A circulação é fator essencial no contexto urbano, pois o deslocamento das
pessoas constitui a estrutura de produção de uma cidade. Contudo, tendo que vencer
distâncias cada vez maiores, a população vê prejudicadas suas condições de mobilidade.
A lei federal nº 12.587 institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana,
definindo a mobilidade urbana como condição em que os deslocamentos de pessoas e
cargas se realizam no espaço urbano. Na mobilidade sustentável são avaliados fatores
ligados ao planejamento urbano que têm impacto direto na decisão do indivíduo sobre
sua forma de deslocamento. O Plano Diretor Municipal de Teresina, intitulado Plano de
Desenvolvimento Sustentável − Teresina Agenda 2015, objetivava compor a Agenda 21
local, elaborando, dessa forma, um plano de ação estratégico para o desenvolvimento
sustentável do município. Entre as políticas urbanas da capital decorrentes da Agenda
2015, está o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana de Teresina, aprovado
em 2008, incluindo diretrizes para a organização e implantação da infraestrutura e dos
serviços de transporte urbano na cidade. Teresina apresenta população estimada de
847.430 habitantes e área aproximada de 1.391,98 km², organizada em 123 bairros.
Atualmente as ruas da capital enfrentam superlotação de veículos, tanto de carros, como
motos, ônibus e bicicletas, que disputam espaço entre si e com pedestres, carroças, e
barracas de ambulantes em alguns pontos. Nesse ínterim, tem-se como questionamento
se a mobilidade urbana em Teresina está baseada em padrões considerados sustentáveis,
como almejado pelos instrumentos legais supracitados. Este trabalho tem como objetivo
geral analisar as condições de mobilidade urbana em Teresina, e como objetivos
específicos: discutir o conceito de "mobilidade urbana sustentável"; avaliar os padrões
de mobilidade urbana de Teresina; identificar os pontos fortes e pontos fracos da cidade
no tocante à mobilidade urbana sustentável. A metodologia baseia-se na adaptação do
Índice de Mobilidade Urbana Sustentável (IMUS), proposto por Costa (2008), tomando
como base o ano de 2015. Este trabalho e traz como resultados parciais o cálculo dos
Indicadores processados até abril de 2017, em que se buscou esgotar as fontes de acesso
público, de modo a avaliar a disponibilidade de dados ao público em geral.