúlio Vargas eixo estruturador da cidade, liga o rio Igaraçu, um dos braços do rio Parnaíba, à Estação Ferroviária, que funcionou até meados da década de 1970. Este trabalho teve como objeto de estudo e intervenção o Acervo do Memorial Humberto de Campos, literato e político maranhense, figura emblemática, com repercussão nacional. Na infância residiu na cidade de Parnaíba; parte da população local atribui significado a esse personagem, presente na história e memória de literatos e espíritas. O acervo sobre o qual trabalhamos é eclético, constituído por objetos pessoais de tipologia e suporte diversos: documentos, fotografias, objetos tridimensionais, bibliográficos etc. Realizamos um serviço de documentação preliminar, a considerar o risco no qual se encontra o acervo, sem registro ou proteção de perda ou roubo. Iniciamos pela higienização e tratamento informacional dos objetos, registro para futura disseminação da informação, com o fito de permitir uma mínima gestão do acervo que atenda à demanda de o comunicar a diversos públicos. O objetivo foi proporcionar a maximização na recuperação e uso da informação. No âmbito da documentação de acervos dessa natureza, realizamos a catalogação dos objetos e sua conservação preventiva como ação mediadora entre os públicos e o acervo, contribuindo para a construção do conhecimento e preservação da memória individual e coletiva. Dessa forma, realizamos o trabalho no Memorial com o uso de procedimentos de incorporação, catalogação e registro dos objetos do Acervo.  

  • SAMILA SOUSA CATARINO
  • DIAGNÓSTICO DO MUSEU DO PIAUÍ
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 15/09/2017
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  • Trata-se neste documento de apresentar projeto-ação, vinculado ao Programa de Pós-graduação, Mestrado Profissional, em Artes, Patrimônio e Museologia, da Universidade Federal do Piauí, Campus Ministro Reis Veloso, Parnaíba, realizado no Museu do Piauí, localizado na capital do Estado, Teresina, ao longo de dois anos (2015-2016). O Museu do Piauí surgiu inicialmente como uma seção do Arquivo Público do Estado, em 1934, sob orientação do Professor Anísio Brito. Foi criado formalmente no dia 03 de maio de 1941, através do Decreto Lei n° 355. Nos seus primeiros anos, no Arquivo Público, em Teresina, o Museu restringia-se a um arquivo e biblioteca, as peças que eram doadas expostas em algumas salas; não havia conhecimento ou prática de uma política de acervo; as peças não passaram por um processo de inventariação. Em 1980, após convênio com a Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ, Pernambuco), uma equipe técnica daquela Instituição esteve a trabalhar em Teresina, realizou a catalogação do acervo e o transferiu para a atual o casarão oitocentista localizado na Praça Marechal Deodoro da Fonseca (Praça da Bandeira, como é mais conhecida), no Centro Histórico da Cidade. Após reforma estrutural, passou a ser a sede do atual Museu do Piauí. Era prática da FUNDAJ enviar a vários estados profissionais da área de Museologia, com o intuito de contribuir para a função social desses equipamentos culturais. O acervo foi registrado em quatro livros de tombo; com o passar do tempo os funcionários do Museu passaram essas informações para as fichas catalográficas. O que disponibilizamos neste texto são informações sobre o estudo e intervenção que resultou na construção colaborativa, ao envolver diretamente os funcionários da Instituição, de um Diagnóstico Museológico, que será de mais valia para a construção, que esperamos ser igualmente colaborativa, de um Plano Museológico, documento indispensável em um equipamento desta natureza.  Ao longo do trabalho teórico-prático, que incluiu atividades diversas com os funcionários do Museu do Piauí, investigação do acervo, revisão bibliográfica etc., optamos por esse Diagnóstico, etapa fundamental para realização em futuro próximo de um Plano Museológico. O que narramos são vivências, memórias e experiências, a fim de contribuir para o conhecimento da realidade do Museu, que poderá com a colaboração do Mestrado Profissional dar continuidade a um trabalho mais denso a considerar a importância de uma equipe multiprofissional nesta natureza intervenção. 

  • ADRIANA SANTOS BRITO
  • ESCOLA, EDUCAÇÃO E PATRIMÔNIO CULTURAL
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 05/09/2017
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  • O projeto-ação teve o objetivo de construir de forma colaborativa, com a professora e os alunos da Escola de Aplicação da UFPI, uma intervenção de natureza experimental de educação e didática do patrimônio, como forma de sensibilizá-los para conhecer e reconhecer o rico e complexo patrimônio cultural de sua cidade. A área de estudo e abrangência foi à paisagem cultural da cidade, nomeadamente, o Conjunto Porto das Barcas. Por ser um trabalho de natureza experimental no ensino-aprendizagem as atividades foram realizadas com uma turma de 5º Ano do Ensino Fundamental no turno manhã durante o mês de outubro de 2016. Pelo fato da inexistência de ações de educação patrimonial em uma cidade tombada como Parnaíba justifica a realização de um trabalho desta natureza, recomendado pelos órgãos de proteção ao patrimônio do país. Por seu caráter interdisciplinar, o estudo-ação vincula-se à Linha de Pesquisa patrimônio, sociedade, educação e museus, na qual foi desenvolvido o projeto-ação na escola, em consequência disso foi produzido uma Cartilha de Educação Patrimonial que será entregue nas escolas na rede pública de ensino fundamental da cidade. Esse trabalho tem como parceiros a Universidade Federal do Piauí por meio do Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia (UFPI).

     

     

    Palavras-chave: escola; patrimônio cultural; educação patrimonial; museu.

  • PAMELA KRISHNA RIBEIRO FRANCO FREIRE
  • ECOMUSEU DELTA DO PARNAÍBA (MUDE): Um instrumento de valorização de uma rica e complexa Paisagem Cultural no Meio Norte do Brasil
  • Orientador : ALCILIA AFONSO DE ALBUQUERQUE E MELO
  • Data: 09/08/2017
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  • Durante os séculos XIX e XX Parnaíba recebia em seu porto, dezenas de navios vindos do Brasil e da Europa. Os galpões portuários desse período, voltados para o rio Igaraçu, encontram-se hoje desativados e, sem políticas efetivas de preservação, muitos estão em estado avançado de deterioração. Pode-se observar que, à medida que esta cidade se desenvolveu economicamente, afastou-se da relação sustentável com o rio e mar, distanciando-se das práticas tradicionais de subsistência que ainda são encontradas nas populações deltaicas das ilhas do Delta do Rio Parnaíba. Diante dessa realidade, o que se propõe é a valorização da relação entre as pessoas e essa paisagem do delta, por meio da transformação de um desses galpões em um Ecomuseu dedicado ao Delta do Parnaíba. A proposta é que as comunidades deltaicas e os moradores de Parnaíba se reconheçam nesse equipamento cultural, apropriando-se do lugar, para que haja uma estreita relação de afeto, e assim, serem igualmente gestores de seu patrimônio. Por sua natureza profissional, o mestrado em Artes, Patrimônio e Museologia, exige a concepção, desenvolvimento e apresentação de produtos ou serviços como trabalho final, assim, será elaborado o projeto arquitetônico da sede e centro de gestão deste Ecomuseu, produto final deste projeto-ação, que deverá ter por princípio a valorização do patrimônio sob uma abordagem fenomenológica, adequando a edificação ao novo uso e facilitando a fruição do público por meio de uma proposta arquitetônica na qual a população possa se reconhecer. Busca-se a aproximação de parnaibanos, comunidades ribeirinhas, turistas, gestão pública, iniciativa privada e terceiro setor da realidade da paisagem do delta do Parnaíba, por meio de coleções que representem as histórias, memórias e vida dessas populações, de forma a comunicar e valorizar os patrimônios material e imaterial. O projeto se insere na linha de pesquisa 3 Patrimônio, Turismo e Sustentabilidade do Mestrado Profissional em Artes, Patrimônio e Museologia. 

     

  • DOUGLAS BRANDÃO DE MELO
  • SANTA CARNAÚBA Concepção e Produção de Exposição Coletiva
  • Data: 08/07/2017
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  • Esta pesquisa de natureza ação, por conseguinte interventiva, materializa-se em uma exposição coletiva e colaborativa com 10 artistas brasileiros com temática associada à paisagem cultural da Carnaúba, palmácea, árvore repleta de símbolos, sentidos e significados para a memória individual e coletiva das populações que habitam o vasto território do Estado do Piauí. A Carnaúba foi referências em diferentes ciclos econômicos, histórico, social e cultural do território, usada ao longo do tempo desde matéria-prima para artefatos domésticos, produtos artesanais a chips de computadores. A concepção deste trabalho surgiu ao longo das diversas atividades teórico-práticas, marca da identidade do Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia, Mestrado Profissional, da Universidade Federal do Piauí. Partimos do princípio de que o planejamento e a programação de exposições constituem ações educativas e socioculturais capazes de mobilizar comunidades, formar públicos e fortalecer identidades; suscitam diálogos e trocas de experiências e vivências, permitem acesso a conhecimentos, aprendizagens, deleite, lazer e trocas de saber-fazer. O que se pretendemos com este projeto-ação é dar visibilidade ao patrimônio cultural do Piauí, tomá-lo como um conjunto integrado no território, dotado de valor e geração de emprego e renda, capaz, sobretudo, de gerar autoconhecimento e autoestima. Trata-se de um exercício colaborativo e participativo entre o autor deste trabalho, 10 artistas e vários profissionais ligados à curadoria em instituições culturais, como galerias e museus. O fio condutor é a arte, a linguagem e a forma de expor. Este trabalho foi feito no itinerário de uma produção artística em várias mídias, formatos, técnicas e estilos que confluem entre a percepção dos participantes e a temática da exposição. É uma prática que possibilita ao expectador conhecer um universo bem peculiar, o mundo inspirador da Carnaúba. Será possível notar o que há de mais primitivo e puro através da produção artística, um convite à fruição, ao deleite e à reificação do imaginário criativo, que estimula os sentidos ao se entrar neste pequeno emaranhado criativo. Seguindo essa ideia, o produto final, a exposição coletiva, colaborativa e participativa, permite debates e atribuição de sentidos e significados às formas de expressão cultural desse patrimônio, marca da paisagem cultural do Norte do Piauí.

  • SAMIRA AMARA GOMES ALVES
  • INVENTÁRIO PARTICIPATIVO Os modos de saber-fazer artesanal associados ao trançado em palha de carnaúba Ilha das Canárias | Delta do Parnaíba | Meio Norte do Brasil
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 07/07/2017
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  • Pesquisa de natureza ação realizada na comunidade das Canárias, um dos cinco povoados que integram a Ilha das Canárias, uma das mais de setenta ilhas localizadas no Delta do Parnaíba, Meio Norte do Brasil. Ao longo de 2015 e 2016, realizamos um Inventário Participativo com artesãos locais sobre os modos de saber-fazer associados a arte de trançado em palha de carnaúba, nomeadamente de um artefato de pesca artesanal – URU, uma espécie de cesto usado para o transporte de peixes. O Inventário inclui um Plano de Salvaguarda com vistas ao conhecimento, reconhecimento, valorização e promoção desse rico patrimônio cultural de natureza imaterial, reconhecido pelos residentes, que desejam a sua proteção e promoção. Ao longo do trabalho conseguimos formar um grupo de nove artesãos e dignificar as relações entre a comunidade e o patrimônio cultural remanescente de populações indígenas. A construção do trabalho foi realizada de forma participativa e criativa, ancorado na partilha entre pesquisadores e detentores dos saberes; que juntos propusemos soluções para a proteção e promoção do URU.

  • MARIA DO AMPARO MOURA ALENCAR ROCHA
  • MUSEU DO VAQUEIRO | ALTO LONGÁ | PIAUÍ
  • Data: 03/07/2017
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  • Este trabalho é resultado de Projeto-Ação no município de Alto Longá no Estado do Piauí. Os estudos e intervenções foram: inventário da celebração do Reisado e no Museu do Vaqueiro a construção de diagnóstico e documentação museológica; programa museográfico, nova exposição sobre o Reisado e atividades de educação e ação cultural associadas diretamente à concepção, montagem e mediação da Exposição Reis e Caretas; a intervenção no Museu foi um meio de dar vida ao equipamento e devolver a pesquisa-ação para a comunidade, interagir com diversos públicos e permitir a visibilidade do Museu para que dinamize a sua função social, tornando-o um lugar privilegiado de fomento à educação, cidadania e cultura de maneira agradável, informal e lúdica. O programa museográfico contempla a história da cidade a partir da personagem do vaqueiro, homem religioso e devoto. O centro da narrativa da nova exposição é o Reisado, celebração emblemática para os habitantes da cidade. No desenho da Exposição Reis e Caretas usamos objetos e fotografias identificados e recolhidos ao longo do inventário e um documentário etnográfico de 10 minutos sobre a Celebração. A Exposição é uma ferramenta de interpretação do patrimônio, possibilita a afirmação do reconhecimento, valorização e salvaguarda do patrimônio cultural imaterial, associado às práticas histórico - religiosas do vaqueiro nordestino. O trabalho direto no Museu do Vaqueiro teve início com um Diagnóstico Museológico da Instituição, que contou com a participação da servidora e diretora do Museu, o que lhes permitiu compreender a importância e responsabilidade do planejamento e gestão de um equipamento cultural,  suas potencialidades, fragilidades, ameaças e oportunidades: No segundo momento, realizamos a construção da documentação museológica do acervo, que contribui, hoje, para a identificação técnica dos objetos sob a guarda do Museu. Contamos com a colaboração da direção da Fundação de Cultura, Assistência Social e Sustentabilidade (FUNCASA), que gere o Museu do Vaqueiro. As origens desta investigação está no Inventário do Patrimônio Imaterial da Celebração do Reisado que construímos entre 2010 a 2016, construído com o uso de métodos e técnicas como a Etnografia, a História Oral e o Manual de Aplicação (técnica do Inventário Nacional e Referências Culturais – INRC do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN). O Inventário permitiu coletar, registrar e interpretar a Celebração; constituir um acervo com depoimentos registrados em áudio, vídeo, fotografias e objetos associados à Celebração, que nos serviram para criar o conceito da Exposição “Reisado e Caretas”. Portanto, Inventário do Reisado, Diagnóstico e Documentação Museológica e Programa Museográfico do Museu do Vaqueiro; Inventário da Celebração do Reisado, Documentário Etnográfico, Exposição Reis e Caretas e Educação e Ação Cultural são produtos e serviços que apresentamos como Trabalho Final do Mestrado em Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Piauí, uma contribuição para a revitalização do Museu do Vaqueiro.

  • IVANILDA TEIXEIRA DO AMARAL
  • O SABER FAZER DA TECELAGEM MANUAL DA REDE DE PEDRO II: uma proposta de Inventário Participativo” – TeMa
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 16/06/2017
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  • O município de Pedro II, localizado no Nordeste do Piauí, Brasil, é um território possuidor de um rico e complexo patrimônio cultural e natural, com destaque para os modos de saber-fazer associados à tecelagem manual, o que motivou o interesse pelo objeto de estudo desta pesquisa-ação: os modos de saber-fazer associados à tecelagem manual da rede de dormir característica do Município. Trata-se de um trabalho experimental de pesquisa e construção de cinco produtos, em fase de finalização: um inventário participativo (IP), acompanhado de um glossário especializado das expressões orais e um mapa cultural da tecelagem manual das redes de dormir em Pedro II, plano de salvaguarda e página web. Procuramos compreender os modos de saber-fazer da TeMa; as características do saber-fazer; como ocorrem os processos de transmissão e que artefatos/instrumentos se ligam a essa sabedoria ancestral no território. O inventário instiga formas de divulgação, valorização e revitalização do saber. Teceloas, tear e tecelagem são patrimônios e meios de produção essenciais para uma sociedade sustentável, todavia a ausência de dados analíticos sobre a situação atual desse patrimônio compromete a existência desse saber-fazer ancestral. A intervenção da pesquisa-ação se mostra necessária e importante para conhecer a TeMa no mundo da pesquisa, através de um instrumental metodológico que possibilite o empoderamento dos/as detentores/as e interpretes dos modos de saber-fazer como atividade transformadora, de conquista e de visibilidade das teceloas dentro e fora do município. 

  • ELENILCE SOARES MOURÃO
  • CONVERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS MÓVEIS: Desafios e perspectivas para a preservação do patrimônio cultural no Piauí
  • Data: 15/06/2017
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  • Neste trabalho apresentamos os resultados de Pesquisa-ação desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia, Mestrado Profissional, da Universidade Federal do Piauí, Meio Norte do Brasil. Discorremos sobre problemas e abordagens no campo da preservação do patrimônio cultural móvel, nomeadamente, no Estado do Piauí. Usamos o método da História Oral para a reconstituição de histórias e memórias dos profissionais que fundaram e trabalharam por 30 anos (1987-2017) na única Oficina de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis do Estado (OR). O problema-ação que se revela nesta investigação é a necessidade da antiga Fundação Cultural do Piauí (FUNDAC) transformada na recém-criada Secretaria de Estado da Cultura do Piauí (SECULT,2015) investir na OR, o que inclui recursos humanos e financeiros, sob pena de contribuir para a extinção da OR, que presta relevantes serviços à sociedade. A investigação firma-se nas teorias do restauro de BRANDI (2004) e VIÑAS (2010), que auxiliam a compreender os processos de trabalho na OR. Ao longo dos estudos, desenvolvemos, igualmente, ações, produtos e serviços: um texto sobre a história da oficina, acompanhado de um documentário, bem como um projeto de criação e instalação de uma Oficina de Conservação do Patrimônio Cultural Móvel, na Universidade Federal do Piauí, sob a gestão do Mestrado Profissional em Artes, Patrimônio e Museologia na cidade de Parnaíba. Realizamos também na fase inicial deste trabalho, atividades teórico-práticas materializadas em cursos de capacitação em conservação e restauro ao longo de 2016 em Teresina e Parnaíba, com os servidores do Estado e comunidade em geral, trabalho que contribuiu para a sensibilização e atribuição de sentidos e significados à formação de seniores e novos profissionais, o que justifica a necessidade de serem realizadas outras ações desta natureza de forma sistemática e continuada. Destacam-se, igualmente, a nossa própria formação no Programa de Pós-graduação e em Centros de Investigação e Laboratórios de Referência em Conservação e Restauro, a exemplo, o Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis - CECOR, Minas Gerais, Brasil; a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa; o Instituto José de Figueiredo – IJF e na Oficina de Restauro do Museu de Setúbal em Portugal. 

  • ANTONIO LIUÉSJHON DOS SANTOS MELO
  • DOCUMENTAÇÃO MUSEOLÓGICA Inventário do acervo do Museu do Trem do Piauí
  • Orientador : AUREA DA PAZ PINHEIRO
  • Data: 15/06/2017
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  • O Museu do Trem foi criado para preservar a memória do período de desenvolvimento da ferrovia no litoral do Piauí e é considerado patrimônio histórico através de tombamento realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. O acervo do Museu do Trem, localizado na Praça da Estação, guarda relíquias da época gloriosa como: Aparelhos telefônicos, capacetes, roupas, sinos, taquígrafos, faróis, relógios de parede, fotos, documentos, móveis e outros objetos que são encontrados nas dependências do museu. O museu foi instalado e inaugurado em 15 de agosto de 2002, tendo um complexo que inicia no pátio de manobra, onde se encontra a Locomotiva 29, abrangendo uma estação de passageiros, uma caixa d'água, uma tipografia, uma casa de comunicação (telégrafo) e estabelecimentos onde funcionavam oficinas de conserto e reparação de máquinas e vagões. Porém, como essa instituição não atende a diversas recomendações do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e normas da lei 11904/2009 (Estatuto de Museus) relacionadas à criação de museus, este trabalho proporciona a realização de um inventário de todo o acervo do museu, com a catalogação de suas peças, e criação de fichas individuais de cada uma, e ainda, uma consultoria relacionada à criação e gestão de museus, para que, futuramente, a instituição possa ser cadastrada no IBRAM e poder gozar de todos os direitos de um verdadeiro museu.

     

     

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