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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA DE JESUS RODRIGUES ALVES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA DE JESUS RODRIGUES ALVES
DATA: 05/11/2012
HORA: 10:00
LOCAL: Auditorio do TROPEN
TÍTULO:

EXTRAÇÃO DO CALCÁRIO E A OCUPAÇÃO E USO DO CERRADO PIAUIENSE


PALAVRAS-CHAVES:

Mineração; Calcário; Cerrado; Recurso Natural; Socioeconomia.


PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Multidisciplinar
RESUMO:

A partir dos anos de 1950, o Cerrado passou a ser ocupado e inserido no cenário nacional pela  expansão da fronteira agrícola e pela intervenção do Estado, por meio da implantação de políticas públicas que visava a integração dos vazios da Amazônia e de parte do Centro-Oeste ao Centro dinâmico do Brasil. Entretanto, o solo do cerrado piauiense era predominantemente  latossolo amarelo, caracterizado por ser profundo e de boa drenagem, apesar das limitações, como baixa permeabilidade restrita e fertilidade, infiltração lenta, elevada acidez, alta saturação por alumínio e deficiência acentuada de micronutrientes. Tal panorama decorre do fato de 70,0% da área contar com saturação de 10,0% de alumínio, que prejudica o crescimento dos plantios, e de 86,0% do espaço agricultável apresentar baixo teor de cálcio, nitrogênio, fósforo, potássio, enxofre e magnésio. Todavia, não obstante essa configuração, o solo é passível de correção com o uso do calcário e adubos químicos, na agropecuária. Esse cenário revelou a importância da análise das jazidas e da extração do calcário no Piauí, em especial no cerrado piauiense, em Antônio Almeida e Santa Filomena. Alicerçado nesse contexto, questiona-se: a extração do calcário, realizada em Antônio Almeida e Santa Filomena está provocando impactos econômicos, social e ambiental? Embasado nessa problemática, a hipótese da pesquisa centrou-se em que a extração das jazidas de calcário, embora proporcione a elevação da produtividade da produção granífera dos empreendimentos agropecuários instalados no cerrado piauiense, causa externalidades negativas, nos aspectos socioeconômicos e ambiental em Antônio Almeida e Santa Filomena. Nesse sentido, objetivou-se analisar o processo de extração do calcário nos âmbitos socioeconômico e ambiental, em Antônio Almeida e Santa Filomena, a partir de 1990. Assim, examinou-se a história da mineração, os arranjos legais e a instituições norteadoras do setor mineral brasileiro; indagou-se o processo de ocupação e o uso dos cerrados brasileiros e piauienses, enfatizando a agropecuária e o calcário como fator dinamizador da atividade no Brasil e no Piauí. Para tanto, adotou-se como procedimento metodológico os levantamentos bibliográfico, documental e estatístico, e pesquisa de campo junto às mineradoras e aos representantes de instituições vinculadas diretamente à temática. Através da pesquisa, percebeu-se a crescente demanda por calcário, para a correção da acidez do solo e, consequentemente, elevar produtividade do cultivo de grãos, particularmente, soja. Ademais, constatou-se o baixo nível de instrução dos trabalhadores dos municípios sob estudo, o que estimulou a busca pelas mineradoras de mão de obra qualificada em municípios e Estados vizinhos. Identificaram-se, também, grandes crateras sem a devida correção do solo, que poderia amenizar o dano derivado da escavação, as quais provocavam erosão; desmatamento no local da lavra; e estradas construídas em condições precárias entre as pedreiras e entre estas e as usinas, e entre estas e os empreendimentos agropecuários. Destarte, tendo em vista esta configuração, reconheceu-se que para uma racional extração, faz-se necessário a intervenção estatal, por ser o Estado o provedor das leis e criação de entidades, como sindicato e/ou associações, com o intuito de assegurar aos trabalhadores, negociação junto aos proprietários das minas, com o objetivo garantir melhores condições de trabalho e o cumprimento das normas trabalhistas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ARLINDO JOSÉ BAZANTE - UFCG
Interno - 423405 - JAIRA MARIA ALCOBACA GOMES
Presidente - 423460 - MARIA DO SOCORRO LIRA MONTEIRO
Notícia cadastrada em: 31/10/2012 09:47
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