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Banca de QUALIFICAÇÃO: PAULO GUSTAVO DE ALENCAR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULO GUSTAVO DE ALENCAR
DATA: 10/08/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório TROPEN
TÍTULO: A cajucultura no contexto do desenvolvimento sustentável do Semiárido piauiense.
PALAVRAS-CHAVES: Agricultura sustentável. Cajucultura. Convivência com o Semiárido.
PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

O Semiárido brasileiro tem sido caracterizado pelos baixos indicadores sociais e econômicos, que tem origem em questões estruturais e nas estratégias de desenvolvimento equivocadas das ações estatais conservadoras. As secas cíclicas aumentam os desafios para a adoção de estratégias rumo ao desenvolvimento sustentável da região. A visão crítica sobre as crises ambientais, marcadas principalmente pela escassez hídrica levou diversos autores desde meados do século XX a propor estratégias de desenvolvimento diferenciadas do modelo dominante do “combate à seca”. Essas proposições foram reforçadas pelo debate mundial em torno da noção de desenvolvimento sustentável, materializadas também em conceitos como o desenvolvimento territorial e a convivência com o semiárido, que apontam para necessidade de mudanças nas estruturas arcaicas da sociedade, o apoio da agricultura familiar e adoção de tecnologias adaptadas as condições locais, respeitando os saberes comunitários, como estratégias de desenvolvimento rural. A cajucultura aparece como alternativa para a convivência como o Semiárido em função da boa adaptação e aceitação dos produtos nos mercados nacionais e internacionais. Partindo dessa premissa, o objetivo da pesquisa é avaliar a dinâmica da cajucultura no Semiárido piauiense dentro do contexto do desenvolvimento sustentável, utilizando a ferramenta de Diagnósticos de Sistemas Agrários. A expansão da cajucultura para o Semiárido piauiense ocorreu dentro do modelo da modernização conservadora com adoção de estratégias diferenciadas, ambas numa lógica de subordinação a agroindústria da castanha do Ceará. Os pequenos produtores foram estimulados pela rede de assistência técnica e pela oferta de crédito a partir de 1970 e as expectativas em torno da geração de renda aceleraram a expansão dos pequenos pomares na década de 1980, geralmente consorciados. As empresas foram estimuladas pelos subsídios estatais e resultaram na instalação de pomares em regime de monocultura no final da década de 1970, a maioria abandonados com o fim dos incentivos fiscais na década de 1990. Esse modelo de expansão resultou em queda de produtividade e na proliferação de problemas socioeconômicos e ambientais, como o desemprego rural, a disseminação de pragas e doenças, a perda de biodiversidade da caatinga e a degradação dos solos pelos sistemas mecanizados. Após a fase de incentivos, as ações para o desenvolvimento da cajucultura tem se baseado em pesquisas, no crédito orientado e na intermediação entre os diversos segmentos. As tentativas dos cajucultores com apoio do Estado para organizar a cadeia produtiva da castanha com implantação de agroindústrias por cooperativas tem encontrado obstáculos. O mercado de castanha continua controlado pelos agentes externos, através de vasta rede de atravessadores. A valorização dos produtos originados do pedúnculo, combinados com a oferta do produto, têm favorecido a instalação de agroindústrias nos municípios do Semiárido piauienses localizados nos eixos das rodovias federais BR-020 e BR-230/316, que tem gerado emprego e renda nos diversos segmentos da cadeia produtiva. Entretanto, o desenvolvimento da cajucultura dentro da perspectiva de desenvolvimento sustentável exige mudanças estruturais, nas ações de pesquisa, crédito e extensão rural que permitam o fortalecimento da agricultura familiar e a adoção de sistemas produtivos mais diversificados.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 423676 - ANTONIO CARDOSO FACANHA
Presidente - 2098982 - GIOVANA MIRA DE ESPINDOLA
Interno - 423460 - MARIA DO SOCORRO LIRA MONTEIRO
Externo à Instituição - RENATO SÉRGIO SOARES COSTA - IFPI
Externo à Instituição - VALDIRA DE CALDAS BRITO VIEIRA - CEFET/PI
Notícia cadastrada em: 07/07/2017 16:32
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