O presente trabalho teve como objetivo analisar como as crianças do Quilombo Olho D’água dos Negros se apropriam dos espaços da Comunidade na qual vivem através de suas experiências e, desse modo, produzem e são produzidas por uma noção de identidade étnica e territorialidade. Reconhecendo as crianças como agentes participantes na formação do seu território, busquei compreender como meninas e meninos do Quilombo experienciam os espaços por onde transitam na comunidade transformando-os em lugares constituídos, por elas, através da afetividade e participação. A pesquisa teve como referencial teórico os atuais estudos da Antropologia da infância e da criança e foi realizada a partir da etnografia. A utilização desenhos e fotografias nesse trabalho teve a finalidade de priorizar as falas das crianças, concedendo a estas um lugar central dentro da pesquisa.