Iniciamos o processo de autoavalição do Programa em fevereiro de 2020.
É um trabalho de natureza participativa-colaborativa, coordenado pelo Programa de Pós-Graduação, Mestrado Profissional, em Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Piauí | Universidade Federal do Delta do Parnaíba
Comissão de Auto avaliação
Presidente
Universidade Federal do Piauí
Profª Drª Áurea da Paz Pinheiro
Membros Internos
Universidade Federal do Piauí
Prof. Dr. Josenildo Souza e Silva
Profª Drª Rita de Cássia Moura Carvalho
Prof. Dr. Rodrigo de Sousa Melo
Membros Externos (Consultores)
Universidade Estadual do Piauí
Profª Drª Mary Angélica Costa Tourinho
Prof. Dr. Thiago Anastácio Carcará
Técnicos Administrativos
Universidade Federal do Piauí
Carlos Eduardo Do Carmo Costa Silva
Cátia Regina Furtado da Costa
Egresso do Programa
Universidade Federal do Piauí
Gardênia Angelim Medeiros de Oliveira
Discentes do Programa
Universidade Federal do Piauí
Francisco de Assis dos Santos Barbosa
Telma de Araújo Mendes
Isa Marília Silva de Oliveira
Representantes da Sociedade Civil
Ordem dos Advogados do Brasil | Seção Piauí
Prof. Dr. Thiago Anastácio Carcará
Associação de Moradores do Bairro Coqueiro
Joice Oliveira
A Coordenação do Programa de Pós-graduação, Mestrado Profissional, em Artes, Patrimônio e Museologia - PPGAPM, da Universidade Federal do Piauí - UFPI | Universidade Federal do delta de Parnaíba - UFDPar, instituiu, pela Portaria nº 01/2020, de 14 de março de 2020, a Comissão de Auto Avaliação PPGAPM, formada por professores do Programa, consultores externos, discentes e egressos, técnicos-administrativos e sociedade civil organizada.
A considerar a condição atual da saúde, com a presença ameaçadora da Covid-19, doença causada pelo novo corona vírus, a manifestação da Organização Mundial da Saúde é clara ao recomendar cuidados pessoais e de isolamento social, portanto as reuniões presenciais, o que inclui as atividades desta Comissão devem ser realizadas on-line. Enfrentamos uma pandemia, o significa dizer que os esforços para conter a expansão mundial do vírus falharam e que a epidemia está fora de controle.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior – Capes, Ministério da Educação - MEC, avalia em 10% os Cursos Stricto Sensu com base nos processos, procedimentos e resultados da Comissão de Auto Avaliação, que deve seguir as fases:
1. Constituição da Comissão de Auto Avalição;
2. Elaboração dos Instrumentos de Auto Avalição;
3. Discussão com a Comissão sobre proposta de Auto Avalição;
4. Conscientização dos atores envolvidos no processo sobre a importância da Auto Avalição;
5. Coleta de dados;
6. Análise de dados;
7. Elaboração do Relatório Final
Iniciamos as atividades dia 20 de março de 2020, às 18h horas, horário de Brasília, e às 21 horas, horário de Portugal, as quais continuarão a ser realizadas integralmente on-line, sob a Presidência da Profª Drª Áurea da Paz Pinheiro, por um período de 30 dias, a contar do dia 14 de março de 2020.
Realizaremos 05 encontros de 30 a 40 minutos cada um, entre março e abril, com o uso do aplicativo Hangout, uma ferramenta versátil criada pela Google para equipes profissionais trabalharem em salas virtuais, de forma fácil e otimizada, possibilitando a troca de experiências, ideias, acompanhamento de tarefas.
Após realizarmos com sucesso a 1ª reunião (Hangout), supracitada, criamos uma pasta compartilhada de documentos no Dropbox para que a Equipe (Comissão) possa reunir documentos de trabalho. Dessa forma haverá documentos dispersos, o que impossibilitaria a coordenação de um trabalho coletivo e remoto. O resultado será um trabalho organizado e sincrônico da equipe.
Na pasta Dropbox, no dia 20 de março, compartilhamos os documentos produzidos pela Capes: Relatórios de Auto avaliação e Avaliação; Fichas de Avalição, para a Comissão compreenda o processo de auto avaliação proposto Capes e as propostas de questionários para docentes, discentes, egressos e sociedade civil.
Portanto, usar a estratégia de atividades remotas, on-line, é uma forma criativa de enfrentarmos este momento singular e difícil de nossas vidas. O uso de tecnologias de comunicação e informação são fundamentais, tanto para membros da Comissão, como para a consulta à comunidade de alunos efetivos e egressos, professores internos e externos ao Programa.
Para a pesquisa e coleta de dados usaremos o Google Forms, um aplicativo de formulários on-line, que nos permitirá aplicar os questionários que usaremos como técnica investigação.
Estarmos juntos nesta Comissão é compreendermos a importância da auto avaliação, é atender às orientações e recomendações avaliativas da Capes aos programas que incluem nas comissões a presença de atores sociais diversos - internos e externos à Instituição de Ensino Superior, ao qual o Programa está vinculado, e membros Sociedade Civil.
Metodologia
Recolha de informações
Análise documental e estatística
Discussão dos resultados
Identificação de forças, oportunidades, fragilidades e ameaças
Apresentação e discussão de proposta de plano estratégico para melhoria
Elaboração do relatório de auto avaliação
Apresentação do Relatório à Capes
Divulgação do relatório à comunidade acadêmica e sociedade
Algumas considerações sobre o Programa
Informe os pontos fortes do programa
A criatividade e o uso de tecnologia social marcam os esforços de docentes e discentes do Programa para superar a falta de recursos financeiros e manter as dinâmicas das atividades cotidianas. As parcerias público-privadas-sociais que conseguimos firmar ao longo desses 4 anos nos permitem realizar ano a ano estudos e intervenções efetivas, a exemplo a 1º, 2ª e 3º Edições da Feira do Patrimônio, reconhecida pelo Iphan, como uma das 60 melhores iniciativas no campo patrimonial do Brasil. Uma ação socioeducativa que congrega secretarias de municípios e estado do Piauí, secretarias de educação, meio ambiente, turismo, empreendedorismo; empresas privadas e sociais; professores, alunos e famílias de escolas de ensino básico a superior. Atividades que o Programa consegue realizar e firmar Termos de Cooperação Técnica, Científica e Cultural, seja com instituições nacionais e internacionais, que permitem a captação de recursos para visitas regulares de investigadores e docentes, com a finalidade de compartilharem saberes, experiências e práticas, desenvolverem projetos de investigação, proferirem conferências e palestras, ministrarem seminários e cursos, realizarem outras atividades de interesse conjunto.
Em quais pontos o programa pode melhorar
Precisamos ser ainda mais criativos, ousados; priorizar o nosso plano de estratégico, o que inclui um programa de comunicação ainda mais sistemático e para públicos diversos. Continuarmos com as redes sociais, criar um programa de rádio na rádio on-line da UFPI, formas de comunicação que chegue a empresas públicas, privadas, sociais, apresentado os trabalhos realizados e em andamento com e para as comunidades ribeirinhas e praieiras do Delta do Parnaíba. Incentivar a produção científica de docentes e discente, que tem sido frágil, pela própria natureza do mestrado profissional, que requer um envolvimento denso com o trabalho de campo. Temos uma jornada dupla dividida entre o tempo da escrita, da construção, da execução e da avaliação de produtos e serviços e as produções científicas publicadas em livros, revistas, anais de congresso etc. Essa é uma situação real que precisamos equacionar, criando canais de informação ainda mais efetivos, sensibilizando alunos e professores a publicarem os resultados parciais e finais das pesquisas e intervenções, desde a construção do estado da arte até a pesquisa aplicada, a prática, as relações teoria-prática.
A auto sustentabilidade é um desafio constante do programa, a não inclusão dos mestrados profissionais nas agências de fomento à pesquisa, a exemplo a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), vez que a compreensão é que a inciativa privada deve apoiar e beneficiar-se dessa natureza de programa. Temos avançado e já conseguimos apoio da FAPEPI para ações socioeducativas, a exemplo a Feira do Patrimônio, que em 2017, atingiu um público de mais de 5.000 de forma presencial e um número elevado de acesso em nossos canais virtuais. Esse é um desafio e enfrentamento cotidiano do mestrado, a busca de parcerias, diálogos e conscientização dos setores públicos, privados e sociais.
Os projetos do mestrado têm natureza pesquisa-ação, estudamos e intervimos nos problemas reais de comunidades vulneráveis da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, formamos professores, agentes comunitários, profissionais de áreas diversas do conhecimentos, todos vinculados a associações, centros culturais, escolas da rede pública e privada, seja da escola de ensino básico, médio, superior e técnico.
Paralelamente, a esse esforço, temos que lidar com a conscientização dos professores da própria instituição, muitos dos quais não familiarizados com a natureza do mestrado profissional, que exige além de uma pesquisa de bancada, teórica, uma pesquisa prática, a construção de produtos e serviços, de forma colaborativa, o que requer um diálogo sistemático com as dinâmicas e lógicas sociais, o que justifica o fluxo docente e a manutenção de professores portugueses e brasileiros, profissionais e professores que iniciaram o projeto do programa para fortalecermos a formação de profissionais em museologia.
Conseguimos, a título de exemplo, profissionais que têm entre 20 a 30 anos de prática em conservação e restauro, documentação museológica, que, na UFPI, no Mestrado, têm a oportunidade de trabalhar com profissionais de museologia, docentes do programa, com larga experiência, nesse campo de estudos e ações, basilares da museologia.
Há um acervo em risco e numeroso que localizamos em instituições públicas, privadas e sociais que necessitam de identificação, registro, conservação e restauro.
Para o programa a captação de recursos para realizar essa natureza de trabalho é indispensável, o que passa pela conscientização da sociedade como um todo. As parcerias com a iniciativa privada, a exemplo, o SESC e a ONG Instituto Tartarugas do Delta (ITD), que tem projeto financiado pela Shell, tem permitido minimizar esses desafios.
Atualmente, há mestrandos em estágio na Universidade Federal de Goiás, financiados por essas instituições. Trabalhamos com o MediaLab da UFG, para uso do software livre para criação de repositório digital (no nosso caso para o Núcleo de Documentação e Informação, que abrigará informações e documentação do acervo operacional do território, em processo de inventário, associado ao patrimônio imaterial; e um repositório digital. Espaços presenciais e virtuais vinculados ao Centro de Interpretação da Paisagem Cultural do Delta do Parnaíba, um dos polos do Ecomuseu Delta do Parnaíba).
O trabalho que realizamos com o MediaLab nos auxilia a registrar, preservar e divulgar os acervos na área da cultura, por disponibilizarem recursos com natureza colaborativa e participação social em rede, um exercício árduo de aprendizado e formação de multiplicadores no território que atuamos, onde o patrimônio cultural estar por ser inventariado, registrado, preservado e comunicado.
Nos aproximamos e trabalhamos com o MediaLab, um espaço de desenvolvimento de novas soluções tecnológicas que nos fornece recursos inovadores, ferramenta de fácil instalação e utilização, ampliando o acesso de conteúdos culturais para agentes diversos e com a participação das comunidades locais, sobretudo, os jovens em situação de vulnerabilidade, que passam a conhecer o lugar onde vivem e perceber as potencialidades do patrimônio cultural e natural para a melhoria da qualidade de vida.
Estamos em fase de treinamento de nossa equipe, professores e alunos em estágio, para uso do software livre Tainacan, desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás em parceria com o Ministério da Cultura e o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM).
Usamos como experiência o Tainacan para documentação museológica do museu tartarugas do delta que estamos a criar com recursos do SESC e ITD em Luis Correia, um dos 10 municípios da APA Delta do Parnaíba.
O Tainacan tem se mostrado uma ferramenta de fácil configuração e gestão e temos aprendido muito com os administradores, que nos inserem no universo do administrador e usuário final, logo uma parceria fundamental para ampliarmos os inventários e criação de repositório digital na área da cultura, nomeadamente, dos museus e patrimônio cultural.