Discussões sobre qualidade de vida e terceira idade estão crescendo devido ao aumento do número da população idosa no mundo, e compreender o processo de envelhecimento em vários aspectos, inclusive o do meio ambiente físico em que os idosos vivem, torna-se relevante. Pensando na promoção da qualidade de vida dos idosos, muitos programas de saúde e educacionais estão voltando-se para acolher essa demanda, e nesse contexto, as Universidades Abertas à Terceira Idade se destacam. Surge novo perfil de idoso, o qual é ativo no processo de envelhecimento e tem capacidade para desempenhar suas funções e potencialidades. Nesse sentido, emerge o questionamento: qual a avaliação que os idosos fazem do transporte público - ônibus – utilizado para o deslocamento de suas casas até as Universidades Abertas à Terceira Idade? Partindo desse questionamento, esse trabalho tem como objetivo analisar como as condições de mobilidade urbana mediada pelo transporte público – ônibus - interfere na qualidade de vida dos idosos quanto à sua autonomia de locomoção, que frequentam a UNATI-PI, com idade a partir de 60 anos. Buscou-se identificar os locais, frequência e percepção das condições de deslocamento dos idosos, com ênfase para a UNATI-PI; mapear os trechos das linhas de ônibus utilizados pelos idosos para o deslocamento até a UNATI-PI, segundo os indicadores do formulário de qualidade dos transportes públicos adaptado de Ferraz e Torres; e avaliar a percepção do risco e das consequências de queda por parte dos idosos frequentadores da UNATI-PI. Este trabalho foi desenvolvido em duas partes. A primeira é composta por Introdução, Revisão Bibliográfica, Metodologia Geral e Referências, e a segunda, em forma de artigos, onde estarão os resultados. Concluiu-se com esta pesquisa que os locais que os idosos que deslocam-se para a UNATI-PI de ônibus frequentam, além da UNATI-PI são: em primeiro lugar, locais que oferecem serviços comerciais, como banco, centro e feiras; em segundo, locais destinados a lazer: shoppings, visitas a familiares e amigos, participação em grupos de atividades físicas, centros de convivência, atividades do Serviço Social do Comércio - SESC, festas e clube; e em terceiro lugar, também com expressiva frequência, são as Igrejas. Os demais locais, como, serviços médicos, de saúde mental e trabalho, também foram mencionados. Sobre a percepção dos idosos acerca dos indicadores de qualidade de transporte público mais importantes, o estado da vias foi o critério mencionado mais vezes como importante, com 18% da amostra, seguido do comportamento dos operadores, frequência dos atendimentos e tempo de viagem, ambos com 14%. O critério confiabilidade, que refere-se ao cumprimento dos horários pelas empresas de ônibus, de acordo com Ferraz e Torres (2004), e representou 11% da amostra. O transporte coletivo ônibus é muito utilizado por idosos, seja por questões financeiras ou por facilidade de locomoção. Porém, o mesmo deixa muito a desejar quanto a satisfação das necessidades pessoais do grupo etário, assim como também, nas necessidades básicas para que se adeque as necessidades impostas pela idade da amostra.