O presente estudo é uma pesquisa antropológica realizada com jogadores gays de voleibol que, no desenvolvimento desta pesquisa, eram esportistas de um time de alto rendimento da cidade de Teresina/PI. Esta pesquisa partiu de vários vieses que se tornaram plurais para o seu desenvolvimento: pelo aspecto do pesquisador se sentir atravessado pelas temáticas que delimitaram este estudo, pela necessidade de (re)conhecer as construções corporais, de gênero, sexuais e masculinidades de voleibolistas gays e da não existência de uma pesquisa que envolvessem essas antropologias. Este estudo foi desenvolvido sobre a questão de como as representações sociais do corpo e das masculinidades influenciam as experiências esportivas e as vivências de sexualidade entre os voleibolistas masculinos na cidade de Teresina? Delimitou-se como objetivo geral analisar de que maneira as representações sociais do corpo e das masculinidades impactam as experiências esportivas e as vivências de sexualidade entre os voleibolistas homens na cidade. Para o desenvolvimento desta análise utilizou-se três métodos cabíveis na Antropologia: i) a etnografia, que estudando e aprofundando em conhecimentos como o de Peirano sobre o uso deste método, fez o início deste processo motor; ii) utilizouse como método desta pesquisa a observação participante, que perfazendo teorias de Shah e outros autores irá mostrar a essencialidade desse modo de pesquisar; iii) foi também utilizado como forma de escrever e de pesquisa a autoetonografia, por mais que assumisse um papel arriscado a visão de alguns antropólogos, defini seu uso pelo fato de estar nesta pesquisa, realizando-a, sendo atravessado pela mesma, ao tempo de não ser um atleta de alto rendimento, mas ser um praticante do esporte, um homem gay e antes de mais nada, estar-ali, utilizando entrevistas semiestruturadas, conhecendo e tendo a vida de atletas compartilhadas comigo. Para a escrita, também utilizei de autores para discutir corpo, gênero, sexualidades, masculinidades e como estas são construídas.