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Banca de DEFESA: NATHALIE BARBOSA REIS MONTEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NATHALIE BARBOSA REIS MONTEIRO
DATA: 20/02/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório TROPEN
TÍTULO: Avaliação ambiental em indústrias de brita
PALAVRAS-CHAVES: Indústrias de brita. Impactos ambientais. Mineração.
PÁGINAS: 231
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

A mineração de brita é uma das atividades mais importantes para a economia de qualquer país, pois gera os insumos que abastecem as indústrias da construção civil. O setor produz as matérias-primas utilizadas na construção de moradias, estradas, pontes, obras de saneamento básico, além da fabricação de cimento e concreto. No entanto, é, também, uma atividade potencialmente impactante para o meio ambiente. Nesse estudo foram analisadas três indústrias de brita localizadas na região de Monsenhor Gil – PI, a fim de conhecer e avaliar os impactos ambientais e sociais causados pelas mesmas. Inicialmente, realizou-se a caracterização do segmento através da literatura científica e de documentos técnicos de órgãos ligados ao setor de mineração. No Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), foram recuperados 354 artigos científicos relacionados à mineração de brita, dos quais, 75% foram selecionados para análise. Conforme observado, a preocupação com os impactos ambientais causados pela exploração mineral de brita tem avançado lentamente. Apenas 23% dos estudos analisados, abordam essa problemática de forma direta. A maioria dos trabalhos científicos está voltada à produção e utilização dos recursos minerais e seu melhor aproveitamento na indústria da construção civil. A produção brasileira de brita é equivalente à dos maiores produtores europeus, no entanto, em relação à produção científica, detém apenas 3% do total de artigos recuperados. Também, foram analisados os processos de licenciamento ambiental das três indústrias, a fim de verificar a sua efetividade em relação ao órgão ambiental licenciador, às indústrias e à sociedade. Desse modo, foram realizadas visitas in loco às indústrias, à Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMAR) e aoDepartamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), para a verificação dos estudos ambientais. Foi constatado que os relatórios ambientais possuem falhas na elaboração, como, a falta de uma equipe multidisciplinar e a presença de dados divergentes da realidade observada. Além disso, o custo com a reposição ambiental não é contabilizado no valor final do produto e as medidas mitigadoras propostas não começaram a ser implementadas em nenhuma das indústrias. Houve atraso, da SEMAR, na emissão das licenças dentro do prazo estabelecido pela lei e não há fiscalizações periódicas, tanto pelo órgão ambiental, quanto pelo DNPM. Destaca-se, ainda, que não foram requeridas audiências públicas e não há participação da comunidade nos projetos de educação ambiental, fatores que comprometem a efetividade do processo de licenciamento ambiental. Para avaliar ambientalmente a brita, e conhecer os impactos ambientais da produção desse mineral, foi utilizado o método Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). Nesse estudo, foi feito o Inventário do Ciclo de Vida (ICV) da brita, a fim de contribuir com o Banco Nacional de Inventários do Ciclo de Vida (SICV Brasil), uma vez que não há banco de dados para o diabásio. Através da análise do ICV foi possível identificar que os maiores impactos estão relacionados a emissões atmosféricas, na fase de beneficiamento do produto, em função do uso de energia elétrica. Além disso, foi elaborada uma matriz de avaliação de impactos ambientais, baseada em Vásquez (2012), com o propósito de conhecer e mensurar os impactos causados pela atividade. Dessa análise, foi possível perceber que as etapas mais impactantes são a remoção da cobertura vegetal e as explosões de rocha, e os meios (físico/biótico/humano) mais afetados são: a qualidade do ar, o impacto visual e a saúde humana.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 423676 - ANTONIO CARDOSO FACANHA
Interno - 1670535 - CLARISSA GOMES REIS LOPES
Presidente - 1046342 - ELAINE APARECIDA DA SILVA
Externo à Instituição - HELANO DIOGENES PINHEIRO - UESPI
Externo à Instituição - RAQUEL FRANCO DE SOUZA - UFRN
Notícia cadastrada em: 01/12/2017 14:21
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